Brink's 50 anos: do Brucutu ao Amanhã

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50 anos de Brink’s Brasil Nossas homenagens para nossos clientes, razão de nossa existência; nossos colaboradores que, nesse meio século de existência, vêm construindo o presente e o futuro da Brink’s; nossos acionistas, que viabilizam esse legado e nos mantêm orientados para nossos objetivos e para todos os parceiros e autoridades, fundamentais nessa trajetória de sucesso de que muito nos orgulhamos. Na tarefa de escolher a melhor forma de agradecer a esses “cúmplices do sucesso”, decidimos repetir a fórmula que traduz nossos últimos 50 anos: OUSADIA. Ousadia representada pelo presente que tenho a honra de entregar a você: o livro comemorativo de nossos 50 anos de atividades no Brasil. Não é a primeira vez que registramos nossa história em livro. Já o fizemos, factual e cronologicamente, nos livros de 30 e 40 anos. A diferença é que agora resolvemos contar as histórias por trás da História, por meio das experiências e sensações humanas que a compõem. Para isso, além de completamente verdadeiro, o livro teria que ser completamente diferente, vazado em outra linguagem: uma graphic novel de alto impacto visual, estético e emocional. Reconhecemos: fomos longe na nossa ousadia! Mas esta foi a nossa intenção. Entregar não somente uma história, mas uma obra de arte em formato de livro, com tudo aquilo que, essencialmente, caracteriza uma obra de arte: estética, interação, potência e permanência. O livro fala de pessoas, sonhos, visões, valores e, por isso, acreditamos que será lido ainda com o mesmo prazer e encantamento nos nossos próximos aniversários, décadas à frente. Em verdade, não há surpresa nessa decisão. Afinal, fomos forjados pelo mesmo espírito de ousadia que norteou nossos fundadores em 1859, na cidade de Chicago, e aqueles que deram início às nossas atividades no país, em 1966. E esse espírito se traduz por: inovação, pioneirismo, trabalho duro e ética. Justamente o que marcou nosso nascimento e nos balizou até aqui. Assim, neste momento de justa comemoração, por que não ousar na forma de contar nossa história como ninguém ainda contou? Esperamos oferecer uma leitura envolvente, prazerosa e emocionante!

Fernando Sizenando Presidente da Brink’s Brasil


Autores

expedIente Presidente:

é autora de romances e graphic novels. Dentre seus trabalhos, destacam-se: “Papa-Capim: Noite Branca”, publicado pela Maurício

Fernando Sizenando Diretor de DESENVOLVIMENTO DE Novos Negócios:

Gil Hipólito

de Sousa Produções, “Fractal”, “A Dama do Martinelli” e “Liah e o Relógio”, publicados pela Devir

Diretora de Recursos Humanos:

Vera Lúcia Tavares

(com incentivo da Secretaria de Estado da Cultura do Governo de São Paulo), as adaptações de “Romeu e Julieta” e “Macbeth”, para a Coleção Shakespeare em Quadrinhos, pela Editora Nemo,

Gerente de Comunicação e Mudança:

Leonardo Andrade Equipe de Marketing:

Nathália Cunha e Rafaela Batista

e participação nas antologias

Marcela Godoy

“Quebra-Queixo Technorama Volume II”, “Fim do mundo em quadrinhos” e “Zets – Contatos imediatos”, do Quanta Estúdio de Artes.

Equipe de Comunicação e Mudança:

Mariane Esper e Renan Cardoso Consultor:

Ivan Paschoito Concepção e Projeto Editorial:

Stella Comunicação Editores:

trabalha com quadrinhos desde 2004. Artista regular

Ciça Vallerio e Fernando Cassaro

na HQ “The Last Phantom”, da editora Dynamite, por 12 edições. Idealizador do projeto “Feira da Fruta em Quadrinhos”, vencedor do

Editor de Arte:

André Bunduki Argumento e Roteiro:

Marcela Godoy

Troféu HQMIX, em 2013. Também venceu o prêmio na categoria “Publicação Independente de Grupo”,

Eduardo Ferigato

em 2015, com seu trabalho

Ilustrações:

Eduardo Ferigato Tradução:

Élide Cáceres

na HQ autoral “QUAD”. Atua como ilustrador para várias editoras do Brasil.

© 2016 por Stella Comunicação Reservados todos os direitos desta obra. Proibida toda e qualquer reprodução desta edição por qualquer meio ou forma, seja ela eletrônica ou mecânica, seja fotocópia, gravação ou qualquer meio de reprodução sem permissão expressa dos editores.


Tradição em Inovar Inovação. Essa palavra marca a trajetória da Brink’s desde a sua fundação, em 1859. É por causa dela que completamos 50 anos de operação no Brasil. Na Brink’s, a inovação não é apenas um conceito escolhido para construir um slogan. Nós levamos esse assunto a sério. A inovação faz parte do DNA da empresa. A nossa própria chegada ao Brasil é um exemplo de inovação. Na época, os brasileiros só conheciam os carros-fortes pelas telas dos cinemas. Foi a Brink’s que coordenou a produção do primeiro modelo com fornecedores locais. No distante ano de 1969, a Brink’s inovou pela segunda vez no país com o serviço de envelopamento do pagamento de milhares de brasileiros, que, por força da lei, deveriam receber seu salário em espécie. Nós não nos intimidamos diante do desafio e desenvolvemos a expertise necessária para atender aos clientes. Continuamos criando soluções customizadas. Tudo com o objetivo de tornar a vida de nossos parceiros mais simples e segura. Foi com esse objetivo que passamos a operar a área de compensação de cheques e, posteriormente, a iniciar o transporte e guarda segura dos metais preciosos de garimpos – serviço que abriu as portas para que a Brink’s começasse a transportar

