Jornal Sporting n.º 3930

UMA NOVA ERA

Frederico Varandas

Hoje celebramos 117 anos de existência do Sporting Clube de Portugal, o início de uma nova época, mas também o início de uma Nova Era.

Em 2018 idealizámos o futuro do Clube e temos, desde então, estado a construir as bases para, a cada dia, estarmos mais perto de o atingir, para cada dia sermos melhores.

Estas bases assentam, porém, noutras que em 1906 José Alvalade estabeleceu e que celebramos sempre no 1 de Julho. São princípios, valores e uma forma de estar que fazem parte do nosso código genético, que devem sempre pautar o desenho do nosso futuro.

É precisamente no regresso às nossas origens, e em homenagem aos nossos fundadores, que, na continuidade desse ADN, projectámos o futuro e arrancamos esta Nova Era. Ela inicia-se hoje a partir do Esforço, Dedicação e Devoção que foram fundamentais nestes cinco anos.

Celebramos os 20 anos do Estádio José Alvalade e com ele iniciamos um novo ciclo. A nossa casa será o espelho deste (re)começo.

CELEBRAMOS

O Estádio José Alvalade será Verde, por dentro e por fora, como o nosso ADN e a esperança que representa. Esperança que temos de nutrir todos os dias no investimento que fazemos na preservação do nosso património, mas também na sua modernização. A esse propósito, deixo a promessa que teremos novidades em 2023/2024.

UM NOVO CICLO. A NOSSA CASA SERÁ O ESPELHO DESTE (RE)COMEÇO.

Será assim, em casa nova, que em 2025 receberemos com enorme satisfação a final da Women’s Champions League, num passo relevante para o crescimento do futebol feminino em Portugal, caminho de inclusão preconizado pelo nosso fundador há 117 anos. Agradeço à Federação Portuguesa de Futebol pelo trabalho de equipa que permitiu mais esta conquista.

Lançamos também hoje a nossa segunda pele de Leão nestas mesmas linhas. As linhas que contam a História de quem Somos, do que representamos e que nos definem. As linhas que continuaremos a seguir.

PROPRIEDADE: SPORTING CLUBE DE PORTUGAL DIRECTOR: ANDRÉ BERNARDO COORDENADORA: MAFALDA JERÓNIMO BARBOSA || MJBARBOSA@SPORTING.PT

COORDENADOR‑ADJUNTO: LUÍS SANTOS CASTELO || LSCASTELO@SPORTING.PT REDACÇÃO: MARIA GOMES DE ANDRADE || MGANDRADE@SPORTING.PT; NUNO MIGUEL SIMAS || NQSIMAS@SPORTING.PT; PEDRO FERREIRA || PSFERREIRA@ SPORTING.PT; XAVIER COSTA || XRCOSTA@SPORTING.PT FOTOGRAFIA:

ISABEL SILVA; JOÃO PEDRO MORAIS; JOSÉ LORVÃO COLABORADORES PERMANENTES: JUVENAL CARVALHO; PEDRO ALMEIDA CABRAL; TITO ARANTES FONTES AGENDA E RESULTADOS: JOÃO TORRES || JBTORRES@SPORTING.PT EDITOR E SEDE DA REDACÇÃO: ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE, RUA PROFESSOR FERNANDO DA FONSECA, APARTADO 4120, 1501‑806 LISBOA, PORTUGAL

OS 20 ANOS DO ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE E COM ELE INICIAMOS

LENDAS DO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL

Fernando Massano Tomé nasceu no dia 10 de Julho de 1947, no Porto.

Foi um destacado médio do Sporting Clube de Portugal na década de 70, clube ao qual chegou com 23 anos. Contribuiu para a conquista de um Campeonato Nacional e três Taças de Portugal.

Cumpriu 139 jogos de Leão ao peito e marcou 17 golos. Estes números, mas sobretudo a qualidade apresentada em seis épocas fazem deste consagrado médio uma Lenda do Sporting CP.

Fernando Tomé representou o Sporting CP entre as temporadas entre 1970/1971 e 1975/1976.

Logo na primeira temporada de Leão ao peito, cumpriu 36 jogos e marcou nove golos, tendo ajudado o Clube Leonino a conquistar a Taça de Portugal. Chegou proveniente do Vitória Futebol Clube por troca com o brasileiro José Morais. O Sporting CP era orientado por Fernando Vaz. Essa temporada foi marcada pela conquista da prova rainha e entre outros feitos, por um enorme recorde: a maior goleada de sempre num jogo em Portugal, com triunfo por 21-0! Frente ao Mindelense. Na final, o Sporting CP conquistou o troféu – 7.ª Taça de Portugal do historial, com um triunfo frente ao SL Benfica, por 4-1.

Fernando Tomé era um médio capaz de carregar a equipa para a frente devido à capacidade técnica e ao pulmão, que lhe permitiu fazer com facilidade o vaivém entre o meio-campo e as transições para a defesa, mas também no apoio ao ataque. Jogava com o pé direito e integrava com muito à-vontade as tarefas em várias posições no campo – chegou a jogar também a lateral direito e com sucesso.

Fernando Tomé teve como ponto mais alto da passagem pelo Sporting CP a temporada de 1973/1974 em que o Sporting

FERNANDO TOMÉ

CP conseguiu a ‘dobradinha’ –juntou o Campeonato e a Taça de Portugal. Fernando Tomé fez 16 jogos e marcou um golo. A polivalência foi outros dos argumentos que era imagem de marca de Fernando Tomé, um jogador multifacetado e que fez parte de um meio-campo combativo, de grande dinamismo e que encontrou, por exemplo, no inesquecível Héctor Yazalde, um jogador que materializava em golos o trabalho de uma equipa de forte sentido colectivo, um dos muitos méritos de Fernando Tomé. Nessa incrível temporada, o Sporting CP marcou 96 golos e sofreu 21, com Fernando Tomé, que tinha então 26 anos, a participar em 16 jogos e a marcar um golo. Foram seis temporadas repletas de grandes momentos de Fernando Tomé, voluntarioso, sempre raçudo, imagens que encaixavam na perfeição na mentalidade do Sporting CP. Um jogador cheio de genica, que segurava muito bem a bola e entendia todos os momentos do jogo, para além de ser muito contundente a cair em cima do adversário para lhe recuperar a bola. Um médio muito completo que fazia as delícias de qualquer treinador, por ser muito rigoroso, disciplinado tacticamente e que se sacrificava em nome da causa maior: o colectivo. Fernando Tomé: um jogador à Sporting CP, uma Lenda do Sporting CP.

Texto: Nuno Miguel Simas Fotografia: Museu Sporting – Centro de Documentação

UM

MÉDIO DE ALTA ROTAÇÃO, QUE AOS DIAS DE HOJE SERIA UM OITO, OU SEJA, UM BOX-TO-BOX. ASSIM ERA FERNANDO TOMÉ, UM TODO-O-TERRENO QUE MARCOU O FUTEBOL DO SPORTING CP NA DÉCADA DE 70 DO SÉCULO PASSADO.

Durante seis épocas vestiu a listada verde e branca, cumpriu 139 jogos de Leão ao peito e marcou 17 golos

CLUBE

HISTÓRIA

117 ANOS DE UMA HISTÓRIA SEM IGUAL

SPORTING CP COMEMORA ESTE SÁBADO MAIS UM ANIVERSÁRIO. CONQUISTAS ATRÁS DE CONQUISTAS, MILHARES DE TROFÉUS E TÍTULOS, ASSIM SE ESCREVEM

TANTAS PÁGINAS DE OURO DE UM CLUBE ÍMPAR A NÍVEL NACIONAL, EUROPEU E MUNDIAL. RECORDEMOS A CONQUISTA DO PRIMEIRO CAMPEONATO E A FIGURA

MARCANTE DE FRANCISCO STROMP.

Parabéns Sporting CP! Que melhor forma de homenagear o histórico clube de Alvalade, que este sábado celebra 117 anos de vida? Uma vida tão longa e secular que dia após dia, semana a semana, mês a mês, ano a ano, enriquece sempre com mais um título, mais uma conquista, mais um recorde, a história do Clube e enche de orgulho todos os Sportinguistas e não só, pois a história do desporto português tem inúmeros pontos de contacto com a do Sporting CP e por isso, cruzam-se de uma forma perfeita, bastando recordar as conquistas olímpicas, mundiais e europeias de atletas Leoninos. E num clube tão rico em grandes momentos, tudo faz sentido em cada peça de uma história valiosa, com uma das primeiras peças a encaixar neste puzzle perfeito a ser a conquista do primeiro Campeonato de Portugal, completam-se agora 100 anos, neste ano civil de 2023. Começava a ganhar forma a missão que presidiu ao sonho de José Alvalade. “Queremos um grande clube, tão grande como os maiores da Europa”. Um sonho de família, ou melhor de várias famílias e em que Francisco Stromp, grande amigo de José Alvalade, foi um dos principais impulsionadores − e também fundador.

Ele (Francisco Stromp), capitaneou a equipa que na temporada de 1922/1923 ajudou o Clube a conquistar o primeiro Campeonato de Portugal de futebol do historial. Era avançado, muito rápido e tecnicista e nunca virava a cara à luta. Foi assim, de tal maneira, que no jogo da final, teve de ser suturado com pontos, no encontro frente à Associação Académica de Coimbra, que a equipa verde e branca venceu por

3-0.

100 anos depois desta conquista foi lançada, no dia 24 de Junho, a nova Vintage Limited Edition Stromp. Uma camisola que homenageia esta conquista através de um dos mais lendários símbolos da sua história, a camisola Stromp.

Este enorme atleta simbolizava, efectivamente, o que está

plasmado na própria divisa do Clube: Esforço, Dedicação, Devoção e Glória. As crónicas à data reflectiam um jogador de futebol com enorme paixão pelo Clube, além das qualidades técnicas e físicas que já o distinguiam como um fora de série.

A influência que Francisco Stromp teve na conquista do Campeonato de Portugal não

abaladas lhe permitiram.”

Este pequeno relato faz adivinhar aos dias de hoje um atleta de enorme tenacidade, com fibra de Leão, que não atirava a toalha ao chão e que ia aos limites em nome dos testemunhos que ficaram da altura: o de que a grande paixão de Francisco Stromp era o Sporting Clube de Portugal.

Mas também na meia-final, a exibição de Francisco Stromp diante do FC Porto [triunfo do Sporting CP] mereceu rasgados elogios no Boletim, do qual recuperamos alguns excertos.

suscita dúvidas e o então Boletim Sporting Club de Portugal transmitiu-o de forma eloquente, nomeadamente no jogo da final, diante da Associação Académica de Coimbra.

“Até ser ferido, jogou bem. Foi o melhor no ataque. Quando regressou, com três pontos naturais na cara, para extremo esquerdo, fez o que as suas

“Aos 16 minutos da segunda parte, depois de uma avançada contrária, João recebe a bola da nossa defesa. Os nossos avançados estão bem colocados e diante deles, só se encontram as defesas do Porto. João avança e a 40 metros ao ser alcançado por um médio que acudia à defesa, lança a Stromp um passe adiantado. Este recebe-o com a cabeça, dribla o defesa direito e avança rápido direito às redes, evitando com a sua velocidade a entrada do defesa esquerdo: a 12 metros lança um remate fulminante que não é parado. Este ponto [golo] foi o de mais efeito e foi premiado com uma ovação maior ainda que a anterior [do 1.º golo]”. Descrição apaixonada de um jogador de grande bravura, coragem à Sporting que cujas lembranças jamais se vão perder no tempo. Como esta que se segue, sobre o mesmo Francisco Stromp, na jogada do terceiro golo do Sporting CP, no mesmo jogo.

“O nosso domínio acentua-se. Aos 30 minutos, Torres Pereira lança um centro sobre as redes que o guarda-redes defende sem segurar a bola: João Francisco e Stromp carregam oportunamente e este último [Stromp] introduz a bola nas redes”. Posto isto e na análise individual aos jogadores do Sporting CP,

Texto: Nuno Miguel Simas Fotografia: Museu – Centro de Documentação

Francisco Stromp capitaneou a equipa que conquistou o primeiro Campeonato de Portugal de futebol

recuperamos o olhar jornalístico sobre a exibição de Francisco Stromp. “Trabalhador incansável, como sempre. A bola que meteu e a passagem que fez a João Francisco que permitiu a marcação da primeira bola foram soberbas. Distribuiu sempre o jogo com calma, sendo pena que dos meias-pontas, só João Francisco procure desmarcar-se para receber as suas passagens”, pode ler-se. Porque as organizações só se fazem de grandes homens e de grandes mulheres e mesmo sabendo que ninguém está acima do Sporting CP, há homens como Francisco Stromp, que ajudaram a erigir os alicerces de um enorme clube, com milhares e milhares de atletas que têm também razões para se sentirem orgulhosos, porque honraram, honram e seguramente vão continuar a honrar a memória deste enorme campeão. Francisco Stromp, que em 1908 se estreou na equipa principal do Sporting CP com apenas 16 anos. Um médio direito que foi o primeiro capitão da equipa e que completou um total de 107 jogos, tendo envergado a braçadeira de capitão durante dez anos.

