Boletim 31 da Gestão Ambiental das obras de duplicação da BR-116/392.

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A beleza de um registro de fauna

Comunidades

Liberação de trechos envolve relacionamento com as comunidades

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NOV/DEZ 2015/ Nº31 / www.br116-392.com.br ISSN 2316-123X

boletim

Fauna

Educação

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Nossos bichos: livros são entregues para crianças e adultos


Por meio dele você ficará sabendo as ações desenvolvidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para monitorar e conservar o meio ambiente da região, baseadas nos Programas Ambientais previstos no Plano Básico Ambiental (PBA). Boa leitura!

Editorial Mostrar em imagens a nossa natureza é sempre encantador, ainda mais quando retrata cenas do dia-a-dia dos animais e seus hábitos. O trabalho de monitoramento de fauna realizado durante a duplicação da BR-116/392 possibilita isso: apresentar para os humanos que vivem aqui quem também divide o espaço de campos e matas conosco. A matéria da página 02 conta como foi o encontro com uma preá em momento de amamentação dos filhotes. O trabalho de gestão ambiental pública ao longo de um empreendimento rodoviário gera uma quantidade significativa de conteúdo que pode servir como conhecimento para a comunidade. Pensando nisso, a equipe da BR-116/392 propôs a produção de um livro para registrar parte das informações obtidas durante os monitoramentos realizados com a fauna da região. A obra não tem fins lucrativos e está sendo distribuída nas bibliotecas das escolas municipais e estaduais de Pelotas e Rio Grande. Leia na página 03. Em decorrência das mudanças que estão acontecendo na rodovia e que influenciam na rotina dos moradores, a autarquia tem projetado ações de educação no trânsito. Duas edições já foram realizadas, envolvendo as comunidades do Sítio Floresta, Vila Peres, Corredor do Contorno e Vila Princesa. De acordo com o DNIT, a previsão é que mais uma parte do trecho seja entregue ao tráfego no começo do ano que vem e o restante no segundo semestre. A matéria da contracapa traz estas informações.

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apresentação

Este Boletim Informativo é produzido pela Equipe de Comunicação Social da STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A., empresa responsável pela Gestão Ambiental das obras de duplicação das rodovias BR-116 e BR-392, como uma medida de mitigação exigida pelo licenciamento ambiental federal, conduzido pelo IBAMA.

O roedor é frequentemente encontrado às margens das estradas.

Preá é fotografada amamentando seus filhotes Um registro curioso e encantador. Uma equipe do DNIT realizava mais uma campanha de monitoramento de fauna, atividade prevista na Gestão Ambiental da BR-116/392, quando foi surpreendida por uma bela imagem: uma fêmea de preá (Cavia sp.) amamentando sua prole. O animal, que estava acompanhado de três filhotes, foi visto próximo à barragem Santa Bárbara, em Pelotas, e foi fotografado pelo biólogo Gustavo Wallwitz. Com ocorrência por todo o estado do Rio Grande do Sul, o preá tem seu habitat em campos e bordas de banhados, além de ser frequentemente encontrado às margens das estradas. Sua alimentação é baseada em sementes, raízes e vegetação rasteira. Este roedor é uma das 66 espécies que ilustram as páginas do livro “Nossos bichos: guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande – RS”, obra produzida a partir dos resultados do trabalho desta equipe para divulgar informações sobre a fauna da nossa região. “De corpo robusto, pescoço curto e cabeça grande, à primeira vista o preá parece

até uma capivara em miniatura. Assim como o maior roedor da Terra, este bichinho vive em grupos e emite ruídos fortes quando se encontra em perigo”, apresenta a poeta e escritora da publicação, Angélica Freitas. A cada dois meses uma equipe percorre o entorno do empreendimento para analisar o efeito da duplicação da rodovia na composição, riqueza e abundância de mamíferos, aves, répteis e anfíbios, visando à conservação da fauna e a manutenção da biodiversidade da região. Em novembro a 29ª campanha foi realizada na BR-116/392 onde já foram registradas espécies como gambá-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), gato-do-mato-grande (Leopardus geoffroyi), mão-pelada (Procyon cancrivorus), rã-manteiga (Leptodactylus latrans), perereca-de-banheiro (Scinax fuscovarius), sapinho-de-jardim (Rhinella dorbignyi), tigre-d’água (Trachemys dorbigni), teiú (Salvator merianae), cobra-cega (Amphisbaena trachura), veste-amarela (Xanthopsar flavus), caminheiro-grande (Anthus nattereri) e noivinha-de-rabo-preto (Xolmis dominicanus).

