SPRAYTEC MAGAZINE 14 BR

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Editorial

Aproveitando a jornada

O que é uma empresa? Uma empresa é uma organização formada por pessoas que trabalham juntas para produzir bens ou serviços que satisfaçam as necessidades dos consumidores, dizem os entendidos, e eu acrescentaria que também é “um projeto que, no caso da Spraytec, se baseia em aproveitar a jornada, não em chegar a um fim”. Então, com o que nos preocupamos? Com o projeto pessoal de cada pessoa. Queremos o sucesso profissional de cada membro da empresa”.

Como eu disse na entrevista que Juan Carlos Grasa fez comigo para esta edição, afirmo que, quando pensamos no crescimento pessoal, profissional e econômico de cada membro da Spraytec, conseguimos um ambiente de trabalho diferente, então a empresa se torna um grupo de pessoas com o mesmo objetivo. Se essas pessoas são bem-sucedidas, a empresa é, consequentemente, bem-sucedida; e se essas pessoas são alegres, elas transmitem a mesma alegria e otimismo aos nossos clientes e amigos.

Isso é o que todos nós da família Spraytec alcançamos, e estou feliz com isso!

Nesta edição, também conheceremos Soriano, no Uruguai, um lugar muito bonito no interior deste planeta.

O identikit nos permite saber mais sobre Marcela Checco, gerente de Marketing de Campo no Brasil.

Fabián Beranek, sócio fundador da Zona Rural SRL, nos conta sobre o crescimento de sua empresa familiar em 15 anos, destacando o foco na qualidade do produto e na importância de relacionamentos sólidos e valores compartilhados com parceiros comerciais, especialmente com a Spraytec.

Conversamos com Dan Luepkes, um fazendeiro de Illinois que nos contou sobre as culturas que cultiva e a tecnologia que usa em seu campo, além de detalhar seus dias na Argentina.

Facundo Menta desenvolve um tema polêmico: o uso de drones na agricultura digital. “Estar ciente desde o minuto zero das variáveis a serem gerenciadas, para poder aproximar o ingrediente ativo do alvo da aplicação, parece ser a chave para o acesso”, afirma.

Atualmente, na agricultura, as decisões são tomadas em tempo real, com dados precisos, otimizando recursos e maximizando a produção. Mas será que estamos preparados para nos adaptar a essa nova era? Como os agrônomos podem não apenas acompanharem os tempos, mas também liderarem essa mudança? Este tópico foi desenvolvido por Mariano Larrazabal.

Espero que supere as expectativas!

Até a próxima!

Editorial

Aproveitando a jornada

Por: Diego Parodi

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Kit de Identidade

Marcela Checco

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Distribuidores

Fabian Beranek: “Nos sentimos muito identificados com a Spraytec”

Por: Juan Carlos Grasa

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Entrevista com Dan Luepkes

“A FULLTEC oferece tudo em um único produto”

Por: Juan Alaise

Produção geral: edições Horizonte A

Raízes Territoriais

Soriano, Uruguai

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Entrevista com Diego Parodi

“Acho que é muito importante melhorar o ecossistema agro”

Por: Juan Carlos Grasa

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Relatório

Drones, aceitamos o desafio?

Por: Facundo Menta

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Relatório

Transformação digital para agrônomos: adaptar-se ou ficar para trás

Por: Mariano Larrazabal

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Instantâneos

Kit de identidade

1. Profissão e cargo na empresa?

Gerente de Marketing de Campo

2. O que você não compartilharia com ninguém?

Não compartilho meu planos antes deles darem certo, sou bem supersticiosa em relação a isso.

3. Como você imagina sua vida daqui a 10 anos?

Daqui a 10 anos, me vejo mais próxima do meu objetivo de ser uma referência técnica na área de nutrição e fisiologia de plantas. Sei que o caminho é longo, mas estou feliz por estar trilhando ele ao lado de profissionais incríveis, de quem aprendo todos os dias.

4. Qual o melhor motivo para sorrir?

Minha Familia

5. Uma referência de vida?

Meus pais são minha principal referência de vida. Eles começaram do zero, foram pais muito jovens e, mesmo com todos os desafios, sempre fizeram tudo de forma justa, honesta e com muito empenho. São exemplos de força, coragem e dedicação. Me inspiram diariamente pela forma

MARCELA KIT DE IDENTIDADE

como criaram a mim e minhas irmãs, sempre priorizando valores, amor e esforço.

6. Se você fosse um animal, o que seria?

Eu seria com certeza um cavalo, para mim é um animal que é exemplo de força e resistencia.

7. Um orgulho brasileiro?

Nossa agricultura carrega a força de um povo que, mesmo enfrentando desafios constantes, não desiste de cultivar, cuidar e alimentar o mundo com dignidade

8. Se você tivesse que jantar com alguém famoso, quem você escolheria?

Gostaria de jantar com Clint Eastwood. Sou apaixonada pelos filmes de velho oeste e ele é simplesmente um ícone desse estilo. Seria incrível ouvir as histórias por trás das câmeras, entender como ele construiu personagens tão incriveis.

9. Se você pudesse viajar no tempo, quem gostaria de conhecer?

Gostaria de conhecer o ex ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, ele gerou uma transformação incrivel na agricultura brasileira e colaborou para tornar o Brasil a potencia que é hoje.

10. Algo que todos deve-

riam ter?

Um bom par de botas, para poderem caminhar em qualquer terreno (seja no campo, na vida ou nos desafíos profissionais).

11. Dos lugares que você conhece, para qual você voltaria?

Eu fiquei apaixonada pelo Novo México, tive uma experiencia incrivel e gostaria de um día poder voltar para lá e logo logo espero poder fazer a rota 66 completa.

