STR 45 anos

INFORMATIVO ESPECIAL SÁBADO, 17 DE DEZEMBRO DE 2016

Santo Antônio das Missões e Garruchos

História, mutirão sindical, 5º Grito da Terra Municipal, encontros de mulheres, jovens e aposentados, Feirão da Agricultura Familiar, homenagem no Desfile de Garruchos - Tudo sobre o Projeto STR 45 anos

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SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS ESPECIAL 45 ANOS

HISTÓRIA

STR foi fundado em 1971 em Santo Antônio das Missões

Há aproximadamente 45 anos, um grupo de agricultores de Santo Antônio das Missões estava preocupado com a defesa dos interesses e a representação da categoria. Sob a coordenação do padre Quiliano Schardong, então pároco local, eles promoveram reuniões na Paróquia e fizeram visitas pelas localidades do interior para divulgar o objetivo de criar uma entidade de representação da classe no município. Após alguns encontros de articulação, no dia 10 de outubro de 1971, no CTG Porteira das Missões, foi realizada a primeira assembleia geral extraordinária e fundado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais (foto acima).

O padre Quiliano Schardong foi aclamado para presidir a sessão, tendo Alécio Sarturi Cargnin como secretário. Conforme consta na primeira ata, foi realizada a fundação, feito o pedido de inscrição, aprovados os estatutos sociais, discutida a contribuição sindical e escolhida a diretoria provisória. Foram eleitos e empossados: Ari Santa Catarina para presidente; Irineu Ribeiro de Morais para secretário; Ernesto Salvador Pillon para tesoureiro; João Minozzo, Darwin Alves Machado e Lacy Santis Ribeiro para suplentes da diretoria; Horácio da Silva, Riquelmo Scaramussa e Afonso da Cruz para Conselho Fiscal; Antônio Vesz, Manoel Monge Lopes e Lourenço de Lourenço Portela para suplentes do Conselho Fiscal.

Era apenas o início da luta pela consolidação da entidade. Foi necessário muito empenho dos primeiros diretores e associados para alcançar o reconhecimento do Ministério da Previdência Social, que veio em 13 de fevereiro de 1973, com a Carta Sindical. Em 13 de dezembro de 1983, o órgão foi reconhecido como Entidade Pública pelo município de Santo Antônio das Missões.

No início das atividades sindicais, o STR contava com a contribuição dos recém associados, através das mensalidades, mas dependia também da coragem, do empenho e da dedicação da diretoria, que fazia um revezamento voluntário e constante para atender na sede as demandas da categoria, muitas vezes doando recursos financeiros e utensílios necessários para o melhor funcionamento da novata entidade sindical.

A princípio, o sindicato funcionava em locais alugados.

Para mudar esta situação, os associados e a diretoria, ainda na década de 70, se articularam e conseguiram

com a Prefeitura a doação de um terreno. Teve início então uma forte campanha para construção da sede própria: os associados contribuíam com recursos financeiros, materiais de construção e mutirões de mão de obra. Assim, na década de 80 o sonho se tornou realidade e foi inaugurada a nova sede. Nos anos seguintes, várias melhorias e ampliações foram realizadas para melhor receber o associado.

Em 12 de março de 2006, após nova campanha com contribuição social, baseada em sacas de soja, foi inaugurada a ampliação da sede com novo prédio, à frente do primeiro. Em 26 de março de 2010, nova conquista patrimonial: após uma campanha de quase dois anos, que arrecadou mais de 1.500 sacos de cimento, foi inaugurado um amplo e equipado Salão de Eventos.

Em 15 de dezembro de 2009, em assembleia geral, os associados decidiram de forma unânime aceitar o desafio e incorporar a sua base territorial o município de Garruchos. Passou então a ter como denominação Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Antônio das Missões com Extensão de Base em Garruchos.

Ao longo destes 45 anos, a entidade vem congregando o interesse de milhares de pessoas. Atualmente, o STR possui aproximadamente 4.500 associados e associadas ativos em sua base territorial, destes estão em dia com as obrigações sociais aproximadamente 2.000 sócios entre homens, mulheres, jovens, aposentados, pensionistas e assalariados rurais.

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais é uma entidade de classe, componente da estrutura do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR). Compõe a Regional Sindical Missões II, que abrange 12 municípios, e a Macrorregional Missões Fronteira Noroeste, da qual é o maior em número de associados em dia. No estado, é um braço da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Rio Grande do Sul (Fetag-RS) e o 13º maior em número de associados. A representação nacional é feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). O STR é filiado também à Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e à Associação Sepé Tiaraju, que possui abrangência em 11 municípios com a finalidade de auxiliar os sindicatos e filiados na organização da produção e universalização da assistência técnica.

INFORMATIVO ESPECIAL SÁBADO, 17 DE DEZEMBRO DE 2016

PRODUÇÃO DE TEXTO, EDIÇÃO, ARTE E DIAGRAMAÇÃO

VLADSON AJALA

JORNALISTA MTB 0004586/SC IMPRESSÃO

Empresa Jornalística Planalto Médio Ltda TIRAGEM: 1000 EXEMPLARES

SÓCIO-FUNDADORES Assim como os apoiadores, articuladores e integrantes da primeira diretoria, foram importantes para a criação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Santo Antônio das Missões os sóciofundadores, primeiros associados da entidade sindical no município e que estavam na assembleia de fundação (foto abaixo). Com a expectativa de ter na entidade uma representante da classe dos trabalhadores rurais, contribuíam com as primeiras mensalidades, campanhas para arrecadar recursos e até mesmo no trabalho para fazer os eventos acontecerem.

Lacy de Santis Ribeiro, Nicanor Maciel e Renê Nunes de Deus são três deles.

Lacy de Santis Ribeiro conta que foi convidado por Irineu Ribeiro de Morais, primo dele, para criar o sindicato ainda em 1969 – dois anos antes da fundação.

Aceitou e fez parte da diretoria provisória instalada em 1971, presidida por Ari Santa Catarina, como suplente. Segundo ele, chegou ser o ficha 1 dos associados, mas no registro oficial ficou com o número 78. Para cumprir suas obrigações no STR, vinha a pé os 15 km do Rincão do São Pedro, onde morava, até a cidade. “A gente pode ser analfabeto, mas tem que cumprir com a obrigação”, destaca. Em 1973, foi secretário na primeira gestão de Irineu, de quem contou com o apoio para aprender a redigir as atas. Lembra com entusiasmo do envolvimento de todos para ajudar o sindicato a crescer, como na campanha para a construção da sede própria – segundo ele, arrecadaram o suficiente na primeira festa. O dinheiro chegou ser roubado, mas foi recuperado antes da prestação de contas – um susto e tanto para ele e Irineu. A partir de 1976, preferiu se dedicar ao trabalho na propriedade e não

participou mais das diretorias do STR, mas segue sócio até hoje.

Renê Nunes de Deus também foi convidado por Irineu, que esteve na localidade em que ele morava dando uma palestra sobre a criação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Como um líder da comunidade, passou a participar das reuniões e discussões. Ajudou a convidar outros produtores rurais para participar da assembleia geral de fundação, quando vieram em um caminhão.

Renê era até então sócio do Sindicato dos Empregadores Rurais, mas achou importante a criação de uma entidade para representar os trabalhadores. “Criamos para nós este sindicato, para o pequeno produtor rural”, afirma.

Lembra que o órgão dos patrões ajudou no início. Ele destaca o empenho e a boa vontade de todos que trabalharam pelo sindicato durante todos estes anos e até hoje faz campanha para o pessoal ser sócio do STR. Renê integrou a diretoria algumas vezes e atualmente é suplente.

Outro sócio-fundador é Nicanor Maciel. Ele conta que sempre procurou participar do sindicato e não faltar reuniões. Lembra que participou de diversas campanhas de arrecadação, como as de soja e cimento para a construção da sede. Destaca que todos sempre se prontificaram a ajudar.

Já aposentado, Nicanor fez questão de seguir contribuindo para o STR e incentiva os familiares a fazer o mesmo. Além dele, um filho e uma filha se aposentaram com o apoio da entidade. Ele afirma que não imaginava que veria o sindicato ter uma estrutura tão grande como atualmente e cita quantidade de serviços oferecidos, a organização e o bom atendimento como destaques.

Satisfeito, incentiva a todos a se associarem.

SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS SANTO ANTÔNIO DAS MISSÕES E GARRUCHOS

PRESIDENTE: AGNALDO

BARCELOS DA SILVA

CNPJ 88.552.872/0001.03 Av. Pref. José Nunes de Abreu. Santo Antônio das Missões

Tel: (55) 3367-1244 | E-mail: strsantoantoniodasmissoes@fetagrs.org.br

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SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS ESPECIAL 45 ANOS

ARI SANTA CATARINA PRESIDENTE 1971/1973 Após os primeiros encontros para articular a criação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Santo Antônio das Missões, era necessário formar uma comissão para fundar e dar início ao registro da nova entidade. Então, o padre Quiliano Schardong convidou Ari Santa Catarina para ser o primeiro presidente, em 1971. Associado do Sindicato dos Empregadores Rurais, atual Sindicato Rural, ele era também da diretoria da Paróquia e do Clube União Operária, mas não estava envolvido com a articulação dos pequenos agricultores.

Ari conta que inicialmente resistiu à ideia, mas eles insistiram. Com a condição de ter Irineu Ribeiro de Morais como secretário, ele cedeu, se licenciou do outro sindicato e aceitou a indicação.

