Revista Brilia - 6ª edição

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Uma Publicação Brilia - Luz Muda Tudo

FOTOGRAFIA PERFIL MARIOHADID ZAHA TESTINO

CENOGRAFIA CINEMA

NATASHA MIRANDA CLAUDIO KATZ

TALK ART

MORITZDRAVES SCOTT WALDEMEYER



A luz tem o poder de transformar atmosferas e criar novos mundos. Ilumine com o LED inteligente da Brilia.

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Foto: ediSon garcia

debora aguiar mostra artefacto haddock lobo 2016

S 達o Pa u l o : H a d d o c k lo b o - 3 0 8 7 7 0 0 0 | d & d S H o P P i n g - 5 1 0 5 7 7 7 7 | J a r d i m a n 叩 l i a F r a n c o - 2 0 2 2 5 6 0 0 | r i o d e J a n e i r o - 3 3 2 5 7 6 6 7 arteFacto b&c: S達o Paulo: avenida braSil - 3894 7000 | d&d SHoPPing - 5105 7760 | arteFacto oFF: S達o Paulo: r. Henrique ScHaumann - 3897 8484


c u r i t i b a - 3 1 1 1 2 3 0 0 | b a l n e á r i o c a m b o r i ú - 3 0 6 2 79 4 4 | c a m P i n aS - 3 3 97 3 2 0 0 | b r aS í l i a - 2 1 9 6 4 2 5 0 | g o i â n i a - 3 1 0 1 9 9 0 0 | Jaú - 3 41 6 69 0 4 catarina FaSHion outlet - 4130 4700 | uSa: coral gableS - 305.774.0004 | aventura - 305.931.9484 | doral - 305.639.9969 | arteFacto.com.br



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CARTA EDITORIAL |

NOVO MUNDO Assim como a descoberta do fogo e a criação da roda deram início a um novo ciclo na história da humanidade, a tecnologia cada vez mais renova o estilo de vida no século 21. As invenções apoiadas no conhecimento científico promovem um novo salto e descobrimentos recentes que confirmam a teoria da relatividade - apresentada há cem anos pelo gênio Albert Einstein - indicam que estamos no limiar de uma nova era. Por coincidência, nesta edição da Brilia Insight jogamos um pouco de luz sobre as inovações em boa parte de nossas reportagens. Na seção TECNOLOGIA apresentamos um dos mais recentes lançamentos da Brilia: a Tecnologia Brilia Sense que une inteligência à iluminação, trazendo a luz ao universo digital e às smarts houses. Com a mesma ideia de conexão, a software art - do americano Scott Draves - une uma rede de computadores e inteligência artificial na instalação digital Eletric Sheep, na seção ART. Em CINEMA, o futurismo sci fi das imagens extraordinárias do diretor de fotografia Claudio Miranda. De maneira completamente oposta à ficção científica, a fotógrafa havaiana Christy Lee Rogers foi buscar inspiração na água e na técnica de refração de luz para produzir a série Corpos Celestes, destacada em FOTOGRAFIA. Com outro tipo de engenhosidade, o premiado iluminador curitibano Beto Bruel ganha nossos spots em CENOGRAFIA. No PERFIL, a iraquiana Zaha Hadid usa o LED como uma película de luz em surpreendentes obras cheias de curvas e bifurcações de sua arquitetura, que é a “cara” do século 21. Com essa mesma tecnologia, dois criativos revelam o que está por trás de seus projetos inovadores: a lighting designer peruana Claudia Paz em EMAIL e o arquiteto paranaense Maurício Arruda em TALK. E para completar o rol de novidades desta edição, as seções INSIDER com um artigo assinado por Carlos Fortes; WHAT’S UP, que faz um giro internacional pelo universo da luminotécnica e CASE, com o projeto do Hard Rock Café, em Curitiba, assinado pelo lighting designer Marcelo Castilho, que tem iluminação 100% Brilia. Boa Leitura! Vinicius Marchini e Leandro Neves Co-Fundadores da Brilia

* Sugestões e comentários:

briliainsight@brilia.com


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CONTEUDO Ú abril / 2016

PERFIL ZAHA HADID

EQUIPE BRILIA Vinicius Marchini Leandro Neves Pamela Gerard Vecchi

CINEMA CLAUDIO MIRANDA ART SCOTT DRAVES

Capa: Interiores do Dominion Office Building, em Moscou, projetado pela arquiteta iraniana Zaha Hadid.

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W HAT’S UP

O que é hype no circuito internacional de iluminação ASE C Com LED 100% Brilia, o Hard Rock Café em Curitiba

016 TECNOLOGIA

Sense: a luz LED inteligente da Brilia

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P ERFIL

A luminosidade na arquitetura futurista de Zaha Hadid MAIL E A magia da luz no trabalho da peruana Claudia Paz

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INSIGHT

ALK T Maurício Arruda, o novo apresentador do Decora no GNT

SPOT

A sofisticação dos lançamentos da temporada

A RT

Scott Draves e seu universo paralelo

C INEMA

A ficção sob a ótica do chileno Claudio Miranda

C ENOGRAFIA

PROJETO EDITORIAL

www.studiolemon.com.br Rua Harmonia, 293 CEP 05435-000 Tel (11) 2893 - 0199 São Paulo - SP DIRETOR DE CRIAÇÃO Cesar Rodrigues cesar@studiolemon.com.br DIRETOR EXECUTIVO Chico Volponi cvolponi@studiolemon.com.br PROJETO GRÁFICO Lemon Design & Comunicação DESIGN Cesar Rodrigues Eduardo Barletta EDITOR Luiz Claudio Rodrigues

Beto Bruel: o grande iluminador do momento

JORNALISTAS Claudio Guess Lauro Lins

FOTOGRAFIA

COLABORADOR Carlos Fortes

O aquário de imagens da havaiana Christy Lee Rogers

I NSIDER

Carlos Fortes e sua primeira experiência 100% LED

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DIAGRAMAÇÃO Pedro Enrike ARTE FINAL Osmar Tavares Junior REVISÃO Claudio Eduardo Nogueira Ramos


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HIGH TECH Desde 2001 o teamLab criou algumas das melhores obras de arte digital no mundo. Fundado por Toshiyuki Inoko, o teamLab é um coletivo de arte interdisciplinar japonês que reúne artistas, engenheiros, matemáticos, programadores, arquitetos e outros criativos que fazem instalações surpreendentes, seja pela beleza ou pela escala. A mais recente foi apresentada em Los Angeles com a vibração de borboletas chamada Beyond Boarders. As borboletas digitais voavam, com programação em tempo real, por espaços ocupados por outras obras na mostra Digital Art. “A tecnologia digital é uma ferramenta para a mudança e uma plataforma para expressar ideias e detalhes complexos”, afirma Inoko.

