Revista D&D Shopping 5ª Edição

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UMA PUBLICAÇÃO D&D SHOPPING MAIO 2015

LUXO EXPO MILANO ARTHUR CASAS

URB

BERRINI – A VITRINE CONTEMPORÂNEA DE SP

PELO MUNDO PATRICIA ANASTASSIADIS


Foto: ediSon garcia

andréa gonzaga mostra artefacto d&d shopping 2015

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FOTO Marco Antonio

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Nossa Capa: Expo Milano 2015 – Banco de cerca de 50 m de extensão, com estrutura de aço carbono e trama de junco, produzido pela AMAZONIA com desenho dos Irmãos Campana, dentro do Pavilhão Brasil.

EDITORIAL

20 ANOS DE DESIGN Há vinte anos participei da festa mais importante que já tivemos no mercado de decoração e design em São Paulo. Eram milhares de pessoas, todas em seus smokings e vestidos de gala, desfilando por um novo shopping que abria suas portas, fruto de um sonho do empresário Gilberto Bomeny, que acreditou que este endereço seria o futuro de São Paulo. Acompanhei a obra da janela de meu escritório, onde dirigia as revistas de Decoração e Arquitetura da Editora Abril. Quis o destino que, exatos vinte anos depois, eu estivesse à frente desse projeto, que mudou o nosso segmento de Decoração e Arquitetura. Após sete anos à frente da Casa Cor, assumo o D&D para uma nova fase! Pensando nos próximos 20 anos. Hoje, São Paulo mudou-se para essa região. Nosso cartão postal é a ponte estaiada, um ícone da arquitetura moderna. Estamos em uma área de 12 mil empresas e 3 mil quartos de hotel (como a cidade conta). Tendo a missão de tornar o D&D um grande polo de criatividade e inovação para nossos arquitetos e decoradores, bem como para todos aqueles que querem morar melhor. Espero que gostem da nossa revista. Boa leitura. Angelo Derenze

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INDEX20

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ARTE | PINACOTECA

A integração contemporânea na reconstrução do prédio da Pinacoteca

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TREND | PANTONE

A Pantone determina o que colore o mundo

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DESIGN & DECORAÇÃO | DEBORAH ROIG

A arquiteta e decoradora apresenta projeto luxuoso na Quinta da Baroneza

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EXPO MILANO 2015 | ARTHUR CASAS O arquiteto representa o design brasileiro na maior feira de tendências do mundo

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MODA | LINO VILLAVENTURA

O estilista ligado em imagens que adora álbuns de fotografias e de design


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PROJETO EDITORIAL

GILBERTO B. BOMENY

Presidente Conselho WTC-SP

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LUCIANO MONTENEGRO DE MENEZES CEO WTC-SP luciano@wtc.com.br

Rua Harmonia, 293 CEP.05435-000 São Paulo - SP Tel.: 55 11 2893-0199

DIRETOR DE CRIAÇÃO Cesar Rodrigues cesar@studiolemon.com.br

ANGELO DERENZE

DIRETOR GERAL D&D angelo.derenze@wtcsp.com.br

COLABORADORES Bianca Liane Juliana Abbate Luciana Petriccione Inez Villaventura Tatiane Babachinas

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AGRADECIMENTOS

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MD Assessoria Tel.: 11 3049.1888 Marcia Dadamos Fernanda Périgo

54. BEST BUY | DELUXE 62. SWEET HOME | JOÃO ARMENTANO 66. PELO MUNDO | PATRICIA ANASTASSIADIS 70. ICON | ONE THOUSAND MUSEUM 74. GASTRONOMIA | CHA, CHA, CHA 78. ASPAS | LUXO PARA TODOS 80. URB | NOVA PAISAGEM PAULISTANA 84. EM CARTAZ | TRINCA DE DAMAS 86. I/D NEWS | EVENTOS BEM DECORADOS

Chico Volponi cvolponi@studiolemon.com.br

EDITOR

Sergio Zobaran

JORNALISTAS

Cynthia Garcia Judith Pottecher Léa Maria A. Reis Luiz Claudio Rodrigues

PROJETO GRÁFICO

Lemon Design e Comunicação

ARTE TIRAGEM

10.000 exemplares

VERDE - LUIZ CARLOS ORSINI

Em entrevista exclusiva à D&D fala sobre seus 35 anos de carreira

DIRETOR EXECUTIVO

Eduardo Barletta

ARTE FINAL

Osmar Tavares Junior

ENDEREÇO D&D SHOPPING Av. das Nações Unidas 12.555 Brooklin Novo CEP: 04578-903 F: 11 3043.9000

FOTOS

Paulo Brenta Marcelo Donatelli

REVISÃO /Ddshopping

Ana Luisa Novato Faleiros

/Dedshopping

DIRETOR COMERCIAL

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Eduardo Isola comercial@studiolemon.com.br tels.: 55 11 2893–0199 | 99473-2977

PRODUÇÃO GRÁFICA Tinta Pura Enivaldo Carlin Kelson Mota


CARTA EDITORIAL

É UM LUXO! Neste 2015 em que festejamos os 20 anos do D&D Shopping, nada melhor a celebrar que o luxo de ele existir. Luxo em todos os sentidos: em primeiro lugar no fato de ter apostado em uma região ‘nova’ para se erguer. E esta é uma das matérias mais interessantes da revista: o crescimento da cidade para o sul e para o alto em nosso entorno pioneiro, atribuindo um novo skyline à capital. Em Miami, mais uma vez parte da extensão de nossos destinos, o mesmo fenômeno, com a construção de prédios luxuosos como o One Thousand Museum, assinado por Zaha Hadid. Assim registramos em nossas páginas esta audácia de um empreendedor brasileiro. Também na elaboração de um melhor viver, apresentamos três exposições paulistanas de decoração que estão a meio caminho entre o centro e a nossa localização, na região da Berrini: a tradicional Casa Cor, em seu 12º ano de utilização do prédio histórico do Jockey Club; a contemporânea MostraBlack, em itinerância, que este ano acontece na Oca, e a recente Modernos & Eternos, que une antiquariato e mobiliário vintage aos jovens arquitetos – luxo que tem à frente três mulheres poderosas. Luxo para mulheres – e homens também – são as incríveis formas e texturas na moda de Lino Villaventura; os sabores da cozinha de Charlô; as cores anuais e de sempre da Pantone; as casas de campo dos arquitetos João Armentano e Deborah Roig; o verde dos jardins do paisagista Luiz Carlos Orsini; as viagens da arquiteta Patricia Anastassiadis; a arte na Pinacoteca do Estado, ícone da cultura que agora se populariza – e isso é um luxo verdadeiro. Temos ainda a mostrar: as melhores compras nas lojas do shopping, a entrega dos prêmios de nosso programa de relacionamento i/D aos profissionais que mais nos prestigiam e sua viagem à Áustria... E, last but not least, perguntamos a alguns profissionais o que é o luxo para eles – as respostas você também vai ler em nossas páginas. Boa leitura, porque ler também é um luxo. Sergio Zobaran

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Padrão Moon Criação Pedro Lourenço

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LUXO NA LUZ O VELHO NO NOVO E O NOVO NO VELHO: CRÍTICOS DO MUNDO INTEIRO ADMIRAM A INTEGRAÇÃO CONTEMPORÂNEA ORQUESTRADA PELO ARQUITETO PAULO MENDES DA ROCHA NA REESTRUTURAÇÃO DO PRÉDIO DA PINACOTECA DO ESTADO DE SÃO PAULO ARTE Por Léa Maria A. Reis Fotos: Divulgação

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Símbolo forte da vida paulistana, a Pinacoteca do Estado tem uma relação antiga e afetuosa com a população. Data de 1905, quando um acervo de 26 telas pintadas por artistas locais foi exposto em uma modesta sala deste prédio, que então pertencia ao Liceu de Artes e Ofícios. Cinco décadas depois, em 1955, a Pinacoteca era “um museu esquecido”, como se dizia então. Mas no ano seguinte ela abriria espaço para a arte moderna, e era inaugurada uma sala com obras de tendências não acadêmicas. Sediava a importante exposição Modernistas. Somente nos anos 90, a partir de 1993, foi selado o destino honroso que o museu merecia com o magnífico trabalho da grande reforma do edifício, até então relegado, e que durou cinco anos, sob o comado de um dos gigantes da arquitetura brasileira da sua geração, Paulo Mendes da Rocha, o Prêmio paulista (o ‘Nobel’ da área) 2006 e capixaba radicado na capital paulista. O objetivo era a adaptação da Pinacoteca aos padrões museológicos internacionais; hoje a intervenção arquitetônica de Mendes da Rocha é admirada e estudada aqui e lá fora. O projeto de iluminação das obras encomendado por ele e pelo seu escritório é assinado pelo italiano Piero Castiglioni – o mesmo do Museu d’Orsay, de Paris e do Palazzo Grassi, de Veneza. Vidro e aço foram aliados aos tijolos da alvenaria descascada e o resultado é o de uma espécie de “colagem do novo no velho e do velho no novo, formando um todo único e harmônico, elegante e simples e sem qualquer nostalgia,” como analisam críticos estrangeiros. Na linguagem poética de Mendes da Rocha, ele disse ao terminar o trabalho – onde as passarelas criadas se tornaram uma marca notória: “Agora é possível visitar o prédio como só as andorinhas podiam fazer; não precisa mais ficar circundando os pátios como num convento.” De lá para cá, a história da Pinacoteca honra uma tradição cultural do país. No ano passado recebeu nada menos que 500 mil visitantes. Em 2001, a mostra Rodin chegou a levar às suas instalações 183 mil pessoas. E, antes, o trabalho de Andy Warhol havia sido conferido por cerca de 74 mil. As esculturas de Alberto Giacometti foram admiradas por mais de 100 mil indivíduos, e este ano, em pleno verão, o escultor australiano Ron Mueck, autor de célebres esculturas hiperrealistas gigantescas, estourou todos os recordes: ele atraiu 402 mil admiradores. Uma progressão impressionante.


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Sob a direção atual de um triunvirato de especialistas – Paulo Vicelli, diretor de Relações Institucionais, Ivo Mesquita, diretor técnico, e Marcelo Dantas, diretor administrativo –, a partir de outubro deste ano se iniciarão as festas de comemoração dos seus 110 anos. Mas antes, de julho até outubro, haverá uma mega exposição, de alto nível, uma parceria com a Tate Gallery, de Londres, que pela primeira vez na sua história autoriza transferir para fora da Inglaterra uma coleção preciosa de cerca de 100 peças intitulada Paisagens da mente: pinturas de paisagens britânicas de 1700 a 1990, com trabalhos de Gainsborough, Turner, Constable, Whistler, Ben Nicholson e Richard Long, entre outros mestres dessa tradição de pintura. ”Assim como a natureza morta é uma marca dos pintores holandeses, a arte das pinturas de paisagens dos séculos 17 e 18 são uma característica dos artistas ingleses,” anota Paulo Vicelli. “E esta vai ser uma chance única de conhecer uma coleção tão importante.” Paralelamente, a Estação Pinacoteca continuará com seu acervo de arte brasileira aberto: Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Alfredo Volpi, Hélio Oiticica, Lygia Clark e Hércules Barsotti dentre muitos outros mestres. E como cultura, também é um luxo – luxo fundamental –, a sugestão é esta: passear pelo Parque da Luz e dar uma conferida no que está sendo apresentado na Pinacoteca do Estado. Curtir um café, lanche ou uma taça de vinho no simpático Café Flor, no corpo do prédio principal com seus tijolos à vista, debruçado para os jardins do parque. E, ainda, fazer uma comprinha na butique da Pinacoteca, onde livros de arte e material de fina papelaria esperam o visitante. Um programão (veja no box a programação completa para 2015)!

Depois do hiperrealismo, os grandes pintores ingleses, com a mostra Imagens da Mente é o próximo cartaz. Turner e Gainsborough estão entre eles.

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ARTE

A FORÇA DE UM SÍMBOLO Paulo Vicelli, 35, há três anos é diretor de Relações Institucionais da Pinacoteca do Estado de São Paulo. Ele vem do Instituto Cultural Itaú, onde trabalhou cerca de uma década. Desde que assumiu o cargo atual, duas prioridades suas foram ampliar o número de doadores do museu e fechar parcerias importantes com outras instituições culturais como com o MoMA, de Nova Iorque, e a Tate, de Londres. Os britânicos se interessam em conhecer melhor os processos educativos desenvolvidos pela Pinacoteca junto às escolas, crianças e aos jovens e, da parte dos brasileiros, há o objetivo de estudar o setor de segurança implantado pelos londrinos. Jovem vibrante e entusiasta da arte brasileira, Vicelli costuma dizer: “O MoMA tem 566 brasileiros no seu quadro de doadores. E nós, na Pinacoteca, como ficamos?”. Dos cerca de R$ 30 milhões do orçamento da Pinacoteca, 60% vêm do governo de São Paulo. Os demais 40% são, sobretudo, de patrocinadores que podem usar a Lei Rouanet para apoiar a instituição. D&D: Quais as causas do aumento vertiginoso de visitantes da Pinacoteca nos últimos anos? Paulo Vicelli: É um trabalho que vem sendo feito ao longo do tempo, inclusive pelos diretores anteriores, no sentido de estabelecer uma grade diversificada para a programação anual, com mostras de caráter histórico entremeadas com outras de apelo popular maior; e com artistas nacionais intercalados a outros, internacionais. Outra consequência é o acervo da Pinacoteca apresentado de modo didático num processo de cultura educativa. E também as campanhas de fortalecimento da marca e a desmistificação de que museu é um lugar silencioso, antigo, vetusto. Pelo contrário: a Pinacoteca é um local animado, de encontro com os amigos, de comunicação com redes sociais, wi-fi, etc. D&D: Qual é a reação dos visitantes estrangeiros quando visitam o museu? Paulo Vicelli: Ficam surpresos. Eles chegam para conhecer a arte brasileira e se surpreendem. A nossa coleção fala de Brasil e é feita por brasileiros, e apenas vindo à Pinacoteca o turista estrangeiro terá a chance de conhecê-la bem. Nos dois prédios do complexo as peças são agrupadas com uma abrangência tão didática que o visitante percorre da primeira à última sala e sai com a sensação de que viu realmente tudo que queria. D&D: E as crianças, Paulo, qual a reação delas com

esse mergulho tão necessário na nossa cultura? O que sentem quando visitam a Pinacoteca? Paulo Vicelli: Fascínio, curiosidade. A começar pelo prédio, que fascina os pequenos por causa do aspecto que pode lembrar a elas ‘ruínas’ misteriosas, o pé-direito muito alto, e o encanto da circulação pelas passarelas. Além do mais, as visitas programadas são realizadas com o foco em grupos segmentados. Para idosos, por exemplo, as ferramentas utilizadas nessas visitas são inteiramente diferentes das usadas com as crianças. Para elas, maquetes podem ser feitas com espumas, e roupas que seguem figurinos de época podem ser vestidas pelos pequenos visitantes que aprendem se divertindo muito.