Segundo Ari, o principal desafio do início era estruturar o STR, que precisava formar um quadro social para ser reconhecido como entidade representativa dos trabalhadores rurais. Para encaminhar o registro no Ministério da Previdência Social, ele e Irineu fizeram muitas viagens a Porto Alegre. Como o sindicato ainda não tinha recursos financeiros para bancar os deslocamentos, o próprio presidente pagava. Uma campanha entre os associados foi feita para pagar o registro, que veio em 13 de fevereiro de 1973: Ari Santa Catarina, Irineu Ribeiro de Morais e Antônio Vesz, então conselheiro fiscal, foram a Porto Alegre e trouxeram a Carta Sindical (foto ao lado).

Com o sentimento de dever cumprido, Ari deixou a presidência do STR em 1973 e retornou a ser associado do Sindicato dos Empregadores Rurais. “Foi uma semente muito bem plantada”, afirma. Ele diz que se sente satisfeito em ver que

todos que passaram pela presidência do sindicato foram bem, ajudaram a entidade a construir um grande patrimônio e se tornar uma potência, o que é bom para o associado. Ari destaca que nas várias entidades que se envolveu, saiu bem e satisfeito com o trabalho realizado, sem nunca pegar nada em nome da instituição. Na vida pública, ele também foi vereador por seis anos e chegou a ser presidente da Câmara Municipal

“Foi uma semente muito bem plantada”

diz Ari Santa Catarina sobre a fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Santo Antônio das Missões.

IRINEU RIBEIRO DE MORAIS PRESIDENTE 1973/1976 | 1979/1985

“É um pouquinho filho da gente.

Fazer o alicerce, carregar pedra é muito mais difícil que colocar rodapé e lustre” diz Maria de Santis Morais, viúva de Irineu, sobre o início do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

Quando o padre Quiliano Schardong idealizou a criação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais e buscou pessoas para ajudá-lo, Irineu Ribeiro de Morais foi um dos primeiros convidados. Então professor de uma escola do interior do município, participou ativamente dos encontros de articulação e ajudou a divulgar aos demais agricultores a importância de criar uma entidade de representação. É o que conta a esposa dele, Maria de Santis Morais, viúva desde 20/02/1994. Em 1971, Irineu aceitou deixar de dar aula e veio morar na cidade para ser secretário do STR na gestão de Ari Santa Catarina. Com ele, trouxe a esposa e os filhos.

Em 1973, foi eleito pela primeira vez presidente, com mandato até 1976. Deu lugar a Sadi Ávila de Matos, de quem foi secretário. Em 1979, venceu o próprio Sadi e voltou a ser presidente, se reelegendo em 1982 e ficando no cargo até 1985.

Maria conta que inicialmente moravam de aluguel e a residência era também o escritório do sindicato, pois a entidade não tinha condições de pagar mais de um aluguel, nem de remunerar os diretores. “No começo, foi um período financeiramente difícil, pois o sindicato não tinha como pagar salário. As primeiras contribuições de sócio era para pagar o aluguel e material de divulgação”, explica. Foram quatro casas alugadas.

A quinta foi cedida por um parente para a família. Já a sexta foi a primeira casa própria de Irineu na cidade, construída com a ajuda dos pais da esposa. As seis chegaram ser sede do STR, até que a entidade teve condições de alugar um imóvel. Como dirigente, além de tomar conta dos serviços, Irineu andava pelo interior para divulgar o sindicato e convidar os agricultores para ser sócio. Entre as dificuldades, encontrava alguma resistência dos empregadores, mas tentava con-

vencer que o STR era bom para os dois – alguns patrões ajudaram também. Maria lembra que os sócios eram participativos nas campanhas para arrecadar recursos, como a para construção da sede própria após ganhar o terreno da Prefeitura – Irineu era o presidente quando lançaram a pedra fundamental do prédio, em 1974. Outra forma encontrada por Irineu para divulgar o sindicato eram os desfiles cívicos, que sempre contavam com os agricultores e suas máquinas e ferramentas agrícolas. Maria lembra que após as palestras sobre o sindicato pelo interior, Irineu ficou sabendo que era chamado de comunista em pleno período da ditadura militar. Ao que prontamente respondia “comunista é bom”. Apesar disso, nunca tiveram problemas de repressão. Outro desafio constante era mediar o atendimento médico encaminhado pelo STR, muitas vezes negado ou cobrado pelos médicos indevidamente.

Ao longo dos anos de mandato de Irineu, as coisas foram melhorando - logo o STR inaugurou o prédio próprio. Depois, o presidente passou a ser remunerado. Ele aproveitou então para cursar e se formar em Direito, em Santo Ângelo. Ao ver o sindicato hoje, Maria se orgulha. “É um pouquinho filho da gente. Fazer o alicerce, carregar pedra é muito mais difícil que colocar rodapé e lustre”, compara. Ela diz que muito dos que eram contra o STR na época, hoje estão associados e aposentados. “Eram da classe dos pequenos agricultores, mas queriam ser sócios do Sindicato Rural”, afirma. Maria lembra que pouco antes de falecer, Irineu lamentou não ter deixado uma grande herança aos filhos devido as despesas com sua saúde. Mas recebeu como resposta do filho Rogério de Santis Morais que a maior herança que podia receber era o exemplo de vida.

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SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS ESPECIAL 45 ANOS

SADI AVILA DE MATOS PRESIDENTE 1976/1979 | 1985/1994 Participante das reuniões coordenadas pelo padre Quiliano Schardong, Sadi Ávila de Matos foi sócio-fundador do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Em 1973, fez parte do Conselho Fiscal efetivo.

Em 1976, foi eleito pela primeira vez para presidente. Em 1979, perdeu a disputa para Irineu Ribeiro de Morais, que era secretário dele. Ficou cinco anos afastado da entidade, até retornar como presidente em 1985. Reeleito, ficou até 1994, quando se tornou secretário de Euclides Santa Catarina até 1997.

No primeiro mandato, inaugurou o prédio próprio do STR, iniciado na gestão de Irineu Ribeiro de Morais. Entre os desafios enfrentados por ele, estão diversas mobilizações por aposentadoria para o homem e a mulher, tanto locais, regionais, estaduais e até mesmo em Brasília. “Fizemos um protesto com mais de 500 pessoas trancando o trevo”, lembra Sadi. Também teve que mediar problemas de cobrança indevida de atendimentos médicos encaminhados pelo sindicato. Uma das conquistas foi a definição do dissídio por convenção coletiva.

Como presidente do STR, deu apoio para o Movi-

mento Sem Terra (MST) entrar no município. “É um movimento que, embora tenha alguns problemas, busca justiça social no Brasil”, justifica.

O apoio não foi apenas político. Sadi foi acampar na luta por terra e foi assentado em 1997, no Assentamento São Luiz, em São Luiz Gonzaga.

Desde então, segue apenas como sócio do STR. “Sou feliz de pertencer a esta entidade e ajudar os associados”, afirma. Para ele, o sindicato sempre enfrentou a barreira do poder econômico contra.

Hoje, vê que estão querendo derrubar direitos adquiridos pelo movimento sindical. “Se os sindicatos não se mobilizarem mais ainda, não brigarem, os direitos dos trabalhadores vão para baixo”, alerta.

Sadi destaca que os agricultores familiares são responsáveis por 70% da produção de alimentos no Brasil, mas não recebem apoio e reconhecimento suficientes dos governos. Para enfrentar as dificuldades, ele aposta no movimento sindical. “O sindicato é uma arma do trabalhador. Muitas vezes, eles não conseguem colocar na mente que fortalecendo o sindicato, vão ter o que precisam”, destaca.

Na foto abaixo, a posse em 1991.

“O sindicato é uma arma do trabalhador” diz Sadi Ávila de Matos, sobre a importância do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

EUCLIDES SANTA CATARINA PRESIDENTE 1994/1997 Desde a fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Euclides Santa Catarina fazia parte da entidade. Sempre à disposição para contribuir, ia praticamente todos os dias ao STR antes mesmo de ir para o campo cuidar da própria produção.

Assim conta o filho Gilmar Silveira Santa Catarina.

Com problemas de saúde, Euclides não chegou dar entrevista e faleceu no dia 23 de novembro de 2016. Vice-presidente em 1991, ele foi eleito presidente em 1994 e ficou no cargo até 1997.

Gilmar lembra do pai sempre envolvido com o sindicato. Nas gestões de Irineu Ribeiro de Morais e Sadi Ávila de Matos, Euclides e a esposa Nair estavam sempre presentes, ajudavam na organização das festas, colocavam o carro sempre

“É o alicerce do produtor. É o

primeiro ponto onde o pequeno e o médio vão recorrer” diz Gilmar, filho de Euclides, sobre a importância do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

à disposição. Segundo o filho, foi dele e a ideia de criar um time de futebol, o Astra – Associação dos Trabalhadores Rurais de Santo Antônio das Missões (foto abaixo). Era uma equipe formada por associados do STR e filhos. Como presidente, buscou viabilizar serviços como atendimento médico, dentista e oculista no sindicato. Também contava com um programa que oferecia pacote de sementes para os associados produzirem.

Para Gilmar, que trabalha como técnico agrícola na Ciagro em São Borja, o sindicato é fundamental para o agricultor. “É o alicerce do produtor. É o primeiro ponto onde o pequeno e o médio vão recorrer”, afirma.

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SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS ESPECIAL 45 ANOS

ERNESTO IVO DE LIMA PRESIDENTE 1997/2000 | 2000/2004 Natural de Crissiumal, Ernesto Ivo de Lima entrou para o movimento sindical ainda naquele município.