12. Marcela Checco?

Sou uma pessoa movida por conexões verdadeiras com ideias, com as pessoas ao meu redor e com a natureza. Acredito na força da comunicação e levo comigo os valores que aprendi em casa: agir com força, honra e respeito

13. Se você tivesse que montar uma expedição a uma ilha deserta com colegas da Spraytec, quem você levaria sabendo que passariam por situações extremas?

Adorei essa pregunta!! - Para carregar coisas?

Para ser sincera não consegui pensar em ninguém, iamos ter que ver quem está mais em forma na hora hahaha.

- Fazer comida?

MARCELA CHECCO

A regional de Minas Gerais toda, pensa num povo que cozinha bem demais é o mineiro, e a equipe é super empenhada, tenho certeza que eles iam fazer milagre com os suprimentos que tivessemos e ainda ia ficar muito bom.

- Para gerenciar suprimentos?

O Lauro (Lauro Ala – Gerente da Regional Goias), o Lauro é muito organizado e eu tenho certeza que iamos conseguir voltar para casa ainda com um restinho guardado hahahaha.

- Para trazer calma em momentos difíceis?

Com certeza o Gustavo (Coordenador de PeD) ele é a pessoa mais calma e equilibrada que eu conheço, quando o mundo está caindo ele sempre tem uma otima solução sem se estressar.

- Para coordenar o grupo?

O Dr. Emerson tem desempenhado um papel importante na coordenação das equipes, e em um cenário extremo, teríamos uma base sólida para garantir a continuidade desse trabalho

- Para garantir um regresso seguro a casa?

Dr Júlio Flagiaria com certeza, o Doctor sempre resolve qualquer problema (mesmo que pareça que não tem solução), iríamos chegar de volta ao BR sem problemas.

DISTRIBUIDORES

“Nos sentimos muito identificados com a Spraytec”

Fabián Beranek, sócio fundador da Zona Rural SRL, conta o crescimento de sua empresa familiar em 15 anos, destacando o foco na qualidade do produto e a importância de relacionamentos sólidos e valores compartilhados com parceiros comerciais, especialmente a Spraytec.

Por: Juan Carlos Grasa - diretor da Horizonte A.

Fabián, fale-nos sobre sua empresa.

Meu nome é Fabián Beranek, sócio fundador da Zona Rural SRL, uma empresa que comemora seu 15º aniversário este ano. É uma empresa familiar, criada em junho de 2011. Até hoje, conseguimos evoluir no mercado de vendas de agroinsumos, onde comecei sozinho, e atualmente temos uma estrutura de aproximadamente 50 pessoas.

Qual é a principal atividade?

A compra e venda de insumos, agroquímicos, sementes e fertilizantes. Também fazemos serviços agrícolas, fretes e algumas atividades agrícolas e pecuárias na região.

Sempre trabalhamos com empresas e buscamos diferentes tipos de parcerias, até que, há 7 ou 8 anos, começamos a estabelecer fortes vínculos, principalmente com a Syngenta.

Como a Spraytec entrou em sua vida?

Com a Spraytec, temos uma situação muito característica, porque Ricardo Martini e Pablo

Trolliet nos visitaram muitas vezes para abrir a conta, mas, depois de trabalhar por tantos anos com uma empresa específica, é muito difícil mudar e apostar em uma nova. Até que um dia, há cerca de cinco anos, decidimos experimentar seus produtos.

Depois de pouco tempo, a Spraytec nos fez participar de treinamentos, eventos, viagens e pudemos conhecer as pessoas que fazem parte da empresa, e foi aí que a coisa se encaixou em nossas cabeças.

E por que esse encaixe?

A verdade é que nos sentimos muito identificados com a empresa, principalmente do ponto de vista humano, pela forma como eles se aproximam de nós, principalmente os responsáveis pela gestão da empresa, tanto o Pablo Lafuente quanto o Diego Parodi. Quando os conheci pessoalmente, não pude acreditar na humildade e na forma como eles transmitem as coisas, sem segurar nada e resolvendo problemas diariamente. Estou falando de dois deles, mas toda a empresa é assim, pois todos foram impecáveis conosco.

Como foi a recepção dos produtores?

Quando começamos a ver que os produtos funcionavam muito bem e que tínhamos o apoio de pessoas que possuíam os mesmos valores da nossa empresa familiar, isso foi realmente muito motivador. Em 2024-2025, fechamos quase 50 mil litros de produto, e isso para nós é um desafio muito bom e um objetivo praticamente cumprido no curto prazo.

Qual seria o aspecto mais marcante do relacionamento SpraytecZona Rural SRL?

Acho que temos muitas coisas para continuar crescendo juntos como empresa, mas gostaríamos de destacar a cordialidade, a solução de problemas e a simplicidade das pessoas que dirigem a Spraytec, que fazem com que você se sinta parte desse negócio, deixando de lado muitas diferenças que sempre existem no setor comercial.

Como é possível crescer de alguns litros para 50.000 litros? Do que isso depende?

O lema de nossa empresa é “paixão, tempo e objetivos claros”. Quando você se dedica com

“A distribuição de agroquímicos e fertilizantes é realmente uma área muito profissionalizada na Argentina”.

afinco, profissionalismo, objetivos claros e comprometimento, o resultado vem.

Muitas vezes, a falta de comprometimento faz com que a pessoa sinta a tentação de cair na armadilha do preço, que é a coisa mais perturbadora no mercado e em qualquer objetivo comercial de longo prazo. Mas quando você tem pessoas que o acompanham, uma linha de produtos que o apoia e um trabalho conjunto com as empresas e o produtor, sendo cuidadoso e pensando no longo prazo, acredito que, se houver paixão e tempo, o resultado vem por si só.