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Realização: Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Execução: STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A. Conselho Editorial: Chaiana Teixeira, Sílvia Aurélio, Cauê Canabarro, Solano Ferreira, Gustavo Arruda e Ana Paula Kringel Jornalista responsável: Ana Paula Kringel (16.710 DRT/RS) Fotografia: Arquivo STE S.A. Diagramação: Solano Ferreira (15.470 DRT/RS) Projeto gráfico: Nativu Design Fale Conosco: 0800 0116 392 | comunicacaobr116392@stesa.com.br Jornal impresso com papel imune conforme inciso VI, artigo150 da Constituição Federal - ISSN 2316-123X

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Expediente

Monitoramento de fauna é realizado a cada dois meses na BR-116/392.


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Durante a 61ª Feira do Livro de Porto Alegre, 150 exemplares foram autografados.

Não tem panda, girafa, leão nem zebra. As 103 páginas do livro “Nossos bichos: guia dos animais da região de Pelotas e Rio Grande – RS” foram pensadas para permitir que as crianças conheçam a fauna que habita as regiões próximas a BR-116 e BR-392. O conteúdo é fruto do trabalho desenvolvido pelo DNIT a partir da Gestão Ambiental do empreendimento. A obra foi lançada no ano passado durante a 42ª Feira do Livro de Pelotas e autografada este ano na 61ª Feira do Livro de Porto Alegre. “O DNIT recebe tão bem estas questões que faz além do que está previsto no Plano Básico Ambiental. Com estes materiais podemos mostrar os benefícios de uma duplicação, fazendo com que as pessoas conheçam mais sobre a sua própria região”, destacou o superintendente regional do DNIT, Hiratan Pinheiro. O livro foi produzido utilizando os resultados do monitoramento de fauna da BR-116/392, escrito pela poeta Angélica Freitas e ilustrado por Odyr Bernardi. Quem circulou pelo evento pode levar para casa a publicação. Ao todo, 150 exemplares foram autografados pela escritora e por parte dos biólogos e ecólogos responsáveis pelo trabalho na Gestão Ambiental. “Eu vou adorar. Este é um livro que trata da fauna da nossa região, o que eu gosto muito. Com certeza será útil”, disse Zenaide Alaniz que soube da sessão enquan-

to passava pelo espaço. Já Eliana Marcolin prestigiou uma amiga e aproveitou para presentear o marido. “Que maravilha. Meu marido adora temas relacionados à nossa fauna, vou levar para ele”, falou. Além de representantes do DNIT e da empresa responsável pela Gestão Ambiental da BR-116/392, a STE S.A., analistas do IBAMA estiveram presentes. “O livro demonstra o interesse e criatividade da empresa licitada em ir além do estabelecido. Já sabíamos que a STE tem esta proatividade, se propondo a realizar um trabalho que transcende”, ressaltou o analista ambiental, Mozart Lauxen. Jovens da fundação Pão dos Pobres e o biólogo da Secretaria do Meio Ambiente de Porto Alegre, Heleno Quintana, também apreciaram a sessão de autógrafos. Segundo o coordenador do Programa de Educação Ambiental, Cauê Canabarro, a produção do material foi uma demanda dos professores que buscavam conteúdo sobre a nossa fauna local para trabalhar em sala de aula. “O objetivo é que ele seja um recurso pedagógico para os professores, além de poder ser um material de consulta para os estudantes”, disse. O livro, que não tem fins lucrativos, está sendo distribuído nas bibliotecas das escolas estaduais e municipais de Pelotas e Rio Grande.

Escolas municipais de Pelotas receberam o livro “Nossos bichos” Mais de 300 exemplares do livro foram distribuídos ao longo de novembro para as escolas da rede pública de ensino. Por convite da Secretaria Municipal de Educação e Desporto (Smed) de Pelotas, o DNIT participou das reuniões mensais com as direções. Cerca de 60 educandários localizados no centro, Porto, Areal, Laranjal, Três Vendas, Fragata e na zona rural estiveram presentes. A diretora da E.M.E.F. Luciana de Araújo, Simone Tomaschewski, foi uma das primeiras a receber os exemplares para escola. “Vejo esta iniciativa como uma forma bem positiva. Acredito que as crianças irão adorar por se tratar de animais que são do cotidiano delas”, ressaltou. O Programa de Educação Ambiental entregou cinco livros para cada educandário para que fiquem disponibilizados nas bibliotecas. Além das escolas municipais, as estaduais também receberão a publicação. O próximo passo é agendar as entregas e dar continuidade na utilização do material nas atividades realizadas nas 12 escolas localizadas nas áreas de influência direta das obras em Pelotas. “Planejamos também um evento em Rio Grande para darmos início a distribuição nas escolas de lá”, explicou Canabarro.