A história do Sporting CP está em permanente actualização, sinal de um clube pleno de força e que nunca perde e ambição de conquistar título em cerca de 50 modalidades – um clube ecléctico como nenhum outro e que dá cartas em tudo o que é desporto –mas também um clube que mantém bem viva na história a memória de quem lhe fez tanto bem.

NEW ERA 2.0 - EPISODE TWO

PRIMEIRA CAMISOLA ALTERNATIVA PARA A TEMPORADA 2023/2024, REVELADA NO DIA DO 117.º ANIVERSÁRIO DO CLUBE.

Aí está ela! Precisamente um mês após ter apresentado aos Sócios e adeptos a camisola principal para a temporada 2023/2024, o Sporting Clube de Portugal aproveitou o dia

Que venham mais 117 anos, com milhares de títulos, orgulho Leonino, alegrias a verde e branco e motivos para honrar a memória dos que não estão, como Francisco Stromp, mas que são imortais na história.

Afinal de contas, um grande clube como o Sporting CP não se constrói diariamente sem olhar e preservar o passado, porque o presente e o futuro só fazem

sentido com todos aqueles que o ajudaram a tornar num dos maiores da Europa. Parabéns Sporting CP, parabéns Sportinguistas e a todos os que de alguma maneira, seja nos recintos das competições, seja nas bancadas têm impulsionado o Clube para o seu desígnio maior: ser um clube sem comparação, o maior clube de Portugal.

1 de Julho, em que celebra o 117.º aniversário, para dar a conhecer o primeiro de dois equipamentos alternativos. Mais uma vez a cargo da Nike (pela terceira época consecutiva), a nova pele do Leão, denominada New Era

2.0 - Episode Two, celebra a história, honra o presente e ajuda a construir o futuro do emblema Leonino, dando ao mesmo tempo as boas-vindas à Nova Era e a Alvalade

2.0, em alusão aos 20 anos de história do Estádio José Alvalade, que terá nova cara em breve.

Em termos visuais, a camisola apresenta o branco como cor de fundo, complementado com finas listas a verde e representa de onde vem, quem é e para onde vai o Clube, traçando assim uma linha entre o passado e o futuro, linha essa que compreende já 117 anos de História. O novo equipamento Leonino já está disponível na Loja Verde do Estádio José Alvalade e também online (lojaverde.sporting.pt), assim como nos vários pontos de venda oficiais do Sporting CP. Depois de revelada a camisola principal e a primeira alternativa, fica a faltar apenas conhecer a segunda pele alternativa e a camisola Stromp, que serão anunciadas em momentos distintos.

O jornal Os Sports de 28 de Junho de 1923 noticiava a conquista Leonina

Os primeiros Campeões de Portugal

Nova camisola tem o fundo branco e listas verdes

CLUBE ASSEMBLEIA GERAL

SEIS PONTOS APROVADOS EM ASSEMBLEIA GERAL

REUNIÃO MAGNA DECORREU NO ÚLTIMO SÁBADO NO PAVILHÃO JOÃO ROCHA.

Texto: Luís Santos Castelo Fotografia: João Pedro Morais

Os seis pontos em discussão e votação na Assembleia Geral Comum Ordinária e Extraordinária do Sporting

Clube de Portugal que se realizou no último sábado foram aprovados por maioria. O orçamento dos rendimentos, gastos e investimentos para 2023/2024 e as contas consolidadas de 2017/2018,

2018/2019, 2019/2020, 2020/2021 e 2021/2022 foram todos aprovados por pelo menos 70% dos votos dos 1113 votantes presentes no Pavilhão João Rocha. Conheça os resultados oficiais detalhados.

1112 Sócios 7112 Votos

Sócios 7112 Votos

Votos

“AGRADEÇO AOS SÓCIOS DO SPORTING CP POR TEREM VINDO”

O PRIMEIRO

No final, João Palma − presidente da Mesa da Assembleia Geral (MAG) − fez um balanço do evento.

“Gostaria de sublinhar a forma muito cívica e serena como decorreram os trabalhos. Foi bonito, para mim e para a minha MAG, ver que as pessoas vêm tranquilamente, fazem-se acompanhar dos filhos e netos e confiam na forma como os trabalhos vão decorrer. Isso não se deve à MAG, mas sim aos Sócios em geral, que se sabem comportar. Sublinho também a afluência. Sabemos que o Sporting CP não teve a performance desportiva que todos gostaríamos que tivesse tido, como já foi assumido pelo presidente do Conselho Directivo e pelo treinador da equipa principal de futebol, e, apesar disso, regista-se grande afluência de Sócios num dia de calor extremo. As pessoas vieram, cumpriram o seu dever de exercer o voto na Assembleia Geral. Cada vez mais os Sócios interiorizam essa responsabilidade não apenas nos jogos, mas também noutros momentos decisivos”, começou por dizer aos jornalistas no Hall VIP do Estádio José Alvalade. O dirigente destacou ainda a presença de 1113 votantes, “o que expressa bem o interesse dos Sócios, que se mantêm na vida Associativa do Clube”, antes de anunciar os resultados oficiais da Assembleia Geral.

Questionado sobre o motivo para, ao contrário de outras reuniões magnas, esta Assembleia Geral não ter acontecido em dia de jogo da equipa principal de futebol no Estádio José Alvalade, João Palma explicou que, “em anos em que não há eleições, esta Assembleia Geral tem de se fazer até ao dia 30 de Junho” e que “há um orçamento que o Conselho Directivo tem

de preparar e apresentar ao Conselho Fiscal e é normal que esse orçamento não possa estar pronto antes de Junho”.

“Não foi possível, por isso, fazer a Assembleia Geral em dia de jogo, como é a nossa preferência, mas nem sempre é possível. Temos uma Assembleia Geral em Setembro para discussão e votação de Relatório e Contas. Aí, já com a Liga a decorrer, voltaremos a assumir o princípio de que a Assembleia Geral vai acontecer em dia de jogo”, referiu, falando também sobre os resultados.

“Os resultados têm vindo a ser uma constante. Os documentos apresentados pelo Conselho Directivo têm sido aprovados por uma maioria semelhante a esta, o que significa que o Clube está estabilizado e que os Sócios se identificam com a estabilidade que estes órgãos sociais transmitem”, afirmou.

Já depois de congratular a equipa masculina de futsal pelo recente Tricampeonato Nacional conquistado, João Palma concluiu reforçando a satisfação pela grande participação dos Associados na vida do Clube.

“1113 votantes é muito significativo se compararmos com Assembleias Gerais de outros clubes, como os nossos rivais. Apesar do empolgamento ser maior do lado de lá, aqui a mobilização é extraordinária. Agradeço aos Sócios do Sporting CP por terem vindo. É preciso cuidar do Clube e cuidar do Clube é votar e discutir os documentos em Assembleia Geral. O grande património do Sporting CP são os seus Sócios e a forma madura como intervêm nos momentos decisivos da vida Associativa do Sporting CP”, finalizou.

Em muito boa hora recordou o Jornal Sporting o centenário da conquista do primeiro dos nossos campeonatos de futebol. Foi na edição passada que todos pudemos ler a notícia do então Boletim Sporting Club de Portugal sobre a merecida conquista ocorrida no dia 24 de Junho de 1923, com uma vitória por 3-O na final do Campeonato de Portugal perante a Associação Académica de Coimbra. Seria somente o primeiro dos nossos 23 títulos de campeão. O primeiro passo de uma longa caminhada de glória.

Ao contrário do que alguns pretendem fazer querer, o Campeonato de Portugal, jogado em eliminatórias, predecessor do Campeonato Nacional actual, foi a competição nacional de futebol mais relevante do país entre as épocas de 1921/1922 e 1937/1938. Daí que, como é evidente, os vencedores do Campeonato de Portugal tenham de ser considerados campeões nacionais. De 1934/1935 a 1937/1938, houve outra competição paralela, em sistema de poule, ou seja, todos contra todos, a duas voltas, que foi jogada de forma experimental, para testar a adesão do público ao novo formato. Essa competi-

ção foi denominada Liga Experimental, mas não era mais relevante que o Campeonato de Portugal, sendo até inicialmente esquecida pelos jornais desportivos da época, para além de a primeira edição nem troféu ter tido. Tudo mudou quando, em Agosto de 1938, a Federação Portuguesa de Futebol decidiu que a competição principal deveria assumir o formato que conhecemos hoje, poule a duas voltas, deixando o Campeonato de Portugal (e o seu formato a eliminar) de coroar campeões. Mas recuemos novamente a 1923. O Campeonato de Portugal ia na sua segunda edição. Tinha sido criado para a época de 1921/1922. Até então, todas as competições tinham âmbito regional. Foi o Campeonato de Portugal a dar uma dimensão nacional ao futebol português. A vitória Leonina em 1923 foi uma desforra do campeonato anterior, perdido para o FC Porto. Na meia-final encontrámos os portistas e vencemos por 3-0, em Coimbra, o mesmo resultado que alcançaríamos na final, face à Associação Académica de Coimbra, jogada em Faro. Rezam as crónicas desportivas que o Sporting CP dominou os dois jogos sem dificuldades. Francisco Stromp, figura incontornável na história do Sporting CP, eterno Sócio n.º 3, marcou um golo em ambos os jogos. Recordar o passado é honrar todos os que suaram para elevar o nome do Clube e fazer dele o que é hoje. Sobretudo quando lembramos o primeiro título de campeão nacional de futebol do Sporting CP.

Pedro Almeida Cabral

CLUBE SÓCIOS

SÓCIOS COM 25 E 50 ANOS DE LIGAÇÃO AO CLUBE CONDECORADOS EM CERIMÓNIA SIMBÓLICA

O ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE ACOLHEU CERCA DE 1200 SÓCIOS QUE PUDERAM RECEBER, PELAS MÃOS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS E DE VÁRIOS ATLETAS LEONINOS, OS RESPECTIVOS EMBLEMAS COMEMORATIVOS DE 25 E 50 ANOS DE LIGAÇÃO AO SPORTING CP. AO LONGO DO DIA, OS DISTINGUIDOS TIVERAM AS PORTAS ABERTAS

PARA PISAR O RELVADO, CONHECER O BALNEÁRIO DA EQUIPA E VISITAR O MUSEU SPORTING.

Foi um dia, acima de tudo, de celebração, com muitas memórias no ar e emoção à flor da pele, tudo isto vivido em família e, claro, a verde e branco. O Sporting Clube de Portugal continua a distinguir os seus Associados de longa duração e, no passado sábado, os homenageados puderam viver um dia particularmente especial no Estádio José Alvalade.

Ao longo de toda a tarde, numa cerimónia que durou das 14h00 às 20h00, foram recebidos e condecorados cerca de 200 Associados que atingiram os 50 anos de ligação ao Clube e mais de mil com 25 anos de Sócio. Todos eles vestidos a rigor para a ocasião, ora mais em tons de verde ou branco, com camisolas listadas ou mesmo mais formais, mas sempre com um Leão rampante à espreita, sendo precisamente esse símbolo aquilo que ali os uniu a todos. Para celebrar uma

paixão que, por exemplo, nem o tempo que passa pode dissipar. “É um dia evidentemente especial”, porque ser Sporting CP é “sentirmo-nos em família”, começou por dizer António Soares Duarte, em Alvalade para assinalar meio século enquanto Sócio Leonino. “Era Sócio correspondente, porque sou de uma vila ao pé de Santarém e vinha com o meu pai ver a bola. Depois, quando estava na Agência Militar e era alferes, tive como meu soldado o [Frederico]

Adão, andebolista do Sporting CP [na década de 70] e foi ele que me convenceu a fazer-me Sócio efectivo”, contou ao Jornal

Sporting E em 50 anos cabem muitas memórias. Desde ter tido, no anterior Estádio, “Jorge Sampaio e Eduardo Barroso” como companheiros de bancada até ao seu primeiro contacto com o Sporting CP: “Quando era mais jovem vi o Travassos, o Peyroteo... Memórias esplêndidas de um futebol diferente e recordo-as com

muita saudade”.

Voltando ao presente, António Soares Duarte já sabe onde vai guardar o emblema comemorativo recebido: “Na minha secretária, onde tenho outras coisas do Sporting CP, as mais significativas”.

Outros, além do tempo, fincam o pé também a uma longa distância que os afasta, mas apenas fisicamente, porque o sentimento Sportinguista não tem barreiras, como é o caso do Sócio Hugo Gouveia e o seu pai.

Texto: Xavier Costa Fotografia: Isabel Silva, João Pedro Morais

Sócios aproveitaram também para tirar fotografias com o presidente Leonino

“Somos da Madeira, Sócios desde 1994, são quase 29 anos de ligação. É um momento de grande emoção, porque é o amor de uma vida e está tudo dito. À distância também vemos as coisas de outra forma e é uma ligação da família e dos amigos. Viemos mesmo para isto”, assegurou, emocionado, à Sporting TV

UM DIA EM FAMÍLIA

Ora, cada um dos Associados Leoninos, primeiramente, foi recebido na Praça Centenário, onde puderam levantar um cartão e um cachecol personalizados para o momento, antes de passar à cerimónia propriamente dita, que decorreu no Hall VIP e contou com a presença do presidente Frederico Varandas.