com

segurança

medicamentos,

componentes

eletrônicos,

joias

e

moedas

estrangeiras, entre outras cargas valiosas. Com a informatização, os caminhos para a inovação se abriram ainda mais. A Brink’s começou a fazer a gestão de caixas eletrônicos (ATMs), a realizar serviços de vigilância eletrônica e, também, criou o CompuSafe®. E neste ano de 2016, para coroar nosso aniversário, nos tornamos a primeira empresa a operar um terminal aeroportuário seguro no Brasil, em Viracopos (Campinas, SP). E não vamos parar por aqui. Assumimos o compromisso de continuar inovando até completarmos o nosso centenário no Brasil, em 2066, e além!

Gil Hipólito Diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Brink’s Brasil


SUMÁRIO

1 – Senta a Pua

7

2 – O Segredo

18

3 – A Troca 20 4 – O Delírio

32

5 – Uma Jornada Inesquecível

40

6 – A Mulher Brink’s

50

7 – Eu Sou o Futuro

54

8 – A Carga 66


“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”

Essas palavras foram ditas pela raposa ao pequeno príncipe

A raposa e o pequeno príncipe são personagens do clássico de Antoine de SaintExupéry, publicado em 1943, o ano que mudou a vida de Alberto Martins Torres, um homem que entraria para a história de nossos heróis.

Naqueles dias, embora as artes tentassem falar de diferentes formas sobre o que havia de mais profundo e dolorido naquele mundo quebrantado pela vaidade humana, a homens como Torres, que estavam na linha de frente, lhes eram dadas duas escolhas apenas: viver ou morrer.

Talvez “O Pequeno Príncipe” nunca tenha chegado às mãos de Alberto Martins Torres.

Mas, uma vez que “cativar” é também “guardar em seu poder; conservar”, podemos afirmar, sem qualquer sombra de dúvida, que, em relação a esse homem e seus feitos, a raposa consagrava, naquela simples frase, uma espécie de profecia.

Algo como um marco miliário sobre estradas ainda não construídas, distantes no tempo, e as quais, sem ainda saber, esse mesmo herói, então anônimo, viria a pavimentar...


Bom dia, Torres. Assuma os controles. Preciso marcar a plotagem da rota com o comandante.

31 de julho de 1943. 8:17. Região de Cabo Frio, Rio de Janeiro, costa brasileira.

Sim, senhor...

Torres! O Miranda tá chamando você lá na cabine.

Torre de Controle, aqui é o aspirante aviador Alberto Martins Torres, assumindo a cabine do Arará. Copia? Copiando perfeitamente, Torres! Confirme sua rota...

Torre de controle, aqui é Alberto Martins Torres, do Arará! A base acaba de enviar novas coordenadas! Estou mudando o curso!

Confirmo a rota em...

O que houve?

Senhor! Isto chegou agora.

Tem um submarino na costa!

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São Paulo, 1966. Em algum lugar da Rua Boa Vista.

... Não, Secretário... Você pode ficar tranquilo quanto a isso! Os uniformes são completamente diferentes! Não, Secretário! Não dá pra confundir, não! Nós refizemos todos os modelos! Ficou do jeito que vocês aprovaram!

A Massari a dias de entregar os brucutus e nós aqui discutindo os uniformes...

Isso não me preocupa. O Secretário tem uma certa razão... O que estamos trazendo para o Brasil é completamente novo... Pode assustar à primeira vista.

Finalmente ele entendeu! Vai assinar a liberação do fardamento.

Não chame de fardamento, não, Joel... Se ele te ouve, suspende a autorização!

É, senhores! Carros blindados... Homens uniformizados e armados...

Mas respeito não é à prova de balas.

Joel, eu quero é saber dos vidros! Como é que está a produção na Santa Lúcia?

Chegar nas ruas assim impõe respeito!

Manoel... Respeito pode até impor...

Eu quase consigo “avistar o alvo”...

Já entregaram na Massari. Todos na especificação.

Excelente. Estamos quase lá, meus caros...

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Ali! Avistei o alvo, senhor!

Bem Ă nossa proa! Parece navegar a toda velocidade! Altitude?

Seiscentos metros!

Cargas de profundidade? Prontas para detonar a 21 pĂŠs!

A gente sĂł vai ter 40 segundos!

Eu sei. Eu consigo!

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Miranda, preciso do senhor para lanรงar as cargas de profundidade!

Estou pronto!

Agora!



Alvo atingido! Repito! Alvo atingido!

Estou fazendo a volta. Temos que sobrevoar pra ver se há sobreviventes.

Senhor, com todo respeito, às vezes a missão simplesmente “acontece”!

Torres! Você acabou de explodir um U-Boat! E você nem estava escalado pra essa missão!

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Uma hora depois.

Ali!

Alguém consegue ver alguma coisa? Algum bote?

Base! Aqui é o comandante Torres, do Arará! Envie a Guarda Costeira pras coordenadas! Temos sobreviventes!

E então?


Foram doze sobreviventes! JĂĄ os temos conosco!

Excelente! Obrigado! Câmbio final!

Torres! Torres! Torres!

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Torres!? Tá voando?

Desce do Arará e volta pro Brucutu, por favor!

Descer do Arará, voltar para o Brucutu...

Depois de abater o U199, ele realizou mais 99 missões. Em todas, obteve êxito. E o destino, como um olho que tudo vê, viu, no comandante Torres, o homem certo para liderar um novo conceito de defesa no Brasil.