Iluminar é muito mais do que apenas acender ou apagar um interruptor. Pena que a maioria das pessoas parece não se dar conta disso (Ingo Maurer)

PLAYGROUND A primavera pode já ter começado no Hemisfério Norte, mas os canadenses guardam uma lembrança especial do último inverno: a instalação de arte pública Impulse. Feita com 30 gangorras gigantes iluminadas por LEDs que emitiam sons e mudavam a intensidade de luz com o movimento de vai-e-vem do brinquedo. A atração fez parte do Luminothérapie, o Festival de Inverno de Montreal. A ideia poderia vir para o Brasil. Quem se aventura?

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ICE CREAM SOLAR Conhecido por usar a luz como pintura, o norte-americano Spencer Finch causou sensação em sua estreia na última edição da Art Basel de Miami. O artista – conhecido por suas esculturas e instalações luminosas – levou um caminhão movido a energia solar para “destilar as cores do pôr do sol”. Ao captar as oscilações da energia solar e suas diferentes temperaturas no decorrer do dia, o artista transformava a luz do sol em coloridos sorvetes distribuídos gratuitamente aos visitantes. A audiência agradeceu o mimo e tornou Finch o artista mais popular do evento internacional de arte.

ANDAR COM FÉ Com fachada iluminada por pequenos pontos de LED, o Makkah – Museu da Fé Islâmica – começa a ser erguido na Arábia Saudita, mais precisamente na cidade sagrada de Meca. O projeto é assinado pelo escritório britânico Mossessian Architecture em parceria com os arquitetos do Studio Adeline Rispal, de Paris. A nova instituição cultural será construída próxima à Grande Mesquita, que atrai anualmente muçulmanos do mundo inteiro. No museu, o visitante irá encontrar uma exposição permanente da cultura islâmica, auditório, espaço educacional, livraria e restaurante.

25 ANOS Para comemorar os 25 anos da Lumiere Table Lamp - desenhada por Rodolfo Dordoni – a italiana Foscarini deu uma repaginada na luminária. O novo modelo mantém a forma original, mas ganhou um acabamento metálico espelhado para a sombra, fazendo com que a luminária pareça opaca quando está desligada e transparente quando recebe luz.

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CASE | P OR: LAURO LINS • FOTOS: STÚDIO EUKA

CAFÉ COM LED Com iluminação 100% Brilia, o Hard Rock Café ganhou inovação tecnológica e todas as vantagens do uso do LED

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Quem passa pelo bairro do Batel, em Curitiba, se surpreende com a imponente fachada do Hard Rock Café, o mais novo ponto de encontro da cidade. Famoso por ser um dos primeiros espaços comerciais temáticos no mundo, o Hard Rock é a única unidade brasileira da rede internacional de restaurantes. E com um detalhe especial: sua iluminação é 100% LED. O projeto luminotécnico do restaurante tem a assinatura do lighting designer Marcelo Castilho, que especificou toda a ambientação com produtos da Brilia. “A experiência com a Brilia foi muito satisfatória. O destaque da iluminação vai para os modelos AR111, que contam com elevado IRC (Índice de Reprodução de Cor), além de garantir a intensidade ideal de luz em todos os espaços”, festeja o designer.

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Na página anterior, interiores do Hard Rock Café com projeto luminotécnico 100% Brilia assinado pelo lighting designer Marcelo Castilho. 1 e 2 A temperatura de cor e a dimerização conferem o ar de aconchego ao espaço.

O projeto luminotécnico do restaurante conta com 1.300 lâmpadas LED, fitas de LED e demais pontos externos de luz com a mesma tecnologia. A nova tecnologia está presente nos jardins, na fachada, no fundo do palco, dentro dos bares em prateleiras e em utilizações cênicas especiais para shows e dança. De acordo com o lighting designer, as vantagens do LED sobre a iluminação convencional foi decisiva para o sucesso do empreendimento. “Temos a economia no consumo de energia elétrica, devido à melhor eficiência luminosa do LED; a economia no consumo do ar condicionado, devido à redução da geração de calor no ambiente e até na seleção de equipamentos que têm menor potência de consumo e menor fluxo luminoso se comparados aos equipamentos tradicionais”, enumera Marcelo Castilho, que também cita a melhora do conforto ambiental, “uma vez que a irradiação de calor direcionada para o público é desprezível no LED, como também a não geração de UV sobre as pessoas”. A redução do consumo de energia elétrica foi bastante considerável. Para efeito BRILIA

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comparativo, com a iluminação 100% LED houve um decréscimo de aproximadamente 50w para 7w sobre as lâmpadas halógenas, enquanto as fluorescentes tubulares que iriam consumir 40w da T10 ou 32w da T8 ou 26w da T5 para apenas 16w. “Isso significa uma economia de energia bastante expressiva. Com o LED ficamos em 1/3 ou metade do consumo em relação às convencionais nesse projeto”, revela Marcelo. A temperatura de cor e a dimerização também atingiram as expectativas do designer. “Temos muitas luzes pontuais, principalmente as que destacam a memorabilia do Hard Rock Café. Usamos basicamente a temperatura de cor de 2700K ou menor para dar um clima mais aconchegante, com a possibilidade de dimerizar e programar a luz em cenas, principalmente com o uso das fitas LED RGB”, lembra o profissional. Além de desenvolver a luz arquitetural e a luz cênica, Marcelo – que também é sound designer – projetou o áudio arquitetural e dos shows do restaurante. Ou seja, a inovação tecnológica atinge quase todos os sentidos no Hard Rock Café.


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A EXPERIÊNCIA COM A BRILIA FOI MUITO SATISFATÓRIA”

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Marcelo Castilho

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3, 4 e 5 As luzes pontuais destacam a memorabilia do Hard Rock Café


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TECNOLOGIA | POR: CLAUDIO GUES • FOTOS: DIVULGAÇÃO

LED INTELG I ENTE Com a Tecnologia Brilia Sense, a luz LED ganha inteligência e se conecta ao mundo digital

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Com a tecnologia Sense, o LED da Brilia se integra às smarts houses do século 21

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Imagine entrar ou sair de um ambiente e não precisar se preocupar em ligar ou desligar a luz; ou contar com ajuste automático de intensidade da iluminação quando um ambiente recebe mais ou menos luz natural garantindo economia e praticidade; ou ter a possibilidade de iluminar utilizando a temperatura de cor ideal para diferentes momentos do dia como ocorre com a luz natural ou poder selecionar facilmente a luz ideal para o seu momento; e se além disso, a lâmpada pudesse sentir e aprender com os seus hábitos, se ajustando cada vez mais automaticamente a cada ocasião? E se pudesse lhe avisar quando algo se

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move em sua residência e você não está em casa? Com o lançamento da tecnologia Sense, a Brilia dá mais um salto em inovação agregando inteligência e conectando a tecnologia LED ao mundo digital onde todas essas possibilidades e muitas outras passam a ser realidade. A tecnologia Sense conta com sensores especiais integrados que detectam movimento, medem luminosidade e também a temperatura do ambiente. Os produtos possuem ainda controle integrado multitemperatura de cor, permitindo ajuste de 2700K (branco quente) a 6500K (branco frio) e contam com controle de dimerização profissional (0 – 100%).