Aqui, os Sócios homenageados foram presenteados com os respectivos emblemas comemorativos, com várias caras conhecidas dos Sportinguistas a serem os responsáveis de tornar o momento ainda mais especial. Entre eles, estiveram referências do presente como Bernardo Paçó (futsal), Patrícia Mamona (atletismo), Daniela Loureiro (voleibol) e Débora Queiroz (futsal), mas também verdadeiras Lendas do emblema Leonino, como Armando Aldegalega e Francis Obikwelu (ambos do atletismo), com quem os Associados puderam contactar e confraternizar.

“Para nós também é importante estar com todos os Sócios, que nos acompanham durante toda a época, privar com eles e entregar estes emblemas de 25 e 50 anos

de Sócios deste grande clube.

É óptimo estar aqui”, garantiu a capitã da equipa feminina de voleibol, secundada por Patrícia Mamona: “São os nossos grandes apoiantes e o ‘esqueleto’ deste clube. Por isso, esta é uma forma singela e bonita de estarmos aqui presentes para dar o nosso contributo e sentir esta conexão entre atletas e Sócios”.

Já Bernardo Paçó, muito saudado pelo recente Tricampeonato Nacional, sublinhou também que estes momentos são “marcantes” também para os atletas, porque permitem ouvir “pessoas com muitos anos de Sócio e que têm muitas histórias para contar e muito ADN Sporting para passar”.

PORTAS ABERTAS

Para lá da cerimónia, o Sporting CP quis assinalar a data da melhor maneira possível, dedicando o dia em exclusivo a todos os Sócios homenageados e com um programa especial. Para isso, o Estádio esteve em regime de portas abertas e todos os homenageados e seus acompanhantes puderam visitar, de forma livre, o Museu Sporting e o relvado, passando até pela experiência única de entrar pela Porta 10A e conhecer o balneário da equipa principal.

E foram muitos os Sócios que não perderam essa oportunidade, dos mais velhos aos mais novos e em família. Pisado o balneário, “vamos ao relvado e, a seguir, o Museu”, atirou Emanuel Simões, Sócio número

2919, que esteve em Alvalade com um dos seus filhos − “todos Sportinguistas”, garantiu − para festejar 50 anos de Sócio dos seus 53 de idade, reconhecendo-se, por isso, “muito contente”, como deixava entrever o seu sorriso.

“Sou Sportinguista desde que nasci, foi o meu avô que me fez Sócio e assim continuo. Estivemos na final do futsal, acompanhei todos os jogos em casa e o meu filho mais velho vem sempre comigo”, confessou Emanuel, antes de o pequeno Sportinguista ao seu lado acrescentar: “Foi a minha primeira vez no balneário e tirei fotografias em todos os lugares”.

A afluência ao longo do dia foi

assinalável e, entre muitas fotografias e momentos partilhados em família, foram várias as memórias guardadas deste dia sempre especial para juntar às muitas outras que construíram as décadas de ligação ao Clube que neste sábado se assinalaram. Para o Sócio Diogo Amaral, de 25 anos, este foi um “prémio de lealdade a um Clube”. Um dia que celebrou um passado em conjunto, mas de uma união que todos sabem eterna. “Não tenho palavras para descrever este dia, porque quem me conhece bem sabe que sou Sportinguista fanático. Vim cá receber [o emblema] os 25 anos e espero que sejam ainda 50, 75, até morrer”, sentenciou o jovem.

Viveu-se um dia emotivo e especial para todos os presentes

Cerimónia reuniu também os Sócios homenageados com vários atletas do Clube

Regime de portas abertas no Estádio contou com a adesão de muitos Sportinguistas

OPINIÃO

117 ANOS… ASSEMBLEIAS GERAIS, SÓCIOS E… SILVOS!!!

FUTEBOL FORMAÇÃO SUB-15

REACÇÃO NA SEGUNDA PARTE VALEU REVIRAVOLTA PARA TERMINAR A ÉPOCA

O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL está de PARABÉNS!!!

Completa 117 anos de gloriosa vida neste dia 1 de Julho!!! É uma grande data! A data de aniversário do nosso querido Clube, do Clube do nosso coração… do Clube que amamos!!! Sempre e para sempre!!! Há festejos públicos vários (como a fantástica e original festa com o Geirinhas /ADN de Leão no Coliseu!)!!! E há também a festa individual que cada um de nós, Sportinguistas, faz interiormente, em sintonia com o nosso Clube!!! As duas são fundamentais, as duas são “nossas”, as duas têm a dimensão e o valor do que é genuíno e autêntico!!! VIVA O LENDÁRIO SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

No passado sábado, por outro lado, noutro fundamental aspecto da vida do nosso Clube, houve lugar à importante Assembleia Geral visando a apreciação do orçamento para a próxima temporada e a discussão dos relatórios consolidados dos exercícios de 2018 a 2022.

Compareceram mais de 1100 sócios, tendo todos os pontos sido aprovados por uma larga e impressiva maioria, sempre superior a 70%! Uma afluência significativa, desde logo considerando o que se passa noutros clubes, bem como o facto de a Assembleia ocorrer já num sábado estival, em pleno “defeso futebolístico”.

Esta Assembleia − dirigida mais uma vez e de modo verdadeiramente exemplar pela “batuta” do presidente da respectiva MAG, o procurador Sr. Dr. João Palma − foi, ela própria, mais um momento da nossa vida associativa que de modo indiscutível comprovou a maturidade do Clube, a sensatez dos seus Sócios, a sua lucidez e a solidez dos propósitos e “linhas mestras” do rumo definido para o Clube. O presidente Frederico Varandas salientou bem, no seu discurso, esta questão do rumo, do foco e dos objectivos do Clube. O SPORTING sabe o que quer e os caminhos

que deve trilhar para manter a “bússola” sempre direccionada para os objectivos definidos. Assim continuaremos. Aprendendo também com os erros do passado, todos eles. O objectivo é mesmo só um: o crescimento e sustentado desenvolvimento do Clube, com vista a melhorar ainda mais o seu desempenho desportivo, para − em conjunto − o Sporting fazer jus ao seu lema e − depois do sempre imprescindível Esforço, Dedicação e Devoção − alcançar a Glória! No mesmo dia teve lugar a Cerimónia de entrega dos emblemas de 25 e 50 anos de Sócio do Sporting! Um momento fundamental da nossa vida associativa! Este ano foram “condecorados” (e − para nós, Leões − de uma verdadeira condecoração se trata… pois, por exemplo, eu, no meu emblema de 50 anos, além de assim o ter intimamente entendido e vivido, comovi-me e chorei… de alegria, genuína alegria!) mais de 1000 Sócios com o “emblema de prata” e para lá de 200 com o “emblema de ouro”. Números impressionantes e que de modo claro e insofismável bem atestam a lealdade e o amor ao Clube por parte de tantas e tantas centenas de associados! Bem hajam!

VIVA (especial VIVA neste seu 117.º Aniversário! ao Lendário SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!!!

P.s. − Mereceu pouco destaque na nossa comunicação social uma notícia desta semana que dava nota de um tribunal de Londres ter proibido um adepto do Manchester United de frequentar estádios de futebol durante quatro anos, por ofensas a outro grande clube inglês, no caso o Liverpool. Na circunstância esse adepto usava uma camisola − ironizando com os 97 adeptos mortos no desastre do Estádio de Hillsborough − na qual se podia ler “Not enough”! O profundo mau gosto e a desfaçatez desse adepto são manifestos! E que dizer cá no nosso burgo daqueles que imitam o silvo do very-light? Não conheço nenhuma punição − exemplar ou não − para os autores desse sinistro “silvo” de morte! Não há um arguido, não há uma pessoa julgada e condenada! É lamentável! E esclarecedora sobre o modo como quem de direito, incluindo os órgãos sociais da FPF e da Liga, olham para estes abomináveis comportamentos… mais preocupados e sensíveis a “assobios”, mas já fazendo “ouvidos moucos” a “silvos”… opções, lamentáveis opções!

A MEIA HORA DO FIM, A EFICÁCIA TOTAL DO CD TONDELA DEU PARA CHEGAR AO 0-2, MAS CERCA DE DEZ MINUTOS DEPOIS JÁ OS JOVENS LEÕES –COM UMA GRANDE RESPOSTA − TINHAM VIRADO O RESULTADO, QUE FICARIA SENTENCIADO PERTO DO ÚLTIMO APITO.

Texto: Xavier Costa

Fotografia: Isabel Silva

Foi preciso muita resiliência, mas a equipa sub-15 de futebol do Sporting Clube de Portugal recebeu e venceu, no passado domingo, o CD Tondela por 5-2 na 18.ª − e última – jornada da fase de apuramento de campeão do Campeonato Nacional do escalão. Desta forma, os iniciados Leoninos acabaram o campeonato com três vitórias seguidas e ficaram com o terceiro lugar (37 pontos). Sem perder tempo, os sub-15 do Sporting CP até ficaram muito perto de inaugurar o marcador por Ansumane Junior logo aos dois minutos, mas pouco depois seria o CD Tondela a ser feliz na sua primeira – e única na primeira parte − oportunidade: lançado no contra-ataque, Basti atirou cruzado para o fundo das redes e fez o 0-1, que obrigou desde logo a formação verde e branca a ter de reagir. Os jovens Leões fizeram-se de imediato com o controlo do jogo, que se tornou de sentido único (67%33% em posse de bola ao intervalo), e ameaçaram constantemente a baliza de um inspirado Rodrigo Silva (4-1 em remates enquadrados), embora sem sucesso na finalização – o agitador Chris Grombahi foi liderando a reacção verde e branca. Além disso, o início dos segundos 40 minutos acabou por repetir o filme da primeira parte, favorável ao CD Tondela: aos 50 minutos, Carrera surgiu na cara de Alexey Perestov e atirou para o 0-2 naquele que foi o segundo remate enquadrado dos beirões. Ainda assim, os jovens Leões não deitaram a toalha ao chão apesar do novo golpe sofrido e, agora,

Iniciados fecharam época com a terceira vitória consecutiva

responderam à altura apenas três minutos depois: o capitão Simão Soares arriscou ‘do meio da rua’ e com um grande golo indicou o caminho, relançando a partida no Estádio Aurélio Pereira, na Academia Cristiano Ronaldo. Seguiu-se então o melhor período do conjunto verde e branco. E se o golo do empate, de Grombahi, não tardou mais do que dez minutos a chegar, logo no lance a seguir os iniciados do Sporting CP completaram, finalmente, a merecida reviravolta. Estefânio Ruben saltou do banco e a toda a velocidade ficou cara-a-cara com o guarda-redes adversário e

bateu-o com classe para o 3-2. Depois, os visitantes ainda tentaram sair, pelo menos, com um ponto do encontro e até acertaram no poste da baliza verde e branca na sequência de uma bola parada, porém foram os Leões a marcar e por duas vezes. Já em cima dos 80’, Simão Soares bisou e o recém-entrado Manuel Lamúria fixou o 5-2 final em período de descontos - antes do apito final, Estefânio Ruben ainda foi expulso, tal como um jogador do CD Tondela. Triunfo suados para os jovens Leões e ponto final em 2022/2023 também para os iniciados.

BERNARDO BRUSCHY: “FELIZES PELO CRESCIMENTO EM EQUIPA”

Após a partida, o treinador falou à Sporting TV e começou por analisar a partida, que, lembrou, “não estava nada fácil”.

“Acabámos a ganhar e a jogar bem, mesmo com o resultado um pouco atribulado e a termos de dar a volta a um jogo que não estava fácil, porque a 30 minutos do fim estávamos a perder por 0-2. É também um sinal do crescimento destes miúdos e enquanto equipa soubemos melhorar bastante a nível emocional, principalmente. É sinal de evolução e é para isso que estamos aqui”, resumiu o técnico, que fez ainda um balanço “positivo” desta temporada, sobretudo, “pelo crescimento em equipa”, sublinhou.

25 de Junho de 2023 | Campeonato Nacional – Fase Apuramento de Campeão – 18.ª jornada | Estádio Aurélio Pereira

SPORTING CP

Simão Soares (53’, 80’)

Chris Grombahi (63’)

CD TONDELA 5 - 2

Manuel Lamúria (80+3’) Basti (5’) Carrera (50’)

Estefânio Ruben (64’)

(0-1 ao intervalo)

Sporting CP: Alexey Perestov [GR], Ricardo Yordanov (Afonso Ribeiro, 72’), Santiago Fernandes, Júlio Vieira, Suleimane Baldé, Leonardo Tavares, Brandão Batista (Estefânio Ruben, 57’), Simão Soares, Ansumane Junior, João Valente e Chris Grombahi (Manuel Lamúria, 72’). Treinador: Bernardo Bruschy. Disciplina: cartão vermelho a Estefânio Ruben (80+5‘).

Tito Arantes Fontes

ALVALADE RECEBE ‘CHAMPIONS’ FEMININA 2024/2025

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL CANDIDATOU-SE COM O ESTÁDIO JOSÉ ALVALADE E A UEFA DEU SINAL ‘VERDE’.

O Estádio José Alvalade vai receber a final da Liga dos Campeões feminina em 2024/2025, sucedendo ao Estádio de San Mamés, em Bilbau – Espanha, que vai receber a final da prova na próxima temporada.