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Grande sucesso da Pinacoteca, este ano, a exposição do australiano Ron Muek com suas figuras gigantescas; em seguida, o trabalho de Roberto Burle Marx.


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MOSTRAS LUXUOSAS Várias mostras de artes visuais montadas em São Paulo estão arrastando, nos últimos dois anos, multidões interessadas em visitá-las em centros culturais e em dinâmicos museus que nada devem aos melhores do mundo. A mostra mais concorrida do último verão foi a da Pinacoteca, com as figuras hiper-realistas do australiano Ron Mueck. A fascinante expô, concebida pela Fundação Cartier, recebeu mais de 150 mil pessoas. Quatro mil por dia, um recorde impressionante. Logo em seguida, na mesma Pinacoteca, Uma vontade de beleza, com a pujante obra de Roberto Burle Marx – 80 pinturas, desenhos, projetos, joias, cerâmicas, estudos e vidros do inquieto artista -, atraiu multidões. Desde o começo deste outono, o Centro Cultural Banco

do Brasil (CCBB) recebe 90 obras da mostra Picasso e a modernidade espanhola vindas do luxuoso Museu Reina Sofia, de Madri. A procura é tal que o agendamento prévio de grupos está encerrado até o fim da temporada, neste mês de junho, e a espera nas filas para entrar pode levar duas horas. Nela estão dois ícones da obra do genial artista: o óleo Mulher sentada apoiada nos cotovelos e os preciosos estudos de Picasso para o seu fabuloso painel Guernica. A mostra Salvador Dali, no Instituto Tomie Ohtake, atingiu a marca de 500 mil visitantes nos quatro meses do último verão. No ano passado, o Instituto recebeu nada menos que um milhão e meio de pessoas, e no segundo semestre receberá outro blockbuster das artes visuais:

a mostra com a obra da mexicana Frida Kahlo. Neste grupo seleto de exposições de luxo, a São Paulo Arte deste ano reuniu, em três andares do Pavilhão da Bienal e com o tema Arte como valor, 140 conceituadas galerias nacionais e internacionais, além de coleções célebres, de bilionários como os da família do banqueiro Pierre Dreyfus e dos Foggs e Sosnows, de Nova Iorque. Vinte e três mil visitantes estiveram lá. E para encerrar o ranking cultural, o Museu da Imagem e do Som (MIS) abriu há pouco o cardápio de maio, tradicionalmente o seu mês da fotografia. Este ano, o museu do Jardim Europa mostra a propaganda na época da fotógrafa Vivian Maier e o lambe-lambe dos anos 70 de São Paulo. Grande programa!

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ARTE

O cardápio da Pinacoteca no segundo semestre inclui esculturas, instalações e pinturas de artistas nacionais e estrangeiros.

O QUE VEM AÍ EM 2015 Após o sucesso da bela exposição Uma Vontade de Beleza, no primeiro semestre deste ano, com trabalhos de Burle Marx, abaixo a grade de mostras da Pinacoteca no segundo semestre. Ela reforça a proposta de apresentar produções e trajetórias de artistas brasileiros em meio a iniciativas internacionais. • Esculturas de Nelson Felix • Esculturas do italiano Marino Marini • Novas esculturas de José Resende • P anorama da criação do pintor irlandês Sean Scully • Nuno Ramos, em trabalhos inéditos • P inturas do início do acervo da Pinacoteca, originárias do Museu Paulista • E xposição 110 anos: o futuro/Coleções da Pinacoteca • Coleção Helga de Alvear

UM PASSEIO OBRIGATÓRIO

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A sugestão pode servir para uma manhã ou uma tarde luxuosa: Pinacoteca do Estado de São Paulo abre diariamente às 10 horas, das terças aos domingos. E, numa volta pelo Parque da Luz, onde está incrustada, nem que seja apenas para uma espiada num dos museus mais antigos da cidade, a visita se faz obrigatória. Local de exposições artísticas, num complexo que se completa com o prédio da Estação Pinacoteca, no passado propriedade da Estação Sorocabana, no Largo General Osório, e vizinho também da Sala São Paulo e da Estação Júlio Prestes, como a própria Pinacoteca-mãe, e em frente ao Museu da Língua Portuguesa, que fica na Estação da Luz. Visitas podem ser programadas pelo telefone 11 3324 1000. Crianças até 10 anos e idosos têm entrada gratuita. Para o público em geral, gratuidade aos sábados e quintas a partir das 17 horas.



TREND

CORES LUXUOSAS BY PANTONE® O MUNDO DA MARCA QUE COLORE O MUNDO

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Já observaram que há vários tons de marrons avermelhados nas vitrines de outono? Tons de vinho que não entravam na moda há tempos – como nos esmaltes de unhas? Já notaram que há centenas de automóveis da cor branca rodando pelas ruas? Que o azul-noite está na ordem do dia faz um ano? E que o branco na decoração das casas não é mais usado com tanta frequência? Os detalhes em marrom nas cafeteiras de último tipo? As pulseiras de couro mais avermelhado das grandes marcas de relógio? E os tênis cor de vinho, um destaque de opção elegante na estação fria? Adotar a “cor do ano” é um luxo. Com os sinais e os símbolos do mundo colorido da Pantone®, que nos cercam e nos devolvem mensagens que vieram do inconsciente coletivo, as cores que foram pesquisadas voltam sob a forma de tendências a serem adotadas pelos arquitetos, decoradores, designers, estilistas e pelas mais variadas indústrias ao redor do planeta. A marca americana Pantone®, sediada em Nova Jersey, determina as cores para

o mundo através de fórmulas codificadas em seus diversos Guias de Cores Pantone®. Um destes sistemas globalizados, o FASHION HOME + INTERIORS, apresenta 2.100 códigos de cores desenhados para todo tipo de indústria que lida com design, moda, tecidos, interiores. Também oferece diversos estudos de tendências, assim como PANTONE VIEW HOME + INTERIORS 2016. Este “cahier” de tendências globalizadas apresenta 72 cores por ano, divididas em nove ambientações. Estes e outros projetos nascem no Instituto de Cores Pantone®, dirigido pela “guru internacional da cor” e eleita uma das mulheres americanas mais notáveis pela American Biographical Institute, Leatrice Eiseman. Ela é a diretora executiva do Instituto e autora de oito livros sobre estudos com cores. As suas seleções de coloridos para diversas indústrias já ganharam inúmeros prêmios. Um deles, o da prestigiosa revista Design Industrial para grupo utilitário – ferramentas coloridas Leatherman – e para um aparelho especial para mulheres, da Schick, similar aos barbeadores.


31 Num dos oito livros de autoria de Leatrice Eiseman, cuja competência é reconhecida internacionalmente, o 20th Century in Color, são revisitadas as cores do século passado, em paletas que forneceram a base visual para cada década desses recentes cem anos. Em outro, são ressaltadas as cores que revelam determinados estados de espírito e de cada grupo familiar, com informações práticas e insights psicológicos para os profissionais que trabalham e tomam decisões sobre o uso de cores. Em um terceiro, Eiseman trata da importância das cores na comunicação visual. Milhares de empresas, pequenas e grandes corporações, têm se beneficiado da colaboração de Leatrice escolhendo a cor para o desenvolvimento de seus produtos, logotipos e identificação de marca para web sites, embalagens, shoppings centers, design ou qualquer outra aplicação onde a escolha da cor adequada é fundamental para o sucesso não apenas do mencionado produto, mas também do ambiente onde ele é apresentado. Pois foi este fascinante tema – Pantone® e seu sistema de cores e as tendências do VIEW HOME + INTERIORS 2016 – o assunto central da palestra organizada para os clientes e lojistas do Shopping D&D pela executiva Blanca Liane, CEO do Lexus Groupe, de São Paulo, representante da marca americana no Brasil e responsável pela implantação do sistema no país. Profissional que atua na moda e no design desde os anos 1980, Blanca trabalha na sua empresa desenvolvendo projetos com harmonia de cores, cartelas exclusivas e estudos de variantes de cores para estamparia. Recentemente, desenvolveu um novo conceito de uso da cor, dentro de um novo mercado para uso do Pantone® – o imobiliário – com a incorporadora BKO. Elaborou um mapa com mais de 200 cores que refletem diversas personalidades de consumidores, representados em cores Pantone®, a fim de que o futuro morador do imóvel escolha uma cor de porta personalizada. Sob seu comando, hoje, a Lexus é uma empresa com múltiplas atividades na área, todas voltadas para o desenvolvimento de ferramentas de apoio aos designers, coordenadores e criadores de marcas. É a maior distribuidora oficial dos produtos Pantone para o Brasil e divulgadora das tendências, dos serviços e dos seus produtos na linha profissional. Na sua palestra no D&D, Blanca esclareceu como e porque o Marsala – a cor do vinho Marsala, com tonalidade de terra avermelhada, originário da Sicília e conhecido como o vinho da meditação – é a cor de 2015. É a expressão do ano. Está em atividade atualmente e a previsão é a de que se estenda por mais algum tempo em 2016. Seu tom varietal combina com muitos outros tons neutros, além de cinzas e taupes, amarelo-ouro, verdes, âmbar e azuis vibrantes. Blanca lembrou que a influência da cor do ano atualmente está durando mais do que um ano. “Um exemplo: a cor de orquídea, do ano passado, exprimiu tanto de sua época que se estende até hoje.” Do mesmo modo como ocorreu com a tendência do azul-noite ou azul-nanquim ou ainda o azul-natier, que continua com prestígio mesmo depois da época à qual se destinava. “Esse azul é o novo preto,” assinala Blanca Liane.

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TREND

Numa época de marcantes movimentos de individualização, como a atual, existe uma maior seleção de cores diferentes entre si. Personalizar é a palavra de ordem. E cada um tende a criar sua própria estética. “Cada cor apresentada como tendência em determinado período,” diz Blanca, ”dura um ciclo produtivo de oito meses ou mais.” Mas o desafio maior é concretizar a cor em qualquer material: couro, tecido, papel, plástico, vidro, etc., tornando possível sua aplicação em qualquer superfície. Para interiores, Pantone® apresenta as cores indicadas em tecidos de algodão e em papel cartão com grande fidelidade. Hoje em dia uma terceira matéria-prima, o poliuretano, já está codificado em amostras de cores fidelíssimas aos sistemas Pantone® em uso. “A cor deste ano é o vinho – e o marrom. Marsala, código 18-1438, é apenas uma influência porque é uma cor muito específica. É um tom carismático, rico e misterioso que tem vinho e marrom misturados. É uma cor que explora a nova corrente da nutrição,” explica Blanca. “Mas Pantone® não inventa cores”, ela avisa. “O estudo VIEW HOME 2016 apresenta 72 propostas de cores ambientadas em 9 nichos de consumo, válidas para o ano seguinte. As pesquisas que fundamentam estas escolhas buscam em comportamentos e atitudes novas, em arte, arquitetura e urbanismo, em eventos esportivos, filmes, shows musicais e na moda os elementos de confirmação destas correntes. A influência das tendências futuras é evidente no mundo dos interiores, moda, design de produto e muitos outros. Os estudos de cor se tornam cada vez mais relevantes e visíveis. Os tons

de agora, por exemplo, são os terrosos, junto com a cor vinho que há muito tempo não era explorada. Foi muito utilizada na década dos 90 e depois quase desapareceu durante os anos 2000.” Uma observação importante da diretora do Lexus Groupe é esta: “Na decoração, nos interiores das residências, hoje, há equilíbrio entre uso de cor e textura, porque os materiais mais usados na arquitetura são madeira, vidro, metal. Em contrapartida, na moda, há tantas cores! As cores da moda e da decoração seguem sempre paralelas. Uma influencia a outra. São universos que caminham paralelos e convergem em certos momentos.” Se o vermelho vizinho do amarelo, resultando em um tom de laranja – como ocorre com a marca do Mc Donald’s – estimula o apetite, como comenta Blanca, o marrom de agora tem um significado de despertar a confiança e a segurança. “A percepção se faz através dos olhos; eles funcionam como uma espécie de gatilho automático da sensibilidade humana,” ela explica, concluindo: “O impacto da psicologia da cor é imenso porque a cor exprime o espírito de uma época.” Dentre os clientes no Brasil que usam as Guias de Cores Pantone®, buscando o padrão para que se desenvolva a sua cor com fidelidade, se incluem a Editora Globo e a TV Globo, a TAM, a Brazil Foods, a NATURA, o Grupo Boticário. Ao tom Marsala deste ano, as boas-vindas! Em tempos turbulentos, tonalidades de uma cor que inspira não só confiança, mas também que faz os indivíduos se sentirem seguros só podem ser bem-vindas.