Quando você fala em não cair na tentação do preço, isso é dar valor ao produto e não baixar o preço como estratégia de vendas?

Totalmente, acho que temos que revalorizar o setor e nós, distribuidores, também somos os principais responsáveis por isso, porque estamos minimizando todas as informações que fornecemos aos produtores como regra geral e, talvez, buscando uma rentabilidade mínima dos produtos, não valorizamos as informações e o profissionalismo que dedicamos.

É uma tarefa que exige profissionalismo.

Sim, a distribuição de agroquímicos e fertilizantes é realmente uma área muito profissionalizada na Argentina e temos que resgatar esse trabalho conjunto. Os produtores valorizam esse serviço, essa sinceridade e o apoio que oferecemos.

Como o trabalho é de longo prazo, essas relações são as que acabam fidelizando e fazendo o negócio crescer.

Fabián, muito obrigado!

Entrevista com Dan Luepkes

“A FULLTEC oferece tudo em um único produto”

Durante a Expoagro 2025, no grande estande da Spraytec, tivemos a oportunidade de conversar com Dan Luepkes, um agricultor que veio diretamente de Illinois com a Spraytec. Dan nos contou sobre as culturas que cultiva e a tecnologia que usa em seu campo, além de detalhar seus dias na Argentina.

Por: Juan Alaise - Lic. en Comunicación Social

Qual é o seu nome e de onde você é?

Dan Luepkes, Illinois, EUA. Estado de Illinois, Estados Unidos.

Que culturas você cultiva?

Milho, soja e trigo. Também um pouco de alfafa para gado e aveia.

Que tipo de tecnologia você usa em seu campo?

Usamos várias tecnologias diferentes. Temos RTK em nossos equipamentos e, é claro, GPS.

O equipamento de pulverização e irrigação usa todas as tecnologias disponíveis atualmente. Temos uma grande variedade de ferramentas tecnológicas.

Quais produtos da

Spraytec vocês adotaram em sua abordagem de produção?

Usamos Fulltec em tudo, praticamente em todos os hectares e em quase todas as aplicações.

Também usamos alguns produtos de micronutrientes, como o Impulse, para soja e milho, o Cube e outros micronutrientes.

Que diferenças você vê entre a agricultura na Argentina e nos Estados Unidos?

Na verdade, há menos diferenças do que eu esperava. Vejo mais produção de soja do que de milho, ou pelo menos essa é a impressão que tenho dos lugares que visitamos.

Uma coisa que notei é que, em nossa região, estamos acostu-

mados a ver muitas instalações agrícolas com silos, armazéns e galpões de equipamentos. Não vimos muito disso em nossa visita aqui, mas vimos gado nessa região, o que nos agradou.

A paisagem em geral é bem parecida com a nossa. É muito interessante.

Que potencial você vê nos produtos da Spraytec em comparação com outros?

Bem, especialmente o Fulltec, que é um produto multifuncional e, por seu custo, é muito vantajoso.

Quando se soma o custo de surfactantes, redutores de deriva e reguladores de pH, o Fulltec oferece tudo em um único produto.

Além disso, ele é fácil de usar e requer baixas taxas de aplicação. Isso é muito prático para o agricultor, especialmente

“Quando você soma o custo de surfactantes, redutores de deriva e reguladores de pH, a Fulltec oferece tudo em um único produto.”

quando estamos misturando vários produtos. Isso nos poupa etapas e componentes.

E a última pergunta, como tem sido sua experiência nessa viagem à Argentina?

Estamos nos divertindo muito. A Spraytec nos alimentou muito bem, com muita carne, churrascos... sabe como é! Gostamos da carne e de seus vinhos, então está perfeito.

Tem sido uma viagem muito boa. As pessoas são muito simpáticas.

Estamos curtindo a feira hoje e vendo as diferentes tecnologias que são apresentadas em seu país. Uma coisa que notei é que muitos tratores aqui não precisam de DEF.

Nós, nos EUA, temos de lidar com um sistema de controle de emissões chamado DEF. Os tratores daqui não precisam dele e eu gostaria que também não precisássemos usá-lo, pois é um verdadeiro incômodo e também nos custa muito dinheiro!

Obrigado, Dan!

RAÍZES TERRITORIAIS

SORIANO

O departamento de Soriano fica no coração da costa oeste do Uruguai e se distingue não apenas por sua paisagem e recursos naturais, mas também por seu papel transcendental na história do país. Com fronteiras marcadas por dois dos rios mais importantes do Uruguai – o Rio Negro ao norte e o Rio Uruguai a oeste – esse território testemunhou os vestígios de antigas tribos indígenas, a fundação de assentamentos coloniais e o desenvolvimento de episódios decisivos no processo de independência.

Origens

Desde tempos imemoriais, as terras que hoje compõem Soriano foram habitadas por várias tribos indígenas. Achados arqueológicos, como vestígios e utensílios antigos, atestam a presença de aborígenes em um território fértil e estratégico na confluência de importantes cursos de água. Essas comunidades, incluindo os Chanáes e Charrúas, deixaram uma marca indelével na paisagem e na cultura, simbolizada no cocar com cinco penas que adorna o brasão do departamento e faz alusão às tribos originais e seus costumes ancestrais.

