Boletim 29 da Gestão Ambiental das obras de duplicação da BR-116/392

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Segunda versão de software para atropelamento de fauna é lançada no DNIT Lançamento

Livro “Nossos bichos” será distribuído nas escolas de Pelotas e Rio Grande

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NOV/DEZ 2014/ Nº29 / www.br116-392.com.br ISSN 2316-123X

boletim

Siriema

42ª Feira do Livro de Pelotas

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Estande do DNIT expõem escultura de tatu gigante e é prestigiado pelo público


Por meio dele você ficará sabendo as ações desenvolvidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para monitorar e conservar o meio ambiente da região, baseadas nos Programas Ambientais previstos no Plano Básico Ambiental (PBA). Boa leitura!

Editorial Seja durante a construção ou operação de uma rodovia, os impactos ambientais estão intrínsecos à fauna. O impacto mais significativo em relação aos animais, por exemplo, é o atropelamento durante o tráfego de veículos, já que estes indivíduos transitam a procura de áreas naturais para reprodução, alimentação ou refúgio. Na duplicação da BR-116/392, o DNIT monitora este índice buscando incluir medidas mitigadoras. Para que estes animais sejam agrupados ao longo dos monitoramentos, a equipe de fauna da Gestão Ambiental utiliza um software chamado Siriema. Leia na página 02. Como uma das grandes estrelas do projeto da Gestão Ambiental, a fauna também serviu como inspiração para a produção de um livro. Entre perereca-do-banhado, teiú, anu-branco e mão-pelada, as páginas do livro “Nossos bichos” levam ao leitor um pouco dos mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes anuais que habitam o entorno de Pelotas e Rio Grande. O material foi lançado durante a 42ª Feira do Livro de Pelotas e será distribuído nas escolas de Pelotas e Rio Grande. O responsável pela ilustração do livro, Odyr, fala mais sobre a obra na contracapa. Ainda durante a 42ª Feira do Livro de Pelotas, o DNIT expôs a escultura de um tatu gigante, animal extinto que passou pelo distrito de Monte Bonito entre 10 e 40 mil anos atrás. A obra faz parte do projeto do sítio de visitação da paleotoca, estrutura encontrada durante a escavação de argila para a duplicação. Conheça o gigante que chamou a atenção do público do evento na página 03.

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apresentação

Este Boletim Informativo é produzido pela Equipe de Comunicação Social da STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A., empresa responsável pela Gestão Ambiental das obras de duplicação das rodovias BR-116 e BR-392, como uma medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo IBAMA.

Software auxilia trabalho da equipe de fauna da BR-116/392.

DNIT Brasília sediou workshop de lançamento do Siriema A cada dois meses uma equipe da Gestão Ambiental da BR-116/392 percorre o trecho que está sendo duplicado para monitorar o atropelamento de fauna. Dados como espécie e quilometragem são coletados e analisados a partir do auxílio de um programa criado pelo Núcleo de Ecologia de Rodovias e Ferrovias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (NERF-UFRGS), o Software Livre de Avaliação Espacial de Mortalidade Animal em Rodovias (Siriema). É uma ferramenta que permite a identificação de padrões de atropelamentos e um estudo de medidas mitigadoras do impacto à fauna, o que levou a empresa STE S.A. a patrocinar a sua segunda versão. O Siriema é um software gratuito para avaliação do atropelamento da fauna em rodovias que começou a ser desenvolvido em 2004. Desde o início do contrato desta gestora ambiental, em janeiro de 2012, a equipe de fauna utiliza o Siriema para descrever como a distribuição dos atropelamentos na estrada vem ocorrendo, conseguindo identificar as áreas de maior ocorrência. “A primeira versão

permite definir como os atropelamentos ocorrem, caso seja de forma agrupada o mesmo programa nos permite identificar os locais com maior número de atropelamentos (hotspots) e determinar sua magnitude”, explicou o coordenador dos Programas de Monitoramento de Fauna, Guillermo Dávila. O objetivo é aprimorar o trabalho técnico e as apresentações de dados em relatórios semestrais a partir desta interface com a universidade. Com o lançamento da segunda versão do programa, ocorrido em dezembro, será possível estimar a quantidade de animais mortos por atropelamento no trecho estudado, realizar predição ou simulações da distribuição dos atropelamentos e definir se o esforço realizado (relação de número de campanhas e número de dados coletados) é adequado para que os resultados sejam representativos. “O Siriema 2.0 nos possibilita fazer análises metodológicas no âmbito da Gestão Ambiental, estudando melhor a intensidade e distribuição do atropelamento de fauna em qualquer fase do empreendimento e definindo medidas de mitigação de impactos”, falou.