Dependente dos pais quando jovem, se tornou sócio e integrou o Conselho Fiscal de 1978 a 1981. Quando veio morar em Santo Antônio das Missões, em 1984, se associou ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais local e entrou para a diretoria em 1991, como secretário.

Em 1997, foi eleito presidente, sendo reeleito em 2000 e 2003. Em 2004, deixou o STR para concorrer e ser eleito prefeito do município.

Ivo lembra com detalhes da sua trajetória. Em 1974, então com 21 anos, foi selecionado pelo STR de Crissiumal como liderança da juventude para participar de um curso técnico agrícola e de formação no Instituto de Educação Rural Alto Uruguai, de Frederico Westphalen – semelhante a uma Casa Familiar Rural. Considera este aprendizado fundamental para seu futuro no sindicato e na política. Após concluir o curso, com duração de um ano, seguiu participando das reuniões do STR e foi eleito para o Conselho Fiscal efetivo em 1978.

Reeleito em 1981, foi embora para Santiago no mesmo ano e se licenciou. Em 1984, chegou em Santo Antônio das Missões e deu início a história como associado do sindicato do município. Secretário entre 1991 e 1994, lembra de uma assembleia geral que precisou coordenar na ausência do então presidente Sadi Ávila de Matos, do vice Euclides Santa Catarina e do tesoureiro José Minozzo. Para ele, foi o momento que demonstrou para os associados e líderes sindicais que podia ser presidente do STR – o coordenador regional Renê Berwanger e o presidente da Fetag-RS, Alberto Broch, estavam presentes e elogiaram o desempenho de Ivo. Fora da diretoria eleita em 1994, ele se preparou para ser candidato de oposição em 1997. Deu certo e Ivo foi

eleito presidente pela primeira vez.

Como presidente, o principal desafio era aumentar o número de associados. Outras medidas de Ivo foram a informatização do STR, com compra de computadores e, logo depois, a aquisição de um carro, de forma parcelada. Campanhas e as próprias aquisições ajudaram a trazer mais sócios - tendo veículo para ir até o agricultor, foram criados 36 núcleos do sindicato nas localidades do interior. O STR buscou ampliação de parcerias com Sindicato Rural, Emater, Prefeitura, Coopatrigo e outras entidades. Também foram feitas reformas na sede e, posteriormente, ampliações, com o início da construção do primeiro andar do prédio da frente. O sindicato participou da luta pelo Banco da Terra, tendo os agricultores do município entre os primeiros beneficiários do programa. Também teve participação na fundação da Coohaf, com beneficiados no município. Ivo lembra que o STR participou de diversas mobilizações: por direito a crédito de terra, habitação, juro menor, programas específicos para jovens e mulheres - no dia anterior à posse como presidente, tinha acontecido a primeira invasão de terra do Movimento Sem Terra (MST) em Santo Antônio.

Para Ivo, o STR é uma das entidades locais mais fortes. “O movimento sindical gerou a maior receita do município: as aposentadorias”, justifica. Ele destaca que até contar com o sindicato, o trabalhador rural era desassistido, trabalhava informalmente e não tinha documentos para reivindicar direitos, como a própria aposentadoria. “Uma das coisas importantes para o sindicalista é informar. O agricultor precisa conhecer o sindicato, ninguém valoriza o que não conhece. É preciso mostrar a força que o ele tem através do sindicato”, afirma. Suplente da diretoria, Ivo assumiu como secretário de finanças e administração em 2016.

“O agricultor precisa conhecer o sindicato, ninguém valoriza o que não conhece. É preciso mostrar a força que o ele tem através do sindicato” diz Ernesto Ivo de Lima, ao destacar a importância de informar sobre o Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

AGNALDO BARCELOS DA SILVA PRESIDENTE DESDE 2004

“A parte que cada um fez é fundamental para o sindicato estar no estágio atual”

diz Agnaldo Barcelos da Silva, sobre a importância de todos os sócios, diretores, líderes e funcionários que passaram pelo Sindicato dos Trabalhadores Rurais.

Atual presidente, Agnaldo Barcelos da Silva iniciou a trajetória dele no movimento sindical em 1997, a convite de Ernesto Ivo de Lima, então presidente, Antônio Rui de Santis, secretário-geral, e do amigo Robeson Oss Emer. No mesmo ano, participou do Grito da Terra Brasil, quando acampou uma semana em Brasília. Em 2002, foi escolhido coordenador de jovens no Congresso Municipal da Juventude, realizado no Rincão do Umbu, e passou a participar dos trabalhos do sindicato. Em 2003, foi eleito vice-presidente. Em 2004, Ivo se licenciou para se candidatar a prefeito e Agnaldo assumiu como presidente interino, cumprindo o mandato até 2006, quando foi eleito presidente. Se reelegeu em 2010 e 2014, e tem mandato até 2019.

Quando assumiu em 2004, o principal desafio era buscar recursos para concluir a construção do prédio da frente, onde atualmente funciona o administrativo.

“Como tinha apenas 21 anos na época, entendi que precisava me assessorar de pessoas mais experientes”, conta. Então, diminuiu a remuneração do presidente de seis para quatro salários mínimos e transferiu um para Felisberto Ourique Machado, tesoureiro, e outro para Claudete Druzian, secretária, que passaram a auxiliar na administração do sindicato. “Não me considerava com experiência e conhecimento para fazer o trabalho sozinho. Dividir com eles foi um grande passo”, garante. Agnaldo afirma que o foco desde o início foi o fortalecimento do quadro social e do trabalho dos líderes de núcleos. Uma das metas da diretoria sempre foi melhorar a estrutura do STR para que o associado enxergasse cada vez mais a entidade como casa dele e referência para tudo que precisasse. Por isso, foram feitas tantas campanhas de arrecadação de recursos para a ampliação da estrutu-

ra, com apoio fundamental dos diretores, dos líderes e dos funcionários. “O funcionário é um parachoque do sindicato: está em contato direto com o associado no dia a dia e tem a responsabilidade de atender de forma qualificada, séria e gentil. Até porque o sócio é o dono da casa, não apenas um cliente”, salienta.

Outras atividades importantes para Agnaldo são: as parcerias institucionais, com diversos trabalhos em conjunto com Emater e Casam, que congrega todas as entidades do setor; a realização das cinco edições do Grito da Terra Municipal; a organização da pecuária familiar; a organização da produção de alimentos, através da Apam; a criação e organização da Casa Familiar Rural; e uma constante busca por parcerias e soluções às reivindicações dos produtores.

Os objetivos foram alcançados e o STR avançou bastante no quadro social e na infraestrutura – desde 2004, passou de 53º para 13º em número de associados no estado e é o maior sindicato da Macrorregional Missões Fronteira Noroeste com sócios em dia. Em 2009, incorporou Garruchos. Para Agnaldo, uma atitude ousada da diretoria e dos associados – o sindicato daquele município foi o primeiro a ser extinto formalmente no Brasil e transformado em extensão de base.

“Um avanço para os dois municípios”, considera.

Segundo Agnaldo, para a atual diretoria é uma grande alegria poder organizar este momento de comemoração de 45 anos, que tem como objetivo valorizar todos que já passaram pela entidade: sócios, lideranças, funcionários, ex-funcionários, ex-diretores.

“A parte que cada um fez é fundamental para o sindicato estar no estágio atual, fizeram o melhor para que hoje tenhamos a estrutura que temos e o meu compromisso é deixar em ótimas condições para que a próxima diretoria possa fazer ainda melhor”, destaca.

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SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS ESPECIAL 45 ANOS

EX-FUNCIONÁRIAS Tão importantes quanto diretores e associados para a estruturação e o crescimento do Sindicato dos Trabalhadores Rurais são os funcionários que fizeram ou fazem parte da entidade. Nestes 45 anos, Camila Machado Lourenço, Ernestina Martins Ribeiro e Márcia Britzke são as que mais tempo trabalharam no STR. Ernestina Martins Ribeiro, a dona Rola, entrou para o quadro de funcionários do sindicato em 1980 e ficou 22 anos, até se aposentar em 2002. Então associada do STR, ela deixou o interior e veio morar na cidade para trabalhar na entidade. A princípio, era responsável apenas pela limpeza e pela cozinha. Com o tempo, porém, começou a ajudar também no atendimento ao público no escritório. Pelo STR, fez um curso de datilografia e, com autorização dos associados em assembleia, mudou de servente para auxiliar de escritório e começou a trabalhar em horário integral, desempenhando as duas funções. Ela lembra que aprendeu muito com a colega Camila.

“Era uma família”, afirma, ao se referir à convivência na época.

No período de cadastro de Imposto Territorial Rural (ITR), os funcionários ficavam até tarde da noite para concluir. “Uma vez faltou luz e precisamos usar luz de velas ao lado das máquinas de escrever para terminar”, recorda.

Dona Rola destaca também que os funcionários estavam sempre a disposição para o trabalho, ajudavam nas festas. Foi o único emprego dela fora de casa.

Em 1981, Camila Machado Lourenço foi contratada pelo sindicato e ficou até 2005, dois anos após ter se aposentado. Foram 24 anos dedicados à entidade.

Filha de associado, começou a trabalhar no atendimento ao público, mas logo assumiu o caixa e a primeira etapa da contabilidade – serviço até então feito pelo presidente Irineu Ribeiro de Morais. Segundo ela, no começo foi necessário vestir a camiseta, pois o STR estava em fase de estruturação e às vezes enfrentava dificuldades financeiras. A máquina de escrever ela já dominava desde o início, mas precisou de aulas para acompanhar a informatização do sindicato, em 1997. Destaca também o trabalho no encaminhamento de aposentadorias e no cálculo das rescisões para a homologação de demissões – era importante saber um pouco de cada setor, nem que fosse para cobrir um colega quando necessário.