A decisão foi tomada pelo Comité Executivo da UEFA que esteve reunido, na quarta-feira, em Nyon, na Suíça.

Foi a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) que escolheu Lisboa e o estádio do Sporting Clube de Portugal e apresentou a candidatura, acabando por ganhar a corrida a Istambul, que recebeu a última edição da Liga dos Campeões masculina.

Esta será a segunda final de uma

competição da UEFA a realizar-se no reduto Leonino, a primeira foi a final da Taça UEFA em 2004/2005, que colocou frente-a-frente o próprio Sporting CP e o CSKA Moscovo.

“Congratulamo-nos com a decisão da UEFA de escolher o nosso estádio para a final da Liga dos Campeões feminina em 2024/2025. Foi a FPF que apresentou a candidatura com o Estádio José Alvalade e, por isso, agradecemos também à Federação a escolha. Para nós é uma honra o Estádio José Alvalade receber a final de uma prova desta dimensão. O futebol feminino tem vindo a crescer por todo o Mundo e, felizmente, Portugal e o Sporting CP têm acompanhado esse crescimento e ajudado a que seja cada vez maior. Orgulhamo-nos de

ser um clube formador também no futebol feminino e de sermos um dos clubes portugueses que mais jogadoras dá aos diferentes

escalões da Selecção Nacional. A aposta continuará a ser feita em prol do Clube, mas também de Portugal e de um desporto que

merece ter cada vez mais praticantes”, disse André Bernardo, vice-presidente do Clube e administrador da SAD verde e branca.

Texto: Maria Gomes de Andrade

Fotografia: José Lorvão

Estádio José Alvalade recebeu a final da Taça UEFA em 2004/2005

FUTEBOL FORMAÇÃO

AGRILOJA CUP JUNTOU FUTUROS CRAQUES DE TODO O PAÍS EM ALCOCHETE

ENCONTRO NACIONAL DAS ESCOLAS ACADEMIA SPORTING APROXIMOU CRIANÇAS E JOVENS DO SONHO DE UM DIA CHEGAREM À EQUIPA PRINCIPAL VERDE E BRANCA

“É um orgulho estar aqui na Academia”

Quanto aos participantes, que deram a conhecer os seus dotes futebolísticos sob o olhar atento do mítico caça-talentos Aurélio Pereira, mostraram-se muito satisfeitos por poderem ir a jogo na Academia. “É a minha primeira vez cá e está a ser óptimo, é uma experiência agradável. É um orgulho estar aqui”, revelou Martim Arede, de 12 anos, que actua na EAS de Ribeira de Frades, em Coimbra. “Joguei futsal nove anos, mas quis tentar um desporto novo, fui experimentar e gostei”, revelou o jovem, que não teve dúvidas em indicar Marcus Edwards como a sua maior inspiração: “Ele faz a mesma posição que eu e também puxo para o meio para rematar, baseio-me muito nele”.

Cerca de 750 crianças e jovens de 21 Escolas Academia Sporting (EAS) de todo o país reuniram-se no último sábado na Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete, para participarem na Agriloja Cup, torneio organizado pelo Sporting Clube de Portugal em conjunto com o patrocinador do futebol de formação verde e branco. Depois de ter passado no fim de Maio por Alvalade, onde estiveram representados os escalões de sub-5, sub-7, sub-9 e sub-11, desta vez a prova foi disputada no quartel-general Leonino, com a presença das equipas sub-13 e sub-15. Os participantes, oriundos dos quatro cantos do território nacional, viajaram desde locais como Viana do Castelo, Vizela, Leiria, Torres Vedras ou até mesmo do Funchal, na Madeira, para viverem um dia diferente. Além da oportunidade de jogarem no local onde trabalham diariamente a formação e o futebol profissional, alimentaram o sonho

de ali um dia chegarem, numa experiência partilhada com as famílias que também aproveitam para conhecer o espaço.

Apesar do calor intenso que se fez sentir durante toda a manhã e tarde, e que obrigou a paragens constantes para que os jovens craques pudessem hidratar-se e repor energias, boa-disposição foi coisa que não faltou. A presença do Jubas fez as delícias de miúdos e graúdos e coloriu ainda mais este encontro anual, que teve como principais objectivos quebrar barreiras e aproximar as diferentes escolas de formação e a casa-mãe, o expoente máximo da criação de novos talentos.

crianças”

De acordo com o responsável do departamento de projectos desportivos na área internacional e de comunicação, André Resendes, o balanço desta iniciativa não podia ser mais positivo, dado que permitiu “consolidar a união entre todas as academias”.

“É uma forma de juntar toda a gente, num ambiente de grande festa, e de oferecer a oportunidade de estarem numas instalações muito especiais no panorama desportivo nacional e internacional. Acaba por ser uma experiência diferente”, começou por dizer em declarações aos meios de comunicação Leoninos. “Além disso, esta actividade é uma forma de alimentar o sonho que estas crianças têm de chegar aqui, algo que é importante, fomentando ao mesmo tempo o desporto e o trabalho do Clube”. Para que tudo isto fosse possível, foi fundamental contar com o apoio da Agriloja, que desde 2019 assumiu o papel de main sponsor do futebol de formação Leonino. “É o nosso patrocinador que faz isto acontecer, a Agriloja foi crucial para gerar algo desta dimensão e tão especial como é juntar miúdos com um sonho para potenciar o prazer de desfrutar de um dia na Academia com a camisola do Sporting CP”, frisou André Resendes, lembrando que entre a primeira actividade, em Alvalade, e esta

segunda, na Academia, estiveram presentes entre duas e três mil crianças. Já o treinador da EAS dos Olivais Sul, João Esteves, falou num dia “fantástico”. “Já tinha estado na Academia pois tem havido outras actividades além desta, mas é um bom momento para os miúdos e para nós também porque conseguimos conviver com os treinadores de outras academias. Somos todos Sporting CP e é bom estarmos aqui a conviver e a conhecermo-nos melhor. O feedback é positivo”, apontou o técnico, sublinhando em seguida o facto de esta visita transmitir às crianças a mensagem de que é possível atingir a formação e, mais tarde, a equipa principal do Clube. “Tanto os jogadores como o staff técnico têm os seus sonhos e é importante sabermos que é possível chegar até aqui. Para os miúdos, é bom verem que é um objectivo palpável e sentirem o que é estar cá. Desta vez é apenas uma actividade, mas podem eventualmente vir para aqui definitivamente no futuro quando subirem a escalões superiores”.

Por sua vez, Rodrigo Remtula, de 13 anos, representa a EAS dos Olivais Sul e confessou ser um “orgulho jogar na Academia”. “Nunca pensei usar o símbolo do Sporting CP ao peito, achei que era algo distante, mas cá estou eu”, atirou, não escondendo, no entanto, alguma ansiedade. “Estou nervoso pois quero ser jogador, mas não sei se esse será o meu futuro. Vou perseguir esse sonho e ser o melhor que conseguir”, garantiu, ele que viu a paixão pelo Sporting CP nascer “ao ver os grandes”: “Sempre gostei do Cristiano Ronaldo, teve grande influência e jogou aqui”.

Já Inês Cardoso, de 13 anos, mostrou-se impressionada com as infra-estruturas. “Imaginava que fosse mais pequeno, mas já vi o campo onde a equipa principal treina, algo que sempre quis”, referiu a jogadora da EAS da Amadora, habituada a partilhar o relvado com rapazes. “É sempre bom jogar com eles pois têm mais intensidade e puxam mais por mim”, explicou, ela que admira Ana Borges e tem um sonho. “Quero jogar no Sporting CP, desde pequena que gosto do Clube e de futebol. A paixão nasceu dos meus pais e avós, sempre me incentivaram e aqui sou feliz”.

“Forma de alimentar sonho das

Texto: Pedro Ferreira

Fotografia: Sporting CP

Jovens mostraram os seus dotes em vários relvados da Academia

PODCAST

ADN DE LEÃO DIZ ADEUS EM PLENO COLISEU

O PODCAST VERDE E BRANCO TERMINA NO DIA 1 DE JULHO COM UM EPISÓDIO AO VIVO NO COLISEU DOS RECREIOS, EM LISBOA. FORAM QUASE 115 EPISÓDIOS NOS

QUAIS SE CONHECERAM MELHOR OS PROTAGONISTAS LEONINOS DA ACTUALIDADE E ONDE ATÉ SE REVELOU A RENOVAÇÃO DE RÚBEN AMORIM.

Depois de 113 episódios, o ADN de Leão chega ao fim, mas o derradeiro episódio do podcast oficial do Sporting Clube de Portugal vai ser diferente dos 112 já lançados: o último vai ser ao vivo e em pleno Coliseu dos Recreios, em Lisboa, no dia 1 de Julho, dia do 117.º aniversário do Clube, às 21h30. Guilherme Geirinhas, que apresentou praticamente uma centena de episódios, comandará o derradeiro ADN de Leão e contará com vários convidados. Do futebol às modalidades, serão nove protagonistas – Sebastián Coates, Pedro Gonçalves, Antonio Adán, Dário Essugo, Rita Fontemanha, Ana Teles, Bernardo Paçó, Tomás Paçó e Hugo Neves – que durante cerca de hora e meia participarão no adeus do ADN de Leão, que desta vez contará também com centenas de Sportinguistas a assistir in loco

PODCAST COMEÇOU EM DEZEMBRO DE 2020

O Sporting CP lançou o ADN de Leão em Dezembro de 2020 contando, ao longo destes mais de dois anos e meio, com três anfitriões: as radialistas e Sportinguistas Joana Cruz e Ana Galvão e o comediante e também Sportinguista Guilherme Geirinhas.

Já protagonistas foram dezenas. O podcast verde e branco deu a conhecer vários atletas e alguns treinadores do futebol, das modalidades de pavilhão e não só. Pelo ADN de Leão passaram vários Leões e Leoas do atletismo, automobilismo, natação, rugby e surf, entre tantas outras modalidades mais, que confirmaram o ecletismo do Clube.

Primeiro de forma individual – até ao episódio 73 – e depois em duplas, num formato que levou os Sportinguistas a muitas gargalhadas.

O ADN de Leão fez-se de bons momentos, de muitas revelações, da actualidade e também do passado, contado inclusive com a presença da lenda Manuel Fernandes logo no segundo episódio.

CENTENAS DE HORAS, MILHÕES DE VISUALIZAÇÕES E NOTÍCIAS NOS JORNAIS

O sucesso do ADN de Leão revelou-se logo desde o primeiro episódio, passando a ser conversa dos Sportinguistas e motivo de ansiedade a cada semana: “Quem será o próximo convidado?” passou a ser uma pergunta frequente nas redes sociais, seguida de várias sugestões. O podcast verde e branco foi pensado para os Sócios e adeptos do Sporting CP e o feedback não poderia ter sido melhor desde o primeiro momento, com os Sportinguistas a tornarem-se também parte activa do mesmo. Ainda assim, o sucesso foi tal

que o ADN de Leão, que teve mais de uma centena de horas de emissão, teve milhões de visualizações e foi visto também por adeptos de outros clubes, tanto no Youtube como nas plataformas de podcast, como o Spotify, assim como na Sporting TV

As muitas conversas que se tiveram no ADN de Leão levaram até diversos órgãos de comunicação social a escrever sobre o podcast Leonino e a fazer notícias sobre aquilo que ali foi dito.

RENOVAÇÃO DE RÚBEN

AMORIM REVELADA NO ADN DE LEÃO

Depois de ter feito correr muita tinta, tanto o ADN de Leão, como a renovação de Rúben Amorim, a continuidade do técnico verde e branco foi revelada no episódio 89.º do podcast Leonino.

O treinador da equipa principal de futebol do Sporting CP, foi ‘raptado’ após assinar novo

contrato e foi ao microfone do ADN de Leão que revelou a novidade.

Este acabou por ser o episódio mais curto de todos, porque o técnico não gosta muito de entrevistas, mas foi um dos que teve maior sucesso pelo carisma de Rúben Amorim e pela grande novidade que foi dada.

PAULINHO, O ROUPEIRO, NO EPISÓDIO 100

O roupeiro Paulinho, que é uma das figuras mais emblemáticas do Sporting CP, foi o convidado no episódio 100 do ADN de Leão, depois de já ter ‘invadido’ algumas vezes o estúdio.

Guilherme Geirinhas visitou Paulinho em casa, acompanhou-o no seu dia-a-dia e em estúdio proporcionou-lhe várias surpresas, com a visita de alguns colegas de trabalho e alguns jogadores que recordaram várias histórias do roupeiro.

Texto: Maria Gomes de Andrade Fotografia: Sporting CP

GUILHERME GEIRINHAS: “ESTIVE SEMPRE NA CADEIRA DE SONHO”

GUILHERME GEIRINHAS FEZ A ‘ANTEVISÃO’ AO ÚLTIMO ADN DE LEÃO, RECORDANDO OS QUASE 100 EPISÓDIOS QUE CONDUZIU.

112 episódios e agora o último, desta vez ao vivo. Foram mais de dois anos e meio de ADN de Leão que acabam em grande: o que podemos esperar no dia 1 de Julho?