Fundação colonial

O primeiro assentamento europeu na área foi no coração da redução de Santo Domingo Soriano, fundada em 1624 na margem esquerda do Rio Negro. Essa cidade, popularmente conhecida como Villa Soriano, é considerada o assentamento mais antigo do Uruguai, pois foi fundada no meio do período de colonização espanhola. Além disso, o “Puerto de las Naos”

(Porto dos Navios), estabelecido por Gaboto em 1527 na foz do Rio San Salvador, reforça a ideia de que essa região foi o primeiro contato dos europeus com essas terras, abrindo as portas para processos posteriores de colonização e exploração de recursos naturais.

Superfície

Soriano abrange um território de 9.008 km², representando 5,9% do Uruguai

Geografia e hidrografia: rios e recursos que forjaram o território

Soriano se caracteriza por sua localização geográfica privilegiada no extremo sudoeste do país. Com uma área de aproximadamente 9.008 km², o departamento faz fronteira ao norte com o rio Negro, ao sul com Colônia, a leste com Flores e a oeste com as majestosas margens do rio Uruguai, que o separa da República Argentina. Essa rede hidrográfica, composta por grandes rios e numerosos córregos, criou uma terra altamente fértil,

essencial para o desenvolvimento agrícola e florestal.

A presença do rio Negro, cujo curso não apenas embeleza a paisagem, mas que historicamente serviu como rota de navegação e conexão entre diferentes localidades, é fundamental para a economia do departamento. Por sua vez, o rio Uruguai, com suas águas geradoras de energia hidrelétrica, é um recurso estratégico em termos de recursos naturais e meio ambiente. A união desses cursos de água permitiu a implementação de represas e projetos de desenvolvimento hídrico que apoiam a produção agrícola e industrial, tornando Soriano um coração produtivo do país.

Mercedes

Mercedes, a capital e cidade mais populosa do departamento, é um caso interessante de história e modernidade. Fundada em 1788 pelo presbítero Manuel Antonio de Castro y Careaga com o nome de Capilla Nueva de las Mercedes, a cidade foi declarada capital do departamen-

to em 1857, substituindo Villa Soriano. Localizada na margem esquerda do Rio Negro e no cruzamento de importantes rotas nacionais, como a 2, a 14 e a 21, Mercedes não apenas desempenha um papel estratégico na conectividade regional, mas também se destaca por seu rico patrimônio cultural e arquitetônico.

Entre suas atrações turísticas está o emblemático calçadão costeiro, que margeia o Rio Negro e oferece vistas panorâmicas únicas, espaços recreativos e uma ampla variedade de atividades ao ar livre. Além disso, o Castelo de Mauá, a poucos quilômetros da cidade, é um dos vestígios históricos mais valiosos; essa construção de estilo imponente data de meados do século XIX e foi adquirida pelo Barão de Mauá, cujas iniciativas empresariais deixaram uma marca indelével na região. Hoje, parte de suas instalações abriga o Museu Paleontológico Alejandro Berro e uma galeria de arte, contribuindo para a vida cultural de Mercedes.

A cidade também se destaca nos esportes e na cultura, sediando festivais e eventos que celebram tanto o folclore quanto a modernidade da nação. A confluência de seu patrimônio histórico, a atmosfera de seu centro e a diversidade da oferta turística fazem de Mercedes um destino indispensável, tanto para os visitantes quanto para os habitantes do território.

Além de Mercedes e do próprio Castelo Mauá, Soriano oferece inúmeras atrações turísticas que convidam ao deleite do visitante. Villa Soriano, por exemplo, preserva sua essência histórica como o primeiro povoado fundado em território uruguaio, com

ruas que respiram tradição e lugares emblemáticos, como sua capela colonial e o cais histórico. O turismo no departamento é enriquecido pela beleza natural das margens de seus rios, seus espaços naturais e a hospitalidade de seu povo.

Personalidades de destaque

Há figuras de destaque ligadas à cultura e às artes. Por exemplo, o renomado artista Pedro Blanes Viale, cujo trabalho transcendeu os níveis nacional e internacional, é um expoente da criatividade mercedária, que contribuiu significativamente para a paisagem artística do país. Da mesma forma, o pintor Carlos Federico Sáez, cuja obra também reflete a

identidade e a sensibilidade dos sorianenses, é lembrado como um dos grandes mestres da arte uruguaia. A influência desses e de outros artistas não apenas enriquece o patrimônio cultural, mas também reforça a identidade de um território profundamente ligado à criação e ao desenvolvimento artístico.

Agricultura

A agricultura é um importante pilar da economia uruguaia. Estamos no departamento de Soriano, que tem um forte histórico agrícola no qual a pecuária está associada à maioria das propriedades agrícolas. Isso determina a formação de sistemas agropecuários, nos quais são produzidos trigo, cevada, colza, soja, milho, girassol, sorgo, sementes forrageiras, gado de corte e leite.

As Cooperativas Agrícolas Federadas (CAF) têm uma forte participação na agricultura: entre 15 e 25% da produção de soja, trigo, cevada, além de uma importante participação na produção e comercialização de girassol e milho.

Clima

Com um clima quente e úmido (17,5 °C e uma média anual de 1.050 mm), as chuvas são canalizadas por uma densa rede de drenagem que deságua nos rios Negro e San Salvador, o que, juntamente com um dos mais altos índices CONEAT do país, com solos de mais de 40 cm de Horizonte A, permite manter uma das melhores produções agrícolas e pecuárias

de todo o Uruguai.

Diferentes práticas sustentáveis com o solo e a aplicação de tecnologias de ponta possibilitam a obtenção de colheitas e rendimentos da mais alta qualidade no Uruguai. Predominam as culturas de trigo, soja, cevada, girassol, milho e sorgo.

A área explorada para a agricultura tem 50.000 hectares sob rotação e 46,9% da área semeada de soja do país.