“Para mim, mais importante do que o salário era a satisfação em ajudar as pessoas, fazer o trabalho bem feito”, garante. Foi o primeiro emprego dela. “Graças ao trabalho no sindicato, pude fazer faculdade e se formar em Administração em 2003”, conta.

Segundo Camila, até hoje quando encontra associados eles comentam o quanto gostavam do

trabalho dela. Por isso, acha importante confraternizações como o Encontrão para reencontrar a família sindical.

Márcia Britzke trabalhou 18 anos e meio no STR: entrou em 1995 e saiu em 2013. Logo que ela iniciou no trabalho, o sindicato enfrentou uma preocupação quanto à organização dos trabalhadores da classe. Foi feito então um trabalho árduo e muito forte nas comunidades do interior para esclarecer a importância da organização de documentos para provar a atividade rural e facilitar o acesso aos direitos como trabalhador. Segundo ela, a mobilização foi um sucesso e ajudou a aumentar o número de associados. Outra conquista da época foi a criação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para custeio e investimento – uma luta dos STRs, junto com Fetag e Contag, que possibilitava melhor qualidade de vida e segurança às pessoas do meio rural, além de injetar dinheiro no comércio da cidade e região. “No decorrer dos anos, a cada conquista a gente sonhava e queria mais, ideias surgiam e eram levadas adiante e sempre recomeçava uma nova luta, superada com a união de entidades e dos trabalhadores”, conta. Assim, conquistaram a melhoria habitacional com a criação da Cooperativa Habitacional da Agricultura Familiar (Coohaf), que possibilitou reformas e construção de várias casas no meio rural. Para ela, o STR é uma das entidades sociais de classe mais importantes do município, tanto para a melhoria do meio rural quanto do urbano.

“Convido a voltarmos ao tempo e imaginar como seria hoje, sem as grandes conquistas que citei”, desafia. Por isso, ela destaca a importância da união do campo e da cidade. Filha de pequeno agricultor, Márcia diz que viu e sentiu o que realmente se passa no dia a dia de uma família que almeja por melhores safras para dar aos filhos alimento, estudo e uma vida melhor. Por isso, sente muito orgulho de ter feito parte da história e não ter medido esforço para ajudar no crescimento do STR e da classe. “As pessoas que ficaram e os demais que ingressaram seguem a história, continuam na luta e não desistem, pois sabem que têm uma missão a cumprir”, afirma. Fora do quadro de colaboradores e distante da cidade há três anos, ela carrega o aprendizado como bagagem de vida. “Se hoje sou reconhecida profissionalmente, devo a estas pessoas: diretores, colegas e a cada trabalhador que eu atendi, a cada amizade feita no decorrer dos anos”, afirma.

“Defino com duas palavras o tempo que fiz parte desta história: orgulho e gratidão. Parabéns a todos pelos 45 anos de lutas e conquistas”, disse.

LANÇAMENTO DO PROJETO 45 ANOS

Programação foi lançada em assembleia no dia 18 de dezembro O ano de 2016 é um momento histórico para o Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) de Santo Antônio das Missões, pois o Sindicato dos Trabalhadores Rurais completa Bodas de Rubi – 45 anos. Para celebrar com os associados, a diretoria, juntamente com os conselheiros fiscais, líderes de núcleo e funcionários prepararam uma super programação para ser desenvolvida com a participação da grande família rural associada. O lançamento destas atividades comemorativas foi feito no dia 18 de dezembro de 2015, em assembleia geral do STR. O presidente do sindicato, Agnaldo Barcelos da Silva, relembrou as etapas de construção da programação, realizadas ao longo de 2015. A primeira foi em 25 de março, no encontro de diagnóstico e avaliação sobre os principais problemas e desafios do meio rural e do sindicato. No dia 10 de abril, foram propostas alternativas para resolver ou amenizar os problemas apontados. Em 24 de junho, a discussão seguiu com contribuições e contraposições às proposições elencadas pelos grupos e definição prévia das prioridades. No dia 15 de outubro, foi feita reavaliação e definição das prioridades componentes da proposta do projeto STR 45 anos. Em 20 de novembro, realizada a apresentação, discussão e aprovação para os associados, em assembleia geral extraordinária.

Entre as temáticas elencadas, estão: a desvalorização do STR e o afastamento do aposentado; envelhecimento do campo; saída do jovem do campo; politicas públicas insuficientes e inoperantes; burocracia e desorganização documental; pouca assistência técnica; desmotivação das famílias rurais; uso abusivo

do veneno; falta de diversificação da receita do STR; dificuldade de atrair novos associados; a Barragem Garabi; e associados em atraso com o STR. Na busca de soluções, o sindicato apontou alguns desafios: campanha de pré-aposentadoria, para preparar e organizar os associados anteriormente ao aniversário da idade de se aposentar; intensificar a campanha de regularização documental e Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS); aquisição de um armário para fazer um arquivo gratuito de documentos dos associados; criação de grupo de convivência para aposentados; reorganização da comissão de jovens; ampliar a discussão da sucessão rural para toda a família; campanha da igualdade de direitos e deveres para as mulheres; utilização da infraestrutura do sindicato para o Feirão do associado. A entidade também se desafiou a discutir soluções sobre o uso abusivo do veneno, para a Barragem Garabi, além de problemas de infraestrutura, como energia elétrica e estradas, Sistema Único de Saúde (SUS), falta de contratos de habitação e aumento dos juros.

No planejamento, um dos principais meios apontados para buscar soluções para os problemas foi a realização do 5º Grito da Terra Municipal, que viria a ter as pautas discutidas com a comunidade através do projeto de visitação Sindicato dos Trabalhadores Rurais Incentivando a Busca de Organização (Stribo).

Também foi apresentada a campanha de fidelização de associados e recrutamento de novos sócios e propostas para melhorar o marketing do STR. Foi lançada ainda a data da festa de comemoração dos 45 anos do sindicato: 17 de dezembro de 2016.

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PROJETO STRIBO

STR realizou visitas em todas as comunidades do interior e convidou para 5º Grito da Terra Municipal Macro São Pedro O primeiro dia de visita foi em 21 de janeiro, na Macro São Pedro, realizado por 15 equipes. Foram visitadas as localidades Rincão dos Miranda, Rincão dos Cardoso, Taquara Mansa, São Pedro I, São Pedro II, Rincão dos Barcelos, Rincão dos Garcia e Rincão de São Gregório – aproximadamente 331 famílias. À noite, foi realizada uma reunião no Piquete Tinindo Esporas, no Rincão do São Pedro.

Macro São José Velho No dia 28 de janeiro, 19 equipes realizaram visitas na Macro São José Velho.

Eles estiveram nas localidades do Passo da Tigra, Pedregulho, Cachoeirinha, Manjerona, Campo Novo, Cerro do Ouro, Rincão dos Penteados, Caçapava, Manoã, São Braz, Mato Alto, Assentamento São Braz, São Lucas, Barreiro, Ibitirum, Faxinal e São José Velho – aproximadamente 601 famílias. À noite, foi realizada uma reunião no Piquete Ronda de Tropa, no São Lucas.

M. Ass. São Domingos O terceiro dia de visita foi em 5 de fevereiro, na Macro Assentamento São Domingos, realizado por 15 equipes. Foram visitados Rincão Ponte do Jauti, Rincão dos Lopes, Rincão Santa Maria, Santa Rita, Rincão do Umbu, Iverá, Sarmento, Assentamento São Domingos, São João Tujá, Passo da Telha, Rincão São João Mirim e Encenada – aproximadamente 404 famílias. À noite, foi realizada uma reunião na sede do Assentamento São Domingos.

Macro Vila São José Em 19 de fevereiro, 15 equipes do mutirão foram para a Macro Vila São José – aproximadamente 506 famílias. Elas visitaram Rincão São João Batista, Passo Novo, Rincão dos Gaudérios, Andrades, Postinho, Vila São José, Jaguarão, Rincão de Santa Ana, Sagrada Família, Rincão do Meio, Taquareira e Timbaúva. À noite, foi realizada uma reunião no Salão Comunitário de Santa Ana.

M. Arredores da Cidade O ciclo de visitas foi completado dia 24 de fevereiro, quando 15 equipes circularam pela Macro Arredores da Cidade – aproximadamente 387 famílias. Foram visitadas as localidades Rincão dos Camargo, Santo Inácio/Itaquarinchin, Rincão dos Oliveiras, Rincão das Chácaras, Canto Alto, Bairro do Trevo, Rincão do Itaroquém e Vila Santa Rosa. À noite, foi realizada uma reunião no Salão de Eventos do STR.

Com o objetivo de sensibilizar e comprometer as comunidades e as entidades de Santo Antônio das Missões e Garruchos em um trabalho conjunto de desenvolvimento sustentável, o STR realizou o projeto Sindicato dos Trabalhadores Rurais Incentivando Buscar Organização – STRIBO. A estratégia foi visitar por meio de mutirão todas as famílias dos dois municípios, convidá-los a participar de uma reunião numa das comunidades daquela microrregião e realizar um cadastro das propriedades para melhor conhecer a realidade do interior.

O mutirão envolveu diretoria, líderes de núcleo, agentes de saúde e entidades parceiras, como as Prefeituras, através das secretarias municipais, as Câmaras de Vereadores, a Coopatrigo, os escritórios

municipais da Emater-RS/Ascar, a Casa Familiar Rural Santo Antônio, a Escola Técnica Estadual Achilino de Santis e demais escolas vinculadas ao meio rural.