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Realização: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Execução: STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A. Conselho Editorial: Daniel Bolsoni, Renata Freitas, Cauê Canabarro, Solano Ferreira, Isaias Insaurriaga e Ana Paula Kringel Jornalista responsável: Ana Paula Kringel (16.710 DRT/RS) Fotografia: Arquivo STE S.A. Diagramação: Solano Ferreira (15.470 DRT/RS) Projeto gráfico: Nativu Design Fale Conosco: 0800 0116 392 | comunicacaobr116392@stesa.com.br Jornal impresso com papel imune conforme inciso VI, artigo150 da Constituição Federal - ISSN 2316-123X

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Expediente

Guillermo apresentou dados das campanhas de atropelamento de fauna.


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Pelo segundo ano consecutivo, estande recebeu crianças e adultos.

“É importante para o DNIT não apenas desenvolver ações de Gestão Ambiental com caráter educativo, mas também divulgá-las com o objetivo que a comunidade em geral entenda que é possível fazer uma obra rodoviária, como a deste porte, preservando o meio ambiente”. Assim o supervisor das obras do Contorno de Pelotas e engenheiro do órgão empreendedor, Vladimir Casa, destacou a participação desta gestora ambiental na 42ª Feira do Livro de Pelotas. Este é o segundo ano consecutivo que este trabalho é exposto durante o evento, ao longo do mês de novembro, buscando interagir com os diferentes públicos envolvidos direta e indiretamente com a duplicação. No espaço, o jogo do Passa-Bicho em tamanho ampliado divertiu a criançada. Os jogadores podem escolher o animal nativo que mais se identificam para percorrer a rodovia e enfrentar os seus obstáculos. Aquele que chegar primeiro, vence. O objetivo do jogo é fazer com que os animais possam se locomover em áreas próximas às estradas, chamando a atenção para a necessidade de adaptação das rodovias em relação ao meio ambiente onde se encontram. O material pode ser utilizado por crianças com idade a partir de seis anos e está disponível no formato tabuleiro no site da Gestão Ambiental. A novidade este ano, no entanto, foi a presença da escultura de um tatu

gigante. A exposição atraiu desde adultos até crianças, que paravam no local para registrá-la por meio de fotografia. Um desenho do animal extinto foi produzido pelo paleontólogo José Eduardo Dornelles da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) com base na concepção artística realizada pelo também paleontólogo Renato Lopes. O material foi impresso e disponibilizado para as crianças colorirem. A Gestão Ambiental ainda estuda a possibilidade de elaborar adesivos com a imagem do tatu para serem distribuídos após a inauguração do sítio de visitação da paleotoca. Em 16 dias, mais de 140 mil pessoas passaram pela praça Coronel Pedro Osório e puderam se informar sobre o andamento das obras de duplicação da rodovia e quanto aos Programas Ambientais desenvolvidos pelo DNIT. O Programa de Comunicação Social ainda estuda a possibilidade de participar da Feira do Livro da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), realizada do dia 28 de janeiro a 08 de fevereiro, na praia do Cassino. “A inserção nestes espaços permite que se dialogue com públicos que não interagimos diariamente, fazendo com que eles também saibam do que está sendo realizado ao longo do empreendimento”, explicou o coordenador do Programa e educador ambiental, Cauê Canabarro.

A escultura do tatu gigante que atraiu olhares Em meio aos livros, um tatu gigante roubou a cena durante a 42ª Feira do Livro de Pelotas. Quem circulou pela Praça Coronel Pedro Osório fez uma pausa para conhecer um pouco da história do mamífero extinto que habitou o distrito de Monte Bonito entre 10 e 40 mil anos atrás. A escultura ficou exposta no estande do DNIT e é parte do projeto de preservação de uma paleotoca encontrada durante a duplicação da BR-116. Mariza Dias da Rosa visitou a feira e conheceu o projeto. “Não sabia que estava nesse nível de preservação ambiental. O material é excelente, fiquei muito feliz”, revelou. A artista plástica Maria Alice Matusiak, da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul (FZB/RS), foi a responsável por reproduzir os animais do gênero Propraopus sp. a partir dos estudos realizados pelo Núcleo de Estudos em Paleontologia e Estratigrafia (NEPALE) da UFPel. A escultura maior mede cerca de 1,30 metros de comprimento e representa uma fêmea que está acompanhada de dois filhotes. Desde a descoberta da paleotoca a autarquia trabalha na elaboração de um sítio de visitação por iniciativa do Consórcio HAP-CONVAP, responsável pela construção do lote 1-A do Contorno de Pelotas, em parceria com a Gestão Ambiental da BR-116/392. A previsão é que o projeto seja oficialmente lançado em março.