De um jeito ou de outro, o comandante Torres passaria a vida cercado por máquinas de guerra.

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Até a Brink’s chegar, ninguém sabia por aqui o que era um carro-forte de verdade. A primeira geração, chamada Brucutu, teve Torres como um de seus principais idealizadores.

Durante 25 anos, o comandante Torres esteve à frente da Brink’s, tendo falecido em 30 de dezembro de 2001, aos 82 anos de idade.

Ele, pessoalmente, supervisionou cada etapa de fabricação. Dos vidros à blindagem.

Seu nome está escrito entre os nomes dos grandes heróis de guerra de nossa história.

E seus feitos como aviador jamais foram superados.

fim


Há muitos tipos de soldado. Muitos tipos de guerra e muitos tipos de herói.

Meu pai era motorista de carro-forte. Sempre foi meu herói.

Eu me lembro, quando tinha uns três anos, pedi pra minha mãe fazer uma roupa de vigilante igual à dele.

Todas as manhãs, eu vestia minha roupa e o levava até a porta. Fiz isso por muito tempo... Até aquela roupa já não entrar mais em mim de jeito nenhum.

Sempre que eu passava por um carro-forte na rua ou via um vigilante, acenava pra ele. Sorria, porque eu sabia que, assim como meu pai, todos eles eram homens e mulheres de muita coragem e, certamente, heróis também para seus filhos.

Eu queria muito poder falar pra todo mundo sobre todas as coisas incríveis que eu sabia sobre meu pai. Mas eu não podia.

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Naquele tempo, como hoje, os bandidos ficavam de olho em quem trabalhava transportando valores. A profissão do meu pai era um segredo. Um segredo de nós três somente.

Mas a verdade é que aquele era um segredo legal de guardar!

Era muito bom... Vestido naquele uniforme, com aquele tesouro enorme guardado dentro de mim, sem dúvida eu era um vigilante, tanto quanto meu pai...

Eu pensava comigo, esse segredo é o meu valor! O meu tesouro! E eu tenho que guardá-lo no carro-forte da minha cabeça e transportá-lo, dentro de mim, com toda segurança!

Até hoje, quando passo por um carro-forte, tenho o impulso de acenar, vontade de sorrir... A gente, às vezes, não sabe ou tem pressa demais pra notar os outros... Não eu.

Eu vejo meu pai em todos esses homens...

E sonho com o dia em que meu filho vai vê-lo também em mim!

fim 19


... A grandeza dessa conquista transcende as circunstâncias do tempo eleitoral. 1º de julho de 1994.

Trata-se de um esforço de coordenação que coube ao presidente da República coordenar e administrar, a fim de, no cumprimento do impostergável dever, deixar ao seu sucessor, quem quer que seja o escolhido, moeda sólida, capaz de promover o desenvolvimento sem faltar à justiça.

Estou certo de que, desta minha fé, comungam todos os senhores e todos os cidadãos brasileiros de boa vontade.

Muito obrigado.

Nossa... O que significa isso?

Pra mim? Pouco sono e muito trabalho.

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2 de julho de 1994. 8h. Bom dia a todos.

Vocês já sabem que nós dormimos num Brasil e acordamos em outro...

Esta é uma reunião de trabalho diferente de todas as que já fizemos.

Estou certo de que todos vocês assistiram ao pronunciamento do presidente ontem à noite e esse é o motivo desta reunião.

Nesta manhã, recebemos uma cópia do documento do Banco Central com as diretrizes para a troca da moeda e, amigos, vai ser uma operação sem precedentes na nossa história.

E vai caber à Brink’s garantir isso.

Teremos trinta dias para fazer a troca.

Em primeiro de agosto, nenhum cofre, ATM, Tesouraria ou porquinho de criança deverá conter Cruzeiro Real. Só Real.

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Nossa meta é abastecer o Banco do Brasil, no Brasil todo.

Ou seja, o Rio é nosso marco central, o ponto de partida.

A moeda vai sair do Rio diretamente para o Banco do Brasil de todas as capitais. E das capitais para as demais cidades.

O Real sai do Banco Central e também da Casa da Moeda, no Rio de Janeiro.

Para atender a essa demanda, os carros-fortes não servem.

Como vamos fazer?

Caminhões de mudança com escolta. E vamos poder contar com o apoio operacional da Polícia Federal nas estradas e com a Polícia Civil e a Militar no perímetro urbano.

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A gente vai abastecer as agências centrais do Banco do Brasil com os caminhões e os carros-fortes vão fazer a distribuição pras pontas.

Também já estamos fretando aviões pra levar a moeda às capitais mais distantes.

De lá, o sistema vai ser o mesmo. Os caminhões saem do aeroporto com a moeda e entregam nos SERETS* do Banco do Brasil.

A distribuição pras pontas é feita pelos carros-fortes.

E tudo que vai, volta. A gente entrega Real e recolhe Cruzeiro Real.

Aqui é o Carlos, veículo número 112, com destino a Belo Horizonte. Estamos no posto 10 da BR-381, informando que até aqui tudo bem.

Anotado, Carlos! Siga para o próximo ponto e aguardaremos seu contato em exatamente três horas a partir de agora.

Entendido!

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*SERET: Setor de Retaguarda e Tesouraria do Banco do Brasil.


Bora! Temos que fazer contato de novo em três horas! Alguma novidade no rádio?

Tudo no cronograma, chefe.

Pé na estrada!

Tesouraria da Brink’s, São Cristóvão, Rio de Janeiro. Dois dias depois.