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Através de um aplicativo, a tecnologia Sense pode ser acionada a distância pelos dispositivos móveis iOS e Android

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Adicionalmente, a tecnologia é conectada à internet e integrada a grandes plataformas como IFTT e Nest, entre outras, elevando assim a iluminação a um novo patamar. “Uma tecnologia inteligente deve permitir novas possibilidades ou tornar a vida das pessoas mais fácil e intuitiva. Acreditamos que a tecnologia Sense tem o poder de entregar ambos, permitindo que as pessoas passem a usufruir do incrível poder transformador da luz de forma fácil e intuitiva, tornando suas vidas melhores e mais prazerosas. Ora luz neutra ou fria para concentração e trabalho, ora luz quente ou suave para relaxar ou até mesmo luz noturna, com baixa intensidade, para mostrar o caminho durante a noite.” explica Vinicius Marchini, co-fundador e CEO da Brilia. Os produtos Brilia Sense são facilmente

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controlados por dispositivos móveis iOS e Android através de um aplicativo que possibilita seleção de cenários e parâmetros de preferências do usuário para cada local e ambiente. Com esse passo, a Brilia se integra às plataformas online de uma casa inteligente e potencializa a iluminação na automação residencial, aquela que é capaz de controlar a temperatura com termostatos, fazendo a climatização automática de ambientes; reduzir a luz em momentos de chuva; uso de sensores de presença que acendem ambientes ao mínimo movimento; comandos de voz; e até superfícies inteligentes sensíveis ao toque que têm a habilidade de reconhecer quem está diante delas e se conectar a outros dispositivos para compartilhar informações. Simples assim!







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EMAIL | POR: LUIZ CLAUDIO RODRIGUES • FOTOS: DIVULGAÇÃO

A LUZ COMO PINTU RA

A arte e a técnica de Claudia Paz levam a iluminação a um novo patamar de criatividade e beleza.

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Tecnologia e emoção na mesma batida. Num único compasso. É assim que a premiada Claudia Paz vive seu trabalho. “A luz está diretamente ligada às nossas emoções. É minha ferramenta como artista, designer e criadora de instalações que nos transportam para um mundo mágico”, afirma a lighting designer peruana. Claudia trabalha no Peru, mas é conhecida no mundo inteiro por seu trabalho inovador com a tecnologia LED. Foi com o lighting designer italiano Giancarlo Castoldi que ela passou a conhecer a “linguagem da luz”. E a partir desse conceito, tornou-se a primeira designer a utilizar LED no Peru, com o projeto da sede da seguradora Profuturo. Com ele entrou na rota das premiações internacionais de iluminação como o IALD Award, Lighting Design Award, LAMP e Iluminet, entre outros. Seus projetos de iluminação ganham relevância pelo cuidado na conceituação, pelo design e o uso da programação da luz através de computadores. Mesmo com toda essa inteligência, ela acredita na iluminação como uma ferramenta para deixar a vida mais feliz. “Faço meus projetos com a alma”, costuma dizer. Nascida no Peru – onde a cultura de iluminação é muito recente –, Claudia viajou o mundo acompanhando o pai e acredita que esses passeios influenciaram sua criatividade. “Vi o pôr do sol na Costa Rica, os monumentos iluminados de Roma, os museus de Madri, as obras de Luis Barragán no México, de Le Corbusier na França, a arte de Klimt em Viena e a cultura dos maias e astecas na América Latina.” Uma bagagem e tanto! A seguir, a entrevista exclusiva que concedeu para a Brilia Insight. Conte-nos sobre sua carreira. Como se tornou uma lighting designer? Claudia Paz: Estudei Arquitetura porque sempre pensei que era o que eu desejava fazer, mas com o tempo percebi que queria algo mais. Sou arquiteta no coração, mas minha paixão é a luz. As duas são complementares. Como diria Le Corbusier: a arquitetura é o jogo sábio dos volumes leves. Brilha Insight:

Seus projetos mais recentes têm um lado lúdico. Você parece fazer mágica com a luz. Onde você busca inspiração? Claudia Paz: Gosto quando a iluminação causa surpresa nas pessoas. Fico animada cada vez que vejo sorrisos e olhos brilhando por conta da luz, especialmente as crianças. Fico muito feliz com o resultado do meu trabalho. Minha filha Emma me inspira e me acompanha na instalação de meus projetos desde muito pequena e entende perfeitamente o que faço. Com essa acolhida percebi que posso fazer muito mais. Brilia Insight:

POR SER UMA FONTE DE LUZ ESPECIAL, O LED PERMITE QUE SE FAÇA PROJETOS COM GRANDE FLEXIBILIDADE” Claudia Paz

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A interação entre usuários e os projetos de iluminação de Claudia Paz é uma marca registrada em seus projetos

Brilia Insight: A

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sensibilidade das crianças é uma grande incentivadora em seu

trabalho? Claudia Paz: Sim, essa comunicação imediata com as crianças, através da luz, é motivadora em todos os sentidos. Acredito que posso ajudar a criar uma geração mais criativa e sonhadora. Brilia Insight: A

inovação tecnológica é marcante em sua trajetória. Qual o impacto do LED no seu trabalho? Claudia Paz: A tecnologia é uma ferramenta fundamental. Gosto dos efeitos do LED, das possibilidades de um sistema de controle com essa nova tecnologia e o avanço com a computação. Isso tudo fez minha imaginação superar limites. Tudo é possível agora! Por ser uma fonte de luz especial, o LED permite que se faça projetos com grande flexibilidade. Hoje é importante pensar que se deve ter várias etapas em um projeto. Em meu estúdio não ficamos apenas na parte conceitual do projeto de iluminação, avançamos na criação do produto e, em seguida, formulamos um conteúdo. A equipe se tornou multidisciplinar onde o designer de iluminação deve saber um pouco de tudo para se comunicar com cada pessoa que faz parte desse processo.