Podem esperar momentos, situações e quem sabe até alguns acontecimentos. É assim que os treinadores fazem quando querem ser vagos o suficiente para não revelar demasiado a sua estratégia, não é?

Ainda assim, mesmo sem saberem muito, porque razão é que as pessoas devem ir ao Coliseu assistir ao último ADN de Leão?

Em primeiro lugar, para não termos de contratar figurantes para colocar na plateia. Em segundo, pelos atletas que podiam estar numa praia a beber pinacoladas, mas interromperam as férias para ir ao Coliseu a um sábado à noite.

Recordando aquilo que foi este podcast... o ADN de Leão deu a conhecer atletas e treinadores de (quase) todas as modalidades do Sporting CP. Quem foi o mais difícil de entrevistar? Porquê?

Vou falar precisamente disto no espectáculo. Por isso, têm de ir para saber…

E o mais fácil, pode saber-se qual foi?

O mood das conversas depende sempre do momento

que se vive. Os episódios do Paulinho e do [Eduardo] Quaresma foram gravados depois de sermos campeões, por isso talvez tenham sido os mais fáceis de fazer. Foi mais difícil gravar em semanas em que as coisas não correram tão bem. Eu próprio sou doente pelo Sporting CP e também tenho de contrariar o meu mau-feitio numa semana em que o Sporting CP perde, por exemplo, no hóquei. Mas, felizmente o Sporting CP perde pouco, o que me facilitou muito o trabalho.

Muitas vezes, só depois de vermos o resultado final é que percebemos que podíamos ter perguntado algo mais. Ficou alguma pergunta por fazer? A quem? Ficam sempre coisas por dizer, mas os melhores episódios foram aqueles em que eu quase não tive de falar. Foram aqueles em que os atletas estavam tão à vontade que só faltava estarem com os pés em cima da mesa. As pessoas queriam ouvir os atletas, eu só estava lá para os provocar.

E ficou algum entrevistado por receber? Quem gostava de ter entrevistado que não entrevistou?

Sim, gostava muito de ter entrevistado o Tiago Tomás e o Hector Bellerín.

Em quase 100 episódios que o Guilherme Geirinhas conduziu, foi prometendo várias coisas e já cumpriu

numa espécie de mini edição do ADN de Leão. Houve algum episódio que o tenha marcado mais?

O último em que fui ao judo e o Jorge Fonseca deu cabo de mim. Marcou-me muito, literalmente.

Foi o desafio mais difícil de concretizar?

Sim, juntamente com o do rally. Esses dois deram cabo de mim. Ah, é verdade, e tenho de activar o seguro de saúde por causa disso. Com quem é que falo para conseguir a minha indemnização?

O ADN de Leão foi ouvido por milhares de pessoas, muitas até de outros clubes. Foi, de facto, um conteúdo marcante. Que balanço faz?

Estive sempre na cadeira de sonho. O mais difícil foi conter o meu deslumbramento por estar a entrevistar atletas do meu clube. Por fora tinha sempre de aparentar que aquilo era só mais um dia, mas por dentro o meu cérebro estava a cantar ‘O Mundo Sabe Que’ aos soluços.

Acaba o ADN de Leão, mas podemos esperar coisas novas do mesmo género?

Vamos pensar jogo a jogo, temos um importante episódio ao vivo para fechar o campeonato. Na próxima época, falamos. Um abraço a todos os que acompanharam o ADN de Leão, viva o Sporting CP.

Guilherme Geirinhas conduziu quase todos os episódios do ADN de Leão

MODALIDADES JOGOS EUROPEUS

LEÕES E LEOAS EM ACÇÃO NOS JOGOS EUROPEUS

VITÓRIAS, MEDALHAS, RECORDES NACIONAIS E PESSOAIS E VÁRIAS PRESTAÇÕES DE BOM NÍVEL NA POLÓNIA.

O Sporting Clube de Portugal contou com dezenas de atletas a participarem nos Jogos Europeus − que estão a decorrer em Kraków e Małopolska, na Polónia − nos últimos dias, alguns deles com resultados de grande relevo.

Auriol Dongmo, dando continuidade ao bom momento que atravessa, venceu a prova do lançamento do peso no atletismo − que funcionou como Campeonato da Europa por equipas na modalidade, com Portugal a conseguir a permanência na divisão mais elevada.

Na última sexta-feira, a portuguesa ficou na primeira posição com 19,07 metros, superando a concorrência da alemã Yemisi

Ogunleye (18,85 metros) e da sueca Axelina Johansson (18,32 metros). Auriol Dongmo conseguiu a marca no quarto ensaio, tendo sido suficiente para arrecadar o triunfo.

“Entrei um bocadinho nervosa na competição. Nada estava a fluir como treinámos. (...) Sempre que não chego logo aos 19 metros ficou ansiosa, não estava a gerir a competição. Felizmente assentei e consegui os 19,07 metros, que sei que não é o melhor, mas percebi que era suficiente”, disse Auriol Dongmo em declarações reproduzidas pela Federação Portuguesa de Atletismo.

No mesmo dia, João Coelho foi segundo nos 400 metros com 45’’05, novo recorde nacional.

O Leão perdeu apenas para o norueguês Håvard Bentdal Ingvaldsen, que bateu o recorde dos campeonatos com 44’’88. Na terceira posição ficou Liemarvin Bonevacia (Países Baixos), com 45’’06.

“Podia ter sido abaixo dos 45 segundos. Sei que tenho de ser mais rápido nos primeiros 100 metros, mas ainda consegui reagir um pouco na fase final. (...)

Não me senti nervoso. Se estou nesta série principal é porque tenho tanto valor como eles e todos somos favoritos. Aqui não contam os recordes pessoais, mas sim o que valemos hoje. Temos é de correr bem. (...) Sinto que os 44 segundos estão bem mais perto, hoje era um bom dia, ainda não deu, mas sei que vou lá chegar”, contou o corredor. Bons resultados ao longo do atletismo nos Jogos Europeus conseguiram, também, os quarto classificados Liliana Cá (lançamento do disco) e Tiago Pereira (triplo salto), Laura Taborda (quinto lugar nos 3000 metros)

e Cláudia Ferreira (sexto lugar e recorde pessoal de 55,82 metros

no lançamento do dardo).

Carlos Nascimento (décimo nos 100 metros e 11.º nos 4x100 metros), Cátia Azevedo (oitava nos 400 metros e sétima nos 4x400 metros mistos em conjunto com João Coelho), Marta Onofre (16.ª no salto com vara), Evelise Veiga (12.ª no triplo salto), Lorène Bazolo e Rosalina Santos (nonas nos 4x100 metros com recorde nacional de 44’’27), Patrícia Silva (oitava nos 800 metros), Anabela Neto (oitava no salto em altura) e Rúben Amaral (16.º nos 5000 metros) também competiram na Polónia. Beatriz Andrade, Carina Vanessa e Mauro Pereira haviam sido convocados para as estafetas, mas

acabaram por não entrar em pista.

Ao serviço da Ucrânia, na segunda divisão europeia, Roman Kokoshko foi segundo no lançamento do peso (20,46 metros) e Erik Kostrytsya ajudou a equipa a vencer os 4x100 metros (39’’03).

Já no rugby de seves, a Leoa Kristyna Plevova ajudou a Chéquia a conquistar a medalha de bronze ao superar, no jogo decisivo, a Bélgica por 17-24. Por Portugal, Adelina da Costa e Marta Pedro contribuíram para o oitavo lugar na classificação geral.

No tiro, o Leão João Costa foi quinto classificado na prova de

pistola de ar comprimido a 10 metros. Na mesma disciplina, mas em pares mistos, fez dupla com Joana Castelão e terminou na 25.ª posição. Já no karate, Tiago Duarte competiu em kumite − 75kg e saiu derrotado dos combates com o italiano Daniele de Vivo e com o ucraniano Andrii Zaplitnyi, tendo empatado com o azeri Farid Aghayev. Assim, ficou fora da disputa das medalhas.

Restam agora três Sportinguistas nos Jogos Europeus: Ana Agulhas, Diogo Luís e Diogo Brites. Os três atletas fazem parte da equipa portuguesa que vai amanhã, sábado, disputar a prova mista por equipas de judo.

Texto: Luís Santos Castelo

Fotografia: FPA/Sportmedia

Auriol Dongmo voltou a conseguir mais um resultado de grande nível em provas internacionais

MODALIDADES TÉNIS DE MESA

OCTACAMPEONATO NACIONAL FECHA ÉPOCA COM CHAVE DE OURO

NOVO 3-0 SOBRE O CD SÃO ROQUE GARANTIU PLENO DE TROFÉUS EM 2022/2023. SÃO JÁ 40 OS TÍTULOS NACIONAIS DA MODALIDADE VERDE E BRANCA E ESTE FOI O OITAVO CONSECUTIVO – DE 2016 EM DIANTE SÓ O SPORTING CP TEM LEVANTADO O TROFÉU.

AS PALAVRAS DOS CAMPEÕES

Parece fácil, mas não é e a hegemonia verde e branca continua. A equipa principal masculina de ténis de mesa do Sporting Clube de Portugal garantiu, no passado sábado, a conquista do Campeonato Nacional ao voltar a bater o CD São Roque, por 3-0, no segundo jogo da final dos play-offs, disputado, desta vez, no Multidesportivo do Estádio José Alvalade.

Levantou-se, assim, nada mais e nada menos do que o 40.º título nacional na modalidade do palmarés verde e branco e o oitavo consecutivo para os insaciáveis Leões de Chen Shi Chao. Desta forma, a equipa verde e branca encerrou 2022/2023 da melhor maneira, completando o pleno de troféus nacionais conquistados esta época: Supertaça, Taça de Portugal e, agora, o Campeonato Nacional.

Além disso, tal como tinha acontecido em 2018/2019, desta vez o Sporting CP conseguiu voltar a juntar a conquista dos títulos nacionais masculino e feminino na mesma temporada,

alargando a hegemonia no ténis de mesa nacional.

Ora, para lá chegar, o conjunto verde e branco teve de voltar a superar os madeirenses do CD São Roque, emblema que tinha acabado a fase regular no segundo lugar, enquanto os Leões acabaram líderes e sem qualquer derrota. Após o 0-3 na Madeira, foi com mais uma exibição irrepreensível e igual resultado que tudo se decidiu, no Multidesportivo, a favor do Sporting CP.

FIBRA DE CAMPEÃO

No duelo inaugural de pares, a dupla Leonina composta por Diogo Carvalho e Diogo Silva até entrou em falso frente a Tiago Li e Humberto Júnior (8-11), mas − com a ajuda dos Sportinguistas que foram enchendo as bancadas e se começaram a fazer ouvir – rapidamente se reencontrou e respondeu à altura: os parciais seguintes de 11-5, 11-5 e 13-11 resultaram na reviravolta e o primeiro set na decisão pendeu para o Sporting CP (1-0) − e o sentido do encontro nunca mais se inverteu.

Depois foi a vez de Diogo Chen − de regresso a casa depois de ter saído em 2017 do Clube, onde se formou − entrar em jogo no primeiro embate em singulares para enfrentar Tiago Li. Concentrado e muito assertivo, o mesa-tenista Leonino de 26 anos foi implacável e com um indiscutível 3-0 (11-5, 11-6, 117), onde esteve sempre no comando, deixou o Sporting CP a um set do título.

Ora, foi com essa responsabilidade que o capitão Diogo Carvalho partiu para o cara-a-cara com André Silva. O experiente atleta verde e branco venceu e convenceu primeiro (11-6) e caiu no seguinte (7-11), antes de arrancar de forma definitiva para a conquista do oitavo Campeonato Nacional consecutivo dos Leões. Com um expressivo 11-4 seguido de um suado 119, as contas ficaram seladas e o título entregue, mais uma vez rumo ao Museu Sporting. Assim, com festa de novo a verde e branco, fechou-se 2022/2023 também no ténis de mesa e a turma de Alvalade continua a reinar de forma hegemónica na modalidade.

CHEN SHI CHAO, TREINADOR

“Parabéns à minha equipa, a todos os Sportinguistas, ao Clube e à Direcção. Nunca é fácil, mas no fim conseguimos chegar ao objectivo. É difícil manter o nosso nível e só é possível dia-a-dia. Obrigado aos Sócios que vieram ver o ténis de mesa, esteve muita gente”.

MIGUEL ALMEIDA, COORDENADOR DA SECÇÃO

“Todos os anos se torna mais difícil, porque os adversários também se preparam e querem ser os primeiros a conseguir derrotar-nos. Dá muito trabalho. Na fase regular tivemos quase 20 pontos de avanço, mas que se podiam perder nos play-offs. Os jogos foram equilibrados, bem disputados e o Sporting CP mereceu nitidamente ganhar. Foi uma época brilhante a todos os níveis: campeões nacionais seniores em masculinos e femininos, Taça de Portugal e Supertaça [em masculinos] e campeões em sub-19 femininos. Temos um grupo de jovens, com 11 e 12 anos, que estamos a preparar para poderem ser o futuro da modalidade e do Clube.”