Não param de chegar malotes de moeda... A gente precisa de outra solução pra contar tudo. Só “na mão” não vai dar...

E as moedeiras?

MMMM. A gente tem que separar e contar todas essas moedas, de valores diferentes e misturados, e a gente só tem aquele modelo de máquina ali, que reconhece um só tipo de moeda por vez...

Isso. Mas embora ela só conte um tipo por vez, ela reconhece todos os tipos e expurga os tipos que não reconhece...

Só temos aquele modelo ali. E ela só conta de mil em mil e só reconhece um tipo de moeda por vez...

Acabo de ter uma ideia...

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Você acha que vai dar certo?

Não tem erro. É só a gente posicioná-las direitinho!

Duas horas depois. Cascata!

Vou ligar!

Cruzem os dedos! Testando!

Mas... O que é isso?!

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É simples!

Ahn?

A gente configurou cada moedeira pra um tipo de moeda...

E direcionou o tubo de expurgo das moedas que ela não reconhece pra caixa de entrada da moedeira seguinte... ... Quando chega no último nível da cascata, sobra só o que a máquina não conseguiu identificar...

Vocês são... Incríveis! Funcionou? Olha o tanto que a gente já separou e contou em duas horas!

Como esta aqui... Parece que fizeram tiro ao alvo com ela...

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Avisa pra todas as retaguardas que a gente achou um jeito de contar as moedas! Tô mandando as instruções pelo Telex agora!

Desenha essa engenhoca pra mim!

Cascata! Adorei!

10 de julho.

Já fechamos BH e estamos voltando a caminho de Vitória. Como tá ocorrendo a operação?

E depois de Vitória?

A gente sobe pra Salvador e depois volta pro Rio.

O senhor é quem manda.

Eu sei que está puxado... Mas a gente vai conseguir! Falta pouco agora!

Tudo certo, chefe! Sem sinistro até hoje!

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Que bom que você chegou! Mas parece tão cansado! Está tudo bem?

Eu vim só pra tomar um banho, amor... Vou ter que voltar pra base.

Por quê? Algum sinistro?

Não na operação da troca, mas teve, sim, numa operação padrão.

Nossa! Foi grave?

Eles agora estão usando fuzil.

Fuzil? Já não é a primeira vez!

E nem vai ser a última, meu amor...

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28 de julho. Rio de Janeiro.

Espere. Antes de você ir, por curiosidade... O prazo acaba daqui dois dias e...

Tudo conferido! Já carregamos todos os malotes de Cruzeiro Real. Obrigado!

Nem me fale!... Faz vinte e oito dias que estou rodando o Brasil num caminhão de mudanças! E ainda tenho que fazer um “bate e volta” até São Paulo!

Então você tem que me contar! Como é que está sendo nas outras cidades? Aqui, muita gente está insegura... Acha que é conversa do governo... Tem gente até guardando dinheiro no colchão!

Não é só aqui, não. Mas, fique tranquilo, porque a maioria está confiante!

E eu tenho certeza, só de olhar pra ela, que o Brasil do futuro é o Brasil do Real!

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1º de agosto de 1994.

Nem acredito que a gente conseguiu!

É verdade! Uma grande “cascata”!

Separamos, contamos, contabilizamos, processamos, ensacamos e trocamos. Todas as moedas. Em trinta dias. Parece mentira...

HAHAHAHA!!!

Obrigado, Carlos, e bem-vindo de volta!

Tudo certo, chefe. Conseguimos.

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3 de agosto de 1994.

Há um mês e um dia nos reunimos nesta sala pra dar início à operação troca do Cruzeiro Real pelo Real. E eu quero dividir com vocês o resultado e a minha gratidão.

O Real chegou aos confins do Brasil e, com ele, chega uma nova esperança de país para todos nós. Até máquina de contar moeda a gente inventou!

Graças a todos vocês, a operação foi um sucesso absoluto.

E pelo que eu soube hoje, foi a maior operação de troca de moeda já feita no mundo. E nós a fizemos bem aqui, no Brasil!

É por isso que quando eu olho pra esta moeda, eu sinto um orgulho danado de estar aqui com vocês. De estar aqui na Brink’s. De ter feito parte disso.

... E de dizer que, finalmente, depois de um mês...

A gente vai poder dormir uma noite inteira de novo!

fim

31


Quando o arco tocou as cordas do instrumento, senti como se meu espírito houvesse se desprendido de meu corpo e voei.

Os ruídos do mundo e o silêncio dos meus sentimentos mais profundos encheramse, como um coração pulsante, da poesia que emanava daquela pequena peça de madeira ali no palco...

Eu fechei meus olhos e deixei minha alma vagar... Viajar...

Ir-se embora.


O quê...

Ora, ora... E o que temos aqui? Um viajante...

Quem é você? Onde estou?

Eu sou Antonio Stradivari. Esta é minha luteria.

E você? Quem é?

Eu... Bem, eu... Acho que... Desculpe, estou confuso... Acho que dormi... Eu estava num concerto e...


Espere... Você está falando minha língua...

Não se assuste. Nada está errado ou fora de lugar. Eu não falo sua língua, tampouco você fala a minha.

É este lugar aqui...

Nós nos ouvimos e nos entendemos porque não estamos trocando palavras. Estamos trocando melodias...

Melodias?

Melodias.

Elas saem daqui, direto para todo o resto...

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É “Il Cremonese”?

Não. Este aqui será chamado “Lady Blunt”. Será vendido para a neta de Lord Byron em alguns anos...

Aquele ali é “Il Cremonese”. Esse que você está ouvindo agora... O instrumento que te trouxe aqui.

