O retorno do Victoria Secret’s Fashion Show! Tudo que mudou sobre o icônico desfile de loungerie e o que se manteve com a tradição
Querido leitor, a revista moodboard tem como objetivo abordar os assuntos mais relevantes da cultura pop e relaciona-los às vivências femininas de mulheres ao redor do mundo. Nesta edição, decidimos nos aprofundar principalmente na moda e no cinema, e navegar sobre a evolução desses tópicos atemporais com o decorrer dos anos.
SUMÁRIO
2024: O ANO DA DIVA POP!
Se o cenário musical de 2024 nos mostrou alguma coisa é que as divas pops vieram para ficar, e estão sendo mais aclamadas do que nunca! Frases como “that’s that me espresso” , “brat summer” e “HOTTO-GO” foram todas cunhadas por ícones da música que se destacaram imensamente esse ano, e fazem parte do vocabulário digital de qualquer um que acompanha o mundo da cultura pop. Sabrina Carpenter, Chappell Roan, Charli XCX e Tate McRae são as 4 it girls de 2024. Com turnês esgotadas e colaborações icônicas, elas têm cativado o público e redefinido o que significa ser uma diva pop nos dias de hoje.
Sabrina
Carpenter:
Desde seu primeiro álbum em 2015, Sabrina Car penter já mostrou que não é nenhuma novata no mundo da música. Com seis álbuns lançados e uma extensa carreira como atriz no Disney Channel, onde estrelou “Garota Conhece o Mundo”, Sabrina tem uma
Tate McRae:
Charli
XCX:
Onovo ál - bum Brat de Charli XCX não apenas dominou as paradas em 2024; ele deu in - ício ao ‘brat summer’ e à febre do ‘brat green’ . De tão marcante, a identidade visual do álbum – o icônico verdelimão ( brat green ) e a fonte Arial Narrow – tornou a capa inconfundível, fácil de ser replicada e lembrada por todos. Brat também se destacou pelas colaborações icônicas com artistas como Lorde, em Girl So Confusing , e Troye Sivan, em Talk, Talk . Charli trouxe simplicidade e autenticidade ao verão de 2024, reafirmando-se como a ‘ party girl ’ favorita dos jovens e do público LGBT – e definindo uma nova era na cultura pop.
Tate McRae está cada vez mais se firmando como uma das melhores performers de sua geração. Com presença de palco eletrizante e coreografias cheias de energia, Tate se destaca entre outras divas pop. A canadense chamou a atenção da RCA Records quando One Day , sua primeira música, viralizou no YouTube. Porém, foi apenas em 2023, com o hit Greedy, que sua carreira realmente decolou: a música alcançou o topo das paradas globais da Billboard e ultrapassou mais de um bilhão de streams . Esse sucesso oficialmente consolidou Tate como dos maiores fenômenos pop da geração.
CChappell Roan:
om seu novo hit Good Luck Babe , Chappell Roan se consagra como uma das novas divas pops de 2024. Nascida em cidadezinha no Missouri, a cantora conquistou um lugar especial no coração de fãs de todos os cantos, especialmente na comunidade LGBT, onde já é um ícone e inspiração. Lésbica e drag queen, Chappell quebra todas as normas ao hitar com seu primeiro álbum, The Rise and Fall of The Midwest Princess . Se você tem TikTok então provavelmente já viu alguém contando suas trágicas histórias de términos ao som de Casual ou dançando a famosa coreografia de HOT-TO-GO. Uma coisa é certa, essa Midwest Princess ainda promete muito ao futuro da música pop.
A moda, o mundo e o
Cinema
Obras cinematográficas que retratam o mundo da moda costumam se passar em cidades como Paris, Nova York e Londres. Isso é decorrente da importância e do reconhecimento desses polos como centros da moda, que reúnem estilistas re nomados, conexões com o luxo, glamour e as tendências. Além de conterem um legado e historia durante décadas por ser em o berço de eventos como a Week e outros desfiles de alta costu ra. Tudo isso cria uma ambientação que se destaca no impacto visual dos filmes e completa a dinâmica estéti ca dos figurinos e das personagens.