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DESIGN & DECORAÇÃO

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35 HABITAT ECO-FRIENDLY NA QUINTA DA BARONEZA, A CASA DE CAMPO PROJETADA POR DEBORAH ROIG CONVIDA A NATUREZA PARA DENTRO ATRAVÉS DE GRANDES VÃOS DE VIDRO, TRANSFORMANDO-A NUMA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL Por Cynthia Garcia Fotos Divulgação

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37 “Luxo para mim é projetar sua casa exclusivamente para atender seus sonhos, não importa o tamanho”, conceitua Deborah Roig, com sua comprovada expertise no luxo casual, impresso em projetos de arquitetura e decoração há 15 anos. De linhas contemporâneas, este refúgio campestre está fincado no interior de São Paulo, em meio a terreno de 4.000 m², na Quinta da Baroneza. Aqui a ideia foi convidar a natureza para dentro através de grandes vãos de vidro, trazendo a luz do dia para o interior, desta forma, transformando-a num habitat eco-friendly. A pedra-madeira amarela do Pará, usada no revestimento interno e externo, acentua a solene sofisticação da fachada e da colunata que sustenta o pé-direito duplo. “Ela aquece o ambiente e promove isolamento acústico”, explica Deborah. A cozinha gourmet state-of-the-art, com todos os equipamentos, e a piscina de 61 m2 com borda infinita com um convidativo lounge seco, em meio ao azul da água, fazem o charme da área de lazer. Com lareira na mesa de centro, o living é o ambiente integrador do projeto. Na sala de jantar, uma raiz de árvore inver-

tida acentua a rusticidade chic que emana do décor. Nas cinco suítes, paredes e tecidos são banhados por tons suaves em contraste com o estilo étnico do mobiliário. Mas o destaque é o apartamento do casal, imerso na natureza através de dois grandes panos de vidro com portas de correr que dão para o deck privativo perfumado pelo jardim de lavanda, projetado especialmente pelo paisagista Gilberto Elkis.

Na página ao lado, a varanda com pedramadeira amarela do Pará e conjunto da poltrona Borboleta, design argentino de 1938. Nesta página, acima, o lounge seco no meio da piscina de 61m2. Ao lado, o living com texturas e texturas naturais.

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DESIGN & DECORAÇÃO

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01. O living em clima de Santa Fé, New Mexico. 02. Pedra-madeira amarela do Pará e banqueta com pele de vaca. 03. Tons crus e almofada étnica. 04. Aparador de madeira rústica. 05. Sofá de couro e a clássica poltrona Eames Lounge chair (1956) com banqueta, design do casal Charles e Ray Eames para Herman Miller. 06. Vista da sala de banho em travertino.

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EXPO MILANO 2015

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TRANÇADO

CULTURAL COM O STUDIO ARTHUR CASAS NA ARQUITETURA E NO DESIGN DE INTERIORES E O ATELIER MARKO BRAJOVIC NA CENOGRAFIA E EXPOGRAFIA, O BRASIL FAZ BELLÍSSIMA FIGURA NA EXPO MILANO 2015

01. A Expo Milano 2015 abre as portas com tema “Feeding the Planet”. 02. Pavilhão do Brasil, projeto arquitetônico do Studio Arthur Casas com cenografia do Atelier Marko Brajovic. 03. A rede conceitual do pavilhão brasileiro. 04. Banco de cerca de 50 m de extensão, com estrutura de aço carbono e trama de junco, produzido pela AMAZONIA com desenho dos Irmãos Campana.

Por Cynthia Garcia

O start da Expo Milano 2015 no dia 1º de maio não aconteceu sem imbróglios. Gerou protestos nas ruas da capital da Lombardia ao ferir o tema da feira – “Feeding the Planet, Energy for Life” – ao admitir, como patrocinadores oficiais, os símbolos mundiais da junk food: McDonald’s e Coca-Cola. A indignação foi geral. Como pode isso acontecer justamente na Itália, com sua reconhecida gastronomia, seu saber artesanal, milenar, e respeito à terra? O outro foi a saída de Jacques De Meuron, o quarto nome no time de arquitetos de primeiríssima composto também por Stefano Boeri, William McDonough e Ricky Burdet, autores do master plan inicial. O suíço criticou a desorganização e chutou o balde. Largou o projeto quando viu ser engavetado pelos organizadores o inovador master plan proposto pelo grupo – uma feira sem a tradicional cacofonia de pavilhões em prol de um evento com todos os países em espaços iguais, que enalteceriam o conteúdo de cada participante. Em um jogo de ironia, ele culpou o fato ao espírito “vanity fair”, ou seja, a fogueira de vaidades que vem chamuscando o evento de um milhão de metros quadrados e participação de 148 países a 15 km de Milão, em Rho-Pero. Mas o abandono durou pouco. A ONG italiana Slow Food, de Carlo Petrini, pioneiro do movimento da ecogastronomia, não tardou em convidá-lo para projetar seu ecológico pavilhão. Afinal, a Expo Milano é uma plataforma internacional de prestígio e muita visibilidade, e Herzog & De Meuron não poderia estar de fora.

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FOTO: RAPHAEL AZEVEDO FRANÇA

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FOTO: RAPHAEL AZEVEDO FRANÇA

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“O PROJETO DE 4.000 M , SIMPLES, BONITO, 2

BEM AMARRADO, LEVA A CRIATIVIDADE DO STUDIO ARTHUR CASAS NA ARQUITETURA E NO DESIGN DE INTERIORES E A OUSADIA DO ATELIER MARKO BRAJOVIC”

O Pavilhão do Brasil, um investimento de cerca de R$ 66 milhões, coordenado pela Apex, não tem a exuberância do chinês, nem é tão ufanista como o americano, nem tão verde quanto o austríaco, nem tão tech como o do Reino Unido, mas sua narrativa faz belíssima figura. O projeto de 4.000 m2, simples, bonito, bem amarrado, leva a criatividade do Studio Arthur Casas na arquitetura e no design de interiores e a ousadia do Atelier Marko Brajovic (que também assina o Pavilhão de Montenegro) na cenografia e expografia. Sua principal atração é flutuante. Uma rede de nylon de mil metros quadrados que paira a oito metros do térreo. Mais que estética, sua função é conceitual, mas lúdica também. Convida o público a brincar, a relaxar, reagindo aos movimentos através de sensores interativos conectados a um circuito

de som e luzes. Seu balanço nasce de nossas raízes indígenas, seu entrelaçamento celebra nosso trançado cultural e ainda encapsula o dinamismo da rede contemporânea da supervia da comunicação. A estrutura do pavilhão abriga três pavimentos e também prima pela originalidade. Trata-se de um prédio único, composto por dois paralelepípedos paralelos, comunicantes. O institucional está concentrado no menor com exterior metálico com acabamento em cortiça. O da rede, o maior, com 2.400 m2 de área, tem estrutura externa de vigas de aço corten entrelaçadas em desenho assimétrico. No interior, mobiliário de expoentes do design Made in Brasil, cadeiras criadas por Arthur Casas, produzidas pela Poliform, batizadas Maria Bonita e Lampião, e instalações dos artistas plásticos Laerte Ramos e Nazareno.


FOTO: RAPHAEL AZEVEDO FRANÇA

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01. Organizado pela Apex, o Pavilhão do Brasil custou R$ 66 milhões. 02. Cadeiras Lampião, design de Arthur Casas para Poliform, desenvolvida especialmente na Itália para o pavilhão. 03. Arquiteto Arthur Casas. 04. Restaurante do pavilhão com as cadeiras Lampião. 05. A rede de 1.000 m2.

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FOTO: JHONATAN CHICARONI

FOTO: DIVULGAÇÃO

03 FOTO: FILIPPO TAGLIABUE

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43 PAVILHÃO DO BRASIL EM NÚMEROS Pavilhão do Brasil em números Por Cynthia Garcia Tema: “Brasil: alimentando o mundo com soluções” Símbolo do projeto: a rede Espaço lúdico: grande rede de nylon de 1000 m2 Área total: 4.133 m2 Área construída: 2.385 m2 Formato: 2 prédios no forma de 2 paralelepípedos paralelos, um maior, outro menor Estrutura do prédio maior: trançado de vigas de aço corten Altura dos 2 prédios: 12 m Pisos dos dois prédios: 3 pavimentos fluidos Estrutura do prédio menor: metálica com acabamento externo em cortiça Local na 2015: lote 8, próximo à estação de metrô Rho Fiera www.brasilexpo2015.com PROFISSIONAIS QUE FIZERAM O PAVILHÃO DO BRASIL ACONTECER Arquitetura e design de interiores: Studio Arthur Casas (Arthur Casas, Gabriel Ranieri, Alexandra Kayat, Eduardo Mikowski, Alessandra Mattar, Nara Telles, Raul Cano, Renata Adoni, Fernanda Müller, Pedro Ribeiro e Luiza Costa) Projeto expográfico e cenografia: Atelier Marko Brajovic (Marko Brajovic, Carmela Rocha, André Romitelli e Milica Djordjevic) Estrutura, equipamentos e engenharia: Mosae (Stefano Pierfrancesco Pellin Dario Pellizzari, Andrea Savoldelli, Klaus Scalet, Michele Maddalo e Luisa Basiricò) Curadoria de arte: Box 1824 (Eduardo Biz e Rony Rodrigues) Consultores: SP.Project (Paulo Freire e Miguel Brazão) Organização: Apex-Brasil

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FOTO: PAULO BRENTA

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45 LINO VILLAVENTURA Por: Léa Maria A. Reis Fotos: Divulgação

LUXO? “LUXO É CONFORTO E QUALIDADE”

Luxo é a roupa de ótima qualidade, “Não é marca”, diz Lino Villaventura – Antonio Marques de Matos Neto -, de 63 anos, o paraense que, nos anos 1980, conquistou as passarelas do eixo Rio-SP e logo se firmou como um dos mais talentosos e inventivos estilistas brasileiros. Luxuosa é a trajetória e a maneira como ele conta sua história e desenha seu perfil: de modo inteligente, ágil, colorido, com os detalhes certos, um pouco como é a sua moda. Era filho de uma família de classe média abastada de Belém – o pai, um homem de negócios muito bem sucedido. Vendo o garoto quieto, introvertido, silencioso e que adorava ler, ninguém pensaria nele como um artista no futuro. A sua ideia era ser arquiteto. Frequentava o escritório de um padrinho afetuoso, homem culto, engenheiro doublé de artista plástico, ceramista de grande talento. Foi quem o iniciou nas artes e na música erudita. “Aos 10 anos eu já ouvia e me deleitava com a Nona de Beethoven, à qual ele me apresentara,” Lino relembra. Oito anos mais tarde o menino crescido tinha amadurecido e se transformado no rapaz alegre, expansivo e sociável que gostava de dançar, de sair com os amigos e de se “expressar”, como ele diz hoje. Estudava Enge-

nharia – a Arquitetura ainda era uma meta – e morava em Fortaleza, para onde os pais haviam se mudado. A namorada, uma curitibana chamada Inês, estudava Letras e acabou indiretamente sendo a responsável pelo início de sua carreira. Não do Lino-engenheiro ou do Lino-arquiteto, mas do Lino-estilista. “Minha irmã e eu decidimos fazer um colete para dar de presente à Inês no dia do aniversário dela. Era um colete todo bordado, feito com barbantes tinturados, uma coisa meio marroquina, meio indiana, que na ocasião começava a fazer imenso sucesso.” Além de conquistar definitivamente o coração de Inês, que seria (e é até hoje) sua sócia, grande amiga e com quem acabou se casando, o colete virou a cabeça das moças amigas e das amigas de amigas, que quiseram encomendar uma peça igual: “Foram minhas primeiras clientes, pessoas sofisticadas que compravam muitas roupas em Paris e conheciam o que era qualidade.” Então, Lino começou a inventar e cortar uma peça aqui, outra ali – “roupas de seda pura, calças diferentes, e tudo dava certo!” O casal acabou montando um galpão, mesa de corte, funcionários, e terminaram abrindo uma loja.

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O rebuscado estilo de Lino tem sempre o equiíbrio da verdadeira elegância.