É belíssimo... Não ouso encostar minhas mãos nele...

Ele contará muitas histórias. Viajará por todo o mundo. Atravessará o tempo...

Incitará sonhos e delírios. Como este. Então... Tudo isso aqui é mesmo um delírio. Um sonho...

Mas era tão real e tão bom que por um instante eu achei que teria havido um motivo pra eu estar aqui. Uma razão mais real pra esse acontecimento tão... Espiritual?!

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E há.

O meu sonho de levar ao mundo minha arte conseguiu chegar até você num futuro distante...

Mas a minha arte não teria atravessado o tempo sem sobreviver a ele...

Pense em todas as mãos pelas quais o violino passou... Em todos os lugares que percorreu... E se o tesouro chegou intacto, penso que devemos ao tesoureiro um agradecimento ao menos...

A mágica da música que você está ouvindo e que te trouxe aqui não seria possível se a fonte de sua força não estivesse intactamente preservada...

Agradecimento? Como assim, Antonio?...

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O que você quer dizer com isso? O que quer que eu faça?

Pense comigo: um risco. Uma queda. E este encontro, este mágico e maravilhoso delírio, jamais teria tido lugar.

Quero que você agradeça. Só isso.

Agradeça!

Agradecer? A quem?

Quem? Antonio!!

Grazie! Grazie!

Agradecer?...

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“A alma sensível é como harpa que ressoa com um simples sopro.”

Agradecer a quem?...

Beethoven disse essas palavras, mas eu ainda não havia entendido seu significado realmente. Não até aquela noite.

Saí do teatro com a sensação de me faltar um pedaço. Sentia-me como a criança que chega à escola com a tarefa não feita.

E teria seguido direto para casa, a fim de degustar, na solidão do meu silêncio, aquele concreto vislumbre de insanidade...

Mas uma voz dentro de mim, a mesma que ouvi em meu delírio, ressonou de novo, intensa, como a caixa perfeita do Cremonese, uma última vez...

“Agradeça”, ouvi claramente.

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E tal como a mágica das cordas do violino, eu entendi, finalmente, a quem devia agradecer...

Ei!

Grazie! Grazie!

Obrigado...

Afinal, a missão deles fora cumprida.

E, finalmente, a minha também.

“A música é o verbo do futuro” – Victor Hugo.

fim 39


Quando você trabalha, você ganha o dinheiro. E aí o dinheiro é depositado no banco. É assim que ele vai pra dentro da máquina, entenderam?

Legal essa máquina, né, Sabrina... Você põe o cartão no buraco e o dinheiro sai sozinho.

MMMM... Mas quem põe o dinheiro dentro da máquina?

Deve ser quem guarda o dinheiro, né, Sabrina?

Sozinho não, Severo, só sai se você tiver.

Ali, Sabrina! Aquilo é um carro-forte. São eles que põem o dinheiro nas máquinas. Chama-se “abastecer”.

Tá escrito Brink’s! O que é “Brink’s”?

É o nome da empresa desse carro-forte.

Uau... Carroforte! Que nome legal!

Se você pensar que eles vêm aqui pra colocar o dinheiro que a gente vai usar dentro das máquinas e no final do dia vêm recolher o dinheiro que as pessoas depositam, então o dinheiro não fica no banco...

Mas fica tudo lá, mãe? Todo o dinheiro de todas as máquinas?

... Mas se ele não fica no banco, pra onde ele vai? Onde ele fica guardado?

Sabe que você fez uma pergunta interessante?

Tem que perguntar!

É... Curioso mesmo... Nunca tinha pensado nisso!

Perguntar pra quem?

Ah, pra Brink’s, pro gerente do banco... Mas hoje não dá tempo. Outro dia a gente pergunta. 40


Uma hora depois Ai, Severo... Eu ‘inda tô pensando naquele negócio da máquina de dinheiro, do carro-forte, do “abastecer”... Eu tô pensando no sorvete... Tá boooom!

Mas, Severo, isso é muito importante! Nem sua mãe sabe onde fica o dinheiro!

Severo... Será que o dinheiro fica todo num lugar só? Todo ele?

Deve ser, né?...

Se nem ela sabe, então deve ser porque tá muito bem guardado!

Só se a Brink’s tiver um supercofre! Que nem o do Tio Patinhas!

Severo, o Tio Patinhas não tem um supercofre, tem uma piscina de dinheiro que fica dentro de uma casa que ele construiu, que se chama caixa-forte!

Será que fica todo lá naquela empresa do carro-forte?

Sua cabeça, ó, tá muito ruim!

A Brink’s?

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Então, Sabrina, pra guardar todo o dinheiro, de todas as máquinas, de todos os bancos, a Brink’s teria que ter...


... Uma supercaixa-forte!


Supercaixa-forte?

Rá-rá, Severo! Você pensa cada coisa! Até parece que existe um lugar assim! Só tem no gibi!


... Mas bem que ia ser muuuito legal se existisse... Já pensou? Ia ter que ter muita coisa importante pra tomar conta de tanto dinheiro!

É verdade...

Primeiro de tudo: ia ter um monte de vigilantes! Homens e mulheres! E muitos carros-fortes pra atender todos os clientes com pontualidade!

Muita gente trabalhando pra cuidar muito bem de tudo! Saber onde cada carro-forte está. Em cada minutinho!

Uau...

E o dinheiro ia chegar todo dia nuns sacos do tamanho de sacos de arroz, pra não ficar muito pesado pra carregar. Todos bem fechadinhos!