Foram usados veículos particulares e o STR reembolsou o combustível. O almoço ficou por conta de alguma das famílias visitadas.

Foram cinco dias de visitas às comunidades entre janeiro e fevereiro, um total de aproximadamente 2.165 famílias - 97% do total do interior do município.

Com os dados obtidos, foi realizado um diagnóstico para ajudar compreender a realidade e as demandas deste “novo mundo rural”, com o objetivo de focar nos anseios da comunidade e contribuir na construção da pauta do 5º Grito da Terra Municipal.

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SOS BRASIL

A manhã começou quente e ensolarada, ótimas condições climáticas para os agricultores acordarem cedo e irem lidar no campo. Porém, naquela quarta-feira, dia 23 de março, os produtores rurais de Santo Antônio das Missões e Garruchos preferiram deixar o trabalho de lado por um dia e ir à cidade lutar para não precisar, talvez, abandonar o campo no futuro. Aproximadamente 2 mil pessoas participaram do 5º Grito

Agricultores e apoiadores da mobilização começaram chegar antes das 8h ao ponto inicial de concentração, na rua Ricardo Santiago de Godoy, em diagonal ao Posto Pillon – a via faz o acesso da BR-285 à cidade. O número de pessoas foi aumentando aos poucos, assim como as estimativas de público, que começaram em mil, passaram por 1.200, 1.500 e chegaram a 2 mil. De verde e amarelo, cores adotadas pelo Grito da Terra Municipal este ano, os manifestantes seguravam cartazes, banners e faixas com reivindicações diversas. Às 9h, o vice-presidente da Regional Missões II, Rafael Dalenogare Paz, e a secretária de Mulheres da Fetag, Lérida Pavanelo, subiram ao caminhão de som e deram início ao Grito – eles coordenaram as atividades da programação do evento. Para a abertura oficial, foram chamadas autoridades e lideranças ao palanque.

CAMINHADA ATÉ A SEDE DO STR Encerrada as manifestações da abertura oficial, participantes do 5°Grito da Terra Municipal iniciaram a caminhada

5º Grito da Terra Municipal reuniu 2 mil pessoas na luta pela agricultura

da Terra Municipal – SOS Brasil, uma realização do Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR), que atende os dois municípios – a mobilização foi realizada em Santo Antônio das Missões e contou com apoio da Fetag-RS, Regional Sindical Missões II e Macrorregional Missões Fronteira Noroeste. O público superou quatro vezes a expectativa dos organizadores.

até a sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. “Se o agricultor não planta, a cidade não almoça e não janta”, gritavam os participantes. Presenças de autoridades e lideranças eram destacadas no microfone, assim como os eixos estruturantes da pauta: saúde, uso abusivo do veneno, educação, produção de alimentos e geração de renda, acesso a terra, infraestrutura, segurança pública, habitação, relações interinstitucionais, Barragem Garabi e Previdência Social.

A banda marcial da Escola Técnica Estadual Achilino de Santis acompanhava a peregrinação e a Brigada Militar controlava o trânsito para abrir espaço aos manifestantes. A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) vendeu lanches e bebidas em todo o trajeto. O comércio local também demonstrava apoio, com as atividades paradas e, até, portas fechadas. Ao chegar na rótula da avenida Florduarte José Marques, a caminhada dobrou à esquerda e seguiu até a próxima esquina, com a rua Batista Ibargoyen, onde fizeram a curva à direita. Presidente do STR de Porto Xavier, Eloir Becker se manifestou no trajeto.

DISCURSOS

Presidente do STR, Agnaldo Barcelos deu as boas-vindas.

“Hoje é um dia de luta, de somarmos força”, afirmou. “Enfrentamos um cenário no Brasil que nos preocupa muito, porém o movimento sindical não veste bandeira política, defendemos os agricultores. A corrupção é o povo que tem de combater. Vamos fazer uma marcha forte, mas não vamos nos ater a defender ou criticar o governo”, enfatizou. Ele destacou que a agricultura familiar é responsável por 70% dos alimentos produzidos. Lembrou ainda de uma frase que era sempre dita por Felisberto Ourique, tesoureiro do STR que faleceu na sexta-feira anterior, dia 18. “Não é difícil subir os degraus da escada, é difícil parar nela”, citou. Seu Beto, como era conhecido, foi homenageado com um minuto de silêncio antes dos discursos.

Também se manifestaram no ato de abertura oficial o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, os prefeitos Puranci Barcelos, de Santo Antônio das Missões, e Carlos Cardinal, de Garruchos; os vereadores Cristiano Nunes (PP) e Francisco Gilmar Leal (PT), presidentes dos Legislativos de Santo Antônio das Missões e Garruchos, respectivamente; o deputado federal Heitor Schuch (PSB-RS); o presidente da Coopatrigo, Ivo Batista; o coordenador da Macrorregional Missões Fronteira Noroeste, José Ribeiro Prestes; o coordenador de Programas da Secretaria de Desenvolvimento Rural do Estado (SDR), Ernesto Ivo de Lima; e o secretário-geral da Federação dos Trabalhadores Assalariados Rurais do Rio Grande do Sul (Fetar-RS), Vanderli Almeida. Estiveram no palanque ainda Antônio Joceli Cardoso, coordenador da 17ª Coordenadora Regional de Agricultura, que representou a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Irrigação do Estado (Seapi); e Diomedes Rech, vice-presidente da Cermissões.

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ATO DE ENCERRAMENTO

ESTAÇÃO 45 ANOS Pela rua Batista Ibargoyen, os manifestantes chegaram na avenida José Nunes de Abreu, em frente a sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. No local, foi realizado o ato Estação 45 Anos, uma homenagem ao aniversário da entidade. O sócio-fundador Renê Nunes de Deus fez um resgate da história do STR e destacou o trabalho de Irineu Ribeiro de Morais e Ari Santa Catarina, ex-presidentes, em acreditar na luta do movimento sindical e tornar realidade o sindicato no município. Agradeceu o empenho de todos em

manter o trabalho do STR cada vez mais forte.

Na sequência, o secretário do STR, Robeson Oss Emer, se manifestou em nome da extensão de base de Garruchos e destacou lutas daquele município. O ato seguiu com a bênção do pastor Paulo Miranda, da Igreja Evangélica Assembleia de Deus. A banda marcial da Escola Técnica Estadual Achilino de Santis apresentou uma versão do Parabéns Campeiro: “Parabéns, parabéns, saúde e felicidade. Que tu colha sempre todo dia, paz e alegria na lavoura da amizade”. A apresentação encerrou o Estação 45 Anos.

Em frente à Igreja Matriz, foi realizado o ato de encerramento da pegrinação, com o tema “Páscoa na roça – tempo de celebrar a fé, de cultivar a esperança e plantar as sementes que garantirão a vida e a ressurreição de Cristo entre nós”. Os padres da Paróquia Santo Antônio, Pedro Rauber e Donato Radmann, realizaram uma bênção e destacaram a importância da agricultura para a vida.

Na sequência, se manifestou a vice-presidente do STR, Valdemari Belchor. Também presidente da Associação dos Produtores e Artesão Missioneiros, ela destacou as dificuldades de produzir alimentos devido ao alto custo de produção. Em nome da Apam, foi entregue de forma simbólica uma cesta de alimentos da agricultura familiar para o Lar do Idoso e o Lar da Criança – mais produtos foram entregues posteriormente.

Para representar a esperança de futuro na agricultura familiar, participou da mística uma família que carregava um bebê no colo.

CAMINHADA ATÉ A PRAÇA DA MATRIZ ENCAMINHAMENTOS

Os manifestantes seguiram a caminhada. Próximo à Promotoria de Justiça, o associado Ramão Batista e a vereadora de Santo Antônio das Missões, Claudete Druzian, que também é secretária de Mulheres do STR, destacaram a preocupação com o uso abusivo do veneno. Lérida Pavanelo também endossou as críticas. A peregrinação seguiu pela rua Ricardo Santiago de Godoy em direção à avenida Florduarte José Marques. Rafael Dalenogare chamou atenção para a importância do dinheiro da aposentadoria rural para a economia dos municípios. O assessor de Política Agrícola da Fetag, Márcio Langer, seguiu o debate sobre os temas do Grito.

Ao chegar à rótula, o trajeto seguiu em direção à rua Waldemar Balbé. Para representar o tema da peregrinação “Na missão sagrada de produzir alimentos, o agricultor carrega uma cruz pesada”, Robeson Oss Emer carregava uma cruz de madeira.

Ainda na avenida, foi realizado o ato Estação Sucessão Rural. A integrante da Comissão de Jovens Rurais e funcionária do STR, Rafhaela Bueno, e o vice-diretor da Escola Achilino, Mário Ubaldo Ortiz Barcelos, destacaram que há jovens que querem ficar no meio rural, mas precisam de

melhores condições e qualidade de vida.

A caminhada seguiu então pela rua Waldemar Balbé.

No trajeto, o presidente do STR de São Luiz Gonzaga e da Associação Sepé Tiaraju, Geovani Hoff, manifestou o apoio e as preocupações dele. Presidente da Regional Três Passos, Luiz Paulo Arnt reforçou o convite para dar sequência à luta no 6° Grito de Alerta, dia 12 de maio, em Três Passos.

A peregrinação chegou em frente à Igreja Matriz, na rua Irineu Ribeiro de Morais, ao lado da Praça Antônio Vicente do Nascimento. O associado Florduarte Balbé manifestou apoio ao Grito e destacou a importância dos aposentados rurais para economia local. Na sequência, a presidente do STR de Roque Gonzales e secretária de Mulheres da Regional Missões II, Laura Langer, abordou as conquistas dos direitos previdenciários e a preocupação em mantê-las.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Santo Antônio das Missões (Acisam), Juarez Tajes, reforçou o apoio do comércio à mobilização e aos agricultores.