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Entre os livros, um espaço para pensar a preservação ambiental

Escultura faz parte do projeto de preservação de uma paleotoca.


Artista pelotense foi responsável por ilustrar as páginas do livro “Nossos bichos”. Como as ilustrações foram criadas? No caso deste livro, a equipe da Gestão Ambiental me forneceu uma série de fotos como referência e em alguns casos a foto tinha informação visual suficiente, em outros pesquisei na internet por mais imagens. Então, mesmo operando num nível mais “impressionista” tentei levar isso tudo em consideração. Utilizasse alguma inspiração ou referência para reproduzir os bichos? A inspiração para o livro certamente veio de um filhote de bem-te-vi. No poste na frente da minha casa tinha um ninho. Um dia um filhote apareceu na minha porta, tinha caído. Eu o trouxe para o meu pátio e cuidei (ou tentei) por umas semanas e nesse meio tempo pintei o filhote umas vezes. Foi quando descobri que gostava de pintar bichos, era algo que não tinha feito antes. Houve algum desafio durante o trabalho? Os desafios específicos foram aprender a desenhar cada um desses bichos. Quem não desenha tem uma ideia meio fantasiosa do que é saber desenhar, mas a verdade é que saber desenhar não é saber desenhar tudo. Você tem um repertório visual, baseado em coisas que você aprecia desenhar e através da prática aprendeu como. Mas cada projeto novo traz esse desafio de aprender de fato a desenhar algo, a estrutura, os padrões. Qual a expectativa com o material? Foi tremendamente satisfatório realizar algo que vai ser visto primariamente por crianças e se alguma tirar disso um pouquinho mais de apreciação pela fabulosa diversidade da natureza, vai ter valido a pena.

DNIT publica livro sobre fauna da região de Pelotas e Rio Grande

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Entrevista com o ilustrador e quadrinista Odyr

Obra é fruto do monitoramento de fauna realizado durante a duplicação.

Pensado como uma contrapartida das obras de duplicação da BR-116/392, o livro “Nossos bichos: guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande - RS” é fruto do monitoramento de fauna realizado periodicamente ao longo deste trecho. A obra leva ao leitor informações sobre os animais que habitam a região de Pelotas e Rio Grande, sendo os mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes anuais apresentados como as grandes estrelas do projeto de Gestão Ambiental. “Acreditamos que o conhecimento sobre a fauna da região seja importante para a valorização e a preservação desses animais.”, ressalta Aline Freitas, coordenadora geral de Meio Ambiente do DNIT. A equipe da Gestão Ambiental forneceu as informações técnicas e fotografias, enquanto alguns colaboradores também enviaram seus registros para ilustrar as páginas. A poeta Angélica Freitas estreou como escritora deste tema e conta que pensou nos textos das enciclopédias que lia quando era criança para se inspirar. “Minha preocupação foi atingir um equilíbrio: utilizar palavras conhecidas pelas crianças, mas ao mesmo tempo introduzir novas”, disse.

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As pinturas nas aberturas de capítulos foram obras de Odyr, ilustrador e quadrinista. “Lembro-me de alguns livros com pinturas de animais que vi quando criança, acho que eles capturam mais nossa imaginação que as fotografias e se alguma criança tirar disso um pouquinho mais de apreciação pela fabulosa diversidade da natureza, vai ter valido a pena”, disse. A vice-prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, aprovou a iniciativa. “Fico feliz que as crianças terão contato com este assunto a partir de grandes artistas da nossa cidade”, ressaltou fazendo uma referência à Angélica e Odyr. Ao prestigiar o lançamento durante a 42ª Feira do Livro de Pelotas, Paula destacou o trabalho da Gestão Ambiental. “Não estávamos acostumados a ver uma obra com este cuidado, tornando-a mais humanizada e despertando a consciência ambiental”. As expectativas quanto à duplicação também foram comentadas por ela. “Será uma transformação e um passo histórico para a cidade. A prefeitura e o DNIT estabeleceram um relacionamento positivo a partir do Vladimir Casa que tem sido um bom parceiro”, falou.

Visite: www.br116-392.com.br fb.com/BR116.392


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