Terminaram, não. Começaram, porque o triunfo, no Rio, viria logo em seguida. Os anos 1980 ainda eram a “época das grandes festas cariocas, do Copacabana Palace, do Theatro Municipal, das noitadas do Canecão e do famoso Prêmio Multimoda; do Fórum de Ipanema (a galeria literalmente da moda), de Regina Marcondes Ferraz, de Guilherme Araújo, de Gregório Faganello (o estilista), do Grupo Mineiro de Moda”, relembra Lino. Seu desfile calcado nos anos 1920/30, com grandes efeitos cênicos, estourou. “Quando terminou, a gritaria era tanta que, nos bastidores, eu pensei que estavam vaiando. Mas eram longos aplausos e a consagração no Multimoda.” Em seguida veio a Fenit, de 1984 até 88, e outro desfile monumental na grande Feira Internacional de Osaka, no Japão, a World Trade Fashion, a convite do Itamaraty e na qual representou o Brasil – todos os modelos levados por Lino foram comprados por uma loja de Tóquio. A loja aberta na Bela Cintra, quatorze anos atrás, foi a consequência dessa trajetória com escalas em Portugal, Paris (onde viveu uma boa temporada, no fim da década de 80) e Praga. Um vídeo de arte com seus modelos foi adquirido para o acervo do Stedelijk Museum, de Amsterdã, e ocorreram desfiles na Arábia Saudita, em Dubai, Qatar e na mostra A Arte do Brasil em Beirute, no famoso Museu Sursock, do Líbano. Em 95, os trabalhos de Lino integravam a conceituada exposição Art to Wear - Kunst als Kleidung, na Alemanha. O prestígio como estilista estava reconhecido e consolidado em meio mundo – inclusive Londres e Nova York – e acabou desaguando na primeira edição do Morumbi Fashion, embrião do São Paulo Fashion Week.

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Originalidade, mas com o conforto de tecidos tratados, que nas mãos de Villaventura se tornam delicados e macios.

Até hoje Lino lança coleções com criações que primam pela mistura de materiais e vão das escamas de peixe desidratadas às borrachas, ao couro de cabra, palha de buriti ou peles de cobra que, depois de processados, se misturam a delicadas rendas, musselinas e tafetás. Incansável pesquisador de materiais da região norte do Brasil, ele sempre trabalha com minúcia as matérias mais inusitadas. Valoriza os elementos nativos e o trabalho manual dos 45 funcionários da pequena fábrica que possui em Fortaleza, um autêntico laboratório de experimentações. Outros itens, como acessórios, sapatos e componentes industrializados são fabricados em São Paulo, para mulheres e para homens. No Ceará, os materiais brutos se transformam, com muita técnica, em tecidos delicados e requintados. As famosas nervuras de Lino, uma espécie de marca registrada, se intercalam com lãs de seda, fios crus sedosos e linhas metálicas, que aparecem em agasalhos como se fossem suntuosas mantas de tricô. Um belo trabalho de arte que proporciona, inclusive, um grande conforto. “Para mim”, diz Lino, “originalidade, qualidade – e conforto – constituem o verdadeiro luxo. A maciez do tecido e um corte maravilhoso definem o que é luxuoso.” Forte é a moda de Villaventura. Assim como sua dedicação aos exercícios diários e à malhação com personal training, da qual não se descuida nem por um dia na academia da Av. Paulista. “Temos que nos cuidar em qualquer idade!”. E forte é sua fonte de inspiração. Na alma e na sua cabeça está presente e viva a beleza da Amazônia luxuriante na qual foi batizado, “naquela Igreja da Sé, a belíssima catedral de Belém decorada com afrescos pintados por artistas italianos de Milão”, e onde foi, em parte, criado. Entre os hábitos atuais de Lino não há espaço, tempo ou interesse para folhear revistas de moda. “Não compro. Mostram roupas que já foram feitas. E também porque não faço alta costura. Faço roupas de qualidade. Mas adoro álbuns de fotografias e de design; sou ligado em imagens.” Luxo é isto. E é tudo uma questão de comportamento, como o nosso artista nordestino-nortista-amazônico-paulista observa.


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LANDSCAPE TROPICAL

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EM ENTREVISTA EXCLUSIVA À D&D, LUIZ CARLOS ORSINI, MESTRE PAISAGISTA DO JARDIM TROPICAL, FALA SOBRE SEUS 35 ANOS DE CARREIRA, INHOTIM, SEU NOVO LIVRO E SEU OLHAR CURIOSO, LIVRE DE MODISMOS, SEMPRE REINVENTANDO NOVAS COMBINAÇÕES BOTÂNICAS

51 Por Cynthia Garcia Fotos: Divulgação

Ele calcula já ter assinado entre dois e três mil projetos em três décadas e meia como paisagista. O mineiro Luiz Carlos Orsini, com escritórios em São Paulo e Belo Horizonte, a convite de Bernardo Paz, foi o grande estruturador dos jardins do Instituto Inhotim, nas Gerais, de 2000 a 2004, mas rolou uma querela, já resolvida, que ele explica abaixo. Formou-se Jardinero Proyectista pela Escuela de Paisajismo y Jardineria Castillo de Bastres, em Madri, para se tornar um nome de referência mundial do paisagismo brasileiro. Administra um portfólio de projetos anuais de cerca de 70 jardins, que correm paralelamente, de norte a sul do país. O livro “Luiz Carlos Orsini: 30 anos de paisagismo” (editora Décor, 2008) é o maior editado até hoje sobre um paisagista nacional. Seu segundo, maior ainda, sairá do forno até o final do ano. “Não faço arquitetura paisagística. Faço paisagismo na essência para fazendas, haras, casas de campo, segundas e primeiras casas. São todos projetos de oito meses a dois anos de execução. Só gosto de áreas grandes, não menores de 600 m2, afirma esse mestre do landscape tropical de grande escala, acrescentando: “O mais importante em um jardim de grande porte é criar a estrutura vertical – árvore ou palmeira – e desenhar o traçado. É isso que vai durar”.

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D&D: Você é o principal estruturador dos jardins

do Instituto Inhotim, mas o processou (e ganhou) em 2012. Por que? Carlos Orsini: Inhotim foi um divisor de águas na minha vida por ser uma obra daquela magnitude – ali aprendi a trabalhar com a escala. Bernardo (Paz) é excêntrico, mas gosta muito de jardim. Criamos juntos o cenário botânico de lá durante quatro anos. Não participei das novas alas do jardim, mas todo o coração de Inhotim – 270 mil m2 – tem a minha mão. Não é que ele dizia que eu não havia participado, ele apenas omitia meu nome. Processei para o Instituto Inhotim reconhecer meu trabalho.

01. Nestas imagens, vistas do Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais, estruturado de 2000 a 2004 por Orsini. 02. O frescor inigualável do bambuzal com suas 1.250 espécies no mundo. 03. Debaixo da árvore centenária, banco de Hugo França. 04. O lago de Inhotim com suas palmeiras, caminho de pedra e sua flora aquática.

D&D: Como o Brasil se posiciona no cenário de tendências do paisagismo? Carlos Orsini: Os paisagistas brasileiros são competentes e criativos. Temos a natureza e o clima ao nosso favor, e um leque imenso de espécies. O mundo está observando nossos jardins. D&D: Em suas viagens fora do país você visita

parques e jardins?

Carlos Orsini: A cada lugar que vou, se não é no inverno,

visito os parques e os jardins botânicos das cidades. Conheço todos os do Brasil, os de Nova York, Milão, Madri, Bangkok, o Kew Gardens, no Surrey, na Inglaterra. Obviamente cada um tem sua peculiaridade: Mônaco, por exemplo, tem um jardim de cactos maravilhoso.

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D&D: Nessa área de paisagismo tropical, sua espe-

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cialização, qual o país com tecnologia de ponta atualmente? Carlos Orsini: O país de clima semelhante ao nosso que está mais avançado e tem uma pegada criativa muito legal é Cingapura. Eles estão bem à frente de nós em tecnologia de plantio, produção de plantas, nas questões de qualidade das mudas, equipamentos, mão de obra especializada, insumos especiais, que são adubos de liberação lenta. Eles têm muito a nos ensinar. D&D: Existem plantas que víamos nos jardins de

nossos avós e que quase não vemos mais. Como analisa os modismos nessa área? Carlos Orsini: Não caio na onda dos modismos. Meus jardins e as combinações botânicas que reinvento acabam virando referência. D&D: E como resumiria o jardim contemporâneo? Carlos Orsini: Deve ser cartesiano e reunir as seguintes ca-

racterísticas: ser clean e minimalista, purista e linear.

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Do contemporâneo ao clássico, do tecnológico ao casual, do informal ao essencial. Aqui, uma seleção de peças de design, luminárias, tapetes, eletrônicos e mobiliário para deixar a beleza da casa em dia.

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01. Adresse / Mesa de jantar Cezzané, mesa em MDF revestida em resina acrílica brilhante. Possui sobretampo de vidro tonalizado e prato giratório central. 02. Bucalo / Papel Rash 03. Amazonia Móveis / Poltrona Ícaro 04. A Especialista / Sofá Club 05. Photo Design / Escultura em madeira da série árvores brasileiras 06. Florense / Acabamento perolizado ouro.

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55 07. MMartan / Kit Wedding 08. Maria Pia Casa / Lustre Belle Époque 09. Art Station / Gravura em papel ou canvas com molduras de diversas cores 10. Bazzi Móveis / Boleana, Rack 11. Elgin Cuisine / Cozinha Sottile, Moderna & Encantadora 12. UD HOUSE / Fogão Viking Professional 13. Breton Actual Jardim / Mesa lateral roterda 14. Brentwood / Mesa de Jantar Volpi.

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15. Casa Fortaleza / Tapete Ziegler Design 16. Artecristallo / Lustre Disco com cristal Swarovski 17. Copel / Colchão Celestial Gel 18. Le Lis Blanc Casa / Kit Difusor Alecrim 19. SPICY / Torradeira Cuisinart 20. Varanda / Escultura de resina 21. Lepri Cerâmicas / Revestimento Invecchiatto Nero Projeto Adriana Giacometti 22. Espaço 204 / Cadeira Messi 23. Artefacto B&C / Banco Duo 24. Fast Frame / Espelhos sob medida

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25. Luri / Cortinas e Alamofadas 26. Dpot / Bufê GB 27. Interdomus Lafer / Poltrona reclinável Valentina em couro 28. Millo Móveis / Cozinha com ilha 29. By Kamy / Zegna 30. Crissair / Coifa CRR 17.9 31. Serta Store / Colchão e Box Perfect Night Supreme 32. Alberflex / Poltrona Play 33. Dell Anno / Padrões Moon - Lacca Noir

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34. Gallery By Formato / Sofá Modular Liverpool 35. Casa di Pietra / Cachepô Beluga Resina Poliéster 36. Ornare / Cozinha Paris - projeto Chris Hamoui 37. Santa Mônica / Tapete Extremos Coleção Galeria 38. Mekal / Loft Gourmet 39. Maison des Caves / Sophistique 40 40. Breton Actual / Sofá Bauer

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41. Interbagno / Banheira Madison 42. Artefacto B&C / BancoDuo 43. Natuzzi Editions / Sofรก B895 44. Phenicia - Sands / Tapete em ponto sumak 45. Madeira Doce / Cama com Dorsel 46. Indusparquet / Versailles Dijon Triple Carvalho 47. Stilarredo / Cadeira Ana 48. Sierra / Banco Stone - Linha Noveau

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49. Mundo do Enxoval / Manta Italiana Cashmere e Lã de Merino Leandro 50. TokStok / Bull sofá 3 lugares - Design: Marcelo Rosenbaum 51. Sleep House / Colchão Simmons Modelo Exclusive 52. Uniflex / Coleção de pingentes Uniflex 53. Clami / Mesa lateral Maju 54. Lucca Antiques / Mesa de centro inglesa antiga 55. Riolax / Spa Marilyn 56. Saccaro / Linha Ayty - Design: Roque Frizzo Coleção de móveis para jardim em madeira de eucalipto reflorestada certificada 57. Cadeira Serpa / Trend Casual

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Receber os amigos em casa é muito bom

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FOTO: TUCA REINÉS

SWEET HOME

PISTA DE ESQUI? JOÃO ARMENTANO ABRE AS PORTAS DO SEU REFÚGIO NA SERRA DA CANTAREIRA, EM UMA ENCOSTA ÍNGREME QUE ELE DIZ SER “UMA VERDADEIRA PISTA PRETA DE ESQUI” Por Cynthia Garcia

“Nos tempos atuais, o luxo está na praticidade e na funcionalidade do projeto e não necessariamente nos grandes espaços”, costuma afirmar João Armentano, um dos ícones da sofisticação do país. É em um terreno de 4.500 m2 – uma “verdadeira pista preta de esqui” –, conforme descreve o aclive onde foi implantada sua segunda residência, que está a construção de 850 m2 divididos por quatro pavimentos, que ele carinhosamente denomina “minha casa de montanha”. Ela é mais fechada, com ambientes menores, mais introspectivos, porque Armentano, em sua eterna originalidade, quis fugir do conceito “eu quero uma casa no campo”, que traz à mente o melódico som de Sá, Rodrix e Guarabyra, que cultuava a vida simples, o que não bate em nada com esse profissional, sempre em agitos aqui, acolá e em ultramar. Duas características principais do projeto são a iluminação e ventilação naturais, criadas por vãos que integram o exterior e o interior, com suas paredes e revestimentos em tons terrosos e acabamento de madeira e pedra limestone, que também forra o piso. A planta se resume em quatro áreas sociais, uma sala de jantar com cozinha gourmet e seis suítes. E o décor? “A decoração é um capítulo à parte. É composta por histórias da vida da minha grande famiglia (escrito assim mesmo, em alusão às origens italianas de seus antepassados). Tudo carrega lembranças, dos quadros às poltronas, às mesas e mesinhas. Tudo! Ah, e um detalhe: a casa tem aproximadamente dez anos, mas está em constante processo evolutivo. Nunca finaliza!”.