A presença de museus e da ar quitetura visam cenários atraentes e românticos, complementando o design e a estética da moda, transmitindo mais sofisticação e delicadeza aos filmes. As sim, proporcionando um diálo go entre o fictício e o real no mundo fashion, brincando com o tradicional e a modernidade.
Os produtores cinematográficos utilizam as características cul turais e estéticas para desen volver e criar uma conexão com a moda e estilo de vida dos per sonagens e enredo da peça, for talecendo a ideia da importân cia dessas metrópoles como capitais globais do estilo.
Por meio dos figurinos escolhidos, é possível situar a época retratada, recriando tendências de décadas passadas ou projetar o futuro. Ao explorar as tendências de uma certa época, certos figurinos podem acabar se tornando marcas registradas, tal como o icônico vestido preto que Audrey Hepburn usou em Bonequina de Luxo (1961) criado por Hubert da Givenchy. A cena marcante em que Holly Golightly desce do táxi na Quinta Avenida, em Nova York, us ando seu vestido longo, para contemplar a vitrine da famosa joalheria Tiffany & Co, enquan to toma seu café da manhã é um exemplo claro de como o ambi ente e a moda dialogam entre si.
A presença do estilista traz um toque de elegância e refinamento, a personagem de Hepburn teve seu guarda-roupa assinado por Givenchy, o que tornou o visual estético do filme um dos mais memoráveis do cinema e da moda, transpassando gerações e deix ando uma marca na memória do público.
A colaboração entre o mundo fashion e a paisagem desenvolve um universo rico e criativo, onde as roupas, cores, estilos e ambientes são capazes de transmitir mensagens e influenciar a audiência de forma inspiradora e positiva.
New York
Afamosa
cidade norte-americana é conhecida por sua moda urbana e por sediar eventos como a New York Fashion Week , e atrai um publico mundial. NYC traz um contexto rico para os filmes, com ambientes românticos e descolados através do famoso Central Park arranha-céus e regiões mais aclamadas como o per East Side , Manhattam e a Quinta Avenida.
A inovação e o estilo de vida cosmopolita são imos do ambiente da cidade, como retrata nos clássicos: a série Sex and The City (19982004) e O Diabo Veste Prada (2006). Nestes o cotidiano da vida de garotas imersas no mundo fashion, se passam em locais icônicos da cidade e captam a atenção do telespectador. A famosa comédia romântica Como Perder um Homem em Dez dias (2003) também passa na cidade e traz o simbólico vestido amarelo que Kate Hudson usou, assinado por Carolina Herrera, como um marco na cultura pop. Todos simbolizando o centro dinâmico da indústria fashion.
Paris
Acapitalmundial da moda, é o coração da alta costura e o berço de grandes maisons como Chanel, Dior e Louis Vuitton. A arquitetura com edifícios românticos e seus famosos monumentos como a Torre Effiel e Arco do Triunfo, casam com o clássico de comédias românticas e series fashionistas. Além da presença de inúmeros museus que contêm obras conhecidas internacionalmente, como as obras de Claude Monet, Edgar Degas entre outros artistas.
Ambientes como a Champs-Élysées, a Ópera de Garnier e a avenida Avenue Montaigne são associados ao luxo, o que enfatiza a sofisticação do enredo das cenas que se passam ali. A famosa “a cidade luz”transmite uma ideia romântica e clássica que envolve o publico. A biografia cinematográfica Coco Antes de Chanel (2006) apresenta a vida de Coco Chanel e Paris como o epicentro da alta-costura e da evolução da moda, enquanto a série Emily em Paris (2020) trás uma visão mais moderna e atual do mundo fashionista, e quase todos os episódios se passam na capital francesa.
Londres
Acidade inglesa incorpora o elegante com o refinado e é um mar co histórico no mundo, na moda é conhecida por sua ousadia, sendo berço de grandes designers como Alexander McQueen e Vivienne Westwood. Assim, é um centro de criatividade ide al para filmes de moda vanguardistas até a moda clássica, per mitindo uma diversidade entre estilos. A capital, tem espaço tanto para a alta-costura quanto para a moda de rua, e é um local de destaque para artistas emergentes, como retratado no filme Cruella (2021), em que a jovem designer vanguardista encara desafios em sua carreira em um atêlie em Londres.