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Brilia Insight: Desde

quando você trabalha com LED? Como foi o desenvolvimento do seu primeiro projeto com essa tecnologia? Claudia Paz: Meu primeiro projeto com LED também foi o primeiro com essa tecnologia no Peru: o edifício Profuturo com o arquiteto Jose Orrego em 2006. O sistema de LED RGB já era conhecido desde 2004, mas ainda não havia chegado ao Peru até que uma empresa local se interessou em oferecer essa novidade. As únicas referências que eu tinha sobre os LEDs eram projetos de cassinos que conheci pela internet. Foi muito difícil vender essa ideia, pois as empresas sérias não queriam estar em edifícios que pudessem ser vistos como cassinos. Brilia Insight: Como

você driblou essa resistência? Claudia Paz: Eu sabia que a tecnologia LED poderia fazer maravilhas dependendo de como se vai usá-la. Convenci o arquiteto para mudar o design da fachada para ocultar as luzes e usar a estrutura como elemento para refletir a luz. Fizemos uma simulação e um vídeo para explicar ao cliente. A ideia de dinamismo e movimento na fachada iria transmitir às pessoas a mudança corporativa da empresa. Foi definido um conceito para o projeto de acordo com as diretrizes da marca. Em vez de uma iluminação estática, a estrutura de iluminação que cobria parte do edifício poderia estar mudando, ser dinâmica. O cliente acreditou em nossa proposta e foi o primeiro a inaugurar um prédio com esse sistema no Peru. E assim começou a iluminação das fachadas com essa nova tecnologia em Lima. Alguns bons, outros nem tanto, porque muitos pensam que podem usar qualquer cor e fazer as mudanças em intervalos sem design. O LED é uma grande ferramenta, mas se não for bem utilizado pode danificar uma boa arquitetura.

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Brilia Insight: Você

já foi premiada diversas vezes por seu trabalho inovador. Como avalia seus projetos? Claudia Paz: O projeto de iluminação do edifício Profuturo ganhou o Prêmio de Excelência em 2006 do IALD e o Prêmio de Mérito do Palácio do Governo do Peru. Meu trabalho é diversificado, mas foram meus projetos utilizando LED e controle de RGB que me projetaram internacionalmente. Eu me importo com o design ao mais ínfimo pormenor, para esconder as luzes e integrar arquitetura com a iluminação. O design com conteúdo é fundamental porque é arte. É uma pintura com luz. Brilia Insight: Você

faz a pesquisa para conceituar cada um dos seus projetos. Já teve que seguir o briefing de algum cliente? Claudia Paz: Normalmente o cliente nunca sabe o que quer! Só fala que precisa ter algo diferente. Nós, profissionais, devemos apresentar propostas criativas que atendam às necessidades dos clientes, mas também temos que ter o compromisso em contribuir para a inovação, a economia de energia, a imagem, etc. BRILIA

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À esquerda, a instalação Light Garden no shopping Plaza Lima Norte, na capital peruana. Acima, detalhes do Estádio Nacional do Peru com luzes em vermelho e a fachada do BCP, com cascata de pontos brilhantes

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Brilia Insight: Se

você tivesse que criar uma instalação de arte baseada na luz, o que você faria? Claudia Paz: Eu acho que os designers de iluminação têm uma ferramenta poderosa de comunicação, que vai diretamente ao coração das pessoas, afeta suas emoções de uma forma muito positiva. Gosto de espaços públicos, da escala urbana. O que fazemos é para o povo e para a cidade. O espaço público exige facilidades para pessoas diferentes e ver como elas interagem com a instalação é fascinante, cada uma com seu próprio olhar e história. Um dos meus sonhos seria criar para um espaço público, talvez um parque, onde imagino as pessoas andando e borboletas digitais projetadas que voam ao redor delas. Onde possamos ver as crianças tentando pegar essas borboletas e vê-las voar e desaparecer entre as árvores. Transformar os passeios pela cidade e tornar o espaço público num lugar cheio de magia. Levar felicidade para as pessoas. Brilia Insight: O

que você quer deixar como legado para o futuro? as gerações futuras possam investigar mais, apostar nas inovações, desenvolver novas propostas e correr riscos. Como muitos dizem, a paixão pode mover montanhas. Quando se acredita, podemos fazer o impossível. Claudia Paz: Que

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TALK | P OR: LUIZ CLAUDIO RODRIGUES • FOTOS: ANDRE KLOTZ, FRAN PARENTE, GIANNI ANTONIALI e FELIPE MOROZINI

EM 2014, MAURÍCIO Arruda (em parceria com Guto Requena) criou um hospitality center para a Coca-Cola no Hotel Tivoli Mofarrej, na capital paulista. No espaço, os painéis digitais de LED interagiam com os usuários ao mesmo tempo em que o enorme grafismo de garrafinhas mudava de cor e chamava a atenção.

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O arquiteto paranaense – radicado em São Paulo – Maurício Arruda é o mais novo apresentador do programa Decora, do canal GNT, que tem a Brilia como fornecedora oficial de iluminação LED. Mesmo com a nova atividade, onde irá levar sua expertise em sustentabilidade ao grande público, ele continua à frente de seu escritório na capital paulista e mantém suas aulas e palestras pelo Brasil. A seguir a entrevista exclusiva concedida à redação da Brilia Insight, onde o arquiteto revela sua paixão por iluminação e os novos rumos de sua carreira. Brilia Insight: Como

tem sido essa nova experiência profissional ao apresentar um programa na TV? Maurício Arruda: Estou aprendendo e fazendo ao mesmo tempo. Ser apresentador de TV é muito mais complexo do que dar aulas, mas a experiência tem sido muito legal. Tenho certeza que o Maurício do último episódio dessa nova temporada do Decora não será o mesmo que o do primeiro.

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DESENVOLVIDA EM parceria com o arquiteto Guto Requena, Maurício planejou a reforma do Clube Disco com um projeto de iluminação que serve de moldura para o espaço, percorrendo todos os cantos por trilhos metálicos e fitas de LED.

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DESDE 2012 JÁ FAZIA PROJETOS COM ILUMINAÇÃO 100% LED. FELIZMENTE NA ATUALIDADE HÁ UMA VARIEDADE MUITO MAIOR DE SOLUÇÕES NO MERCADO. ISSO FACILITA BASTANTE O TRABALHO DOS ARQUITETOS” Maurício Arruda

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Acima, o túnel da danceteria Disco com intervenção do artista Kleber Mateus. Na página à direita, na foto maior, set design para a marca Abito Ufficio e, na imagem menor, a luminária Renedescartes, feita com o reciclo de embalagens de plástico, desenhada por Maurício Arruda.

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Brilia Insight: Como

tem sido seu dia a dia ao dividir as atividades no seu escritório e o trabalho na TV? Maurício Arruda: Coração aberto e cérebro funcionando 24 horas por dia. Quem me disse isso foi a Bel Lobo (arquiteta carioca que também tem experiência na TV). Esse foi o melhor conselho que eu poderia ter recebido. Estou muito feliz. Brilia Insight: O que você irá trazer de novo no programa Decora? Maurício Arruda: Tem muita coisa nova. Estamos gravando mais externas, visitando fornecedores e lugares interessantes para quem pensa em transformar sua casa. Queria muito levar mais informações técnicas para as pessoas. Além disso, o programa ganhou um cenário novo, que está muito lindo. Será uma temporada só de ambientes residenciais. Resolvi resgatar a casa e tentar ensinar para as pessoas como decorar a partir do zero. Brilia Insight: E como a iluminação tem sido tratada nos projetos apresentados no programa? Maurício Arruda: Tem muita diversidade nos pedidos. As pessoas e os ambientes são muito diferentes. Mas eu repito uma máxima que sempre digo aos meus clientes: se você tiver que fazer escolhas na decoração, comece pela iluminação. Ela muda tudo num ambiente.