Possui uma criação e engorda de gado de destaque, com os melhores ovinos Corriedale-Merilin do país.

Na apicultura, possui mais de 40% da produção nacional de mel.

Expoactiva

A Expoactiva Nacional é “a maior exposição do setor

agrícola do país”, de acordo com o presidente da Associação Rural de Soriano (ARS), Arturo Wilson. Em 2025, a exposição reuniu mais de 300 empresas e 700 marcas no terreno de 93 hectares localizado em Bizcocho, na Rota 2, no quilômetro 252. Este ano, o foco foi a educação, a tecnologia e a expansão do mercado como pilares fundamentais para o desenvolvimento do setor.

Em resumo

Soriano é um território de contrastes harmoniosos, onde as raízes indígenas, o legado colonial e a força da independência convergem para contar uma história única e fundamental na formação do Uruguai de hoje. É, sem dúvida, um lugar que convida a redescobrir as origens da nação e a desfrutar de uma identidade enraizada na tradição e enriquecida pelo passar do tempo.

ENTREVISTA COM DIEGO PARODI

“Acho que é muito importante melhorar o ecossistema agro”

No âmbito do Show Rural Coopavel 2025, conversamos com Diego Parodi, presidente e fundador da Spraytec. Os novos desenvolvimentos da empresa, o lançamento do Tractus Carbono, os projetos futuros e a visão global no curto prazo foram os tópicos mais enfocados. Idiossincrasia de um vencedor.

Por: Juan Carlos Grasa - diretor da Horizonte A.

Diego, fale-nos sobre a situação atual da Spraytec em termos de lançamentos e novidades da empresa em nível global.

Hoje, na SPRAYTEC, estamos nos concentrando na produção de novas tecnologías e novos produtos com o objetivo de levá-los simultaneamente a todos os mercados em que estamos presentes. Um dos novos produtos em que estamos trabalhando desde 2017 é o Tractus Carbono, uma tecnologia que é um condicionador de solo que fornece enzimas.

Qual é a função dessas enzimas?

Elas serão responsáveis pela regeneração do solo, acelerarão a recuperação da matéria orgânica junto com o carbono e alguns elementos que são muito importantes e que atualmente estão em falta, já que, nas últimas dé-

cadas, somente foram adicionadas ao solo fósforo, nitrogênio e potássio.

Isso não é suficiente...

Não, porque nos esquecemos de alguns elementos que são fundamentais, como magnésio, enxofre, Zn, boro, que é importante para a edição celular e a qualidade das flores, e cálcio. Em outras palavras, temos um processo de acidificação do solo como resultado de uma agricultura com pouca rotação com o gado, por exemplo, ou outras atividades. E esse é um produto innovador que ajuda a fixar o carbono no solo e reduz o efeito estufa.

Vocês apresentaram esse produto aqui na feira?

Tivemos aqui uma apresentação do Dr. Julio Fagliani, que desenvolveu a tecnologia junto com a Embrapa, e nos deu uma explicação exaustiva de como o me-

lhoramento é produzido em vários aspectos, com maior profundidade e detalhamento. Os resultados são convincentes.

Qual é a relação aplicação/desempenho do produto?

Apesar de estarmos falando de um condicionador de solo, esperávamos ter uma resposta agronômica e um retorno do investimento econômico em 3 ou 4 anos, mas os resultados obtidos nos surpreenderam já no 1º ano de aplicação. Nós tivemos um retorno no primeiro ano, um retorno que no Brasil está entre 5 e 8 sacas por hectare, sem ir a extremos, que chegaram a números mais altos. Portanto, estamos falando de 300 a 500, 600 quilos a mais por hectare com uma aplicação de 20/25 quilos por hectare, seja por pulverização, a lanço ou misturado com fertilizantes convencionais. Ele tem macronutrientes e micronutrientes, além de toda a contribuição de ácidos orgânicos e enzimas, como já expliquei.

E em que processo estamos? Quando poderemos vê-lo comercialmente?

Na Argentina, obtivemos o registro muito rapidamente e já temos um produto para iniciar alguns experimentos em alguns campos, especialmente para os produtores que estão sempre à frente da curva quando se trata de novas tecnologias. Portanto, este ano, poderemos usá-lo e ver os resultados do produto.

E considerando as deficiências que o Tractus Carbono cobrirá, em que parte do mundo você acha que poderá comercializá-lo mais facilmente, de acordo com as necessidades dos produtores?

Inicialmente, pensamos que ele seria muito importante para o cerrado, para todo o norte do Brasil, porque há um substrato lá. Em outras palavras, a fertilidade precisa ser aumentada, a matéria orgâ-

nica precisa ser acumulada no solo, e tivemos respostas muito boas. Mas também ficamos surpresos ao ver como em campos altamente corrigidos, por exemplo, o campo experimental da Coamo, que já tem 50 anos e é um campo extremamente corrigido e fertilizado, encontramos respostas de 6 a 7 sacas a mais por hectare (entre 300 e 450 quilos/ha).

O que está acontecendo nos Estados Unidos?

Também estamos trabalhando com o produto nos Estados Unidos porque seus solos têm deficiências muito altas de magnésio, enxofre e um pouco de cálcio em algumas regiões. Portanto, ele está sendo muito bem aceito, e a parte das enzimas que degradam a matéria orgânica é muito importante, pois eles têm um problema sério com o restolho do milho, precisam degradá-lo. Dessa forma, estamos realizando alguns trabalhos com resultados promissores, vendo como essas enzimas ajuda-

riam a degradar essa matéria orgânica, que é o resíduo de um ano para o outro, especialmente para campos em Nebraska, por exemplo, que cultivam milho irrigado. E bem, estamos vendo resultados muito bons.