Locais marcantes como o bairro de Soho, onde foi usada uma mini saia pela primeira vez na história, Oxford Street e Trafalgar Square são reconhecidos por sua ligação com a moda, criando um cenário dinâmico perfeito para histórias que envolvem a indústria fashionista. O filme Operação Cu pido (1998), embora não envolva o tema principal como moda, apresenta características do mundo fashion da época. Com a personagem Elizabeth James, interpretada por Natasha Richardson, possui um estilo próprio marcado por gerações e sua delicadeza como estilista de vestido de casamentos.
Alessandra Ambrosio
para o Victoria’s Secret Fashion Show 2024
O QUE MUDOU E O
QUE FICOU
Depois do hiato de seis anos, motivado pela baixa audiên cia e uma enxurrada de críticas, por apresentar um modelo ultrapassado de exaltação da magreza, o Victoria’s Secret Fashion Show teve uma nova edição na última terça-feira (15). Com uma proposta mais “inclusiva”, o retorno trouxe as famosas angels, e pela primeira vez modelos transsexuais, mid e plus size . Além de modelos que fizeram história em edições passadas e hoje integram o grupo das +50.
Angels sem o mesmo prestígio
As angels dividiram
Diversidade na passarela do Victoria’s Secret Fashion Show
Odestaque positivo da noite foi a presença de modelos “diversas” na passarela, com grandes nomes como Ashley Graham, Paloma El sesser e Alex Consani. Apesar deste ano ter modelos que fo gem do padrão de desfiles anteriores, as profissionais mid e plus-size aparecem, quase que em totali dade, com as respectiv as barrigas “tampadas” por lingeries e roupas. As modelos veteranas, as 50+, como Carla Bruni, Eva Herzigová e Kate Moss também seguiram essa mesma cartilha, com escol has mais “recatadas”.
opiniões e foram consideradas acerto por uns e erro por outros. Elas são o símbolo “máximo” da marca e além de terem contratos com a Victoria’s Secrets, eram responsáveis por carregar as “asas” nas passarelas. A Victoria’s Secrets segue dando atenção especial às brasileiras, que garantiram destaque no desfile. Adriana Lima e Alessandra Ambrosio Valentina Sampaio retornaram às passarelas e garantiram aplausos do público. Porém, nesta edição, outras modelos que carregaram as asas por anos não tiveram a mesma atenção, e algumas produções deixaram a desejar. A falta de brilho nas roupas e os penteados, como o rabo de cavalo, não agradaram.
Apassarela do desfile deste andeixou a desejar, assim como a iluminação durante os dois primeiros “rounds” , com as lingeries em cores mais claras. Entretanto, o palco foi uma boa escolha para os shows da noite, e a passarela comportou bem as apresentações de Lisa, Tyla e Cher. Era impossível um retorno do V ictoria’s Secrets Fashion Show sem que mudanças fossem realizadas. A pergunta que fica após o desfile de 2024 é se essa mudança e atenção à diversidade foi apenas uma resposta às críticas do passado, ou se fez parte de uma mudança profunda da VS. Infraestrutura do Victoria’s Secret Fashion Show
FASHION LOOP: O ETERNO CICLO DA MODA
Amoda é uma das indústrias mais dinâmicas da atualidade, se rein ventando e se adaptando ao lon go do tempo. De natureza cíclica, o setor fashion conecta o presente ao passado, a partir do momento em que estilos antigos seguem influenciando as passarelas atuais. O que já foi tendência no passado, inevitavelmente, em algum momento da história, irá retornar às Semanas de Moda e aos guarda-roupas dos consumidores.
Padrões e costumes surgem de tempos em tempos, e cada década tem suas próprias características. O estilo hippie dos anos 70, as saias balonês dos anos 80 e o grunge dos anos 90, por exemplo, são provas de que cada uma dessas eras possui sua individualidade e seu próprio espaço no setor da moda. Essas influências perduram conforme o tempo passa, mostrando a capacidade de aquilo que é considerado vintage se adequar ao contemporâneo.