DIOGO CHEN

“Obviamente que é um feito muito bom para o nosso Clube, tendo-o ganho oito vezes seguidas. É sempre uma satisfação enorme ganhar o campeonato, é o troféu mais especial, porque treinámos durante toda a época para o vencer. Quero agradecer a todos os adeptos que vieram apoiar a nossa equipa. Temos de continuar a trabalhar para que na próxima época seja outra vez para nós”

DIOGO SILVA

“Sabe sempre bem. Já são oito títulos seguidos, é importante para o Clube e é sempre bom continuar a fazer História. Começámos a treinar em Agosto e acabámos agora, quase em Julho. A Taça de Portugal e a Supertaça são competições de fim-de-semana, mais curtas, enquanto no campeonato temos uma fase regular e conseguimos acabá-la também sem derrotas. Chegando aos play-offs, sabemos que somos o alvo a abater e isso é muito difícil. Acabar a época e vencer os três troféus é perfeito e temos de nos sentir orgulhosos.”

DIOGO CARVALHO, CAPITÃO

“É uma alegria enorme poder dar este troféu aos adeptos do Sporting CP. Penso que fomos claramente os mais fortes durante toda a época, não perdemos nenhum jogo na fase regular e agora nos play-offs também não. A época é longa, as equipas são fortes, mas nós demonstramos o nosso valor. Acho que somos uns justos vencedores deste Campeonato Nacional. Parece fácil, mas é muito trabalho e muita dedicação todos os dias. Ganhámos os três troféus [da época] e espero fazer o mesmo na próxima época.”

Texto: Xavier Costa Fotografia: João Pedro Morais

Festa fez-se a verde e branco pela oitava época seguida

MODALIDADES FUTSAL

TAYNAN REGRESSA E É REFORÇO PARA O FUTSAL

APÓS DUAS TEMPORADAS EM ESPANHA, O ALA/PIVÔ ESQUERDINO VOLTA AO SPORTING CP, ONDE VENCEU TUDO E FOI MAIS FELIZ, ADMITIU: “FORAM OS DOIS MELHORES ANOS DA MINHA VIDA E DA MINHA CARREIRA”. AGORA, “A VONTADE DE VENCER E A LOUCURA (RISOS) CONTINUAM AS MESMAS”, ACRESCENTOU.

O primeiro reforço para os Leões do futsal é uma cara bem conhecida dos Sportinguistas. Vindo da AD ElPozo Murcia FS, Taynan está de volta ao Sporting CP e vai reforçar as opções de Nuno Dias já para 2023/2024.

No momento da assinatura, que contou com as presenças de Miguel Afonso e Rodrigo Pais de Almeida, ambos membros do Conselho Directivo, o canhoto de 30 anos não escondeu a sua satisfação pelo regresso nem a “ansiedade por começar os trabalhos”, referiu à Sporting TV. “Não vejo a hora de vestir a camisola de treino e a de jogo e representar este clube. Nunca devia ter saído daqui”, acrescentou ainda o internacional pelo Cazaquistão.

Taynan jogou de Leão ao peito durante duas temporadas, em 2019/2020 e 2020/2021, onde fez 63 jogos e 37 golos e venceu de tudo um pouco: uma UE-

FA Futsal Champions League (2020/2021), um Campeonato Nacional (2020/2021), uma Taça de Portugal (2019/2020), uma Supertaça (2019) e uma

Taça da Liga (2020/2021). E por tudo isso, o novo reforço verde e branco não tem dúvidas: “Foram os dois melhores anos da minha vida e da minha carreira. Ganhei tudo aqui, tudo o que eu sonhava consegui conquistar e espero fazer isso de novo”. Além disso, o ala/pivô canhoto confessou que foi fácil tomar a decisão de regressar ao Sporting CP, uma vez que também a sua família guarda “boas recordações” dos anos passados no futsal verde e branco. “Eu saí daqui sem querer sair. Arrependi-me logo, mas assim que surgiu esta nova oportunidade fiquei muito feliz. Damo-nos muito bem, eu, a equipa técnica e os jogadores. Nunca deixei de acompanhar o

Sporting CP e de torcer, o que só fez aumentar a minha vontade de voltar”, admitiu.

Agora, Taynan considera-se “mais experiente” após duas temporadas em Espanha, onde reconhece que cresceu “muito mentalmente”. Por sua vez, “a vontade de vencer e a loucura (risos) continuam as mesmas”, realçou, acrescentando: “Podem ter a certeza que vou dar a minha vida para conquistar tudo o que este clube disputar”.

Por fim, o reforço dos Leões dirigiu-se também aos Sportinguistas, os quais nunca esqueceu. “Não vejo a hora de voltar ao Pavilhão João Rocha para voltar a sentir o calor dos adeptos. É surreal, eles não se cansam nunca. Vi a final da UEFA Futsal Champions League e estavam lá em Palma a apoiar a equipa. Isso encanta-me,

deixa-me muito feliz”, destacou, concluindo: “Juntámos as nossas vontades e vou dar tudo por vocês. Espero conquistar todos os meus sonhos aqui e tenho a certeza de que vão ficar satisfeitos, porque vamos entregar-nos todos os dias”.

REGRESSO DE UM “JOGADOR DE TOP MUNDIAL”

Depois, Rodrigo Pais de Almeida também falou à Sporting TV, enaltecendo primeiramente a reunião de vontades que possibilitou o regresso de Taynan.

“Acho que era uma grande vontade de toda a gente, em primeiro lugar da equipa técnica. Desde o início da preparação da próxima época tínhamos identificado o Taynan para tentar o seu regresso a Portugal. Era

uma grande vontade também dos Sócios, que fizeram muitos apelos nas redes sociais para este regresso, mas também houve uma grande vontade do Taynan. Foi muito importante para nós sentir esse desejo. O próprio jogador abdicou de muito para vir e estamos muito felizes por isso”, sublinhou, realçando que está de volta um “jogador de top mundial”.

“E ter um jogador de top mundial

que passa nesta casa, sai para uma das melhores ligas do mundo, como a espanhola, e que rapidamente percebeu que não devia ter saído de onde foi feliz, demonstra também a forma como os jogadores são acarinhados no Sporting CP e como esta equipa não se esquece de quem sai de cá. Sempre que podemos, sabe bem trazê-los de volta”, finalizou o membro do Conselho Directivo.

BILHETE DE IDENTIDADE

Nome: Taynan da Silva Rego

Data de nascimento: 12 de Fevereiro de 1993 (30 anos)

Nacionalidade: brasileira e cazaque

Posição: ala/pivô

Clubes anteriores: AD Jaraguá (Brasil), Mes Sungun FSC (Irão), Kairat AFC (Cazaquistão), Sporting CP, AD ElPozo Murcia FS (Espanha)

Internacional pelo Cazaquistão

Texto: Xavier Costa

Fotografia: João Pedro Morais

“Foram os dois melhores anos da minha vida”, foi assim que o ala recordou a sua anterior passagem no Clube

MODALIDADES ANDEBOL

PEDRO PORTELA DE REGRESSO A ALVALADE

INTERNACIONAL PORTUGUÊS É O PRIMEIRO REFORÇO DO ANDEBOL PARA 2023/2024, NAQUELA QUE SERÁ

A SUA SEGUNDA EXPERIÊNCIA AO

SERVIÇO DO SPORTING CP.

Pedro Portela está de regresso a uma casa que bem conhece. O experiente ponta-direita de 33 anos, que representou o Sporting Clube de Portugal durante onze épocas, entre 2007 e 2018, antes de se transferir para França, é o primeiro reforço da equipa de andebol do emblema de Alvalade para a temporada 2023/2024, juntando-se assim ao plantel liderado por Ricardo Costa.

“Não podia estar mais contente por voltar a um clube em que fui muito feliz e no qual joguei onze anos, esta é a minha casa. Estou desejoso que comece a nova época, quero deixar uma palavra aos Sportinguistas e dizer que vamos lutar por todas as competições. Tenho acompanhado bastante esta equipa e estou feliz por juntar-me a um projecto ambicioso que quer ganhar títulos”, começou por afirmar em declarações aos meios de comunicação do Clube.

“Chego focado em ajudar um grupo unido e jovem, com vontade de trazer de volta o troféu de Campeão Nacional. Sou um jogador ambicioso, que gosta de ganhar títulos, e espero começar o meu regresso como acabei a primeira passagem pelo Sporting CP”, atirou, ele que

se despediu do Clube em 2018 como Campeão Nacional (título que também conquistara em 2016/2017), após já ter ganho duas EHF Challenge Cup, três Taças de Portugal e uma Supertaça pelos Leões.

“Os dois Campeonatos Nacionais que conquistámos [foram os momentos mais especiais dessa primeira passagem aqui],

CARLOS CARNEIRO: “UM EXEMPLO DENTRO E FORA DE CAMPO”

Também o director do andebol Leonino, Carlos Carneiro, esteve presente no momento da oficialização do acordo, mostrando-se “muito contente” pelo regresso de um atleta que conhece “bem” e com o qual partilhou o balneário durante três épocas no Sporting CP, de 2015 a 2018. “Quando surgiu a oportunidade de contratar o Pedro achámos que era a pessoa ideal para a posição específica de ponta-direita. Regressa um jogador muito mais maduro e experiente, a sua qualidade é inegável. Vem equilibrar a juventude com alguma experiência, o que achamos ser importante. Conheço-o muito bem dentro e fora do campo, sei que vai ser uma extensão não só do treinador, mas também de toda a estrutura para passar os valores do Clube”, frisou. “Sempre foi um exemplo dentro e fora de campo, é o que costumo chamar um relógio suíço. Treina e joga sempre a 200% com uma qualidade muito alta. Estamos muito contentes pela vontade dele e por tê-lo connosco porque abdicou de algumas coisas para regressar”, concluiu.

porque era um título que o Clube não ganhava há alguns anos. Foram ambos marcantes, mas mais o segundo por ter sido na primeira época do Pavilhão João Rocha”.

Após deixar Alvalade, Pedro Portela rumou ao Tremblay HB, de França, antes de se transferir depois para o HBC Nantes, onde venceu uma Taça de França, uma Taça da Liga e uma Supertaça.

“Na altura saí para um clube que tinha ambições diferentes do Sporting CP, que lutava para não descer. Joguei três anos no Tremblay HB e conseguimos não descer, mas depois veio a COVID-19 e estive muito tempo parado. Ainda assim, tinha a ambição de jogar num clube europeu de topo, foi por isso que fui para França. Tive a oportunidade de jogar dois anos no HBC Nantes, pelo qual ganhei três títulos e faltou um pouco para conquistar o campeonato, estivemos perto este ano”.

Pelo meio, foi também uma peça fundamental no seio da selecção nacional, pela qual disputou

várias grandes competições. “Nestes cinco anos joguei um Europeu, dois Mundiais e uns Jogos Olímpicos. Espero jogar mais, mas depende do meu trabalho. Foram cinco anos espectaculares, mas já estou focado neste novo passo pois espero ser muito feliz”, disse, visivelmente satisfeito, considerando que regressa “mais experiente, mas com a mesma ambição e forma de trabalhar”.

“Estou focado no que realmente é importante, que são os objectivos do Clube. Gostei bastante de estar fora, deu-me o que precisava porque ganhei experiência num campeonato e em clubes

muito exigentes, mas agora regresso mais velho, mais maduro e com vontade de ajudar”, frisou. Apesar da sua passagem pelo estrangeiro, Pedro Portela revelou que conhece bem e tem acompanhado o plantel e o projecto que vai integrar. “É uma equipa jovem, com muita ambição e jogadores de muita qualidade. Prova disso foi a eliminatória contra o Montpellier HB, na época passada, em que demonstrou muita qualidade e ambição. Quer seguir em frente em todas as competições e isso é um exemplo do que o Clube é hoje. Quero entrar nesse espírito”, garantiu. O internacional português revelou também já ter conversado com alguns jogadores do grupo. “Deixei aqui amigos e já falei com alguns dos meus futuros colegas, disseram-me bem do projecto e do espírito da equipa. Enquadro-me perfeitamente neste novo projecto”, assegurou, mostrando-se entusiasmado para trabalhar com o técnico Ricardo Costa: “É um treinador que tenta transmitir à equipa aquilo que foi enquanto jogador, está a fazer um excelente trabalho”.

A fechar, o novo número 4 do conjunto verde e branco destacou a vontade que sente de poder voltar a pisar o Pavilhão João Rocha e rever os Sportinguistas. “É um sentimento muito bom quando se começa um jogo com o mítico hino do Clube, estou ansioso. Que venha Setembro porque vou dar tudo de mim, espero que possamos conquistar o título de Campeões Nacionais”.

BILHETE DE IDENTIDADE

Nome: Pedro André Caseiro Portela

Data de nascimento: 6 de Janeiro de 1990 (33 anos)

Nacionalidade: Portuguesa

Posição: Ponta-direita

Clubes anteriores: Sporting CP, Tremblay HB e HBC Nantes (França)

Internacional por Portugal

Texto: Pedro Ferreira

Fotografia: João Pedro Morais

Pedro Portela vai envergar a camisola número 4 no Sporting CP

“OBRIGADO. SERÁ SEMPRE UM ATÉ JÁ” ENTREVISTA ERICK MENDONÇA

Erick Mendonça está de saída do Sporting Clube de Portugal. Depois de 16 títulos, entre os quais, três Campeonatos Nacionais, três Taças de Portugal, cinco Supertaças e duas UEFA Futsal Champions League, o internacional português despediu-se de forma muito emotiva, deixando a certeza de que leva muito mais do que os troféus e que continuará a ser um Leão: “Nunca se vão ver livres de mim”.