Isso! E aí, iam despejar tudo direto na piscina de dinheiro! Uau!!! Não. Tem que contar antes, Sabrina... Porque o dinheiro não é da caixa-forte... A caixa-forte só guarda! Então tem que guardar direito!

MMMM...

Ave, Severo! Contar tudo aquilo? Mas é muita coisa, são todos os dinheiros, de todos os tipos e de todos os bancos! Quem ia contar isso tudo?

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Máquinas!


As máquinas iam contar o dinheiro e as pessoas iam conferir se tudo está certo.

Muitas e muitas máquinas!

Separar o dinheiro verdadeiro do dinheiro falso...

Ué... Sim, senhora! Existe jogo pirata, filme pirata, CD pirata... Por que não ia existir dinheiro pirata também?

Dinheiro falso?

E você acha que ia ter só dinheiro guardado nessa supercaixa-forte?

Não! Ia guardar dinheiro e todo tipo de coisas de valor! Até a Copa do Mundo!

Até a Copa?!!

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Até ela! Mas não só isso!

Também teria um monte de gente pensando em tudo que os computadores podem fazer pra melhorar a vida dos clientes.

E um lugar de onde é possível controlar tudo! Todos os carros-fortes, cofres, caixas-eletrônicos! Tudo, tudo! Uma base de comando, como a dos Vingadores ou da Liga da Justiça!

E ia ser a maior do Brasil!

Não, melhor ainda! Ia ser a maior base de comando do mundo! Isso sim!


É, Severo, foi muito legal imaginar tudo Mas no final isso... de tudo, a verdade é que a gente não sabe onde todo o dinheiro dos bancos fica guardado.. E com certeza tudo isso aí que você falou não existe em lugar nenhum!

Bom... Se não existe, eu vou inventar! Mas, se existir, deve ser a Brink’s! E eu quero muito conhecer!

A Brink’s? E de onde saiu isso? Conhecer o quê?! Ah, mãe... A gente tava aqui falando... Imaginando umas coisas!

A Brink’s!

Ele acha que a Brink’s guarda todos os dinheiros, tesouros e até a Copa do Mundo! Pode isso, tia?

Claro, Severo... Todo dinheiro, tesouros e a Copa do Mundo! Só você mesmo pra pensar essas coisas...

47


Em 25 de junho de 2008, a Brink’s inaugurou sua base de São Paulo, a maior base Brink’s do mundo.

Sua construção foi um importante marco na evolução das operações da Brink’s na guarda segura de valores.

Muita gente grande, contudo, ainda acha que só os bancos guardam dinheiro!

Também, com uma fortaleza desse tamanho, dá até pra pensar que é coisa de criança ou que só existe no gibi!

48


Ah! E antes que a gente se esqueça: a Brink’s tem, sim, a guarda segura da Copa do Mundo! Desde 1998!

fim


Uma empresa, cuja maior tradição é inovar, não se faz sem pessoas capazes de recomeçar.

Inovar tem muitos sentidos. Renovar, restaurar, fazer algo como não era feito antes...

Precisamos conversar.

Eu sei bem o que é isso.

Aos quarenta anos de idade, a vida me trouxe um desafio que eu pensei ser intransponível.

Eu tinha três formas de encarar aquela situação: como um castigo, um infortúnio ou uma oportunidade.

Eu decidi pela oportunidade.

Mas, para me reerguer, me restaurar e fazer tudo diferente, eu precisava de um lugar que compartilhasse comigo essa mentalidade. Precisava de um parceiro nesse objetivo.

50


Se naquela época eu imaginava que, para se ter sucesso, era preciso responsabilidade, foco e confiança, hoje, eu posso afirmar que cada um desses atributos são indispensáveis e não se separam.

O treinamento dura uma semana. Se for aprovada, está dentro. São cinco vagas. Boa sorte.

Pensando assim, se a empresa que te acolhe não tiver essa filosofia, como ela poderá reconhecer, em você, um elemento indispensável para o sucesso da inovação? Como poderá ver em você uma parte de si mesma?

Mais do que isso, esses não são apenas atributos individuais, mas qualidades que devem fazer parte de uma filosofia coletiva.

É por isso que todos os dias eu me lembro, com muito carinho e gratidão, do dia em que comecei aqui, em agosto de 2000.

Minha história seria como a história de muitas mulheres a quem é dada uma oportunidade, exceto por um “pequeno” detalhe: o que eu queria, quando cheguei na Brink’s, a Brink’s não podia me dar.

E eu fui.

Parabéns. Você foi aprovada.

Eu não queria apenas um emprego. Não queria apenas estabilidade. Não queria somente a comodidade do salário e dos benefícios. Eu queria mais. Eu queria fazer diferença. Eu queria ser um agente de mudança.

51


Desde sempre, a empresa tivera em seu quadro funcional muitas mulheres. Da portaria às mais altas atribuições executivas, nós, as mulheres, estávamos presentes.

A Brink’s abriu suas portas para o meu sonho e, sem saber, abriu também o caminho para fazer história mais uma vez.

Mas não dentro de um carro-forte.

Chefe, estou aqui há oito anos. Estou pronta.

Você aguenta o treinamento?

E eu queria mudar aquilo!

É o meu sonho. Se eu não aguentar, vamos descobrir juntos!

Fechado. Mostre-me do que você é capaz.

Vou mostrar.

52


Lado a lado, braço a braço e de igual para igual com todos os vigilantes da empresa, estava eu. Uma mulher. Por esse novo caminho aberto, muitas mulheres passaram.