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Como designer de produto, quais são os materiais mais utilizados no desenvolvimento de suas criações? Maurício Arruda: Eu já passei por diversas fases no meu trabalho. Nesse momento estamos desenvolvendo algumas peças em madeira maciça e estofados: uma novidade para mim. Brilia Insight:

O reaproveitamento de materiais é uma marca no seu design de luminárias? Maurício Arruda: Não planejei muito isso, mas confesso que as luminárias são uma paixão. Acho que talvez seja pelo fato de o produto permitir a aplicação de muitos materiais inusitados. Brilia Insight:

Como tem sido sua experiência com tecnologia LED nos seus projetos? Maurício Arruda: Eu pesquisei muito sobre o assunto nos últimos anos. Em 2012 já fazia apartamentos com 100% de tecnologia LED. Felizmente na atualidade há uma variedade muito maior de soluções no mercado. Isso facilita bastante o trabalho dos arquitetos.

Brilia Insight:

Como você costuma planejar a iluminação nos seus projetos de design de interiores? Maurício Arruda: Primeiro penso no resultado que desejo, o tipo de atmosfera que quero criar. Depois vem a escolha das lâmpadas e, por último, as luminárias. Às vezes, um pendente ou um abajur surgem no início do projeto, como um ponto de partida, pelo seu desenho; mas não adianta ser lindo se o efeito da luz não for o que estou buscando. Brilia Insight:

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BRASILEIRINHA Inspirada nas telas plásticas coloridas das tradicionais sacolas das feiras livres, a luminária pendente Teresa é uma criação do arquiteto e designer Maurício Arruda. Combinada com uma estrutura leve e dobrável, sua montagem e transporte são fáceis. A peça é encontrada na Estar Móveis. www.estarmoveis.com.br

O INUSITADO E A SOFISTICAÇÃO DÃO O TOM NAS LUMINÁRIAS QUE DESPONTAM EM 2016

BOSSA NOVA Desenhada pela gaúcha Rejane Carvalho Leite, a luminária de mesa Cono tem estrutura de aço inox e cúpula em compensado flex. Com acabamento em pintura eletrostática nas cores vermelho, amarelo, branco ou preto, a peça faz uma releitura das luminárias da década de 1950. Novidade da Ibacana. www.ibacana.com.br

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VERSÁTIL Da série Triângulo, a luminária Isóceles é assinada pela dupla de artistas Alexandra Albuquerque e Gabriel Valdivieso para a Amma Store. A peça - produzida em aço carbono, com acabamento latonado e gravações a laser - pode ser usada como arandela ou luminária de mesa. www.ammastore.com.br

DIFUSA Da fabricante italiana Fontana Arte, a luminária Odeon pode ser utilizada na mesa ou no chão. Ao ser direcionada para a parede cria um efeito de luz difusa no ambiente. Além do design, o toque de sofisticação fica por conta do seu acabamento em couro. No Brasil é encontrada na La Lampe. www.lalampe.com.br

SLIM Ideal para substituir lâmpadas tubulares fluorescentes na iluminação de armários ou sancas de gesso, a Fita LED Slim Flex Ultra 2400 – da Brilia – ainda acumula vantagens como o consumo de apenas 24W/m, é dimerizável e tem durabilidade de até oito anos sem necessidade de troca. Além disso é fácil de instalar, pois é autoadesiva. Um boa opção para quem gosta de versatilidade para iluminar locais compactos com intensidade de luz quente. www.brilia.com

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COLEÇÃO Livres do calor dos antigos fachos de luz - com filamentos semelhantes das lâmpadas incandescentes antigas - a coleção Filamento da Brilia é produzida com tecnologia LED. Todas com efeito de luz quente, mas com a vantagem do baixo consumo de energia. Os modelos Bulbo, Vela Lisa, Vela Chama, Mini Globo e Bulbo Balloon fazem parte da linha Intelligent. www.brilia.com

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BULBO MINI GLOBO

VELA CHAMA VELA LISA

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ROBÓTICA Ao deslizar por um trilho eletrificado, o projetor Wing – desenhado por Fernando Prado – possui forma e orientação inspirados nos flaps das asas de um avião. Suas aletas atuam como dissipador de calor e seu sistema óptico utiliza lentes de diferentes aberturas e formatos aplicados sob um polímero difusor que “amacia” os fachos luminosos. Por sua engenhosidade ganhou o Prêmio Design 2015 do Museu da Casa Brasileira na categoria Iluminação. A novidade faz parte dos lançamentos da Lumini. www.lumini.com.br

NOVO BRILHANTE O módulo MR16 foi desenvolvido para substituir as lâmpadas dicroicas tradicionais. Este produto conta com uma nova tecnologia para LEDs: o True Dim. Diferentemente do padrão de dimerização dos LEDs comuns, que variam somente a intensidade luminosa e geram economia de energia, além de conforto visual para os ambientes, a tecnologia True Dim dos Módulos MR16 variam a intensidade luminosa e a temperatura de cor, que vai de 1800K (branco quente, avermelhado) em intensidade baixa até 2700K (branco amarelado) na posição intensidade máxima. Este padrão é similar ao comportamento das lâmpadas tradicionais (halógenas e incandescentes). Novidade da Brilia. www.brilia.com

GEOMETRIA

ESFERAS Produzidas em vidro soprado e com lâmpadas LED, a luminária de mesa Copycat – do designer britânico Michael Anastassiades – é formada por duas esferas de tamanhos diferentes. A menor tem uma versão banhada em ouro 24 quilates e opções em alumínio polido e cobre. Lançamento da italiana Flos.

Desenhada pelos artistas Maurício Jorge e Diego Klink, a luminária de chão Triângulo tira partido das formas primárias: o quadrado para a base, o triângulo para a armação e o círculo que serve de suporte para segurar o fio. A peça é produzida com madeira, latão e corda. Seu design de formas puras pode ganhar mais densidade com uma trama de macramê feita com corda de alpinismo. Aqui, sua versão básica. Lançamento da New Creators. www.newcreators.art.br

www.flos.com

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ART | POR: LUIZ CLAUDIO RODRIGUES • FOTOS: DIVULGAÇÃO

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Pioneiro da software art, o norte-americano Scott Draves muda o sentido da arte ao criar – num pulsar infinito – um caleidoscópio de imagens que lembram o universo

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À esquerda, o artista Scott Draves. Acima, frame da instalação digital Eletric Sheep.