O living é composto pela fórmula “madeira-couro-e-aconchego”, no refúgio montanhês do arquiteto paulistano João Armentano, que diz: “Aqui, tudo carrega lembranças da vida da minha grande famiglia, dos quadros às poltronas, às mesas”

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FOTO: ALIN BRUGIER

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01. Living com pĂŠ direito triplo, forrado de quadros. 02. Panos de vidro abrem passagem para a luz e a natureza. 03. Rusticidade informal do tijolo aparente. 04. O charme da Adirondack chair, design de 1903 do americano Thomas Lee. Fotos: Alin Brugier

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MEMÓRIAVIVA TRADIÇÃO E EMOÇÃO NAS VIAGENS DE PATRICIA ANASTASSIADIS Por: Sergio Zoraran Fotos: Divulgação

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“Difícil escolher os monumentos arquitetônicos que mais admiro no mundo – mas estes são os que mais me emocionam”, diz a arquiteta Patricia Anastassiadis, diretora do escritório Anastassiadis Arquitetos, em São Paulo. Ela justifica: “A emoção e a admiração diante de um monumento nos remetem à história e às memórias que estes lugares abrigaram ao longo de séculos. Eles são testemunhas vivas, sedimentando nosso conhecimento e atiçando nossa curiosidade. Sinto sempre gratidão ao visitá-los, pois são pedaços das civilizações que recebemos como herança”. Em tempos de novas destruições de monumentos milenares, a herança mais direta que Patricia tem é a de seu pai, nascido em Salonica. Por isso, a Grécia é seu ponto de retorno às raízes: “Me sinto metade grega. Minha primeira viagem, quando tinha 7 anos, foi quando ouvi falar de Alexandre, o Grande, de Felipe da Macedônia e comecei a gostar de peixe fresco, nadar em praias transparentes, frequentar museus e observar a arquitetura”. Isso porque os pais de Patricia fizeram um pacto quando seu irmão, Eudoxios, e ela eram pequenos: “Bom comportamento e aplicação nos estudos tinham uma recompensa: a Europa. Todos os anos, nos meses de julho, lá íamos nós quatro. A partir dos sete anos, meu irmão e eu fazíamos nossas pequenas malas, levando caderno e lápis de cor. Era o carnê de viagem, o nosso diário de bordo, que mantemos até hoje e nos divertem com desenhos e observações”.


67 01. Acrópole de Atenas, Grécia 02. Patricia Anastassiadis 03. Jerusalém, Israel 04. Veneza, Itália

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MUNDO PEQUENO

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E todas as viagens têm sempre um momento inesquecível: “Em uma delas, visitando o histórico Peloponeso, fomos ao Teatro de Epidauro. Estavam montando uma peça e, o esquisito para mim, era que o local não tinha iluminação, nem equipamento de som. Meu pai explicou a respeito da acústica, mas – por ser ainda pequena – não entendi o que aquilo queria dizer. Então, ele foi ao centro do anfiteatro e jogou uma moeda. Lá de cima, da plateia, era como se ele tivesse feito isso com todos os microfones ligados! Isso ainda me faz pensar sobre a acústica...”. Curioso também foi aprender, logo cedo, como o mundo é mesmo pequeno: “Sempre por coincidência, em qualquer canto, vamos encontrando gente conhecida ou fazendo novos amigos. Em Corfu, uma vez visitamos o Mon Repos e o palácio de Sissi, a Imperatriz da Áustria. Eu, ainda menina, na fila de entrada, usava uma sandália feita aqui no Brasil, a famosa Melissinha, o que chamou a atenção de duas garotas americanas. Conversa vai e conversa vem, os avós que as acompanhavam quiseram saber de onde éramos. Quando respondi que éramos de São Paulo, contaram: ‘temos um primo lá, mas não temos o endereço dele; todos se perderam na Segunda Guerra’. Conversando com meus pais, minutos depois descobrimos: o parente que procuravam era o meu avô materno!”.

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PELO MUNDO

DE ITU À GRÉCIA

À trabalho, Patricia tem ido muito ao Rio. E como também tem muitos projetos sendo desenvolvidos no exterior – Portugal, Espanha, França, Marrocos, Itália e Estados Unidos –, viaja para atender grupos hoteleiros e novos projetos imobiliários em diversos lugares. “Durante a semana, minha vida está no caos de grandes cidades. Quando posso, fujo delas para pensar e criar. Nos fins de semana, geralmente vou para o campo, perto de Itu, relaxar, cozinhar, ler, colocar a conversa em dia com a família. Sou muito caseira. Gosto de preparar o almoço de domingo, ter a mesa cheia de amigos e família”. Já durante as férias de julho, vai para o exterior com seu filho: “Quero treiná-lo a enxergar o mundo como observador e crítico. Agora que ele está se preparando para a faculdade, é a melhor hora de passar-lhe essas emoções, as mesmas que recebi de meus pais, esses contadores de história que me ensinaram um exercício como uma brincadeira – e faço até hoje ensinando a ele também: transformar ruínas, na imaginação, em palácios e ruas, onde existiu gente de verdade. É como transformar sonhos em realidade. Hoje, não consigo ver ruínas de monumentos como elas são, apenas pedras. Faço um exercício mental e elas surgem como eram antes”.

Patricia Anastassiadis,

Around the world

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MITOLOGIA DENTRO DE NÓS OS MONUMENTOS DA ARQUITETA “Como tenho uma veia grega e por ter passado boa parte da minha infância em férias na Grécia, começaria esta descrição por aí”...

04. Muralha da China: “A sensação é de poder eterno e magnitude da Terra; a procura da liberdade continua em um caminho sem fim...”

01. Palácio de Cnossos, na Ilha de Creta, Grécia também: “Lá sinto a mitologia que temos dentro de nós; reflexos de uma era mágica minoica contada na Odisseia de Homero. O mito de Ariadne, Teseu e o Minotauro sobrevivem. Arquitetura de mais de dois milênios e a preocupação com o conforto no projeto atribuído a Dédalo.” 02. Biblioteca de Celso, em Éfeso, na Turquia: “Remete à preocupação em unir a ordem à democracia, a sabedoria ao belo”. 03. Basílica de Santa Sofia, conhecida como Hagia Sophia, em Istambul: “Nada se compara ao monumento coração de Constantinopla. Sentir a distância entre o homem e Deus. Luz e sombra reverenciam a nobreza das cores do Bizâncio – conquistadores e conquistados – a equação de um projeto que intriga até hoje. Como este monumento sobreviveu a tantos terremotos?”

05. Museu de Olímpia, dentro do milenar Parque Olímpico da Grécia Antiga: “O mármore branco, a transparência e a leveza do hoje, entre oliveiras e ciprestes seculares. A sensação é a dança e a corrida. Magia dentro de uma caixa de vidro, que abriga as obras de Fídias. O esplendor dos ornamentos do templo de Zeus esculpidos no século quinto a.C. tiram o fôlego!” 06. Pirâmides do Egito: “Contrastes – entre o vermelho e o azul. A vida e a morte. Riqueza e escravidão. Claustrofobia e eternidade” 07. Veneza: “Um conjunto arquitetônico único. Uma sobreposição contada e recontada que acolhe romances em suas vielas e horizontes espelhados nas águas de seus canais, respirando poder, conquistas e mistérios. A música é apenas lamento de bandolins. Aquelas paredes transpiram história e contam segredos. Hoje, se transformam e abrigam o que há de mais novo em arte e design”. www.ded.com.br


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COM O ONE THOUSAND MUSEUM, MIAMI GANHA UM COLOSSO DE ARQUITETURA E ENGENHARIA COM VISTA PARA BISCAYNE BAY.

Por: Luiz Claudio Rodrigues Imagens: Divulgação


71 Na pĂĄgina ao lado, perspectiva aĂŠrea do One Thousand Museum, a primeira torre residencial de Miami com heliponto na cobertura. Nesta pĂĄgina, o exoesqueleto de concreto na fachada do primeiro projeto de Zaha Hadid nos Estados Unidos.

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Miami está cada vez mais no centro das atenções. A cidade acaba de ganhar o primeiro arranha-céu projetado pela arquiteta iraquiana Zaha Hadid nos Estados Unidos. Em escala vertiginosa, o One Thousand Museum é uma torre residencial com 215 metros de altura, 60 andares e apenas 83 luxuosos apartamentos. O edifício é um projeto sem precedentes ao fundir arte, arquitetura e design na região do Museum Park no chiquérrimo boulevard Biscayne, onde estão o novo Miami Art Museum (oficialmente chamado de Perez Art Museum e projetado pelo escritório suíço Herzog & de Meuron) e o Patricia and Phillip Frost Museum of Science. Com essa posição estratégica, o One Thousand Museum ainda oferece vista para o

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Biscayne Bay em Miami Beach: uma vista que certamente será uma das mais exclusivas de Miami.Como todos os seus projetos espalhados pelo mundo, Zaha Hadid não abriu mão de sua arquitetura de formas orgânicas. Na fachada principal do One Thousand Museum, um exoesqueleto de concreto traz movimento em linhas curvas ao edifício. O uso de vidros transparentes também chama a atenção. Em películas delicadas, o vidro forma curvas em todo o sistema da fachada para esconder uma série de plataformas e varandas. Segundo a arquiteta, um diferencial quanto à “tipologia modernista genérica” comumente encontrada em Miami, em recente declaração para o The Wall Street Journal.


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01. O luxuoso empreendimento tem vista para a Biscayne Bay, região nobre de Miami. 02. Os espaçosos apartamentos do One Thousand Museum tem unidades que variam de 504 a 1.028 mil metros quadrados. 03. Perspectiva do One Thousand Museum que tem 215 metros de altura, 60 andares e 83 apartamentos. 04. Perspectiva de uma das possíveis ambientações das unidades do One Thousand Museum.

Os privilegiados moradores do One Thousand Museum poderão escolher unidades que variam de 504 a 1.028 metros quadrados, com direito a elevadores privativos, salas de mídia e bibliotecas, além de um heliponto na cobertura, que ainda conta com um deck para diversas piscinas, centro de fitness, saunas, cabanas, sala de cinema, um providencial salão de charutos para os milionários de origem cubana, salas de bilhar e salões para festas e eventos. Para dispor de um luxuoso apartamento no edifício, a sociedade endinheirada terá que desembolsar a partir de 6 milhões de dólares, dependendo da unidade. Dois terços inferiores da torre têm duas unidades por andar, enquanto o terço superior possui apartamentos que ocupam todo andar. De acordo com o diretor de projeto do Zaha Hadid Architects, Chris Lepine, – em entrevista para o site Architect Magazine – “a torre é um arranha-céu que explora a fluidez arquitetônica alinhada à consistência da engenharia para toda altura da estrutura”. A fim de resistir aos constantes ventos de Miami, o One Thousand Museum tem estrutura de aço, formando um conjunto resistente às mais severas tempestades que são comuns na costa da Flórida. “Há uma total sinergia entre a arquitetura e a engenharia”, garante Lepine. Certamente o One Thousand Museum vem confirmar a famosa frase de que “o céu é o limite” para os afortunados.

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GASTRONOMIA

cha cha cha

CHARLÔ WHATELY: CHIC DO BISTROT CHARLÔ AO CHA-CHA Por: Léa Maria A. Reis Fotos: Divulgação

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Quando pensa em luxo na mesa, Charlô Whately se lembra imediatamente do chef francês Alan Ducasse: “Ele tem restaurantes em hotéis ultrachiques de Paris e Londres, o Plaza Athénée e o Dorchester; resgata bistrôs e restaurantes como o Benoit, o Allard e o Rech para manter a tradição da culinária francesa; e é um dos criadores do conceito de alta gastronomia, seja caríssima ou com preço superacessível.” E se Carlos Tomaz Whately Neto falou, está falado – Charlô é autoridade inquestionável. Desde que enveredou pela profissão de restaurateur reconhece uma forte influência da cozinha francesa no seu ofício. Sempre frequentou a Cidade Luz, mas foi em uma temporada vivida lá, aos 20 anos, que sua formação se confirmou. Hoje, sempre que tem uma “brecha”, Charlô voa para o seu apartamento no septième, próximo do cinema Pagode, que frequenta regularmente. Mas aos domingos costuma ser encontrado em São Paulo, no seu célebre bistrô, na Barão de Capanema, Jardins. “Digo que o Bistrô, aos

domingos, é a praia paulistana: mesa na calçada, boa conversa jogada fora e muita gente se encontrando.” Extrovertido, sorridente e cercado pelos muitos amigos, Charlô, esse personagem protagonista da crônica da cidade, estendeu seus domínios a outros espaços, como o vizinho Bistrozinho, voltado a eventos; o bufê, que pode atender em todos os estados do Brasil; e o recém-inaugurado Cha-Cha, no Itaim Bibi, mix de café, restaurante e rotisserie badalado. Quando tem tempo, ele continua dedicado ao hobby que adora: sovar massa de pão para assá-lo em casa. Depois, “eu distribuo no meu prédio, na família e entre os amigos. Faço isto desde sempre.​” E há alguma coisa mais luxuosa do que esse pão do Charlô? Há, sim, em seu menu: a salada à moda do Perigord, com verduras, peito de pato, foie e nozes; o tartare de salmão fresco e defumado; a casserole de legumes assados com ovos e coalhada, e o mitológico arroz doce com farofa crocante e calda de caramelo – além dessas delícias, há a sua entrevista, a seguir.


75 D&D: Quantos clientes, por mês, vão aos seus res-

taurantes?