Em 2024, a volta da cintura baixa, característica dos anos 2000, e do boho chic , um clássico da década de 1970, evidenciam algumas das essências passadas que foram incorporadas em peças mais modernas. Assim, a moda cria uma narrativa contínua e atemporal, tornando possível a coexistência de diversas tendências em um só espaço. Aquilo que hoje é considerado ultrapassado pode, em apenas alguns meses, ser reinterpretado e ganhar destaque novamente nos desfiles de marcas famosas.
Aindústria da moda se reinventa junto à evolução tecnológica e às técnicas de costura, com novas necessidades, novos tecidos e novos públicos-alvo. A tecnologia se tornou uma grande aliada desse setor, e é por esse motivo que ele está em constante movimento, proporcionando uma máxima performance para designers, estilistas e inclusive consumidores.
Quando se pensa em quem está por trás do ciclo da moda, os designers são as figuras de maior relevância. Como artistas, eles se inspiram em eras e contextos passados, adaptando tendências antigas ao contexto atual. Nenhum estilo, peça ou conceito é criado cem por cento do zero. Todos têm algum tipo de influência vintage. Um exemplo são os trench coats que, desenvolvidos no ambiente das trincheiras da Primeira Guerra Mundial, hoje voltam às passarelas de marcas renomadas, como a Burberry, e são considerados peças extremamente versáteis.
Influência da mídia e da cultura pop
“Fashion is about dressing according to what’s fashionable. Style is more about being yourself.”
— Oscar de la Renta
Ociclo da moda tem se tornado cada vez mais rápido e intenso, devido à influência das redes sociais, das celebridades e dos influenciadores digitais. Atualmente, a velocidade com que as informações são veiculadas na mídia aumenta ainda mais a disseminação das tendências. Nos últimos anos, o Tik Tok se tornou um dos principais responsáveis pela difusão daquilo que está em alta. Através da plataforma, criadores de conteúdo são capazes de inspirar seus seguidores com seus looks , criando ou revivendo trends que, uma hora ou outra, serão adotadas pelas pessoas.
Pode-se dizer que existe uma certa “fórmula” a respeito de como as tendências passadas retornam aos holofotes. Primeiro, as marcas, já consolidadas no mercado fashion , apostam em um certo estilo ou peça, escolhendo um direcionamento para as suas coleções. Em seguida, a tendência escolhida pela marca ganha seu espaço nos desfiles, que ditam o que estará em voga na próxima estação. As celebridades, por sua vez, adotam essas peças em seus guarda-roupas e, consequentemente, influenciam milhares de outras pessoas a adotarem-na também.
Alexander Mcqueen Ready To Wear
Spring Summer 2024
Paris
Hoje em dia, até mais do que as próprias marcas, esses influenciadores carregam o peso de determinar o que está “na moda” e o que é considerado ultrapassado.
Como um ciclo de reinterpretação e inspiração, utilizando da criatividade dos designers e estilistas, a indústria da moda vive em constante fluxo. A junção do passado com o presente possibilita diversas formas de expressão, tornando o setor fashion cada vez mais autêntico. A moda se consolida no mercado como um ciclo interminável de renovação e complexidade, refletindo a evolução dos gostos de cada época.
Das PASSARELAS ÀS TELONAS: a
influência da
moda no cinema
Ouniverso da moda e o uni verso cinematográfico têm uma relação intrínseca há décadas. Enquanto o mercado fash ion reveste corpos com tecidos e estilos e molda a personalidade dos personagens de um filme, o cine ma constroi histórias, com imagens e emoções. Assim, criou-se uma sinergia e um vínculo que vai além das telonas e das passarelas.
Dessa forma, a influência dos figurinos para as produções cinematográficas vem aumentando cada vez mais. Os looks usados pelo elenco resumem aspectos fundamentais dos longas em cores, tecidos e modelagens. A identidade de um personagem, a época de ambientação e até o sentimento de uma cena podem ser complementados pelas peças de roupa.
Ao vestir personagens, a moda auxilia a contar suas histórias e expressar sua personalidade. Figurinistas, junto a estilistas, criam peças especiais e únicas, que se tornam parte da narrativa. Não é atoa que existe uma premiação no Oscar destinada exclusivamente para a categoria de “Melhor Figurino”: os looks se tornam uma extensão dos personagens.