Outra representação se destacava entre os manifestantes. Duas pessoas encenavam um produtor passando agrotóxico e a morte próxima – uma alusão ao perigo do uso abusivo de veneno.

O presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva, voltou ao palanque e comemorou a participação dos agricultores no 5° Grito da Terra Municipal. Ele citou a preocupação com a cadeia leiteira e voltou a cobrar condições para a sucessão rural. Destacou que a mobilização no município é só o início e convidou para o Grito de Alerta e o Grito da Terra Brasil. Parabenizou o STR por ter ido ouvir os agricultores e assumiu o compromisso de dar respostas e cobrar dos governos estadual e federal. Garantiu apoio e mobilização para lutar pelos direitos dos produtores rurais. “Vocês estão dispostos a ir pra rua?”, perguntou. “Estamos!”, responderam os participantes. Agradeceu a cada um que esteve no Grito. “Temos que ter fé num mundo melhor”, afirmou. “Viva os agricultores, viva o Sindicato, viva a Fetag!”, gritou.

Para encerrar, subiu o palanque novamente Agnaldo Barcelos, presidente do STR. Ele lembrou que a manifestação na rua é apenas uma parte do 5° Grito da Terra Municipal, que começou nas visitas às comunidades e segue com as negociações com as entidades e o poder público.

Afirmou que havia praticamente uma pessoa para cada família visitada. Citou as dificuldades para produzir alimentos, mas enfatizou que os agricultores não desistem por acreditarem na profissão. Chamou atenção para o perigo do veneno para produtores e consumidores. Também para as dificuldades do acesso a terra, quando convocou para luta pela Reforma Agrária.

Relatou que reuniões e negociações já estavam marcadas para seguir discutindo a pauta e esperava poder entregar respostas aos agricultores no dia 25 de maio. Parabenizou pela caminhada bonita, agradeceu à Brigada Militar pelo apoio e também a todos que participaram, entre agricultores, autoridades e lideranças. “O Grito não é contra ninguém, é a favor dos agricultores e um pedido de socorro”, disse, numa referência ao tema SOS Brasil.

O 5° Grito da Terra Municipal foi encerrado com os participantes cantando o Hino Nacional: “Dos filhos deste solo és mãe gentil, Pátria Amada Brasil”.

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DESDOBRAMENTOS DO GRITO

Após a realização do 5º Grito da Terra Municipal, o STR realizou várias reuniões para buscar soluções às pautas ANTES DO GRITO

Após a realização do 5º Grito da Terra Municipal, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais realizou várias reuniões para dar sequência ao debate com os órgãos responsáveis na busca de soluções para as reivindicações da pauta da mobilização. Entre os dias 15 de março e 23 de maio, foram realizados 22 encontros de negociação com a participação de aproximadamente 200 pessoas das mais diversas representações de entidades, autarquias e poderes constituídos.

Estas reuniões foram coordenadas pelas comissões de negociação do sindicato para cada tema, formadas pela diretoria e pelos líderes de núcleo da entidade. Cada uma destas temáticas foi discutida com um colegiado de entidades e autoridades municipais e regionais.

No dia 25 de maio, foi realizado o ato sole-

ne de entrega de respostas do 5º Grito da Terra Municipal, com a participação de autoridades, entidades e associados dos dois municípios.

Foi a conclusão de mais uma etapa do debate levantado pelos líderes de núcleo nos planejamentos realizados durante o ano de 2015, que resultaram nas visitas às propriedades rurais e posteriormente na realização do 5º Grito da Terra Municipal - SOS Brasil. Neste dia, foi cumprida mais uma etapa importante desta caminhada, com o recebimento formal de respostas às reivindicações dos associados, que viriam a ser analisadas pelo Conselho Sindical de Base em 15 de junho. A partir de então, foram retomadas as negociações em relação aos problemas ainda sem resolução. Mesmo no caso daqueles cujo êxito foi alcançado, o STR seguiu um atento

monitoramento da concretização prática para a satisfação de todos e todas as pessoas que confiaram e dedicaram-se a esta bela caminhada.

As reivindicações da comunidade foram divididas em 11 temáticas: saúde e saneamento básico, uso abusivo do veneno, educação, produção de alimentos, geração de renda, acesso a terra, infraestrutura, segurança pública, habitação rural, relações interinstitucionais, Barragem Garabi e Previdência Social. Os temas mais citados como preocupantes pelas comunidades dos dois municípios durante o mutirão de visitações realizado pelo sindicato foram: atendimento precário à saúde pública, estradas em péssimas condições, uso abusivo de venenos, problemas de energia elétrica, segurança pública e ameaça aos direitos previdenciários já adquiridos.

Antes da realização do 5º Grito da Terra Municipal, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais realizou um ato solene de entrega da pauta da mobilização no dia 9 de março, na sede do STR. Um material com as reivindicações, divididas em eixos temáticos, foi entregue às autoridades e lideranças de Santo Antônio das Missões e Garruchos.

A atividade foi o início das negociações com as entidades dos dois municípios, que tiveram sequência com as reuniões realizadas após o Grito.

REUNIÕES: Entre 15 de março e 23 de maio, foram 22 encontros de negociação. Fotos de alguns

PAUTAS PARA O GRITO DA TERRA BRASIL E ESTADUAL As reivindicações também foram separadas em pauta estadual e nacional e tramitaram por meio das instâncias do Movimento Sindical dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR) para incorporação ao conjunto de pautas do 6º Grito de Alerta Missões Fronteira Noroeste (foto a E), realizado dia 12 de maio, em Três Passos, do 22º Grito da Terra Brasil, de 16 a 20 de maio, em Brasília, e do Grito da Terra Estadual (foto a D), dia 31 de maio, em Porto Alegre.

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COMISSÃO DE MULHERES A participação das mulheres teve muitos avanços desde 1971, quando foi fundado o Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Santo Antônio das Missões. É o que relata a secretária de Mulheres do STR, Claudete Druzian. Ela lembra que naquele período as trabalhadoras rurais não participavam da diretoria, nem mesmo das discussões políticas para a fundação. Com o tempo, as agricultoras entraram nas mobilizações por aposentadoria, auxílio-doença, licença-maternidade e demais políticas públicas voltadas às mulheres e conquistaram espaço nas diretorias dos sindicatos. “Dentro dos 45 anos, nós temos que destacar estas conquistas que as mulheres ajudaram a alcançar”, ressalta.

Quando Claudete entrou para o movimento sindical, as principais conquistas das agricultoras já haviam sido alcançadas. Mas ela participou de uma grande mobilização no Gigantinho, em Porto Alegre, entre diversas outras. Lembra também do trabalho realizado por Margarida e Semilda, coordenadoras anteriores a ela. Atualmente, a Comissão de Mulheres desenvolve atividades de incentivo à participação feminina no sindicato. Geralmente, são organizados eventos no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março. No entanto, este ano, devido à programação de 45 anos do STR, foi realizada a home-

nagem às mães e mulheres em 25 de maio. “São momentos de reflexão, palestras e descontração, que contam com a presença dos homens também”, conta. Outra atividade coordenada pela comissão é o trabalho com ervas medicinais. Ela destaca também que as associadas do município participam ativamente do Fórum das Margaridas Missioneiras, mobilização regional realizada todos os anos.

Para Claudete, esta maior participação das mulheres está entre os principais avanços delas no movimento sindical. Atualmente, elas ocupam no mínimo 30% das diretorias dos STRs e são presenças certas em mobilizações, discussões e eventos. Até mesmo enquanto associada, a mulher vem deixando de ser dependente do esposo e passando a ser ela também sócia do sindicato. “Aumentou bastante o número de mulheres associadas”, comemora. Outro destaque é a organização das mulheres na busca da geração de renda, que ajudou a construir a agroindústria de farináceo Santo Sabor, na Apam, a partir de recursos vindos da Câmara de Vereadores.

“Foi um grande avanço para nós”, afirma. Em contrapartida, ela vê os direitos adquiridos ao longo dos anos ameaçados e conta com a disposição das mulheres para lutar pela manutenção das conquistas.

Homenagem às mães e mulheres no dia 25 de maio Dentro da programação de 45 anos, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais realizou um evento de homenagem às mães e mulheres no dia 25 de maio, na sede do STR. Aproximadamente 100 pessoas participaram. A vice-presidente Valdemari Marques Belchor deu as boas vindas e parabenizou a todas as presentes.

Entre as atividades desenvolvidas, foi reproduzido um vídeo e realizada uma dinâmica com folhas de papel transformadas em flores. O presidente Agnaldo Barcelos também parabenizou as mães e mulheres e destacou a importância da abertura de espaço para elas.

O evento contou com a participação de Sérgio de Miranda, secretário nacional de Políticas Agrícolas e Agrárias da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (CTB), que apresentou a conjuntura atual do Brasil e as condições dos recursos públicos, como segurança, estradas, saúde, citou a preocupação com o desemprego e destacou o papel do movimento sindical.

Também teve uma palestra sobre previdência social com Elisete Hintz, tesoureirageral da Fetag-RS, que fez um relato das lutas pelos direitos previdenciários adquiridos e, atualmente, ameaçados por mudanças na Constituição.