Charlô Whately: No Bistrô atendemos em média 4.500

clientes por mês. No Cha-Cha estamos começando, e ainda não há este número mapeado. Estou sempre dividido entre os dois. Almoço no Bistrô e janto no Cha-Cha, ou vice-versa. Gosto de sentar com os clientes e ouvir as opiniões, receber as pessoas, os amigos e conversar com quem prestigia meus restaurantes – eles são uma extensão da minha casa​. D&D: E o seu bufê, no Butantã? Charlô Whately: Abri o Buffet nos anos 90 para atender a

uma demanda de pessoas que gostavam do que servíamos no Bistrô e queriam levar aquela comida para casa. O projeto foi evoluindo e hoje temos uma estrutura que nos permite atender em todo o Brasil para pequenos e grandes eventos. D&D: Quem são seus sócios? Charlô Whately: Felipe Sigrist no Buffet Charlô e no re-

cém-inaugurado Cha-Cha. Minha irmã, Maribel Whately, no Bistrô Charlô dos Jardins.

D&D: Você gosta de cozinhar e de inventar receitas? Charlô Whately: Gosto de cozinhar em casa e tenho um

ótimo paladar, modéstia à parte (risos), o que me permite muitas experimentações na cozinha. Para compor os cardápios, trabalho sempre em parceria com o chef, e acho que isto agrega.

D&D: De quem é o projeto de arquitetura do Bis-

trô Charlô?

Charlô Whately: No Bistrô Charlô o projeto é do arqui-

teto Arthur Casas. O da decoração é da designer de interiores Esther Giobbi. No Cha-Cha, o projeto é do arquiteto Pablo Rosemberg e a identidade visual da Dora Levy. Em ambos eu dou palpite – adoro garimpar móveis e objetos. Acho que o ambiente fica leve e divertido. No Bistrô, por exemplo, há um espaço anexo de eventos, o Bistrozinho. Ele acolhe até 150 pessoas, e lá eu faço brechós nos finais de semana com quadros, móveis e outros objetos de decoração. No Cha-Cha fiz uma brincadeira com as cadeiras: todas as mesas têm uma cadeira diferente, com cara de “casa”, com estofados estampados e afins.

No Bistrô e no Cha-Cha, uma das estrelas do cardápio é a salada à moda do Perigord: uma delícia!

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D&D: Você diria que o Cha-Cha é para a tribo jo-

vem, e o Bistrô para os mais maduros e iniciados?

Charlô Whately: Para mim, Charlô e Cha-Cha são am-

GASTRONOMIA

bientes onde se come bem, onde se é bem servido, o preço é justo e isto é um luxo nos tempos atuais!

D&D: As crises econômicas atingem seu negócio de bufê? Há menos festas e celebrações hoje? Charlô Whately: Mesmo com a crise nosso setor cresce em média 15% ao ano. Quem quer fazer uma festa de casamento, de bodas ou de aniversário se organiza para isso e não deixa de realizar o sonho. Um pouco mais contido, seletivo na hora de convidar, faz as escolhas para fazer do jeito que imagina, mas sem extrapolar demais. D&D: E a sua revista e os seus três livros? Há outro sendo preparado? Charlô Whately: A revista Charlô é um projeto tocado a oito mãos: Milly Lacombe como editora, Paola Bianchi na direção gráfica, Mariana Abreu Sodré é a jornalista e eu o publisher. É uma revista moderna no conceito e traz um pouco do meu universo para os leitores dos meus livros. O primeiro, Charlô, of Course; depois o Charlô para Crianças e, por último, junto com minha amiga Stella Espírito Santo, um livro só de receitas com limão siciliano. Agora, estou planejando o livro 30 anos de Receitas para comemorar, em 2017, três décadas do Bistrô Charlô. D&D: Dê para os leitores da D&D, por favor, algu-

mas dicas do que vale a pena visitar em Paris na área da gastronomia. Charlô Whately: Adoro o Comptoir, do Yves Candebord. Gosto da grande epicérie do Bon Marché e de flanar por Paris, viver um pouco o dia a dia dos franceses fazendo compras sempre na mesma fromagerie, a Le Barthelemy. E ter o luxo de contar com um açougue onde me perguntam como vou fazer o prato para o qual desejo comprar a carne para me darem dicas. Enfim, são vivências, mais que endereços. D&D: E os bistrôs? Charlô Whately: Gosto, no Septième, do Le Servan,

das duas irmãs que trabalharam no L’Astrance e no L’Arpège; do Le Dauphin, com menu de pratos para compartilhar, superinteressantes, e de chefs mais tradicionais como o do Bistrô L’Ami Jean. Merci beaucoup.

A influência da cozinha francesa e o bom gosto de Charlô tanto na alta gastronomia como na cozinha de rotisserie, mais prática e mais leve.

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GUIA MICHELIN O PODER DAS ESTRELAS UM DOS MAIS CÉLEBRES E ANTIGOS GUIAS DO MUNDO. DESDE SUA CRIAÇÃO, EM 1900, ATÉ OS DIAS DE HOJE, FORAM VENDIDOS MAIS DE 30 MILHÕES DE EXEMPLARES. Por: Judith Pottecher

O conceituado Guia Michelin, lançado na França há 115 anos, propunha, além de serviços, experiências gastronômicas e turísticas, uma estratégia de comunicação e marketing inovadora para a época e de grande importância na consolidação da marca de pneus ao associá-la à art de vivre francesa. A diversificação do guia acompanha ou antecipa as novas realidades de cada tempo. E sob essa óptica foi criado, em 1926, o Guia Vert, que foca o turismo. O veredito do Michelin, apesar das críticas e controvérsias que desperta a cada ano, se tornou um momento aguardado no mundo da gastronomia. Uma saga com inúmeras histórias que inspiraram até mesmo ficções no cinema e na

literatura. As “estrelas” são sinônimo de reservas em alta: os estabelecimentos “premiados” se tornam “catedrais” da gastronomia, reputações são feitas ou desfeitas. O guia Michelin conquistou uma posição de grande relevância no mercado e se insere definitivamente numa lógica de marketing contemporâneo. Para anunciar os premiados de 2015 com as tão aguardadas estrelas foi escolhido nada menos que o Quai d’Orsay, sede do Ministério das Relações Exteriores da França. Em presença do ministro Laurent Fabius, também ministro da Cultura, foram anunciadas 609 mesas estreladas, sendo 111 contempladas com três estrelas – 26 destas na França –, 80 com duas estrelas e 503 com uma estrela. 2015 também marca o lançamento do primeiro Guia Michelin Brasil. A intenção é estratégica, já que outros concorrentes estão à frente e lançaram antes no mercado edições de guias da América do Sul, a exemplo do The World’s 50 Best Restaurants. A marca Michelin, estabelecida no continente há várias décadas, precisa recuperar seu atraso. Essa primeira edição concentra-se nas duas principais cidades, São Paulo e Rio de Janeiro. E concede ao já premiado restaurante D.O.M. duas cobiçadas estrelas. Enquanto levam uma estrela os restaurantes Huto, Dalva e Dito, Oro, Roberta Sudbrack, Kinoshita, Épice, Kosushi, Tuju, Le Pré Catelan, Olympe, Attimo, Maní, Jun Sakamoto, Mee, Lasai e Fasano. Essa ‘uma’ estrela pode provocar – dentre outros questionamentos possíveis – certa confusão ao colocar lado a lado Fasano e Dalva e Dito. Mas o que representa essa distinção para o business brasileiro da gastronomia? Sem dúvida ser estre-

lado pelo famoso guia em qualquer latitude do planeta significa alta no fluxo de clientes e reforço de sua imagem de marca internacional. Quanto ao consumidor local, outros guias já estabelecidos continuarão cumprindo seu papel informativo. Mas especificamente quais os desafios peculiares ao nosso mercado brasileiro para mantermos grandes insígnias no mercado internacional? A questão do poder de atração recai sobretudo nas condições gerais do turismo nacional: um viajante gourmet aproveitará o guia para selecionar suas escolhas no eixo Rio-São Paulo, segundo o crítico e jornalista Junior Ferraro. Gastronomia, ou simplesmente a culinária, é uma expressão das mais fortes e vivas de uma cultura. Assim, torná-la mais acessível e divulgá-la é um vetor de exportação e disseminação da excelência de qualquer país. Além de exercer um forte poder de atração turística, a alimentação está no centro de muitos debates e é o tema da Exposição Universal 2015 inaugurada há pouco em Milão. Inserir-se no mercado internacional, integrando a grande missa da gastronomia mundial, é, sem dúvida, muito interessante como desafio e levanta, mais uma vez, a questão da importância da valorização de nosso patrimônio material e imaterial. A diversidade das regiões brasileiras, com suas respectivas matérias-primas e expressões culinárias de grande riqueza, é ainda pouco explorada e conhecida mesmo dentro de nossas fronteiras. Precisamos enveredar pelo conhecimento e valorização das nossas regionalidades para podermos alcançar outras culturas e mercados do mundo. Exerceremos assim maior influência e geraremos renda para os polos regionais, e não somente para os grandes centros urbanos desse país-continente.

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LUXO PARA TODOS ASPAS

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Atitude, bom gosto, comodidade, conforto e prazer, bem-estar, classe e educação, tempo, conteúdo e muito mais nas palavras de quem entende e faz de suas vidas – e das vidas de seus clientes de arquitetura e design de interiores –, um luxo só! Leia e descubra o pensamento por trás destes especialistas em estética. Afinal, não pensam só no luxo como a gente conhece.

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JÓIA BERGAMO Em arquitetura e decoração, o que é sinônimo de luxo? Pode ser um móvel, uma solução ou uma atitude dentro do ambiente. O luxo nos meus projetos não se caracteriza pelo valor, e sim pelo bom gosto. Você consegue comprar peças com excelente design e preços acessíveis. Utilizo, por exemplo, uma peça incrível, como um lustre de design, em um ambiente completamente neutro, o que muda incrivelmente sua percepção de suntuosidade. Inclusive sou do princípio de que menos é mais.

RICARDO ROSSI Muitos acham que o luxo está no intangível. Para mim o luxo na arquitetura não significa necessariamente o uso de objetos e materiais que tenham valores altos, extravagantes ou inacessíveis. O luxo pode estar em coisas simples também. Luxo é você precisar, querer e almejar situações que lhe tragam comodidade, conforto e prazer; assim sendo, você prioriza o sonho e vai atrás dele para materializá-lo e então quando você o tem, o seu uso se torna um luxo para você, independentemente daquilo que você gastou. O que é luxo para você pode não ser luxo para outra pessoa.

VIVIAN CONTRI Para nós, o luxo é mais do que algo exclusivo, tradicional ou caro. A concepção do luxo nos dias atuais está relacionada ao modo de vida e bem-estar. Um trabalho apaixonante, tempo para curtir a família e a casa, praticar um hobby, tudo isso é luxo puro. Poder desfrutar de experiências que correspondam aos seus interesses pessoais vale mais do que qualquer coisa material.

IEDA KORMAN Luxo é o aconchego do seu lar, é passar meses fora, voltar e se sentir bem na sua casa. Se sentir bem com tudo que está à sua volta, estar bem com você mesmo, isso para mim é luxo!


79 SILVANA LARA NOGUEIRA Luxo é ter classe e educação e saber aproveitar os bons momentos da vida!

SHENIA NOGUEIRA Luxo é ter tempo para usufruir as coisas boas e simples da vida. Curtir a casa, se aventurar na cozinha, ler um livro, receber amigos, entre outras coisas.

ANDRÉ LEITE E BRUNA XIMENES Luxo é valorizar a elegância com simplicidade e viver experiências inusitadas, é ter tempo, um trabalho prazeroso, é poder viajar, praticar esportes, ter um hobby, estar em família.

PATRICIA PENNA

FOTO: JOÃO FEDRICCI

FOTO: DOUGLAS DANIEL MIRANDA DOS SANTOS

Luxo é poder desfrutar de momentos inesquecíveis.

ANDRÉA GONZAGA Luxo me parece uma palavra ultrapassada. Vamos falar do novo luxo, que me remete não a um objeto, mas ao que está por trás dele, ou seja, seu processo de produção – sustentável, com responsabilidade, com qualidade de design. Luxo é possuir o que tem conteúdo!

PAULO ROBERTO EVANGELISTA Luxo é o que se sobressai por si próprio.

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ALTO O PARA

COM UM COMPLEXO DE PRÉDIOS COM ARQUITETURA ARROJADA, A REGIÃO DA BERRINI - ONDE ESTÁ INSTALADO O D&D SHOPPING – TORNOU-SE UMA VITRINE DA CONTEMPORANEIDADE URBANA DE SÃO PAULO Por: Luiz Claudio Rodrigues Fotos: Marcelo Donatelli

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Na página anterior, desfile de arquitetura contemporânea às margens do rio Pinheiros na região que se tornou a face de uma São Paulo cosmopolita. Nesta página, a ponte Octavio Frias Filho, mais conhecida como ponte estaiada: o mais recente cartão-postal da capital paulista.