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A largada foi dada em 1999. Foi nesse ano que Scott Draves iniciou um tipo inédito de arte. Nela, uma rede de computadores passou a criar imagens ilimitadas numa instalação digital chamada Eletric Sheep. Ao longo desses 16 anos, mais de 450 mil participantes contribuíram para que a animação virtual prossiga em atividade com constantes mudanças. Baseada em inteligência artificial, a programação faz os computadores trabalharem em conjunto quando entram no modo sleep. Em vez do protetor de tela padrão, o programa busca novas opções gráficas na rede. Durante esses períodos, inicia uma rede de BRILIA

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conexões para compartilhar informações entre si e transforma as animações – chamadas de ovelhas – em giros visuais multicoloridos. O nome Ovelha é uma licença poética do artista. É inspirada na metáfora dos carneirinhos que se contam para “pegar” no sono. Scott diz que o Eletric Sheep nos mostra os sonhos dos computadores enquanto estão no modo sleep. A instalação virtual é uma mente cibernética com vida artificial. Cada imagem é construída a partir do resultado de uma equação com milhares de parâmetros e variáveis. O software recria os fenômenos biológicos de evolução e reprodução. Para isso, cada computador segue as instruções matemáticas do algoritmo batizado de Chama. As imagens são enviadas para um servidor central que as comprime em animações que posteriormente são enviadas de volta para a web. O vídeo não linear é constituído por uma sequência infinita e não repetitiva. Com um quê de sensorial, a Eletric Sheep é descrita por seu criador como uma plataforma para meditação, relaxamento e sonhos visuais. “Há uma missão filosófico artística em torno da Eletric Sheep. Parte do seu processo é de código aberto, pois é um software livre, uma vez que qualquer um pode baixá-lo no computador, no tablet ou no celular e fazer parte de sua criação. Os computadores se conectam para criar algo sereno e bonito”, afirma o artista. Com esse trabalho, Scott empurra a arte para um novo patamar. “Saímos do mundo material e entramos em um universo mais abstrato.”


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ART | As diferentes formas do Eletric Sheep seguem uma sequência infinita e não repetitiva.

Sob a coordenação do Streaming Museum, a Eletric Sheep foi exibida em uma das maiores paredes de LED na Europa. Desde o seu surgimento, a instalação digital é patrocinada pelo Museu de Arte de Chelsea, em Nova York, e já foi exibida no MoMA e na mostra Emoção Art.ificial, em São Paulo. Atualmente, a Eletric Sheep faz parte do acervo de arte de instituições como a School of Computer Science, o 21c Museum Hotel, o Google e o Centro Simons para Geometria e Física, entre outras. Com esse trabalho, Scott Draves ganhou projeção internacional. Em 2010, uma das imagens geradas pela Eletric Sheep se tornou a foto de capa do livro O Grande Projeto, do célebre físico britânico Stephen Hawking.

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Dois anos depois conquistou o Prêmio Especial da ZKM (Centro de Cultura e Mídia de Karlsruhe, na Alemanha), uma das principais instituições de arte digital no mundo contemporâneo. Scott Draves é graduado em Matemática pela Universidade Brown e tem PhD em Ciência da Computação pela Carnegie Mellon University, com uma tese sobre metaprogramação para processamento de mídia. Com essa formação aprofundou seus conhecimentos como artista digital. Draves já se destacava no começo dos anos 1990 quando foi laureado com o Prix Ars Electronica. A premiação veio após dez anos do início de suas experimentações com computadores no fim da década de 1970.

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POR TRÁS DA MÁGICA

COMECEI A PROGRAMAR DURANTE A INFÂNCIA. ERA UMA FORMA DE AUTOENTRETENIMENTO. ENQUANTO A MAIORIA DAS PESSOAS APRENDIA A LIDAR COM OS COMPUTADORES PARA O TRABALHO OU PARA FAZER ALGUMA COISA ÚTIL, PARA MIM ERA APENAS DIVERSÃO” Scott Draves

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O nome Eletric Sheep vem do livro “Do Androids Dream of Eletric Sheep”, do escritor de ficção científica Philip K. Dick. A publicação ganhou uma famosa versão para o cinema que se tornou “cult”: o filme Blade Runner, dirigido por Ridley Scott. Tal qual um caleidoscópio, a arte de Scott Draves subverte a base matemática de todo computador. Em vez dos gráficos que são feitos para desenhar círculos, linhas, polígonos e formas em 3D, sua software art utiliza um algoritmo – batizado de Chama – para resolver uma equação. Cada pixel é uma variável e há um milhão de pixels que se convertem em formas orgânicas e fluidas. O algoritmo atrai as imagens ao resolver equações. O processo do Eletric Sheep é muito lento. Para formar um quadro novo de animação leva cerca de uma hora, período no qual faz as combinações possíveis de um sistema fractal e de partículas. Utiliza milhares de milhões de pequenos pontos que se movem de acordo com a equação e recolhe os pontos para formar imagens. Esses pontos podem se reconfigurar e tomam novas formas, por isso sua natureza fluida que tem o aspecto de um flash que dispara ao infinito. Um padrão que emerge do caos e coisas aleatórias, com flexões, torções e cortes, com um número infinito de manipulação da superfície.

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CINEMA | POR: LUIZ CLAUDIO RODRIGUES 窶「 FOTOS: DIVULGACテグ

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O diretor de fotografia Claudio Miranda gosta da luz natural para criar cenas de ficção científica que pareçam virtualmente reais

Ao trabalhar com a vanguarda da tecnologia de cinema, o diretor de fotografia Claudio Miranda ganhou notoriedade nos últimos anos. Parceiro de alguns do mais respeitados diretores de Hollywood – como David Fincher, Tony Scott, Ang Lee e Joseph Kosinski –, o chileno (radicado nos Estados Unidos desde a infância) tem uma cinematografia invejável pelos filmes nos quais atuou a partir dos anos 2000. Sua carreira foi iniciada no fim da década de 1980 nas filmagens do documentário “Rattle and Hum”, sobre os bastidores de uma turnê da banda britânica U2. Nos anos seguintes ganhou mais experiência com Tony Scott, no filme “Crimson Tide” e as primeiras parcerias com Fincher nos projetos “Seven” e “Fight Club”. Com Ang Lee atingiu o topo de sua carreira ao conquistar o Oscar de Fotografia com “A Vida de Pi”, em 2012. Antes já havia passado a um novo patamar, ao conquistar a crítica com “O Curioso Caso de Benjamin Button” e “Tron, o Legado”.