A Brink’s, sem medo de quebrar esse paradigma, abriu uma porta que jamais seria fechada, pois, ao criar essa função para mulheres, depois da Brink’s, muitas outras empresas aderiram.

... Em 1º de setembro de 2008, pela primeira vez na história das empresas de transporte de valores, uma mulher assumia a função de vigilante de carro-forte.

Temos os mesmos direitos, as mesmas oportunidades e, não duvide, a mesma força de presença necessária.

Somos as Mulheres Brink’s!

Não há valor maior do que o valor que você dá a si mesmo, nem maior alegria do que ter esse valor reconhecido.

E esse valor é um tesouro que a Brink’s guarda na caixa-forte de sua filosofia.

fim 53


Essa virada de página foi mesmo mágica!

Ora, Ora, leitor...

Que bom te ver aí do outro lado! Está se divertindo?

Eu estou.

Mas acho que você não me trouxe do futuro até aqui pra jogar conversa fora...

Ah, sim, não se engane. Eu vim do futuro.

E agora você está comigo dentro dele.

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Como isso é possível? Muito simples: cada momento seguinte é o futuro. Cada instante, minuto... Cada novo sopro de vida inalado.

O futuro é qualquer ponto no tempo que ainda não passou, mas que está bem aí diante de você, ao seu alcance: agora.

Então, que tal falarmos de Não um futuro futuro? qualquer, mas este que está em suas mãos, bem aqui, nas páginas deste livro!

Já sei. Você está pensando: “Isso aqui é um livro de história. E a história é passado, não futuro”, certo?

Não exatamente...

Quando você imagina 50 anos dedicados, diariamente, a pensar e fazer o futuro, então estamos sempre falando do futuro. Estamos sempre vivendo o futuro.

Quer ver?

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A Física nos ensina que uma mesma coisa não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo.

Errado.

Se você precisa guardar o dinheiro, terá que decidir entre guardá-lo no seu cofre ou no seu banco. Afinal, não é possível que o mesmo dinheiro esteja no cofre e no banco ao mesmo tempo! Certo?

Tente pensar nisso em termos de cofre.

Pensando o futuro, a Brink’s criou uma forma em que é possível que o dinheiro esteja no cofre e no banco ao mesmo tempo.

Mais ainda: você pode ver isso por meio de seu celular!

Uma ideia bem futurista, não?

A mesma coisa em dois lugares ao mesmo tempo.

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O ponto é perceber que o futuro é transcendência.

Logo, pensar o futuro é transcender ideias e transcender conceitos.

É descobrir muitas outras coisas a partir de uma coisa só. Ver além e realizar.

A Brink’s vem fazendo isso no Brasil há cinquenta anos.

E eu vou te mostrar como.


Não se preocupe. Estamos acostumados.

Mas você já se perguntou o que a Brink’s vê quando olha para você?

Quando você olha para a Brink’s, esta é a imagem que logo vem à sua mente: carros-fortes.

Todo o nosso tempo é dividido entre atender às operações diárias e desenvolver novas soluções para o cliente.

E criar está no coração, no centro de nossas atividades.

Ao longo do tempo, transcendemos o conceito que um dia nos definiu porque, quando olhamos para nós mesmos, nós vemos você e, quando olhamos para você, nós vemos...

... O futuro!

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Cofres inteligentes.

Gestão integrada de segurança.

Logística internacional.

Logística de valores.

Gestão total de caixas eletrônicos.

Soluções em pagamentos eletrônicos.

Não são produtos.

São anos de intensa pesquisa, parceria com clientes e compromisso de nossos colaboradores.


A Copa do Mundo no Brasil ganhou o apelido de “Copa das Copas”. Foi, sem dúvida, uma dos eventos esportivos mais bem-sucedidos já realizados em nosso país.

E a Brink’s gravou seu nome nessa história, garantindo que os ingressos chegassem em segurança aos clientes.

Em cada estádio, estande e quiosque estavam nossas soluções.

Foi uma operação que integrou, num só contrato, tudo o que a Brink’s tem a oferecer.

Já imaginou?

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E se você pensava que essa foi a única vez que a Brink’s integrou soluções dessa forma, não se engane...

Nós também estávamos na Jornada Mundial da Juventude, em 2013, garantindo a segurança do papa e dos jovens!

E nesses primeiros quinze anos de século XXI não fizemos ficção científica. Encaramos o futuro como uma realidade do negócio e investimos pesado.

Fizemos importantes aquisições, que integraram 3.500 novos funcionários aos nossos recursos humanos.

Criamos o “Discovery Process”: um conjunto de soluções inteligentes, feito sob medida para cada cliente.

Expandimos nossas operações para a indústria e, hoje, por exemplo, o transporte de eletrônicos e de importantes insumos farmacêuticos é feito em carretas que são verdadeiras caixas-fortes.

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E nós não inovamos apenas para nossos clientes.

O valor mais precioso da Brink’s é nossa força de trabalho.

Queremos colaboradores comprometidos com o espírito da empresa e com sua história. Daí nasceu a Brink’s University. Um centro de formação completo, que integra todas as nossas áreas.

Trata-se de um conceito, um modelo de formação de colaboradores.

Dessa forma, cada indivíduo tem plena consciência da importância de seu trabalho em toda a extensão de nossa cadeia produtiva. Isso faz toda a diferença para nós e para nossos clientes.

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E nossa caixa-forte é mais forte! Criamos uma metodologia de processamento de numerário que se tornou referência.

Tudo o que você vê nesta sala, das cores das paredes e dos uniformes de nosso pessoal à disposição das mesas, foi meticulosamente pensado.