Nessa mesma perspectiva, a moda no cinema é também uma importante ferramenta de ambientação. Através dos designs e tecidos, é possível situar os longas em uma época específica, voltando às décadas passadas ou avançando em décadas futuras.
Asérie Bridgerton, por exemplo, que consiste em um drama de época, traz visuais impressionantes, usando a moda como um demarcador de status social e civil. A produção explora composições luxuosas e sofisticadas, que compõem a trama da alta sociedade inglesa de 1813.
Além da moda contribuir para o cinema, o contrário também ocorre - e com bastante frequência. A iconografia de personagens icônicos molda tendências e influencia gerações, criando legados de estilo na moda e na cultura popular. Marcas renomadas no mercado são frequentemente convidadas a criar figurinos exclusivos para filmes, elevando o padrão estético e visual das produções. Assim, elas encontraram nos atores e atrizes uma maneira de torná-los vitrines de suas peças, difundindo-as ao redor do mundo.
Um exemplo clássico desse processo foi o lendário vestido “preto básico” usado por Audrey Hepburn, no filme Bonequinha de Luxo (1961), assinado pela Givenchy. Hoje, mais de 60 anos após o lançamento do longa, o vestido tubinho preto ainda é um clássico, usado e apreciado por mulheres do mundo inteiro. Por ser uma peça acessível e versátil, de estilo simples mas glamuroso, o público é capaz de reproduzir o modelo e de se conectar com a atriz e com a própria personagem.
Beyoncé para Tiffany & Co. (2021)
Por outro lado, as premiações e festivais de cinema, como o Festival de Cannes e o Oscar, são palco de looks deslumbrantes, onde se destacam peças de estilistas renomados e grandes marcas. O tapete vermelho de eventos como estes se tornou uma importante plataforma de divulgação da moda, onde os visuais das celebridades são amplamente comentados e referenciados pelos entusiastas da moda.
TAPETE VERMELHO:
Transcendendo para o cotidiano dos espectadores, a moda no cinema revitaliza tendências que um dia já foram esquecidas, reforçando a natureza cíclica do mercado fashion . A colaboração entre esse mercado e a indústria cinematográfica cria universos ricos e diversos, repletos de personalidade. A moda é uma ferramenta de expressão que, através do cinema, torna cada filme uma oportunidade de contar uma história não apenas com palavras, mas com roupas, cores e estilos.
Emma Stone para o Red Carpet do Oscar 2024
Anya Taylor-Joy para o Red Carpet do Festival de Cannes de 2024
Minha Bela Dama (1965)
Audrey Hepburn usou o famoso vestido clássico, simples, brilhante e elegante feito pelo grande figurinista e fotógrafo Cecil Beaton.
Filmes com looks icônicos
De repente 30 (2004)
O diário de uma princesa (2002)
O vestido icônico colorido usado por Jenna Rink (Jennifer Garner), no filme de 2004, foi uma criação do ateliê da Versace. A peça com toque de lantejoulas, personifica delicadeza e um toque de glamour e diversão.
Ao fazer sua primeira aparição como princesa de Genóvia, Mia (Anne Hathaway) usa um vestido branco longo com detalhes, acompanhado de luvas brancas e uma tiara brilhante. Escolhido pelo figurinista Gary Jones, o look é um marco no mundo fashion e ultrapassa décadas.
Pobres Criaturas (2023)
A história da personagem Bella Baxter (Emma Stone), é contada através de seus figurinos. Assinados por Hollywood Waddington e Nadia Stacey, eles representam a evolução da protagonista como mulher ao decorrer do filme.
Figurinos vencedores do Oscar
Já sabemos que quando se trata de cinema, o figurino é mais do que apenas roupas – é uma forma de arte que ajuda a contar histórias e dá vida a personagens inesquecíveis. Por isso, separamos alguns filmes que não só conquistaram o coração do público, mas também brilharam nas indicações do Oscar com seus figurinos deslumbrantes. Prepare-se para se apaixonar por essas obras-primas do vestuário cinematográfico!