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Recentemente assinou a direção de fotografia de importantes filmes de ficção científica: os blockbusters Oblivion (2013) e Tomorrowland (2015). Este último sob a batuta do diretor Brad Bird e estrelado pelos atores George Clooney e Hugh Laurie. Os dois filmes foram realizados com o que há de mais avançado em câmeras de cinema, a Sony CineAlta F65. Equipada com obturador mecânico e filtros potentes que capturam, com precisão, movimentadas cenas de ação. “Com essa câmera, as cores ganham outra dimensão e podemos corrigir o foco no mesmo instante da filmagem, ainda no set. Fazemos pequenas correções nas cores para cada câmera em tempo real”, diz o fotógrafo em entrevista concedida ao jornalista John Fauer, publicada na revista Digital Time. Com esse equipamento, as produções ganham agilidade sem a necessidade de retoques digitais na fase de finalização. Em Oblivion, Claudio Miranda trabalhou com 21

projetores de luz num set com paredes de vidro transparente. No caso, o cenário que concentrava uma boa parte do roteiro. “Podíamos mudar a iluminação a qualquer momento e trocar a posição do nascer do sol, ora para a esquerda, ora para a direita. Podíamos girar toda a imagem ao redor. Mover nuvens também foi possível. Com um hotspot no topo fazíamos a luz se derramar para dentro do cenário, sem qualquer reflexo no vidro”, lembra o fotógrafo. Em uma das sequências, há um shoot com Tom Cruise vindo de dentro em direção ao exterior da casa de vidro. A cena foi iluminada com imagens projetadas à frente do ator. “O efeito desejado era fazer o espectador acreditar que ele realmente estava naquele espaço”, revela Miranda. A cena foi planejada com meses de antecedência, sem qualquer tipo de tela azul, com o uso de imagens capturadas em diferentes lugares, como Nova Orleans e Islândia.

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Na página anterior, cenário digital do filme Tomorrowland, do diretor Brad Bird 1. O ator George Clooney em cena da película de ficção científica Tomorrowland. 2. O diretor de fotografia Claudio Miranda com sua câmera Sony CineAlta F65. 3 e 4. Cenas do filme Oblivion dirigido por Joseph Kosinski


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A FICÇÃO CIENTÍFICA GANHA EFEITO DE LUZ NATURAL COM CLAUDIO MIRANDA.

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Claudio Miranda prefere desenhar o “mais natural possível” a iluminação. “Gosto de projetar a luz através de janelas, de ter fontes naturais como se o set estivesse num ambiente real. Esse modo de trabalhar deixa o ator mais livre para se movimentar em cena e ter uma interação real com o cenário, sem marcações predefinidas estabelecidas pela luz”, revela o fotógrafo. Essa mesma linguagem foi usada em “O Curioso Caso de Benjamin Button”. Miranda é especialista em trabalhar com câmaras digitais de última geração, mas seu cinema aposta na simplicidade da luz natural. Por ironia, quer fazer a ficção parecer real. Quase sem retoques.

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5. O ator Tom Cruise em cena do filme Oblivion. 6 e 7. Cenas do filme A Vida de Pi, do diretor Ang Lee: filme que deu o Oscar de Fotografia, em 2012, para Claudio Miranda. 8. Tron, o legado: filme dirigido por Joseph Kosinski.

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| P OR: LUIZ CLAUDIO RODRIGUES PERFIL | CENOGRAFIA

FOTOS: LEO AVERSA, CAROL SACHS E JOÃO CALDAS

JOGO DE CENA Tal qual um mágico, o iluminador Beto Bruel sempre surpreende com o espetáculo de luz que sai de sua cartola.

Com mais de quarenta anos de atuação no cenário teatral brasileiro, Beto Bruel certamente é o profissional que mais acumula premiações em sua carreira de iluminador. Por enquanto já são 32, incluindo 4 Prêmios Shell de Melhor Iluminação nos últimos anos. O mérito pode estar em sua desenvoltura ao lidar com as inovações técnicas aliadas à sua capacidade de engenharia e, a partir delas, criar atmosferas visuais que transbordam beleza por todos os lados do tablado, fazendo com que o espectador – dependendo da narrativa – tenha mais de um ponto de atração no palco.

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Um dos seus trabalhos marcantes foi “Beije Minha Lápide”, peça dirigida por Bel Garcia, com cenografia de Daniela Thomas e estrelada por Marco Nanini no ano passado. O ator passava todo o espetáculo dentro de um aquário de vidro transparente e a luz surpreendentemente cobria o corpo do ator com uma aura branca. “Nesse espetáculo, uma única luz batia no vidro. Todas as outras passavam a um centímetro de distância. Em cima do Nanini haviam dez refletores num espaço de apenas 2,5 metros quadrados. Como a luz não batia no vidro, ela realçava o corpo do ator. A projeção era feita com base em uma película colada

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Cenas do espetáculo Os Realistas, dirigido por Guilherme Weber e iluminação de Beto Bruel.

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no vidro e provocava esse efeito etéreo”, revelou o iluminador – que recebeu o Prêmio Questão de Crítica de Melhor Iluminação por esse trabalho – em uma entrevista para o jornal O Globo. Além de Bel Garcia (1967-2015), Beto já fez parcerias de sucesso com os diretores de teatro Ademar Guerra, Hector Babenco, Monique Gardenberg, Felipe Hirsch – diretor recorrente em seus trabalhos mais recentes – e muitos outros. Com a modéstia que lhe é peculiar, o iluminador acredita que não há uma assinatura autoral em seu trabalho: “Cada peça é uma peça. Tem um diretor, texto, concepção, cenografia e figurino di-

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ferentes. O tratamento de luz conversa com todo o processo de criação até chegar no resultado final”. Ele não consegue falar sobre seu talento, mas todo o staff de teatro conhece sua incrível habilidade e domínio no desenho da luz. A engenhosidade para criar efeitos luminosos de refinado apuro estético não passa despercebida. Em 2009, com a encenação de “Não Sobre o Amor”, sob a direção de Hirsch, Beto ganhou projeção internacional ao receber a Medalha de Ouro do festival itinerante World Stage Design, promovido pela OISTAT (International Organisation of Scenographers, Theatre Architects and Technicians).

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Um feito inédito para um iluminador brasileiro. Segundo Beto, esse foi o trabalho mais desafiador em toda sua carreira. “Eu necessitei de sustentações e suportes para conseguir iluminar o palco”, lembra. O uso do LED tem marcado uma nova etapa no seu processo criativo. Recentemente usou essa nova tecnologia no espetáculo “Os Realistas”, que após uma temporada de sucesso no Teatro Poeira, no Rio, segue em cartaz no Teatro Porto Seguro, em São Paulo. “Uso o LED pontualmente em algumas cenas”. Para ele, o LED está promovendo uma revolução na iluminação. “É uma luz inteligente que pode ser usada em películas de vidro e até tecidos, portanto tem possibilidades que ainda são pouco exploradas. O que eu vejo com essa tecnologia é a desmaterialização dos suportes de luz num futuro próximo. Os pontos de iluminação com LED poderão surgir nas mais diferentes superfícies”, aposta o iluminador.