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Publicação do DNIT compõe sessão de autógrafos

Foco do material são as bibliotecas escolares.


Paulo mora no Sítio Floresta, um dos bairros que fica às margens da BR-116, há 11 anos. Qual a opinião dos moradores sobre a duplicação da rodovia? A maioria esperava por isso. Tivemos muitos acidentes por esta travessia e desde que eu vim pra cá o pessoal sempre falava: “quando vão duplicar?”, “será que algum dia vão fazer esta obra?”. Tem pessoas de idade que diziam que iam morrer e não iriam ver a duplicação, e agora saiu. Claro que tem os transtornos, como caminhões circulando dentro do bairro, interrupções, mas tudo faz parte para melhorar. Como foi o relacionamento desta comunidade com as obras? Desde o início tivemos palestras, reuniões, o que nos levou a concluir que todas as etapas foram cumpridas. Nós fomos informados sobre o que iria acontecer em cada etapa, até mesmo com material explicativo. Qual é o sentimento de ver este empreendimento praticamente concluído? É um sonho. Vai melhorar muito para gente, só por causa desta duplicação já temos mais empresas que estão vindo para cá. O bairro está crescendo. Qual a mensagem que a comunidade gostaria de deixar para quem utiliza a rodovia? A mensagem é que tenham cuidado e que prestem atenção na sinalização. Estávamos acostumados com uma rodovia que cortava o bairro e agora temos uma via mais complexa. A travessia de pedestres também tem que ser com calma e atenção, principalmente das mães que atravessam com seus filhos.

Orientar a comunidade é uma das prioridades do DNIT

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Entrevista com o presidente da Associação de Moradores do Sítio Floresta, Paulo Rogério Santos

Moradores participam de ações de educação no trânsito.

Desde o início do empreendimento, o DNIT conta com uma equipe para dialogar com os moradores sobre o projeto executivo, intervenções e avanços da obra, dúvidas e sugestões. O Programa de Comunicação Social atua diretamente nas comunidades lindeiras, assim com o Programa de Educação Ambiental, buscando minimizar os transtornos nas diferentes fases da duplicação. Desde 2012 a equipe se reúne com as associações e representantes de cada localidade para estabelecer um relacionamento de proximidade, além de divulgar o número de Ouvidoria e entregar informativos como este boletim. Com o início da liberação de trechos duplicados ao tráfego, o DNIT pensou em realizar campanhas educativas para orientar os moradores a como conviver com o novo traçado da rodovia. Desde abril, quando cinco quilômetros da BR-116 foram entregues, a equipe busca apoiadores para desenvolver ações com os diferentes públicos envolvidos, desde comunidade escolar até moradores. “Nós começamos a projetar estas atividades no sentido

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de envolver alguns parceiros, uma vez que aqui em Pelotas já existem instituições que desenvolvem trabalhos em relação à segurança no trânsito”, falou o educador ambiental Cauê Canabarro. Entenda como está a duplicação no Contorno de Pelotas Até novembro deste ano, as medições do DNIT mostraram que 86,50% dos serviços estão prontos. Os viadutos do Centro de Eventos Fenadoce, da Avenida 25 de Julho, do Sítio Floresta e da Avenida Fernando Osório estão completamente liberados ao tráfego de veículos, enquanto o da Vila Princesa foi parcialmente entregue. O trecho da ponte sobre o Arroio Pelotas até a ponte sobre a barragem Santa Bárbara está praticamente concluído, aguardando liberação. “A liberação de trechos e a conclusão da obra depende da disponibilidade de recursos e regularidade do pagamento das construtoras, o que é de responsabilidade do Ministério do Planejamento que dialoga diretamente com o DNIT em Brasília. A unidade local do DNIT não tem como fazer previsões neste cenário”, destacou o engenheiro do DNIT, Vladimir Casa.

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