Em outras palavras, ele se adapta à semeadura direta, à semeadura convencional, não é especial para nenhum solo em particular, é para todo o planeta.

Sim, vejo que pode ser para todo o planeta porque a Spraytec desenvolveu enzimas que atuam na degradação da matéria orgânica. Há três enzimas essenciais e depois todo o trabalho que faremos para repor os nutrientes que estão faltando nos solos, sejam eles novos ou antigos.

Muitas vezes, a agricultura é feita por meio da extração de nutrientes que não são repostos. Portanto, visamos apenas dois ou três macros, e o restante dos nutrientes

não é reposto. É nesse ponto que o Tratus Carbon tem um desempenho muito bom, tanto em solos antigos quanto em solos novos.

Falando em nível de negócios, estivemos aqui por alguns dias na turnê brasileira com produtores e distribuidores argentinos e há um denominador comum entre as pessoas com quem conversei, que é a fraternidade, o lado humano da empresa.

Sim, a questão é que o projeto da Spraytec se baseia na jornada, em aproveitar a jornada, não em chegar a um fim. Então, com o que nos preocupamos? Com o projeto pessoal de cada um. Queremos o sucesso profissional de cada membro da empresa.

Quando pensamos no crescimento pessoal, profissional e econômico de cada membro da Spraytec, conseguimos um ambiente de trabalho diferente. E o que é a empresa? É um grupo de pessoas com o mesmo objetivo. Se essas pessoas forem bem-sucedidas, a empresa será,

consequentemente, bem-sucedida; e se essas pessoas forem alegres, elas transmitirão a mesma alegria e otimismo aos nossos clientes e amigos.

Seria como um transbordamento reverso. Todos são bemsucedidos e isso faz com que a empresa seja bemsucedida.

Sim, sempre penso que minha missão neste mundo é garantir que todas as pessoas próximas a mim tenham uma qualidade de vida melhor, que possam dar uma qualidade de vida melhor às suas famílias e uma educação melhor aos seus filhos. Em outras palavras, que o pai ou a mãe se sintam orgulhosos de saber que são úteis e que podem melhorar a vida de sua família. Gosto da ideia de construir um sistema em que não há teto, cada um estabelece seu próprio teto de crescimento dentro da Spraytec.

Diego, a última pergunta: como você vê o futuro no curto prazo do ambiente em que nos movemos, o ecossistema?

Acho que é muito importante melhorar o ecossistema. O que estamos vendo hoje é que a produção de alimentos está atendendo às necessidades da demanda, portanto, temos preços internacionais baixos, que vão durar por um tempo. Isso não vai mudar de um ano para o outro, exceto por alguma frustração durante a colheita em alguns dos países que são líderes em produção. Acredito que, nesse momento, haverá um expurgo de produtores, de empresas, e os eficientes realmente permanecerão. E esse é um ciclo normal que se repete de tempos em tempos, ciclicamente.

Como isso se traduz em nível agrícola?

Talvez haja mais dois, três ou quatro anos em que teremos preços apertados. Teremos de ser muito eficientes na produção, estando muito atentos à forma como ela é comercializada. Então, talvez em três ou quatro anos, voltaremos a ser 100% agrícolas, e temos de entender que a agricultura não depende da economia de cada país; o governo pode tornar as coisas mais ou menos complicadas, mas nós dependemos de um negócio global. Portanto, a agricultura sempre é e sempre será uma bolha dentro de cada país.

Muito obrigado, Diego.

“O projeto da Spraytec se baseia na jornada, em aproveitar a jornada, não em chegar a um fim”.

Relatório

DRONES aceitamos o desafio?

O uso de drones na agricultura extensiva na Argentina parece ter vindo para ficar. Eles parecem nos oferecer várias utilidades, como mapeamento de campo, monitoramento e levantamento de safras, entre outras.

Autor: agrônomo (eng.) Facundo Menta.

Aascensão desses veículos aéreos não tripulados vem acompanhada da digitalização da agricultura e, como era de se esperar, suas funções dentro do sistema estão experimentando um crescimento exponencial. A aplicação de produtos fitossanitários por meio de drones é uma prática que já se enraizou em várias partes da América Latina. Na Argentina, temos uma vasta experiência com seu uso em culturas intensivas, como videiras e frutas cítricas. Atualmente, a novidade parece ser a adoção acelerada desse novo (ou não tão novo) meio de pulverização para o tratamento de adversidades nas culturas extensivas mais populares. Eles oferecem uma alternativa eficiente e precisa para a aplicação de produtos químicos/biológicos e fertilizantes.

Apesar de sua autonomia e capacidade de carga limitadas, os drones pulverizadores oferecem vários benefícios: precisão, eficiência, economia de insumos, independência de topografia, segurança operacional e menor impacto ambiental. No entanto, para que todas essas vantagens sejam concretizadas, precisamos entender como eles funcionam. A aplicação de produtos de proteção de culturas em geral inclui um grande número de fatores que devem ser levados em conta para se obter tratamentos seguros e eficientes, e a tecnologia em questão não é a exceção. Estar ciente desde o início das variáveis a serem gerenciadas, a fim de aproximar o ingrediente ativo do alvo da aplicação, parece ser a chave para o acesso.