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Nesta página, na foto maior, o efeito luminoso do LED em cena da montagem Os Realistas; e o projeto mais desafiador, até o momento, de Bruel: o espetáculo Não Sobre o Amor, dirigido por Felipe Hirsch. À direita, detalhe do cenário da peça Os Realistas; a atriz Fernanda Montenegro na peça Viver sem Tempos Mortos, de Hirsch; e Avenida Dropsie, onde faturou o Prêmio Shell de Iluminação em 2005

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O TRATAMENTO DE LUZ CONVERSA COM TODO O PROCESSO DE CRIAÇÃO ATÉ CHEGAR NO RESULTADO FINAL” Beto Bruel

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FOTOGRAFIA | POR: CLAUDIO GUES • FOTOS: CHRISTY LEE ROGERS

AQUÁRIO DE IMAGENS Nascida e criada no Havaí, a fotógrafa Christy Lee Rogers usa a água para criar imagens fluidas com a refração da luz

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A obsessão de Christy Lee Rogers com a água vai muito além de uma simples imersão. Por trás das imagens subaquáticas captadas por sua Canon, a artista visual norte-americana traz à tona suas inquietações mais profundas. “A água para mim é um elemento necessário para a criação de um mundo mágico. Cada nova série do meu trabalho representa uma nova fase da minha vida. É como uma viagem de descoberta do mundo, de expandir minha percepção sobre a humanidade. Atualmente estou mais interessada no Nada que envolve e cria Tudo, no silêncio entre as palavras e no espaço que rodeia cada coisa”, filosofa a artista. Batizada de Corpos Celestes, sua fase artística mais recente é resultado de 12 anos de experimentação com a água, a luz e o movimento. Um esforço que ela própria classifica como uma busca para “expressar algo maior que eu”. Esse desassossego interior move sua vida, permeia seu processo criativo e emerge em fotografias com imagens arrebatadoras. Todos os anos ela faz uma espécie de diário com colagens que reúnem suas descobertas, pensamentos, inspirações, palavras, cores, desenhos, etc. Após seu último período de pesquisa e estudos, a artista – que vive em Kailua, no Havaí – reuniu suas anotações decidida a encontrar modelos, piscinas, tecidos e adereços que pudessem materializar suas ideias. BRILIA

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A série de fotografias Corpos Celestes foi exibida em São Paulo no espaço Gabriel Wickbold Studio&Gallery

Na hora de fazer as fotos, Christy costuma aguardar o momento perfeito para fazer o clique. De acordo com ela, a água é sempre imprevisível e intensa. O esforço vale a pena, pois sua fotografia alcança uma força imagética tão intensa que alguns críticos costumam ver um diálogo entre suas criações e o universo dos grandes mestres da pintura, como é o caso de Adam Jacques, do jornal londrino The Independent: “A recompensa etérea é, de fato, sinônima de uma mistura de mestres; os tons vividos de Ticiano, os corpos tensionados de Rubens, o chiaroscuro de Caravaggio, mas também as pinceladas soltas e o movimento fluído de Delacroix... e também as ascensões celestiais ao estilo de Tiepolo que adornam muitas capelas venezianas do século XVIII”. A artista nega essa conexão. “Embora meu trabalho tenha sido comparado com as pinturas do período barroco, eu nunca recriei ou usei essas obras como referências para o meu trabalho”, rebate Christy. Seja como for, as imagens registradas no escuro - com o auxílio da refração da luz – fazem um elo com o barroco ao deixar evidente o contraste dramático entre sombra e luz e o efeito ilusionista que impressiona os sentidos do espectador. Ao usar a refração da luz como base técnica para sua fotografia, a artista consegue obter uma densidade óptica sem qualquer manipulação digital no estágio de finalização. Em sua fotografia, ela assegura buscar a verdade, mesmo que para isso tenha que usar alguns truques de artista. “Quero revelar que não há mágica em torno de nós, que somos mais do que podemos ver na superfície”, dispara Christy Lee Rogers, explicando mais uma vez sua arte pelo viés da filosofia.

SOMOS MAIS DO QUE PODEMOS VER NA SUPERFÍCIE” Christy Lee Rogers

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INSIDER | POR: CARLOS FORTES

L U Z Ao atualizar o projeto da loja Ellus – do Shopping Cidade Jardim – optamos por substituir as lâmpadas de vapor metálico por módulos de LED. Além da economia de 30% no consumo de energia elétrica, houve uma evolução conceitual e a manutenção da qualidade cromática das fontes luminosas

Em 2009, o arquiteto Renato Tavolaro desenvolveu um projeto para a Loja Ellus do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, que seria o projeto piloto de uma série de lojas denominadas Ellus and Guests – espécie de multimarcas com produtos Ellus e de outros designers convidados. Para esse projeto, que previa um layout bastante flexível, que poderia mudar a cada nova coleção, desenvolvemos um sistema de perfis metálicos equipados com trilhos eletrificados, nivelados com os dutos de ar-condicionado. Esse sistema alimentava uma série de luminárias orientáveis, de fachos concentrados e médios, equipadas com lâmpadas refletoras a vapor metálico (35W, CDMR-111 / 10° e CDMR-PAR 30 / 30°, 3.000K). A opção por trabalhar com lâmpadas a vapor metálico, de maior fluxo luminoso e longa vida útil, deveu-se em parte pelos acabamentos escuros, de pouca reflexão, e também pela facilidade de manutenção. A temperatura de cor de 3.000K, de tonalidade aparente branca quente, contrasta com os tons de cinza. Nesse ambiente de pouca reflexão luminosa, os espelhos móveis espalhados pela loja foram importantes aliados.

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• FOTO: ANDRÉS OTERO

Em 2012, fomos convidados a desenvolver um projeto para uma nova loja da marca no mesmo shopping. A ideia era implantar novamente os mesmos conceitos da loja piloto, mas dessa vez atualizando a solução para um projeto 100% LED. Para os projetores instalados nos trilhos eletrificados, substituímos as lâmpadas de vapor metálico por módulos de LED (24W, 10° e 30°), o que representa 30% de economia de consumo com energia elétrica. A temperatura de cor de 3000K foi mantida. As prateleiras de acessórios, antes iluminadas com lâmpadas fluorescentes T5 fixadas em sua estrutura, receberam perfis de alumínio assimétricos equipados com fitas de LED de 4,8W/m, e microprojetores orientáveis embutidos (LED 1W / 25°) para destaque. A opção pela tecnologia LED representa uma evolução do projeto e do conceito desenvolvido em 2009, quando ainda havia certa dificuldade em implantar projetos 100% LED com esse perfil. Todos os demais conceitos foram preservados e atualizados, expondo claramente o impacto positivo da evolução tecnológica no projeto. O projeto ganhou em economia de consumo e manutenção, preservando conceitos e qualidade cromática das fontes luminosas utilizadas. Essa experiência confirma as grandes vantagens no desenvolvimento de projetos 100% LED.

*Carlos Fortes é arquiteto e desenvolve projetos de iluminação e design de luminárias há mais de 20 anos, www.estudiocarlosfortes.com

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A luz tem o poder de transformar atmosferas e criar novos mundos. Ilumine com o LED inteligente da Brilia.

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