COMISSÃO DE JOVENS

STR realizou o 12º Encontro Municipal de Jovens Rurais no dia 15 de julho e formou Comissão Municipal de Jovens Uma das metas para os 45 anos do Sindicato dos Trabalhadores Rurais era restabelecer o trabalho da juventude no município. No dia 15 de julho, o STR realizou o 12º Encontro Municipal de Jovens Rurais, na sede da entidade, com o desafio de debater políticas de incentivos os mais novos permanecerem na agricultura e soluções para problemas do meio rural. Aproximadamente 80 pessoas participaram.

Além dos debates, o evento contou com atividades recreativas. Participaram professores, profissionais da Emater e demais entidades parceiras. Durante a programação, foi entregue o certificado de conclusão aos formandos da turma do curso Gestão e Planejamento da Propriedade Rural,

promovido pela Casa Familiar Rural Santo Antônio.

Para dar sequência à retomada do trabalho da juventude, foi formada uma Comissão de Jovens do STR. ENCONTROS DA COMISSÃO DE JOVENS Formada a Comissão de Jovens, foram realizados dois encontros para seguir o debate de políticas de incentivo à permanência do jovem na agricultura. O primeiro foi dia 3 de agosto e o segundo em 22 de setembro. Entre os assuntos estavam o compromisso da comissão para desenvolver com os jovens rurais, o papel das entidades na per-

manência da juventude no meio rural, bem como questões de assistência técnica, lazer, informação e qualificação da juventude. Também foram elaboradas algumas ações para serem desenvolvidas na comunidade ou escolas com outros jovens. Segundo a coordenadora da Comissão Municipal de Jovens, Rafhaela Bueno de Lourenço, eles querem trazer de volta a juventude para as atividades do sindicato e contar com o apoio dos familiares no debate da sucessão rural.

“Queremos trazer pais, avós, tios, a família para esta discussão de encontrar meios para a permanência do jovem no meio rural”, explica.

COMISSÃO DA TERCEIRA IDADE

Comissão da Terceira Idade do STR criou o Grupo de Aposentados Cidadania Ativa Entre os desafios debatidos com os líderes de núcleos para o projeto de 45 anos do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, estava a criação de um grupo de convivência para os aposentados.

A proposta se tornou realidade neste ano, com a formação do Grupo de Aposentados Cidadania Ativa, composto por aproximadamente 40 pessoas. Segundo a secretária da Terceira Idade do STR, Fátima Regina Nenê dos Santos, o objetivo é ampliar o número de grupos de convivência, já que o primeiro teve êxito.

O Grupo Cidadania Ativa se reúne mensalmente no STR. Ele é coordenado pela assistente social Marilda Dorneles Nunes, da Associação Sepé Tiaraju, e tem a parceria de estagiários do curso de Serviço Social da URI São Luiz Gonzaga. Os encontros visam promover a integração dos aposentados associados. Para Fátima, eles é que dão sustentabilidade ao sindicato – são aproximadamente 1.200 entre aposentados e pensionistas. “Este ano, comemoramos 45 anos de muito trabalho, muita persistência, que veio

trazer hoje o sucesso que é nossa casa sindical, onde o associado é valorizado”, destaca. Além da ampliação dos grupos de convivência, a Comissão da Terceira Idade planeja a realização de novos encontros de aposentados nas comunidades do interior dos municípios. “Sou uma apaixonada pela família sindical e sempre dou minha contribuição na medida do possível”, afirma. Fátima apenas alerta para possíveis mudanças nas leis, que podem trazer prejuízos aos agricultores que virão se aposentar no futuro.

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FEIRÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR

STR realizou três edições da feira de produtos dos associados 1ª EDIÇÃO | 5 DE AGOSTO

2ª EDIÇÃO | 7 DE OUTUBRO

3ª EDIÇÃO | 7 DE DEZEMBRO

INAUGURADA A AGROINDÚSTRIA DE FARINÁCEOS SANTO SABOR Os agricultores de Santo Antônio das Missões alcançaram uma importante conquista para a produção de alimentos e geração de renda. No dia 26 de novembro, foi realizado o ato de inauguração da Agroindústria de Farináceos Santo Sabor, localizada em anexo ao Quiosque da Associação dos Produtores e Artesãos Missioneiros (Apam). O evento contou com a presença de autoridades, lideranças e representantes das 12 famílias associadas à agroindústria, que é a primeira do município.

O estabelecimento possui equipamentos para a produção de derivados de farinha de trigo e milho, tais como bolachas, massas, cucas, pães e outros produtos da agricultura familiar. Para a presidente da Apam, Valdemari Belchor, a agroindústria agrega valor aos alimentos produzidos, pois possibilita a ampla comercialização deles pelo bloco do produtor em todo o estado do Rio Grande do Sul. “Toda a conquista é mérito deste grupo de produtores e da Apam, pois a busca pela construção iniciou a partir da necessidade deles em produzir com qualidade e comercializar de forma legal”, destaca.

Desejo dos associados da Apam, a Santo Sabor se torna realizada com o apoio das demais entidades do município ligadas ao setor, como o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Câmara de Vereadores, Emater e Prefeitura. A idealização foi iniciativa de produtores da agricultura familiar em 2010. Em 2013, este grupo conseguiu financiamento através do Fundo Estadual de Apoio ao Desenvolvimento dos Pequenos Estabelecimentos Rurais (Feaper) para a compra dos equipamentos. Então iniciaram uma busca de recursos para viabilizar a estrutura física. Com uma verba da Câmara de Vereadores, através da Prefeitura, foi construído o prédio e realizado o objetivo de ter uma agroindústria de farináceo no município.

Segundo Valdemari, após ser concluída a Agroindústria de Farináceos Santo Sabor está avaliada em mais de R$ 100 mil. Produtores interessados em fazer parte precisam aguardar, pois de acordo com o regimento estabelecido, novos membros só poderão ser aceitos a partir de um ano de estabelecimento, para ter uma melhor organização e estruturação financeira.

Um dos desafios do Projeto de 45 anos do Sindicato dos Trabalhadores Rurais foi a realização do Feirão da Agricultura Familiar.

Com o objetivo de ser referência do agricultor familiar e do consumidor, o STR coloca a sua infraestrutura a serviço do agricultor e busca fomentar a produção de alimentos e a comercialização direta ao cliente. Neste ano, foram realizadas três edições da feira: em 5 de agosto, 7 de outubro e 7 de dezembro.

O Feirão da Agricultura Familiar é uma reivindicação dos associados e líderes de núcleo, que desejavam ocupar o espaço social

para comercializar seus produtos e garantir a sustentabilidade das famílias. “É uma forma de incentivar a produção de alimentos e gerar renda aos nossos associados”, explica Agnaldo Barcelos, presidente do STR. Ele destaca a qualidade dos produtos, que são oriundos da agricultura familiar e livres de agrotóxicos.

As três edições foram um sucesso. O Feirão da Agricultura Familiar contou com uma média de 39 feirantes e com excelente participação dos consumidores. Para o próximo ano, a atividade deve seguir sendo realizada no STR.

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HOMENAGEM EM GARRUCHOS

Aniversário de 45 anos do Sindicato dos Trabalharores Rurais foi o tema municipal do Desfile de 7 de setembro O Sindicato dos Trabalhadores Rurais foi homenageado pelos 45 anos de fundação no Desfile de 7 de setembro de Garruchos. A entidade foi o tema municipal da solenidade cívica, realizada na Praça Municipal Getúlio Vargas. Uma comitiva representou o sindicato.

Segundo o secretário-geral do STR, Robeson Oss Emer, que é responsável pela extensão de base, receber a homenagem é uma honra. “Fomos agraciados com esta decisão de

um município em que estamos a apenas seis anos”, relata.

Apesar do pouco tempo, o sindicato comemora bons resultados: quando assumiram Garruchos como extensão de base, em 2009, não chegava a 30 o número de sócios no município, enquanto hoje são 300 associados.

Diretores, funcionários e associados formaram uma comitiva temática para representar o sindicato no desfile cívico. Eles carregavam objetos e cartazes que destacavam a história e os

serviços prestados pela entidade à comunidade. “Essa homenagem é a todos aqueles que estão na base da sustentabilidade do município. Garruchos é um dos poucos do Brasil com maior população rural em relação à urbana”, afirmou Robeson.

Em nome dos associados, líderes, diretoria, funcionários e parceiros, o Sindicato dos Trabalhadores agradece à administração municipal e à comunidade de Garruchos pela homenagem aos 45 anos da entidade.

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SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS ESPECIAL 45 ANOS

LÍDERES DE NÚCLEO

Os líderes de núcleo são pessoas indicadas pelas próprias comunidades e fazem um elo entre o associado e o sindicato: trazem reivindicações, sugestões, ajudam a tomar decisões e dão retorno aos representados. Possuem compromisso com a diretoria para a execução das ações desenvolvidas a partir dos debates. Junto com a diretoria e o conselho fiscal, efetivos e suplentes, os líderes de núcleo formam o Conselho de Lideranças Sindicais de Base.