Aplicação de proteção de culturas

A primeira coisa que eu gostaria de lembrar é o seguinte: o que significa “aplicar um fitossanitário” para controlar uma determinada erva daninha, praga ou doença que ameaça a produção? E aqui trago esta definição: “aplicar um defensivo agrícola engloba a utilização de todo o conhecimento científico que proporcione a correta colocação do produto biologicamente ativo no alvo, na quantidade necessária, de forma econômica, com o mínimo de contaminação em outras áreas” (Matuo et al., 2001). E, como você pode ver, destaco três pontos-chave que compõem o que chamo de “triângulo para a regulamentação correta”: o(s) produto(s) a ser(em) aplicado(s), mas, acima de tudo, a essência do(s) produto(s); a localização do alvo, ou seja, seu grau de exposição; e a estrutura ambiental da aplicação em questão. Então surge a pregunta: medimos e registramos os diferentes parâmetros que

“Apesar de sua autonomia e capacidade de carga limitadas, os drones pulverizadores nos oferecem vários benefícios”.

definem a qualidade ambiental durante a pulverização?

A análise global desse “triângulo para a regulamentação correta”, antes de qualquer tratamento, nos guiará para calibrar conscientemente o maquinário em serviço.

Etapas do processo

Mas não vamos esquecer que a tarefa de controle de adversidade é um processo e, como qualquer processo, tem etapas. O processo de uma aplicação correta começa com a base de ter um equipamento em boas condições, LIMPO e calibrado corretamente (embora isso possa parecer repetitivo). Posteriormente, continuará com a montagem da mistura de produtos fitossanitários e de acompanhamento no nível do tanque, sempre levando em conta a qualidade da água com a qual estamos trabalhando, seguindo a ordem correta de carregamento do produto e evitando incompatibilidades. A próxima etapa

será a fragmentação da calda e a liberação de gotículas no ambiente para sua jornada até o alvo, onde ocorrerá o impacto e a subsequente deposição da gota, para finalmente permitir a entrada do ingrediente ativo que desencadeia o efeito biológico desejado.

Isso nos leva aos detalhes da tecnologia que estamos discutindo hoje. Detalhar seus pontos principais, a fim de perceber quanto controle temos sobre as variáveis, será o começo para fazer um uso adequado dela e, acima de tudo, para preservá-la ao longo do tempo.

A seguir, detalharei as questões básicas a serem abordadas para que o trabalho seja eficiente e seguro. Embora haja muito material para ser abordado em cada um dos itens, colocá-los sobre a mesa nos ajudará a nos organizar e a definir prioridades na hora de realizar um tratamento:

Figura 1. Pontos-chave a serem considerados na regulação da técnica de pulverização correta.

• Por sua capacidade de carga limitada, a tecnologia nos permite trabalhar com volumes reduzidos de caldo por superfície, mas precisamos entender como manuseá-la corretamente.

• Aplicaremos usando gotas finas a médias (não maiores), a fim de gerar a cober-

Figura 2. Cada um dos diferentes estágios que compõem o processo completo de pulverização.

tura necessária de acordo com a taxa de aplicação, a exposição do alvo e o grau de sistematicidade dos produtos a serem aplicados.

• De acordo com o ponto anterior, devemos estar cientes de que necessariamente trabalharemos com gotículas de baixa micragem e, portanto, o risco potencial de exoderiva é alto.

A recomendação é TOMAR CUIDADO antes de se preocupar. O monitoramento das condições ambientais é fundamental para detectar janelas de aplicação seguras.

• Os testes de compatibilidade em escala são essenciais para trabalhar com misturas estáveis. Nesse sentido, a substituição de formulações altamente exigentes em agitação e o uso de dispersantes de qualidade tornam-se indispensáveis.

• Torna-se essencial o uso de adjuvantes antievaporantes e com a propriedade de “moldar” o tamanho médio das gotas.

• A regulagem da velocidade de avanço é crucial para o “gerenciamento do efeito vórtice”, em conjunto com a altura e a largura de trabalho.

• Cómo em todas as aplica-

ções de fitossanitários, devemos evitar trabalhar em momentos de “vento zero”, pois a probabilidade de inversão térmica será alta.

Fechamento

Como em todos os outros meios de aplicação, a necessidade de um técnico qualificado por trás da tecnologia será indispensável para propor regulamentações eficientes e seguras, que protejam a produção, o meio ambiente e as ferramentas de controle de adversidades disponíveis. Medir os resultados de nossas aplicações é o caminho a seguir. A medição, como sempre, nos dá a oportunidade de corrigir e melhorar. No mundo da pulverização por drones, assim como no restante dos meios de aplicação disponíveis, esse será o ponto de partida para abordar a premissa de sermos simultaneamente eficientes e sustentáveis nos tratamentos que realizamos no sistema agrícola atual.

“A necessidade de um técnico qualificado por trás da tecnologia será indispensável para propor regulamentações eficientes e seguras”.

Transformação digital para agrônomos: adaptar-se ou ficar para trás

Ing. Agr. Mariano Larrazabal.

Consultor en agromarketing digital y social media – Bialar.

@AgroBialar

Imagine uma agricultura em que as decisões são tomadas em tempo real, com base em dados precisos, otimizando recursos e maximizando a produção. Hoje, esse futuro já é uma realidade graças à transformação digital.

Mas será que estamos prontos para nos adaptar a essa nova era? Como os agrônomos podem não apenas permanecerem relevantes, mas também liderarem essa mudança?

O setor agrícola está passando por uma revolução tecnológica sem precedentes. A convergência da inteligência artificial (IA), do big data, da

Na

Internet das Coisas (IoT) e da automação está redefinindo os modelos de produção, negócios e logística.

Isso afeta não apenas as grandes corporações do agronegócio, mas também os agrônomos individuais que precisam evoluir junto com o ecossistema digital.

Não se trata apenas de usar novas ferramentas, mas também de desenvolver uma mentalidade digital e adotar metodologias ágeis que permitam interpretar dados, antecipar problemas e otimizar a tomada de decisões.