Da entrega dos malotes nas docas à entrada dos valores aqui na sala de processamento, cada minuto contado é preciosamente investido, porque tempo é um valor inestimável para nós.

O segredo? Padrão, método, linha de produção.

Com o modelo que criamos, otimizamos o tempo, eliminamos as redundâncias do processo e garantimos maior e melhor produtividade de nossos colaboradores. E o que está aqui, está em cada caixa-forte da Brink’s. É o nosso padrão.

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Bancos, mineradoras, comércio, indústria, grandes eventos.

De carros-fortes à inteligência de segurança.

Da formação de nossos colaboradores às mais modernas metodologias de administração e desenvolvimento de soluções.

Essa é a Brink’s que somos e a Brink’s que queremos que você veja.

E nós não vamos parar, porque sabemos que você também não para.

Então, avance conosco mais uma página.

Escreva conosco mais uma história.

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Guardamos o melhor para o final. Comeรงa bem aqui.

Exatamente onde estamos.

No futuro.

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O voo tá no horário, né?

Maravilha. No horário.

A Carga tá no voo, né?

Tá ansioso pra ver?

Que pergunta, chefe...

Maravilha.

Claro! Todo mundo tá!

E vai sair daqui direto pra cerimônia! Muito chique!

Que foi?

O quadro do Perry Brink tá torto!

Logo o do fundador?

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Tรก bom agora?

E agora?

Chefe! A carga pousou!

Tรก torto ainda. Ajeita, que quadro torto dรก azar!

Opa! Vamos lรก!

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Chicago, 1873.

Ficou mesmo, Arthur.

Isso! Agora está ótimo!

Pai... O que foi? Ficou muito bonito, pai!

De repente, eu me lembrei de quando comprei a fazenda de seu tio...

Você era muito pequeno... Mas foi por isso que viemos para Chicago. Naquela fazenda, em pouco tempo, perdemos tudo. Você tinha só dois anos.

Foi o pior negócio que eu fiz na vida!

Você nunca me contou isso...

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Tudo o que me sobrou foi um bom cavalo e uma carruagem...


Mas nem por um instante sequer eu achei que fosse o fim.

E o segredo estava bem ali.

E o que você fez?

Bem... A caminho daqui eu percebi quanta gente também chegava... Esse lugar já era o coração da América!

As pessoas vão e vêm, Arthur. E suas coisas vão e vêm com elas.

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Quando cheguei aqui com sua mãe, praticamente sem nada, entendi o quanto o pouco que eu tinha era valioso para mim.

Você foi o primeiro?

E pensei comigo: “Eu só tenho esse cavalo e essa carroça! O que dá pra fazer com isso?”.

Não exatamente. Havia outras carruagens fazendo isso. Indo pra lá e pra cá... Levando e trazendo coisas.

Mas só eu transformei isso num negócio.

Lembro-me como se fosse hoje. Pintei, eu mesmo, a carruagem: Brink’s Express!

É... As coisas iam muito bem, até o grande incêndio...

E me lembro até da minha primeira entrega: uma carga de tapetes!

As pessoas ainda falam disso.

Tapetes?

Bem, tapetes são muito valiosos para os tapeceiros! 70


E devem falar mesmo. Chicago foi consumida pelo fogo durante três dias.

Tivemos que reconstruir tudo, absolutamente tudo! Do nada. Das cinzas!

Mas nós não tínhamos escolha. Não podíamos ficar lamentando a tragédia pra sempre. Tínhamos que nos reerguer, cada um de nós... Recomeçar, sem medo.

Eu me lembro daquela noite... Nós saímos enfrentando o fogo no depósito da Randolph Street, tirando de dentro o que conseguíamos, tentando salvar o que dava... Queimava tão rápido...

Não salvamos tudo, mas o que salvamos era um... um...

Tesouro?

Sim. Um tesouro. Exatamente.

Depois daquela experiência terrível e transformadora, eu entendi muitas coisas.

A cidade foi reconstruída por nós, pelos mesmos homens e mulheres que perderam tudo! E, veja, dois anos depois, aqui estamos, mais fortes do que nunca! Sólidos como uma rocha!

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Sabe, Arthur, eu tenho que te preparar para o futuro. E o futuro pode ser daqui cinco minutos. Pode acender, de repente, na sua frente, como a fagulha que acendeu aquele incêndio... Então, guarde minhas palavras e lembre-se sempre delas.


Não importa o que seja, se está sob nossa guarda segura, é um tesouro. Não importa para onde tem que ir, se está sob nossa guarda segura, tem que chegar.

Minha carga?

Essa é a sua missão. É a sua carga.

Sim. A carga. E estou passando a você a guarda segura dessa carga. Agora.

Eu não vou estar aqui para sempre. Nem você, Arthur. Mas a carga estará aqui. A Brink’s. Ela é maior do que o tempo.

A Brink’s estará aqui.

Sim, Arthur.

A Brink’s é...

A carga...

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Agora sim!

TĂ´ voltando!

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Campinas, São Paulo. Aeroporto de Viracopos. Base de operações da Brink’s, inaugurada em abril de 2016.

A construção da base de Viracopos é o maior marco comemorativo dos 50 anos da Brink’s no Brasil.


É a primeira base Brink’s construída num terminal de cargas na América Latina. Sua inauguração nos lança em um novo modelo de desenvolvimento de negócios e relacionamento com nossos clientes, parceiros e colaboradores.


O que tem valor, tem Brink’s. O compromisso permanece.​

Um compromisso firmado, no Brasil, hĂĄ 50 anos, que se renova, como o futuro, todos os dias.

fim




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