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Grande sertão: veredas, de João Guimarães Rosa, vem provocando, desde seu lançamento em maio de 1956, uma nuvem de discursos críticos, com inumeráveis leituras e interpretações. Nesta edição histórica do cinqüentenário desse romance, pode ser visualizada a diversidade
dessa recepção crítica, com abordagens sociológicas, políticas, culturais, históricas, estilísticas, enfim, um universo amplo de leituras que exploram a amplitude potencial e multíplice do grande sertão rosiano. Das páginas
do Grande sertão: veredas, descortina-se um sertão geopolítico e ficcional, concomitantemente regional e transregional, nacional e estrangeiro, divino e profano.
Um sertão onde “viver é muito perigoso", onde mesmo Deus, se vier, que “venha armado". Sertão “do tamanho do mundo", que “está dentro da gente" e que, paradoxalmente, “está em toda a parte".