A transformação digital oferece uma oportunidade sem precedentes para melhorar a produtividade, a eficiência e a sustentabilidade na agricultura. Os profissionais que a dominarem terão uma van-

tagem competitiva decisiva no mercado de trabalho.

A mudança é iminente e a preparação é fundamental. Neste artigo, exploraremos as tendências tecnológicas que estão revolucionando a agricultura, o impacto que elas estão tendo na profissão de engenheiro agrônomo e como se preparar para esse novo paradigma. Se você deseja liderar na era digital, continue lendo e descubra como se tornar um agrônomo 4.0.

O agrônomo deve ser competente para ser competitivo

A função do agrônomo evoluiu e se tornou uma figura-chave na implementação de estratégias digitais. Hoje, além do conhecimento técnico em agronomia, é es-

agricultura regenerativa digital,

a biotecnologia é aplicada ao melhoramento de culturas e à automação completa dos processos de produção.

sencial desenvolver habilidades em análise de dados, modelagem de cenários de produção e gerenciamento de softwares especializados. A capacidade de integrar ferramentas digitais na tomada de decisões permite aumentar a lucratividade e a sustentabilidade dos agronegócios.

O ecossistema AgTech está revolucionando o setor, promovendo a adoção de tecnologias disruptivas para melhorar a eficiência operacional e a resiliência da produção em face das mudanças climáticas. A digitalização não apenas otimiza os processos, mas também permite novos modelos de negócios baseados em dados e na economia colaborativa.

Fatos importantes sobre a transformação digital no agronegócio

• Estima-se que o mercado global de AgTech valerá US$ 30 bilhões até 2025.

• Mais de 75% dos agronegócios planejam digitalizar suas operações na próxima década.

• A adoção da IoT no agronegócio pode aumentar a produtividade em 20% e reduzir os custos operacionais em 15%.

Transformação digital de talentos

O desafio não está apenas na incorporação da tecnologia, mas também no treinamento e na adaptação do capital humano. As empresas do

setor exigem perfis híbridos que combinem conhecimento agronômico com habilidades digitais avançadas. Entre as habilidades mais procuradas estão:

• Manuseio de software GIS e análise geoespacial.

• Programação e automação de processos agrícolas.

• Modelagem preditiva e aprendizado de máquina aplicados à agricultura.

• Gerenciamento de plataformas de IoT para monitoramento de culturas e gado.

A transformação digital do engenheiro agrícola e sua rede

O engenheiro agrícola não opera mais isoladamente, mas em um ecossistema digital interconectado. Plataformas colaborativas e redes profissionais especializadas em AgTech permitem o compartilhamento de conhecimento e promovem a inovação no setor. A capacidade de trabalhar em equipes multidisciplinares e se adaptar a metodologias ágeis é fundamental para o sucesso profissional.

O acesso a informações em tempo real é um fator essencial para a tomada de decisões na agricultura. Do gerenciamento de insumos ao planejamento de safras, a digitalização redefiniu os fluxos de trabalho e os relacionamentos com os clientes.

A especialização em tecnologias emergentes, como IA, IoT e blockchain, será funda-

mental para se diferenciar no mercado de trabalho.

Principais marcos da transformação digital na agricultura

1. Automação agrícola: implementação de máquinas autônomas, drones de monitoramento e robótica de precisão para otimizar o trabalho agrícola.

2. Big Data e análise preditiva: algoritmos de aprendizado de máquina que melhoram o gerenciamento agronômico, interpretando dados agroclimáticos e do solo em tempo real.

3. IoT na agricultura: sensores inteligentes que fornecem dados sobre a umidade do solo, condições climáticas e estado fenológico das culturas.

4. Blockchain na rastreabilidade: implementação de registros descentralizados para garantir transparência, segurança alimentar e certificações de qualidade na cadeia de valor agroalimentar.

5. Comércio eletrônico agrícola: plataformas digitais que facilitam o marketing direto entre produtores, distribuidores e consumidores globais.

6. Agricultura de precisão: integração de sistemas GIS, sensoriamento remoto e modelos de simulação agroclimática para otimizar a eficiência da produção e minimizar os impactos ambientais.

Reflexão analítica

A transformação digital não é mais uma opção, mas um pilar fundamental do desenvolvimento agrícola. A convergência entre o conhecimento agronômico e as tecnologias emergentes melhorará a competitividade do setor e permitirá que ele enfrente com sucesso os desafios do futuro.

Para os agrônomos, a chave estará em sua capacidade de se adaptar, inovar e liderar a evolução digital da agricultura.

A evolução tecnológica no setor agrícola é irreversível.

As tendências atuais apontam para a consolidação de modelos baseados na agricultura regenerativa digital, na biotecnologia aplicada ao aprimoramento de culturas e na automação total dos processos de produção.

Dados indicam que a adoção da tecnologia digital aumentou a lucratividade do agronegócio em 35% nos últimos cinco anos, com uma tendência crescente impulsionada pela demanda global por eficiência e sustentabilidade.

É essencial que os agrônomos e empresários do agronegócio entendam que a

digitalização não é apenas um investimento em infraestrutura, mas uma mudança na forma como operam e tomam decisões. A personalização de soluções digitais, a otimização da cadeia de suprimentos por meio de blockchain e o gerenciamento de riscos climáticos com inteligência artificial serão fatores de diferenciação na próxima década.

Em resumo, os participantes do setor que abraçarem essa mudança e a integrarem em sua visão estratégica não apenas garantirão sua competitividade, mas também liderarão a nova era da produção agrícola inteligente e sustentável.

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