RINCÃO CERRO DO OURO Altair Soares dos Santos Florduarte Waldemar Balbé Cirino Ferreira Nenê Rosa Tavares

RINCÃO SANTA ANA Valdemar Dionizio Pletsch Olinda Machado Ortiz Maria Neuza Machado Ortiz

RINCÃO DOS BARCELOS Airton José da Silva Adilsom Barcelos Machado

RINCÃO DOS OLIVEIRAS Eloir Wontroba Gomercindo Nunes

RINCÃO SÃO GREGÓRIO José Mariano dos Santos Fernandes Mariano Machado Barcelos

RINCÃO DO TREVO José Hermogênio Barcelos Lourdes Gomes de Melo

RINCÃO DOS GARCIAS Olivar Barcelos Pereira Amado de Jesus Machado Barcelos Gomercindo da Rosa Barcelos

RINCÃO PEDREGULHO João Martins

RINCÃO DA ENCENADA José Luiz Espíndola Antônio Barbosa RINCÃO DAS CHÁCARAS Enaura Suely Dutra Nunes Adriano Santiago Ortiz RINCÃO DOS CAMARGOS Abrelino Prestes Cavalheiro Claudio Gamarra da Silveira RINCÃO DE SÃO PEDRO II Santo de Almeida Carvalho Joel Mantovani RINCÃO DOS CARDOSO Antonio Reneu Nunes Cardoso RINCÃO DE SÃO PEDRO I Dejair Goulart Belchor Mara Marques da Silva RINCÃO MANJERONA Ediane O. Berro Evangelista O. Santiago RINCÃO DOS CAÇAPAVA Cleuza Alvarenga Alencastro Vera Matilde Alves Bordin

RINCÃO PASSO DA TIGRA Moacir Durão Sarmento Dilmair Barbosa Santiago RINCÃO IVERÁ Joaquina Rodrigues Rosemere Barcelos RINCÃO DO UMBU Roseli Brandt Adriano Junior Bonato

RINCÃO CANTO ALTO Vili Lorenz Jacinta Dutra Barcelos Josefa Machado Dutra RINCÃO MATO ALTO Vilmar Rodrigues Rosa Maria Pereira Rodrigues VILA MANOÃ Constantino Berto Helgueira Marcio Silveira de Godói Nair Miranda

RINCÃO DO PASSO NOVO Rosa Maria Garcia RINCÃO SÃO JOÃO BATISTA Terezinha Fraga Pereira Adriane Martins Rodrigues RINCÃO DO SARMENTO Maria Gomes do Nascimento Izaura Gomes Ourique RINCÃO TAQUAREIRA Bernardo da Trindade Godói

RINCÃO DOS ANDRADES Benjamim Silveira de Andrade Otaciano Alves dos Santos

ASSENTAMENTO SÃO BRAZ Tertuliano Matozzo Lopes Enio Luiz Flores

RINCÃO DOS GAUDÉRIOS Urbana Maria Pereira de Andrade Vera Lúcia Maciel de Andrade

BAIRRO BOA ESPERANÇA Fidelis da Silva Escobar

RINCÃO SÃO JOSÉ Albertina da Silva Schuquel Jorge Makaruk

RINCÃO DOS MIRANDA Reginaldo Antunes de Ávila Elenita Cardoso RINCÃO SÃO JOSÉ VELHO José Lourenço Paiva Chaves Jocemar Goulart Veppo

VILA SANTA ROSA Ivone Pereira Batista Luiza Fermina Maciel

RINCÃO SÃO JOÃO TUJÁ, PASSO DA TELHA, SÃO JOÃO MIRIM Ramão Ferreira Batista José Francisco O. Braga Nerinho Nunes de Oliveira

RINCÃO SANTO INÁCIO Jorge Adelar Pacheco dos Santos José Homero da Rosa Silva

RINCÃO FAXINAL Ramão Adão Alves dos Santos Olga Rodrigues

RINCÃO TAQUARA MANSA Raimundo Martins Vareira Maria Ruth Martins Vieira

RINCÃO PONTE DO JAUTI Menélia de Santis Nardete Cidade Barcelos

RINCÃO DA TIMBAÚVA Luiz Carlos Fróis Oemo Brasil Machado Laudelina Regina Andrade

RINCÃO DE SÃO LUCAS E BARREIRO Célia Oliveira dos Santos Ivaldim Alves dos Santos João Vilmar Bronzoni Neuza Maria Bronzoni

RINCÃO DE SANTA MARIA Elenara Barcelos da Silva Edilhane Barcelos da Silva Sandra Santos Oliveira

RINCÃO DO SALSO Vanius Roberto Garcia Jandir Ajala Felisbina Clenir Ajala Penteado

RINCÃO JAGUARÃO Ledi Terezinha Ziegler Eviane Ziegler de Lima

ASSENTAMENTO SÃO DOMINGOS Sônia Maria Charão Francisco Gilmar Leal

BAIRRO SANTA CATARINA Eloina Alves Fraporti Olmiro Taborda RINCÃO DOS LOPES Otácio Tulio

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SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS ESPECIAL 45 ANOS

DIRETORIA Presidente: Agnaldo Barcelos da Silva Vice-presidente: Valdemari Marques Belchor Secretário-geral: Robeson Oss Emer Secretário de Finanças e Administração: Ernesto Ivo de Lima Secretário de Política Agrícola e Meio Ambiente: Hélio José Martini Secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais: Claudete Maria Gehlen Druzian Secretária de Jovens Trabalhadores Rurais: Edilhane Barcelos da Silva Secretária da Terceira Idade e Idosos Rurais: Fátima Regina Nenê dos Santos Suplentes da Diretoria:

Conselho Fiscal – Efetivos

1 – Egydio Ferreira Ortiz 2 – Lívia Ribeiro Mendonça 3 – José Mariano dos Santos Fernandes 4 – Marli de Souza Ourique 5 – Renê Nunes de Deus 6 – Pedro Dorneles de Bairros 7 – Benjamin Silveira de Andrade Lucas Sarmento (Licenciado) Felisberto Oliveira Machado (Falecido em 18/03/2016)

1 – André da Costa Marks 2 – Santa Eroni Pereira Roehrs 3 – Estefano Woschinski Conselho Fiscal – Suplentes 1 – Enedina Machado Silveira 2 – Florentino Correa dos Santos 3 – Pedro Morro

FUNCIONÁRIOS

Fabiane Cardoso

João Flávio Cunha Francismara de Castro Geovane Penteado Rosane Santa Catarina

ESTRUTURA

Sede social em Santo Antônio

Salão de atendimento ao associado

Sala para atendimento médico

Pavilhão Irineu Ribeiro de Morais: espaço amplo para eventos, com churrasqueira

Salão de Eventos do STR

Extensão de Base do Sindicato dos Trabalhadores Rurais em Garruchos

Espaço para festividades dos associados

CONTRACAPA

SINDICATO DOS TRABALHADORES RURAIS ESPECIAL 45 ANOS

ENCONTRÃO DO SINDICATO

SÃO MAIS DE

400 BRINDES

É hoje a grande festa de aniversário de 45 anos do Sindicato dos Trabalhadores Rurais

Chegou o dia! É hoje, dia 17 de dezembro, o Encontrão do Sindicato, a grande festa de aniversário de 45 anos do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Santo Antônio das Missões e Garruchos, completados em 10 de outubro e comemorados durante todo o ano de 2016 com uma programação especial. Teve mutirão sindical, 5º Grito da Terra Municipal, encontros de mulheres, jovens e aposentados, Feirão da Agricultura Familiar, homenagem ao STR no Desfile de 7 de setembro de Garruchos e tantas outras atividades. Neste sábado, é o momento de confraternizar com os associados, lideranças, autoridades e demais convidados.

O evento é realizado no Parque de Exposições Lindolfo Jacques Ourique, junto a BR 285, em Santo

Antônio das Missões. A programação inicia às 9h, com recepção e credenciamento. Às 9h30, será realizada uma assembleia geral extrardinária (AGE) de negociação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2017/2018. Às 10h, a tesoureira-geral da Fetag-RS, Elisete Hintz, apresenta um Painel sobre a Reforma da Previdência. Às 10h30, é a vez da solenidade de homenagem ao aniversário de 45 anos do STR. Ao meio-dia, será servido um almoço de confraternização. A programação segue à tarde, com o início da matinê às 13h30, com animação do Grupo Balanço Orelhano. Às 15h30, será realizado o sorteio do festival de prêmios do STR, “45 Anos – 45 mil em Prêmios para o Associado”.

A SEREM SORTEADOS PARA QUEM ESTÁ COM A CAMISETA DOS 45 ANOS

LISTA DOS PATROCINADORES DOS BRINDES FETAG-RS DAIANE RIBEIRO DA SILVA JOE GARIPE JUNIOR POSTO DALEPIANE GUARNIÇÃO MISSÕES AGROPECUÁRIA MISSIONEIRA BAZAR E PAPELARIA BARCELOS JUCIELI CABELEIREIRA SALÃO EVA FLORES AGROPECUÁRIA AGROCAMPO MB LOJAS

LOJA PANUS E TREKOS DALIM CONFECÇÕES RECANTO BAZAR SALÃO DOIS IRMÃOS GAÚCHO SUPERMERCADOS ELENITA CARDOSO PEÇAS AGRÍCOLAS TREVO POSTOS SANTA LÚCIA VERA LÚCIA MACIEL GONÇALVES UNDERLINE CURSOS

FESTIVAL DE PRÊMIOS CARTELA AZUL

15 prêmios para pagamentos das mensalidades no ano de 2016;

CARTELA CINZA

05 prêmios sorteados entre os associados que quitaram o ano até 30 de junho;

CARTELA BRANCA

03 prêmios sorteados entre os aposentados que descontam no banco;

CARTELA ROSA

03 prêmios sorteados entre as mulheres associadas;

CARTELA VERDE

02 prêmios sorteados entre os jovens associados (entre 16 e 32 anos);

CARTELA LARANJA

02 prêmios para os assalariados rurais contribuintes com o sindicato;

CARTELA AMARELA

05 prêmios sorteados entre os contribuintes com a Contribuição Sindical;

CARTELA LILÁS

55 prêmios a serem sorteados para associados em dia, presentes na assembleia e na hora do sorteio.