Quem passa pela Marginal Pinheiros, em direção à zona sul de São Paulo, não consegue desviar a atenção do desfile de arquitetura contemporânea na Região da Berrini. Das margens do rio pode-se observar a diversidade de estilos dos arrojados edifícios erguidos nos últimos anos. Todos com caraterísticas próprias e assinatura de alguns dos mais importantes arquitetos paulistas. Entre eles, Aflalo/Gasperini, Königsberger Vannucchi e WTorre, entre tantos outros escritórios renomados. Marcado pela reunião de complexos empresariais, esse trecho no bairro do Brooklin Novo reúne algumas das mais importantes corporações empresariais brasileiras e multinacionais no país, como a Dow Chemical, Coca-Cola, BMW, Ford, LG Electronics, Microsoft, Oracle, Nokia, Philips e Pfizer para enumerar algumas das mais importantes marcas globais que se instalaram na região. Entre os complexos empresariais mais conhecidos da Avenida Luís Carlos Berrini estão o Rochaverá Corporate Towers, primeiro empreendimento no Brasil planejado com o conceito de green building a conquistar a certificação internacional LEED Gold; o World Trade Center, que

abriga uma torre de escritórios, o shopping D&D e o hotel Sheraton; e o também famoso Plaza Centenário, popularmente conhecido como Robocop. Com esses edifícios e outros em fase de construção, a região se consolida como a face mais próxima do que será a capital paulista no século XXII, marcados pelas formas e materiais inusitados que lembram a arquitetura espetacular de starchitects como Zaha Hadid e Frank O. Gehry. O progresso da região é relativamente curto e se iniciou em 1975, quando três arquitetos decidiram transformar a várzea pantanosa ao lado do rio Pinheiros a fim de fugir dos altos alugueis da região da Avenida Paulista. Eram eles, Carlos Bratke, Roberto Bratke e Francisco Collet. O trio empreendedor idealizou a avenida (então inexistente) para ocupar o lugar de um terreno conhecido como o “dreno do Brooklin”, onde desaguava a água dos córregos da região. A avenida foi construída para cobrir o dreno, ao invés de ser uma necessidade viária da capital. “No início, a Berrini era uma avenida ligando nada a lugar nenhum”, lembra o arquiteto Roberto Bratke


83 ALÉM DO SKYLINE DESLUMBRANTE FORMADO PELO GRUPO DE EDIFÍCIOS NA MARGINAL PINHEIROS, UMA DAS PROVAS DO PROGRESSO DA REGIÃO É A PONTE OCTÁVIO FRIAS DE OLIVEIRA, QUE SE TORNOU O MAIS RECENTE ÍCONE URBANO DE SÃO PAULO

numa declaração à imprensa em 1992. O arquiteto e seus sócios foram responsáveis por erguer o primeiro prédio comercial na avenida na década de 1970. Mesmo sem o apoio do poder público, conseguiram mudar o perfil da região em dez anos com a construção de vinte edifícios. De lá para cá, a região tornou-se um dos polos empresariais mais importantes de São Paulo. Além de receber a sede de importantes empresas, o seu entorno ganhou shoppings centers, hotéis, comércio e torres residenciais. Uma das provas de sua relevância no mundo dos negócios foi a inauguração do WTC São Paulo em 1995. Idealizado pelo empresário brasileiro Gilberto Bomeny, o WTC paulistano – associado ao World Trade Centers Association, uma organização fomentadora de comércio internacional em escala global, instalado em mais de 290 cidades por 85 países – é resultado de um investimento de 320 milhões de dólares. O complexo só foi erguido pela perseverança de Bomeny, que desde 1973 perseguia a ideia de trazer ao Brasil uma das grifes imobiliárias mais famosas do mundo.

Na ocasião, o empresário comprou os direitos de utilização da marca para o Brasil e reuniu um grupo de investidores para adquirir o terreno de 75 mil metros quadrados às margens do rio Pinheiros. Mas por mais de vinte anos, o projeto teve seus percalços, como a falência de alguns participantes do grupo. Do terreno original, sobraram 25 mil metros quadrados. Com a obstinação de Bomeny, o projeto ganhou a associação de 32 fundos de pensão e finalmente foi aberto em 1995. Ao completar 20 anos em 2015, o complexo WTC São Paulo – com 200 mil metros quadrados de área construída - é uma referência na capital paulista. O empreendimento é composto pela WTC Tower, uma torre de escritórios com 25 andares, o Sheraton São Paulo WTC Hotel, um dos mais luxuosos do Brasil, o shopping D&D, com 95 lojas especializadas em design e decoração, além do WTC Convention Center e do Business Club, com mais de mil associados e 250 eventos a cada ano. Ao lado do WTC – que possui uma ligação subterrânea com o edifício vizinho - está o Centro Empresarial Nações Unidas, formado por quatro torres de espaços corporativos. Uma delas, a Torre Norte, figura como um dos mais altos edifícios de São Paulo, com 158 metros de altura. A região não se tornou um aglomerado de arranha-céus por conta da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), que veta projetos que possam prejudicar a rota do tráfego aéreo do Aeroporto de Congonhas. O Brooklin Novo faz parte do “cone de aproximação” por onde passam os aviões, que reduzem a altura gradativamente a fim de fazer um pouso seguro em terra firme. Além do skyline deslumbrante formado pelo grupo de edifícios na Marginal Pinheiros, uma das provas do progresso da região é a ponte Octávio Frias de Oliveira, que se tornou o mais recente ícone urbano de São Paulo. A ponte estaiada é formada por duas pistas estaiadas em curvas independentes de 60 graus que cruzam o rio Pinheiros. A construção tem um detalhe importante: é a única ponte estaiada do mundo com duas pistas em curva conectadas a um mesmo mastro. O projeto da arrojada ponte é assinado pelo engenheiro Catão Francisco Ribeiro. Desde 2008 (ano de sua inauguração) a ponte tornou-se o mais novo cartão-postal de São Paulo e um marco da região que tem a arquitetura mais fascinante da capital paulista.

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FOTO: THIAGO DRUMMOND

EM CARTAZ

PODEROSAS Uma trinca de damas comanda as mostras de decoração mais importantes de São Paulo

A elegante Livia Pedreira, a carismática Raquel Silveira e a jovem Maria di Pace

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Três mostras de decoração importantes invadem São Paulo quase ao mesmo tempo. Do fim de maio até julho, a tradicional Casa Cor no Jockey Club, a itinerante Mostra Black na Oca, e a jovem Modernos & Eternos, em seu espaço próprio no Morumbi, fazem a festa do décor em tempos de mudanças econômicas e de sustentabilidade levada a sério.


85 LÍVIA PEDREIRA

Experiente, ela vive a serviço da decoração, arquitetura e construção. Aos quase 30 anos, que completará em 2016, a Casa Cor trouxe da Argentina (da Casa FOA – Fundación Oftalmológica Argentina) um modelo de mostra de decoração que o Brasil ainda não conhecia. O conceito inicial, que evoluiu, era o de ‘uma casa ambientada em seus diversos cômodos por diferentes profissionais da decoração’. Hoje a Casa Cor é uma portentosa empresa de eventos com uma sede paulistana, onde acontece sua mais importante intervenção, e se transformou na maior mostra de decoração das Américas, com 19 franquias nacionais (AL, BA, DF, Campinas, CE, ES, GO, Interior de SP, Litoral de SP, MT, MS, MG, PA, PR, PE, RJ, RN, RS, SC) e quatro internacionais (Peru, Chile, Equador e Bolívia). Com mais de 70 ambientes e trazendo arquitetura, decoração e paisagismo, a edição 2015 da Casa Cor/SP, de fins de maio a 12 de julho, traz conceitos como menos é melhor, compartilhamento e, acima de tudo, brasilidade. “Nós vivemos tempos de mudanças profundas, e são mudanças que extrapolam a questão econômica. Um novo tempo que pede novas maneiras de atuação na economia e no modo de viver das pessoas. Nesse sentido, a Casa Cor sai na frente, fazendo um movimento intenso e muito contundente com relação à economia dos recursos energéticos e de água, mostrando que é possível combater, com tecnologia e criatividade, os tempos de escassez que vivemos. Vivemos um tempo que pede novas abordagens, então o que precisamos é lançar mão da criatividade e da tecnologia que temos para driblar as dificuldades que estamos enfrentando agora”, diz a mulher à sua frente, a elegante Lívia Pedreira, Presidente da Casa Cor, que também dirige as revistas de decoração, arquitetura e construção da editora Abril. De novo no Jockey Club – um dos espaços mais icônicos de São Paulo – a 29ª Casa Cor procura refletir, nesta edição, “a beleza de nossa cultura, arte, objetos e cores, além de contar com a participação de importantes profissionais e jovens talentos, exposição de ambientes inovadores e opções de entretenimento para toda a família”.

RAQUEL SILVEIRA

Contemporânea e carismática, ela é arquiteta e empresária globetrotter. Há cinco anos ela teve a ideia de fazer uma segunda mostra de decoração de peso em São Paulo, onde coubessem seus amigos de faculdade de arquitetura, como os famosos Roberto Migotto e João Armentano, entre outros estrelados. E isso mexeu completamente com o mercado, que havia disseminado o modelo de mostras da área com ambientes temáticos – os ambientes de uma casa, ou homenagens a personalidades, por exemplo. Com seus sócios, foi à luta por lugares diferentes para realizar o que ela chamou de MostraBlack, símbolo de algo exclusivo, “a melhor etiqueta de uma marca”. Começou numa casa neoclássica nos Jardins, passou no ano seguinte por outra casa, modernista, no Alto de Pinheiros e em sua terceira edição alçou os últimos cinco andares

de uma torre, à época ainda a ser inaugurada, sobre um shopping center. Este ano, a quarta edição tem como cenário um museu da Prefeitura, a Oca, incrustada no Parque Ibirapuera, com projeto de Oscar Niemeyer. Lá dentro, 14 grandes caixas de madeira fechadas, no subsolo aberto, abrigam os projetos de interiores de arquitetos e designers de interiores de São Paulo e de diversos estados (SC, MG, RJ, BA). “Mostra tem que ser de curta duração. E isso é ser sustentável. Também otimizamos este ano o espaço genial da Oca e fizemos uma obra limpa em uma instituição que funciona, está ali viva. Estamos fazendo um evento democrático – dentro de um museu. Ali fizemos caixas que montamos e desmontamos muito rapidamente. E antes ou depois da exposição maravilhosa do lado de dentro, com 14 arquitetos, o público pode ver e curtir o espaço do lado de fora, a plataforma que criamos chamada BlackBox, que pode ser replicada em outras cidades ou países. E vamos deixar um legado na cidade fazendo benfeitorias no interior da Oca – os banheiros públicos”, diz Raquel de um só fôlego.

MARIA DI PACE

Moderna, ela é designer, ‘blogueira’ e diretora de seu espaço cultural. Com apenas 9 ambientes, e já em sua segunda edição depois de seis meses de sua estreia, a pequena Modernos & Eternos, que acontece no espaço di Pace Arte & Design, se apresenta como uma mostra em que tudo está à venda – do talento dos arquitetos a todos os produtos expostos. Para a edição deste ano, entre 18 e 28 de junho, o evento passa a durar duas semanas ao invés de uma e faz uma justa homenagem aos designers de tecidos Attilio Baschera e Gregorio Kramer, ícones da decoração no país. “Também convidamos nove escritórios de arquitetura e design de interiores da cidade e do País (há representantes de Brasília, Salvador e Porto Alegre) a se integrarem à grande área expositiva do di Pace Arte & Design”, diz Maria, que fundou o espaço com o pai e o irmão, os arquitetos Ugo di Pace e Raul di Pace, e o dirige há menos de um ano. Nos ambientes assinados, os jovens profissionais utilizam móveis de lojas vintage e antiquários, além de peças contemporânea, inclusive autorais, e têm todos os seus itens à venda, entre mobiliário e objetos. Sempre com livre criação, a exposição ampliou-se: “aumentamos os dias: antes eram cinco e nesta edição serão 12, assim conseguimos atender melhor o público e dar oportunidade aos visitantes que vêm de fora de conhecer melhor o trabalho dos nossos arquitetos e designers de interiores”. Em tempos de mudança, a mostra já nasce se adaptando a uma nova realidade econômica brasileira: “Podemos dizer que Modernos & Eternos é sustentável, com estrutura de baixíssimo custo, tanto em termos de equipe quanto física. Também as divisórias que separam os ambientes são de madeiras recicladas e várias delas reaproveitadas da edição passada. Também não fizemos nenhuma obra, pois aproveitamos os trilhos de iluminação do local e o piso existente. É uma mostra inteligente que se encaixa totalmente nos padrões da sociedade atual. A M&E acredita no coletivo, e quanto mais parceiros tivermos mais força teremos”, diz Maria, que além de diretora de seu espaço é dona do site Eye4Design e designer de interiores.

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i/D NEWS

Angelo Derenze, Luciano Montenegro de Menezes, Daniel e Fabiano Al Makul, Lilian Bomeny e Roberto Migotto

Carolina Szabó, Roberto Migotto, Bya Barros, Arthur de Mattos Casas, Lilian Bomeny, Luciano Montenegro de Menezes, Myrna Porcaro, Angelo Derenze, Brunete Fraccaroli e Oscar Mikail

Arthur de Mattos Casas

POWER PARTY

Alessandra Marques e Rodrigo Costa

Com décor da expert Chris Ayrosa, o D&D Shopping armou uma big festa no fim de março para marcar o início das comemorações dos 20 anos de sua abertura e a entrada de Angelo Derenze como diretor geral do shopping. Passaram por lá para dar os parabéns arquitetos, designers, empresários e clientes. Angelo Derenze

Ana Carolina Ribeiro, Danielle Cortez e Natália Meyer

Angelo Derenze, Lilian Bomeny, Luciano Montenegro de Menezes, Ana Claudia Viegas Bomeny, Bruno Bomeny, Melissa Wilman e Otávio Mesquita Breno Rivking e Oscar Mikail

Luciano Montenegro de Menezes, Cristina e Patricia Rocha, Lilian Bomeny e Angelo Derenze

Francesca Alzati e Kamy

Luciano Montenegro de Menezes, Kamyar Abrarpour, Francesca Alzatti, Lilian Bomeny e Silvana Lara Nogueira

Ana Carolina e Alessandra Friedman

Ludmila Lepri, Silene Cancela, Lilian Bomeny e Angelo Derenze

Giselle Rivkind, Angelo Derenze e Fabiana Feferbaun

Jeremiah Johnson, Isabelle e Camila Carneiro Johnson

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Antonio Ferreira Jr, Flavia Pardini e Mario Celso Bernardes

Graziela Castanheira

Haroldo de Barros e Adriana Giacometti

Walkiria Derenze, Brunete Fraccroli e Chris Ayrosa

p.