Oito épocas depois, cinco na equipa principal, é hora de dizer adeus…

Sim, está na altura de ingressar numa nova aventura. Ainda não sei se é feliz ou infelizmente, e essa é uma das perguntas que me tenho feito, mas com o tempo perceberei. Tenho-me perguntado a mim mesmo o que vou fazer porque esta foi a minha vida como jogador nos últimos cinco anos e há 27 anos que é a minha como pessoa... Encerrar este ciclo é doloroso.

Foi das decisões mais difíceis que teve de tomar até aqui?

É, de longe, a mais difícil de

toda a minha vida. E não sou só eu que vou embora, a minha mulher também vai. Tinha aqui uma família, que eu sei que vou continuar a ter, e que nunca me vai deixar cair, mas custa-me deixar de ter esta rotina e não estar com as mesmas pessoas todos os dias.

(…)

Não sei se fiz a escolha certa, mas quem me conhece sabe que prefiro arrepender-me de algo que fiz do que arrepender-me do que não fiz. Vou para perceber o que consigo ou não consigo fazer e vou porque

escolhi, mas custa-me muito. Tem sido duro, principalmente, pelo carinho que as pessoas têm por mim. Até o presidente aqui veio [Frederico Varandas apareceu a meio da entrevista para se despedir] e não tinha necessidade de vir. Quando sentes isso e sentes gratidão, claro que é bom. A frio, pensares que fechar um ciclo assim, é bom, mas a quente só pensas “porque é que vieste?”… Isso só me dói ainda mais. Custa despedir-me dos adeptos e receber mimos para mim e para o meu filho Luca, mas conseguir fechar um ciclo com este

amor todo é incrível. Por isso, até penso o que é que lhes estou a fazer? Não é justo que vá embora. E claro que não tenho de pedir desculpa de nada, mas peço e é duro também por isso.

Mas sai como um ídolo... Nunca quis ter esse peso em cima de mim, queria apenas ser o Erick que ama o Sporting CP e que dá tudo por ele, mas com o passar dos anos isso aconteceu e sentir que há pessoas que me olham dessa forma, que não se esquece tão cedo, deixa-me tranquilo. Nós só morremos quando somos esquecidos.

Do que é que vai ter mais saudades?

De muita coisa, sobretudo de coisas do dia-a-dia. Da equipa, do staff, do Carlos Alves [roupeiro], de ir treinar e não ver as pessoas que fazem o pavilhão ‘andar’, dos seguranças, do senhor da limpeza, das senhoras do Holmes Place [ginásio do Multidesportivo do Estádio José Alvalade], dos senhores do parque sempre a chatearem-me por causa do cartão e até dos da lavagem dos carros porque não havia uma vez que não lhes apitasse. Ainda antes de vir para a entrevista fiz isso e emocionei-me. É

Texto: Maria Gomes de Andrade, Tiago Labreca Fotografia: João Pedro Morais

um pouco estúpido, mas vou ter saudades disto tudo.

O que lhe deram essas pessoas e os adeptos do Sporting CP? Deram-me uma casa, um sítio onde acontecesse o que acontecesse eu nunca era derrubado. Mesmo em fases menos boas, até da minha vida particular, tive lá sempre alguém.

O Erick também lhes deu muito…

Sim, mas tudo o que dei é palpável. Sei que dei muito, mas eu vim para o Sporting CP para dar coisas palpáveis, para dar títulos e é para isso que eu sirvo. Já o que eles me deram foi muito e não é palpável: deram-me amor, carinho, confiança e nunca me deixaram nem a mim, nem à Joana [namorada], nem à minha mãe. Não se traduz num troféu, mas aquilo que me deram levo-o no coração e eu também gostava que nunca me esquecessem.

E recordando estas oito épocas no Sporting CP, voltaria a fazer tudo igual?

Voltaria a fazer tudo igual, sim. Não me arrependo de nada. Fui sempre eu próprio. Provavelmente, alguma vez terei magoado alguém ou terei sido mais bruto, mas fui sempre eu.

Sai com a sensação de que valeu tudo a pena?

Sim, valeu tudo a pena desde o primeiro dia. Todos os segundos, todas as dores de cabeça, todas as lesões, valeu tudo a pena. Não mudava nada e só tenho pena de que isto acabe tão cedo.

Para si, o Sporting CP é quase como uma religião… Sim. É inevitável. Por isso é que esta página nunca vai fechar. Eu vou continuar a ver e a vir aos jogos do Sporting CP e o meu filho vai logo ser feito Sócio pelo pai da Joana. Isto é tão ‘doentio’, que nós fomos ver se dava para ser Sócio antes de nascer. Vou ter pena dele, vai fazer o que quiser, mas nisto não vai ter escolha. Vai nascer Sporting CP e quando perceber o que é ser Sporting CP – esta família, paixão, união − vai ser como eu. São 24 horas sobre sete dias a ser Sporting CP, são estes valores que me incutiram, que o Zicky ou o Tomás também incutem e por isso é que a nossa modalidade também é assim.

E sente que foi conseguindo passar isso e os valores do Sporting CP, que outros jogadores também lhe passaram a si, aos mais novos e aos mais recentes?

Sem dúvida. Passei os valores de Sporting CP que os mais velhos me passaram a mim e, modéstia à parte, também sei que transmiti coisas muito próprias. Agora cabe-lhes a eles pegar nisso. O Tomás [Paçó], eu sei, sabe o que tem de fazer e não tem como fugir. Já nem o Sokolov, mesmo que quisesse. Ficávamos sempre juntos no quarto e eu antes dos jogos metia sempre músicas do Sporting CP, a primeira era sempre ‘O Mundo Sabe Que’ e nos últimos estágios, depois dessa, ele já dizia “agora a ‘Dia de Jogo’”.

“SAIO MELHOR JOGADOR E MELHOR HOMEM”

Foram 202 jogos, 59 golos e muitas conquistas: como descreveria este percurso?

mais importantes, quais escolheria?

Já me tinham perguntado isso e não é fácil responder. Ainda assim, diria que a primeira UEFA Futsal Champions League que ganhámos, porque foi a primeira e logo no meu primeiro ano; este último campeonato, que foi muito importante e simbólico para mim; e a segunda Champions pelo que vivemos lá, pelo ambiente, pelas equipas contra quem jogámos e por termos virado o resultado de 2-0 na final contra o FC Barcelona.

E o melhor golo que marcou?

O melhor foi, sem dúvida, o que marquei ao RSC Anderlecht na meia-final da última Champions. Foi o melhor golo que fiz e acho que nunca mais vou fazer um assim (risos). Depois há outros que também me marcaram, como o primeiro ou o 2-4 ao Inter Movistar na segunda Champions que conquistámos, que foi festejado com raiva porque o capitão deles tinha dito que nos iam comer.

Já disse que não teve muitos momentos baixos no Sporting CP, mas houve algum que tenha custado mais a ultrapassar?

Sim, a última Champions. Foi um golpe muito duro, a coisa mais dura que senti aqui. A forma como nos roubaram o título − e não podemos dizer que perdemos, porque simplesmente tiraram-nos a oportunidade −, foi muito duro para nós. A semana seguinte foi mesmo muito dura para a equipa, havia um clima quase de luto porque não perdemos por incompetência.

bonito, mas é preciso ter cuidado com aquilo que dizem sobre uma equipa como a nossa. Ouvirmos dizer que do outro lado existia uma equipa com competência para acabar a final em três jogos, a nós só nos motivou. Foi 3-1, podia ter ficado 2-2 e ter caído para qualquer lado, é verdade, mas caiu para nós até porque nesta equipa se alguém tiver de meter a cabeça no poste para marcar, mete.

O Sporting CP perdeu a Champions, já tinha perdido a Taça da Liga e a de Portugal. Por isso, duvidou-se...

Sim, mas sempre que disseram essas coisas, blindaram ainda mais o nosso grupo. As coisas acabam sempre por chegar-nos, claro, mas aquilo que interessa é o que nós fazemos com o que nos chega e isso sempre nos deu mais força. De facto, este ano, se olharmos para trás, foi dos piores em termos de títulos conquistados, mas de quatro a nível nacional ganhámos dois e fomos à final da Champions, que também devíamos ter ganhado.

“O CLUBE DEU-ME MUITO MAIS DO QUE EU DEI”

Para finalizar, gostava de dizer mais alguma coisa a alguém? Gostava de dizer à minha equipa que espero que tenham desfrutado de mim tanto quanto eu desfrutei deles, dizer-lhes que continuem a elevar ao mais alto nível o Sporting CP e a modalidade e que não se esqueçam que eu vou, mas quero que se mantenham algumas coisas que eu deixei – como as brincadeiras – e que não quero que se esqueçam de mim. Depois ao Carlos, que nós chamamos de Frederico Varandas porque ele manda nisto tudo (risos), dizer-lhe que é o maior. Nem ele sabe o valor que tem e eu tenho um grande carinho por ele. Aos adeptos, obrigado por tudo o que fizeram por mim. À instituição, agradecer e dizer que me deu muito mais a mim e à minha família do que eu algum dia dei ou poderei pagar.

(…)

A sua avó era muito Sportinguista e foi ela que lhe passou o amor ao Sporting CP. Estará também ela, lá em cima, orgulhosa do que o neto fez de Leão ao peito?

De certeza que sim, ela [Maria Lídia] e o meu avô [Fernando].

Não é à toa que eu beijo os meus braços [tem tatuados os nomes dos avós] antes de todos os jogos e durante os jogos também. Ela estará lá em cima toda contente e é inevitável não me lembrar dela.

O cliché seria dizer que foi um percurso de altos e baixos, mas não foi de todo. Foram muitos mais altos do que baixos. Foi quase 90 por cento do tempo a ganhar e isso, obviamente, facilita. Ainda assim, não é dos títulos que me vou recordar mais, mas sim do que eu próprio levo. É normal que saia melhor jogador, mas saio também melhor homem, com mais valores.

No entanto, se tivesse de escolher entre os 16 títulos os três

“O

O CASCA SÃO AS PESSOAS A QUEM TENHO DE AGRADECER MAIS”

Foram competentes e a final deste Campeonato Nacional também voltou a mostrar a competência desta equipa. Foi uma final competitiva, que espelha bem o que este grupo é? Sem dúvida. Foi 3-1, foi uma final muito bem disputada entre duas equipas muito competentes, mas também recebemos mensagens que não procurámos e isso blindou-nos. É tudo muito

Enquanto sénior no Sporting CP, contou sempre com o Nuno Dias e com o Paulo Luís [Casca]. Eles acabaram por ser como uns pais para si? Sem dúvida. Nas suas formas muito distintas de estar, mas sem dúvida que sim. O Nuno parece ser muito frio, porque se protege muito, mas no final do último jogo veio ter comigo e eu tive necessidade de lhe agradecer. Muito do que sou é por conta dele e do Casca, assim como dos meus colegas, mas foram eles que me trouxeram, que me meteram a jogar e que acreditaram em mim. Por isso, tive de lhe agradecer tudo o que fez por mim. Temos os dois personalidades muito fortes e uma ou outra vez chocámos, como é normal, mas – e nem sei se ele tem noção – o Nuno teve muita influência no meu crescimento a todos níveis. O Casca, pela posição que tem, sempre foi mais próximo na hora da brincadeira, mas também é como um pai e, apesar de ser adjunto, não é menos do que o Nuno e também é dos melhores treinadores do Mundo. Eles os dois são as pessoas a quem tenho de agradecer mais.

Por isso, será sempre um até já. Mesmo que não nos voltemos a encontrar comigo vestido como jogador, será sempre um até já porque eu vou estar cá sempre. Não se vão ver livres de mim e, em breve, estarei acompanhado do meu filho. Quero trazê-lo ao futsal, basquetebol, andebol ou futebol, quero trazê-lo ao Museu Sporting e trazê-lo a ver os jogadores.

“SER SPORTING

Posto isto, o que é afinal para o Erick isto de ser Sporting CP? (segura as lágrimas) É chegares e seres logo família, acarinhado e blindado. É tudo! É ganhar, mas teres gente que te apoia mesmo que percas. São valores que te incutem, é mais do que títulos e, por isso, é que dificilmente sai daqui alguém sem saber o que isto é. A paixão, a mística, os valores... como aqui não há em mais lado algum. Ser Sporting CP é ir embora e nunca mais se esquecer do que se viveu aqui (chora).