FUN FACTS
! “O Grande Gatsby” teve duas adaptações cinematográficas vencedoras do Oscar de Melhor Figurino, em 1974 e em 2014
! Os primeiros filmes a ganhar um Oscar de Melhor Figurino foram “Joanna D’Arc” e “Hamlet”, ambos em 1948
Poor Things Oscar 2024
Little Women Oscar 2020
Grand Budapest Hotel Oscar 2015
Moulin Rouge! Oscar 2002
Titanic Oscar 1997 Star Wars Oscar 1977
The Great Gatsby Oscar 1974
Marie Antoinette Oscar 2007
SEX AND THE CITY através das gerações
“O relacionamento mais emocionante, desafiador e significativo de todos é aquele que você tem consigo mesmo. E se você encontrar alguém que ame essa versão sua, isso é simplesmente fabuloso.” – Carrie
Sex and the City , situado na icônica ilha de Manhattan, ganhou o coração de milhões de mulheres ao redor do planeta. Carrie, Miranda, Charlotte e Samantha são mulheres que têm a capacidade de gerar empatia com o público ao explorar temas universais que ressoam com mulheres de todas as idades, mostrando que apesar das diferenças todas compartilhamos experiências em comum. Assim, a série passa a ter um caráter atemporal, onde pessoas de todas as idades conseguem se identificar com as personagens, que representam vários conceitos do feminino.
Nas palavras de Lívia Costa, jovem de 23 anos que vive na capital paulista, “A série não idealiza um perfil de mulher como se aquela fosse a jornada do herói, existe uma possibilidade múltipla de identificação, onde elas têm desejos, anseios e dores muito reais”. A série engloba muito o que mulheres mais velhas não tiveram a liberdade de realizar, mas ao mesmo tempo reflete uma possibilidade que as meninas de hoje em dia tem. Assim, trazendo como ponto central a nuance dos relacionamentos afetivos tanto no campo da amizade feminina quanto no quadro romântico.
Asérie pode ser vista como o auge do conceito de girlhood , onde a história central é a relação de amizade repleta de companheirismo do quarteto, que navega as nuances da vida adulta em conjunto, superando desafios e balanceando suas vidas profissionais e pessoais. Nas palavras da personagem Charlotte York, uma galerista sofisticada e romântica, “Vai ver nós podemos ser as almas gêmeas umas das outras. E aí podemos deixar os homens serem apenas esses caras legais com quem nós nos divertimos”. Esse amor feminino e o conceito de sororidade começaram a ser amplamente popularizados pela Geração Z, contribuindo para a conexão com as personagens do seriado. No entanto, é necessário reconhecer que quando a Carrie, Miranda,Charlotte e Samantha foram introduzidas ao público, em 1988, a rivalidade entre as mulheres ainda era muito incentivada. Esse amor entre amigas representa uma quebra de paradigmas da época de estreia.
No campo romântico, a luta por validação masculina ainda marca a vida das personagens. Um exemplo é Natasha, esposa de Mr. Big, que descobre seu caso com Carrie. Ao confrontar Carrie em seu antigo apartamento, Natasha expõe sua dor e busca respostas, revelando a complexidade das relações femininas. Enquanto Natasha expressa sofrimento e busca solidariedade, Carrie reage de forma defensiva, priorizando sua própria justificativa. Esse conflito ilustra uma rivalidade que limita as possibilidades femininas, onde conquistar a atenção masculina, mesmo que de forma oculta, é visto como um triunfo.
Além de Carrie, outras personagens também se prendem a esses estigmas. Charlotte York, por exemplo, personifica o ideal romântico, moldada por contos de fadas e expectativas sociais, buscando o casamento perfeito como símbolo de realização. Representa a mulher tradicional, valorizando a família e estabilidade. Miranda Hobbes, embora forte e independente, tenta se ajustar a padrões sociais, evidenciando inseguranças e contradições nos relacionamentos. Já Samantha, com seu desejo por aventuras amorosas, reflete a necessidade de validação e o medo da solidão, trazendo uma complexidade que desafia sua imagem de mulher totalmente autônoma.