Vinicius Lupi e Cilene Lupi Angelo Derenze, Brunete Fraccaroli, Pedro Torres, Lilian Bomeny e Luciano Montenegro de Menezes.

Angelo Derenze, Brunete Fraccaroli, Pedro Torres, Lilian Bomeny e Luciano Montenegro de Menezes


87 Luciano Montenegro de Menezes, Marcelo Maksoud, Vivian Contri, Luis Café, Ana Paula Zagallo, Lilian Boneny e Angelo Derenze.

Luciano Montenegro de Menezes, Brunete Fraccaroli, Murilo e Esther Schattan, Lilian Bomeny e Angelo Derenze

Luciana Pergamo e Marcela Oliveira

Angelo Derenze, Luciano Montenegro de Menezes, Daniel e Fabiano Al Makul, Lilian Bomeny e Roberto Migotto.

Tota Penteado, Esther Schattan, Ludmila Lepre, Bruna Ximenes e André Leite

Luciana Liviero

Lilian Bomeny e Liliane Bomeny

Luciano Montenegro de Menezes, Premiado, Lilian Bomeny e Angelo Derenze

Leila Libardi e Vicente Parmegiane

Flavia Conrado e Selma Tammaro

Miguel Pierre

Raquel Silveira e Rita Valadares

Otávio Mesquita e Melissa Wilman

Leo Di Caprio

Ludmila Lepri, Ieda Korman e Ana Paula Zagallo

Angelo Derenze, Breno Rivkind, Jóia Bergamo, Lilian Bomeny, Luciano Montenegro de Menezes.

Rita Camilo, Andréa Gonzaga e Erica Lorca

Roberto Migotto, Raul Penteado, Angelo Derenze, Jóia Bergamo, Fabio Morozini, Taissa Buescu e João Armentano

Angelo Dezenze, Premiadas, Andrea Gonzaga, Lilian Bomeny e Luciano Montenegro de Menezes

Roberto Migotto, Angelo Derenze, Jóia Bergamo e João Armentano

Tania Correa, José Carlos Correa e Luciano Montenegro de Menezes

Luciano Montenegro de Menezes, Ulisses e Sr. Bianchi, Premiadas, Danielle Cortez, Natália Meyer, Lilian Bomeny, Luis Augusto Bianchi e Angelo Derenze

Roberta e Maurício Lima

Luciano Montenegro de Menezes, Premiadas, Lilian Bomeny e Angelo Derenze

Luciano Montenegro de Menezes, Alessandra Friedmann, Roberto Migotto, Lilian Bomeny e Angelo Derenze

Luciano Montenegro de Menezes, Ieda Korman, Camila Johnson, Lilian Bomeny e Angelo Derenze

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i/D NEWS

Alessandra Friedmann e Paulo Roberto Evangelista

Ana Paula Zagallo e Silvana Lara Nogueira

Jóia Bergamo, Vania Ceccotto e Esther Schattan

Vania Ceccotto e Charlô Whately

Jóia Bergamo e Vania Ceccotto Ieda Korman e Andrea Pilar

Premiados Priscilla Bergamo e Juliana Abbate

Andre Leite e Bruna Ximenes

Shenia Nogueira, Fatima Checchi, Vania Ceccotto e Francesca Alzatti

Orlando Santini, Jose Carlos Correa, Tania Braga Correa e Antony Schimef

NO TOPO Os dez profissionais que mais pontuaram no i/D - programa de relacionamento do D&D Shopping - foram premiados em uma noite especial no restaurante Bistrô Charlô, em São Paulo. O jantar de premiação homenageou Andréa Gonzaga, Jóia Bergamo, Escritório Luis Café & Vivian Contri Arquitetura Ltda, Patricia Penna, Paulo Roberto Evangelista, Ricardo Rossi, Shenia Nogueira, Silvana Lara Nogueira, Korman Arquitetos e Ximenes Leite Arquitetura. Os profissionais foram premiados com uma viagem para Viena, e a grande vencedora, a designer de interiores Jóia Bergamo, ganhou um carro i30 da Hyundai. Nesta noite ainda foram premiados os três assistentes mais pontuados em 2014: Priscilla Bergamo, Marcel Gomes e Aline Lobo.

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Lojistas D&D

Patricia Penna, João Paulo Duque e Aline Lobo

Luis Café, Vivian Contri, Ana Carolina Ribeiro e Eduardo Muriel

Thiago Breseghello, Daniela Brunet, Lorena Simões e Vinicius Gonçalves

Vilieri Caramel, Andrea Gonzaga e Rita de Cassia Camilo

Joia Bergamo

Luciano Monteiro e Charlô Whately

Ludmila Lepri e Rita de Cassia Camila com Erica Lorca

Ricardo Rossi, Marcel Gomes e Eduardo Muriel

Vania Ceccotto e Christian Kadow com Monica Novaes


89 Alexandre Serafim e Patricia Penna

Andrea Pilar e Ieda Korman

Andrea Pilar, Andre Leite e Bruna Ximenes

Ricardo e Laudiceia Rossi

Andrea Gonzaga, Fatima Checchi, Shenia Nogueira e Juliana Abbate

Library and Learning Center

Andrea Pilar, Paulo Evangelista e Ana Bianchi Passeio pelo Rio Danúbio

Juliana Abbate, Fatima Checchi e Shenia Nogueira

Vale do Danúbio

Silvana Lara Nogueira, Rita Camilo, Bruna Ximenes e Ludmila Lepri

Ieda Korman, Bruna Ximenes, Silvana lara Nogueira, Andrea Pilar, Jóia Bergamo e Ludmila Lepri

Juliana Abbate, Fatima Checchi, Shenia Nogueira e Rita Camilo

Paulo Evangelista, Jóia Bergamo e Angelo Derenze

Roda Gigante – Giant Ferris Wheel

Laudiceia Rossi, Ricardo Rossi, Silvana Lara Nogueira, Luis Bianchi e Luis Café

Silvana Lara Nogeuira e Andrea Gonzaga

Palácio de Schonbrunn

André Leite e Angelo Derenze

PASSAPORTE Arquitetos premiados pelo i/D, Programa de Relacionamento do D&D Shopping, e lojistas embarcaram para Viena, na Áustria. Hospedados no hotel Sans Souci, os profissionais viveram uma experiência única com passeios exclusivos por toda a região, degustação de vinhos, alta gastronomia, além de passeios culturais como a visita ao Library and Learning Center, assinado por Zaha Hadid e para Wiener Riesenrad, a roda-gigante mais antiga em atividade no mundo. O grupo foi formado por Andréa Gonzaga, Jóia Bergamo, Escritório Luis Café & Vivian Contri Arquitetura Ltda, Patricia Penna, Paulo Roberto Evangelista, Ricardo Rossi, Shenia Nogueira, Silvana Lara Nogueira, Korman Arquitetos e Ximenes Leite Arquitetura. Criado em 2010, o i/D é uma campanha de prêmios e benefícios para arquitetos, designers de interiores e paisagistas, realizada anualmente com o objetivo de estreitar o relacionamento dos lojistas com os especificadores de todo Brasil.

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NOSSAS LOJAS

A Especialista Tel.: 3043-9142 www.aespecialista.com

Casa Fortaleza - Home&Office Tel.: 3043-6043 Piso Térreo www.casafortaleza.com.br

Kopenhagen Tel.: 3043-9167 www.kopenhagen.com.br

Riolax Tel.: 3043-6241/6242 www.riolax.com.br

Le Chef Gatô Tel.: 3043-9079 www.lechefgato.com.br

Rizzo Gourmet Tel.: 3043-9072 www.rizzogourmet.com.br

Le Lis Blanc Beauté Tel.: 3043-7915 www.lelis.com.br

Saccaro Tel.: 3043-9136 www.saccaro.com.br

Le Lis Blanc Casa Tel.: 3043-7917 www.lelis.com.br

Santa Mônica Tel.: 3043-9866 www.smonica.com.br

Lepri Cerâmicas Tel.: 5506-1390 www.lepri.com.br

Serta Store Tel.: 3043-9066 www.sertastore.com.br

Lucca Antiques Tel.: 3043-9015 www.luccaantiques.com.br

Sierra Móveis Tel.: 3043-9210 www.sierrasp.com.br

Luri Decorações/Persianas Luxaflex Tel.: 3043-9772 www.luri.com.br

Sleep House Tel.: 5506-1237 www.sleephouse.com.br

Divina Comédia Tel.: 3043-9085

Madeira Doce Tel.: 3043-9366 www.madeiradocemoveis.com.br

Spicy Tel.: 5507-2817 www.spicy.com.br

Artefacto Beach & Country Tel.: 5105-7755 / 5105-7760 www.artefactobc.com.br

Dpot Tel.: 3043-9159 www.dpot.com.br

Maison Des Caves Tel.: 5505-0223 www.artdescaves.com.br

Spoleto Tel.: 3043-9073 www.spoleto.com.br

Art Station Tel.: 99939-3372 Piso Superior www.artstation.com.br

Elgin Cuisine Tel.: 3043-9333 www.elginmd.com.br

Maria Pia Casa Tel.: 5506-0026

Stilarredo Tel.: 3043-9711

McDonald´s Tel.: 5505-1665 www.mcdonalds.com.br

Studio AT Cabeleireiro Tel.: 3043-9874

Adresse Tel.: 5505-7348 www.adresse.com.br Alberflex Tel.: 3043-9922 www.alberflexsp-rj.com.br Alberflex Pronta Entrega Tel.: 3043-9924 www.alberflexsp-rj.com.br Amazonia Móveis Tel.: 3043-9026 www.amazoniamoveis.com.br Andiamo Ristorante Tel.: 3043-9050 www.andiamo.com.br ARTECRISTALLO Tel.: 5102-3359 / 5102- 3036 www.artecristallo.com.br Artefacto Tel.: 5105-7777 www.artefacto.com

Badaró Tel.: 3043-9232 www.restaurantebadaro.com.br Barbacoa Grill Tel.: 3043-9244 www.barbacoa.com.br Bazzi Móveis Tel.: 3043-6059 Piso Superior www.bazzimoveis.com.br

Café do Ponto Tel.: 3043-9021 www.cafedoponto.com.br Casa di Pietra Tel.: 3043-9370 www.casadipietra.com.br Clami Design Tel.: 3043-9380 www.clamidesign.com.br Copel Tel.: 5102-2214 www.copel.com.br Criss Air Tel.: 5505-0968 www.crissair.com.br Dell Anno Tel.: 3043-7755 www.dellanno.com.br

Espaço 204 Tel.: 5102-3468 www.espaco204.com.br Espaço Árabe Tel.: 5103-0171 www.espacoaraberestaurante.com.br Fast Frame Tel.: 3043-9080 www.fastframe.com.br Flávia Rocco

Mekal Tel.: 3043-9061 www.mekal.com.br Millo Tel.: 3043-6057 Piso Superior www.millo.com.br Mirna Flores Tel.: 6643-3176 Piso Térreo www.mirnaflores.com.br

Blenz Café Tel.: 3043-9041 www.blenzcafe.com.br

Florense Tel.: 3043-9430 www.florense.com.br

Bon Café Tel.: 3043-9294 www.bonrestaurante.com.br

Gallery by Formato Tel.: 3043-9423 www.formatomoveis.com.br

Mônica Ribas Acessórios Tel.: 3043-9650 Piso Térreo www.bymonicaribas.blogspot.com.br

Bon Grillê Tel.: 3043-9466 www.bongrille.com.br

Gendai Tel.: 3043-7777 www.gendai.com.br

Morana Tel.: 3043-9714 www.morana.com.br

Bon Restaurante Tel.: 3043-9288 www.bonrestaurante.com.br

Graco Exchange Tel.: 3043-9340 www.gracoexchange.com.br

Mr. Beer Tel.: 3043-9082 www.mrbeercervejas.com.br

Brentwood Tel.: 5105-1470 www.brentwood.com.br

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Mundo do Enxoval Tel.: 5507-5070 www.mundodoenxoval.com.br

Breton Actual Tel.: 5506-5248 www.breton.com.br

Havanna Tel.: 97028-6354 www.havanna.com.br

Natuzzi Editions Tel.: 5505.1699 www.natuzzieditions.com.br

Breton Actual Jardim Tel.: 5506-5248 www.breton.com.br

Indusparquet Tel.: 3043-9238 www.indusparquet.com.br

O Boticário Tel.: 3043-9161 www.oboticario.com.br

Bucalo Tel.: 3043-9125 www.bucalo.com.br

Antares Digital Life Tel.: 3043-9399 Piso Térreo www.innovationsite.com.br

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By Kamy Tel.: 3043-9166 www.bykamy.com Casa Fortaleza Tel.: 2344-1140 www.casafortaleza.com.br

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