Éválido destacar, que em Sex and the City a liberdade sexual é um tema recorrente na narrativa, vigorando no cotidiano de mulheres modernas, mas,contrastando fortemente com as limitações vividas por gerações anteriores. Nas palavras de Mônica Sá Ramos, mulher de 50 anos que reside no interior do Rio de Janeiro, “Eu amo Sex and The City , para mim é muito sobre a parceria e a liga da amizade feminina, que é muito forte e os homens não conseguem chegar nem no chinelo”. Ao decorrer da trama vemos as personagens principais quebrando tabus e promovendo confiança através de diálogos abertos. As personagens de Sex and the City são tão bonitas quanto são inteligentes, rompendo o estereótipo de que mulheres precisam ser apenas uma coisa ou outra. Todas elas, em determinados momentos da narrativa, ocupam posições de respeito em sua área profissional. Assim, esess aspectos vivem de forma mútua dentro de Carrie, Miranda, Charlotte e Samantha, ambos constituindo facetas da mulher.
Segundo a jovem Maria Luiza Polillo, de 19 anos que cresceu em Salvador, “ Sex and the City alterou a minha perspectiva de vida, mudou na minha cabeça a ideia que depois de certa idade a sua vida acaba e que você tem que viver em função dos filhos e do marido sabe…”. Ela acrescenta que a série a inspirou a priorizar suas ambições, valorizando amizades e experiências além das convenções tradicionais. “Acredito que meninas mais novas assistam a série para se tranquilizar a respeito do futuro e mulheres mais velhas assistem essa série por se identificarem, no fim todas nós vemos que cada um tem o seu tempo e que suas metas não tem prazo de validade” conclui Maria Luiza, destacando a importância de modelos femininos nos meios midiáticos.
Sex and the City atravessa gerações pois ver personagens icônicas cometendo erros e se descobrindo ao longo da narrativa é libertador. Afinal, nem mesmo essas mulheres nova-iorquinas empoderadas estão imunes a deslizes de vez em quando. Essa vulnerabilidade das personagens permite que peguemos mais leve com nós mesmas.
Qual das mulheres de Sex And The City você seria?
Agora que você já sabe tudo sobre essa série icônica, faca o nosso quiz e descubra qual das protagonistas mais se parece com você
1. Você acredita em almas gêmeas?
A- Relações se constroem e a felicidade não depende de encontrar sua cara metade, devemos reconhecer que ninguém é perfeito
B- Encontrar sua alma gêmea é limitante, o amor deveria ser visto como uma forma de autoconhecimento
C- O amor exige compromisso e compreensão, mas acho que existe alguém feito para mim, sou romântica.
D- Não acredito em destino ou amor pré-determinado, amar é uma escolha pessoal e quero estar perto de alguém que me faça crescer.
3. Qual seria o seu date perfeito?
A-Um jantar em um bar animado e com música, seguido por um passeio de helicóptero.
B- Qualquer um que acabasse na cama, em uma experiência intensa, se é que me entende…
C- Uma abertura de uma galeria de arte ou outro programa artístico, seguido de um jantar em um restaurante de qualidade
D- Uma visita a uma livraria independente, seguida por um café em um local aconchegante
2. Que filme você gostaria de maratonar em uma movie night?
A- O Diabo Veste Prada, amo os figurinos e os dramas vive tanto em Paris quanto em New York
B- Babilônia, me entretem essa mistura de sentimentos, do exagero da festa e vida ao limite, gosto de filmes que promovem uma quebra de paradigmas
C- Diário de uma paixão, gosto de poder ver os anos 40 sob um viés romântico, além das cores dos cenários mostrados me encantarem.
D- Erin Brockovich, gosto de ver uma mulher empoderada no direito, esse filme é baseado em fatos
4. Qual seria sua saída ideal com as amigas?
A- Iria com as meninas para um bar beber cosmos e depois sairíamos para dançar
B- Iríamos, para a inauguração de um restaurante e depois sairíamos para o cassino com a energia da boate, uma vibe bem Casino Night Extravaganza.
C- Começariamos com um chá tarde em um salão, com conversas agradáveis, doces deliciosos e depois iriamos para um bar bem frequentado e