“VOU CONTINUAR A VIR E O MEU FILHO VAI LOGO SER SÓCIO”

NUNO E

CP É TUDO E É IR EMBORA E NUNCA ESQUECER O QUE SE VIVEU AQUI”

ENTREVISTA GUITTA

“GRATO PELA

OPORTUNIDADE

DE TER FEITO PARTE DE TUDO ISTO”

Thiago Mendes Rocha, mais conhecido como Guitta, chegou ao Sporting Clube de Portugal em 2018/2019 como reforço de peso − já tinha sido Campeão Mundial de selecções e Campeão Brasileiro de clubes. Ainda assim, poucos esperavam que se tornasse a referência que é hoje enquanto guarda-redes de futsal. Depois de cinco anos e 14 títulos (duas UEFA Futsal Champions League, três Ligas, três Taças de Portugal, quatro Supertaças e duas Taças da Liga), Guitta deixa o emblema de Alvalade com o sentimento de “missão cumprida e sonho realizado”.

Texto: Luís Santos Castelo, Mónica Lopes Barros Fotografia: João Pedro Morais

Olhando para estas cinco temporadas e 14 títulos conquistados, o sentimento é de missão cumprida? Sim. Missão cumprida e sonho realizado. Uma sensação muito boa de ter dado o máximo e de ter ajudado o Sporting CP a conquistar esses 14 títulos. Desses todos, qual foi o mais especial?

A primeira UEFA Futsal Champions League [em 2018/2019]. Foi marcante porque fui contratado para isso. Não me foi dito isso directamente, mas eu sabia que estava a ser contratado para uma equipa que chegava sempre à final e não conseguia o desfecho que merecia. Tinha a pressão interna de sair do Brasil para vir para a Europa, algo que nunca tinha feito. Por tudo isso e por ter acontecido da forma como aconteceu, foi o mais marcante.

“UMA SENSAÇÃO MUITO BOA DE TER DADO O MÁXIMO E DE TER AJUDADO O SPORTING CP A CONQUISTAR 14 TÍTULOS”

Quando pensa nessa conquista qual é a primeira coisa de que se recorda?

A primeira imagem que me vem à cabeça é de quando estava sentado na baliza a levar um pouco dos meus pensamentos a Deus e ao Enrico. Na altura, não estava muito bem psicologicamente e tive alguns altos e baixos nestes cinco anos, mas Deus deu-me força para poder continuar e fazer o meu trabalho. Não podia deixar de pensar no Enrico porque é uma das minhas forças, principalmente nessas alturas.

Ao vir para o Sporting CP escolheu a camisola 14. Sentiu que, por causa disso, foi sempre um trabalho de equipa?

Sim. No SC Corinthians Paulista utilizava a 91 e, ao mudar de clube, resolvi fazer essa singela homenagem ao utilizar o dia do nascimento do Enrico. Fiquei à vontade e, pelos vistos, deu alguma sorte.

Qual foi a temporada mais especial: a primeira ou 2020/2021, em que conquistou tudo?

2020/2021 foi a melhor de sempre. Ganhámos todos os troféus que podíamos por mérito. A nossa equipa esteve muito bem, muito competitiva. É um dos anos que vou levar com mais carinho e com o sentimento de dever cumprido.

Tem alguma defesa que tenha feito que recorde com mais carinho?

Uma delas foi na primeira UEFA Futsal Champions League, numa bola atravessada do Taynan [jogador, na altura, do AFC Kairat] para o segundo poste em que consegui fazer um deslocamento rápido. O jogo estava a acabar e eles estavam a atacar. Essa vem-me à memória e tenho a certeza de que ajudou muito tendo em conta a importância do jogo. É a defesa mais marcante que me vem à cabeça.

Em 176 jogos no Sporting CP apontou 24 golos mesmo sendo guarda-redes. Há algum deles especial?

Sim. Consegui fazer alguns golos bonitos aqui, diferentes dos que fazia no Brasil. O mais bonito foi contra o SL Benfica no meu primeiro ano [2018/2019] e no primeiro jogo da final, em que fiz dois golos. O

segundo foi uma jogada desde a defesa em que combinei com o Cardinal e finalizei muito bem.

Foi, também, importante fechar com chave de ouro com a conquista do Tricampeonato?

Sim. Saí em grande, ainda mais com o sentimento de dever cumprido. Era um desejo meu e de toda a equipa, o de conseguir este Tricampeonato. Ajudei ao máximo e é muito gratificante sair vitorioso independentemente dos outros títulos conquistados.

“2020/2021 FOI A MELHOR [ÉPOCA] DE SEMPRE. GANHÁMOS TODOS OS TROFÉUS QUE PODÍAMOS POR MÉRITO”

Vai recordar a festa, tanto na Luz como no Pavilhão João Rocha, durante muitos anos?

Com certeza. São momentos que vão ficar na memória, até porque já era de madrugada e tínhamos muita gente no pavilhão. Foi uma festa, mesmo, com confraternização entre jogadores e adeptos. Sempre tiveram muito carinho por mim e a minha memória vai estar sempre nessas comemorações.

Qual foi o ambiente mais especial que viveu no Pavilhão João Rocha?

Lembro-me do jogo da UEFA Futsal Champions League [de 2018/2019] contra o SL Benfica [na ronda de elite]. Foi um ambiente mágico que nunca tinha vivido. Empatámos 1-1 e conseguimos o apuramento para a final four. Vai ficar na minha memória pelo jogo que fiz e pelos adeptos a torcer. Todo o pavilhão estava com pensamentos positivos para ultrapassar o rival e seguir em frente na UEFA Futsal Champions League.

Acredita que, jogue onde jogar, vai ser difícil igualar essas emoções dos jogos entre Sporting CP e SL Benfica?

Vai ser difícil ou até impossível. O Sporting CP vs. SL Benfica é o maior dérbi do futsal mundial. A rivalidade, a energia dos adeptos, a paixão dos jogadores… Senti isso de perto nestes cinco anos e não há nenhum clássico que chegue aos pés deste confronto.

Foi eleito o melhor guarda-redes do mundo. Foi também um objectivo alcançado, até porque muitos diziam que já merecia e não tinha conseguido antes?

Também tinha essa sensação de que podia ter conseguido alguns anos antes. Estar aqui, com mais visibilidade e títulos, em especial na UEFA Futsal Champions League, foi primordial para esse título individual. Os títulos colectivos ajudaram-me a ser visto de outra maneira por quem vota.

Como foi trabalhar com o Gonçalo Portugal e com o Bernardo Paçó, colegas de posição? São duas pessoas que vou levar comigo. Cada um tem o seu estilo de transparecer carinho e respeito, somos todos diferentes. Vou levar o profissionalismo de cada um e fico muito grato por ter estes companheiros de posição. São pessoas boas e óptimos jogadores, o que me deixa mais tranquilo para fazer o meu trabalho. Há vários clubes em que há uma disputa meio chata entre os guarda-redes, mas aqui estava mais à

vontade porque havia muito companheirismo.

O que vai sentir mais falta deste grupo de trabalho? Algumas coisas. As brincadeiras do dia-a-dia, até mesmo quando eu não estava com vontade. O companheirismo, a preocupação com o outro, a sensação de poder contar com qualquer um em qualquer momento. Isso é muito importante, principalmente para nós, estrangeiros, que estamos longe da nossa família. O Erick [Mendonça], por exemplo, ajudou-me muito desde o início.

“O SPORTING CP VS. SL BENFICA É O MAIOR DÉRBI DO FUTSAL MUNDIAL. A RIVALIDADE, A ENERGIA DOS ADEPTOS, A PAIXÃO DOS JOGADORES…”

Portugal e o Sporting CP são, hoje, sinónimos de casa e de conforto para si e para a sua família? Sim. Gostamos de viver cá. O início destes cinco anos foi mais difícil, mas depois tudo se foi ajeitando. Não demos a volta a todos os pormenores, mas foram coisas pessoais. Na próxima oportunidade que estiver cá vou sentir-me em casa como me sinto agora.

Ficou, agora, Sportinguista? Vai torcer pelo Clube? Claro. Tenho um grande carinho por todos os que trabalham no Clube. Vou continuar a torcer para que o Sporting CP siga vitorioso. O Sporting CP vai ter sempre um lugar especial no meu coração.

O que gostaria de dizer a quem partilhou o balneário contigo ao longo destes anos?

Agradeço por tudo. Pelo companheirismo, pelo respeito, pelo trabalho desenvolvido. Tudo o que conquistámos foi juntos. O Sporting CP marcou a minha trajectória e vou levá-lo no meu coração. Fico grato por ter trabalhado com pessoas competentes e ambiciosas. Nunca se cansam de vitórias e títulos.

E aos Sportinguistas?

Um sentimento de gratidão. Abraçaram-me com muito carinho desde o início, agradeço por tudo. Desde o primeiro jogo, mesmo sendo desconhecido, torciam pelas minhas defesas. Alguns adeptos ficam muito marcados por estarem em todos os jogos, mas tenho carinho e gratidão por toda a massa adepta que nos acompanhou todos estes anos.

“O SPORTING CP VAI TER SEMPRE UM LUGAR ESPECIAL NO MEU CORAÇÃO”

Como gostaria de ser relembrado daqui a 10, 20 ou 30 anos?

Como um atleta que passou por cá e que foi vitorioso, humilde, introvertido e disposto a ajudar qualquer pessoa. Espero que se lembrem de mim assim.

O que representou para si ter sido jogador do Sporting CP?

Foi o meu primeiro clube na Europa e isso foi um sonho realizado. Tive a sorte de calhar num clube muito grande, tanto em relação aos adeptos como aos profissionais que aqui trabalham. Fico grato por esta oportunidade de ter feito parte de tudo isto.

MODALIDADES FORMAÇÃO

RUI PEDRO COSTA PASSOU A SUA EXPERIÊNCIA ÀS ATLETAS DA FORMAÇÃO

JOVENS TRABALHARAM SOB

O Pavilhão João Rocha recebeu ao longo da última semana as equipas femininas de formação do voleibol do Sporting Clube de Portugal, que tiveram a oportunidade de treinar sob as ordens e o olhar atento de Rui Pedro Costa, técnico das seniores Leoninas. De recordar que, no início de Junho, João Coelho, treinador da equipa masculina, também já tinha passado pela mesma experiência. Esta iniciativa, organizada após o término dos campeonatos dos escalões de base, teve como objectivo maior estreitar laços entre as cadetes, juvenis, juniores e sub-21 e a equipa técnica do plantel principal, num ambiente de partilha de experiências e muita aprendizagem.

“É um dia talvez mais importante para mim do que para elas. Ter 35 atletas a treinar de uma vez é um desafio que já não tenho há algum tempo, o que é bom. Por outro lado, para elas é uma experiência boa porque passamos-lhes algumas informações diferentes uma vez que estamos no alto rendimento e temos outra experiência”, começou por afirmar Rui Pedro Costa aos meios de comunicação do Clube, acrescentando ainda:

“É motivador terem a equipa técnica sénior e os treinadores delas juntos, este intercâmbio e ligação são muito importantes para o Sporting CP”.

O foco passa por eliminar barreiras entre a formação e a equipa principal, além de potenciar o crescimento das atletas na modalidade, tendo em vista uma futura integração no plantel A. “Esse deve ser o objectivo de qualquer Clube e o Sporting CP tem esse ADN. A ligação entre as seniores e a formação é muito importante

e sempre existiu, estive em todos os primeiros anos em que houve captações e tento estar o mais presente possível. Mas é algo natural para os treinadores que trabalham aqui no alto rendimento, todos têm essa disponibilidade”, explicou o técnico, revelando ter “sempre a porta aberta para todos os treinadores e atletas” do Clube. Quanto aos treinos propriamente ditos, Rui Pedro Costa mostrou-se agradado com o que viu, pois há “atletas com as características físicas que o voleibol necessita”, mas alertou para o facto de terem ainda um “longo caminho pela frente”. “Temos algumas jogadoras interessantes, sem dúvida, e acima de tudo vi gente muito apaixonada, sendo que esse é o primeiro passo para se chegar a algum lado em qualquer área.

Nas juniores e sub-21, nota-se já alguma maturidade e maior conhecimento do jogo, pelo que poderão ter um percurso interessante na modalidade”.

Relativamente às jovens em questão, as sensações não podiam ter sido melhores, como deu conta Beatriz Ferreira, de 17 anos, que actua nas juvenis. “Têm sido dias muito importantes, é bom termos

uma experiência diferente com outros treinadores num ambiente fora do habitual. Normalmente não treinamos aqui no Pavilhão João Rocha, que tem uma energia muito boa, por isso isto é muito importante. Tem sido óptimo”, sublinhou a atleta que joga desde os nove anos de idade, lembrando que estes treinos dão “mais visibilidade” para no futuro atingirem a equipa A, a sua “principal inspiração”. “A maior parte de nós tem essa ambição, gostava muito de levar o voleibol para a vida. O facto de sabermos que estão a olhar para nós e acharem que temos uma oportunidade de mais tarde chegarmos lá acima, é muito importante. Gostava que estas iniciativas acontecessem mais vezes, incentivam-nos muito a treinarmos cada vez mais e mais”.

Já Sofia Pereira, de 15 anos, que representa a equipa de cadetes e encontrou no voleibol “o desporto certo” depois de praticar judo, teve neste dia uma surpresa especial. A sua maior referência na modalidade, Daniela Loureiro, capitã e líbero da equipa principal Leonina, fez questão de marcar presença e acompanhou de perto

as sessões de trabalho, algo que deixou a jovem muito feliz. “É a jogadora que mais me inspira porque já foi minha treinadora. Trabalhou muito todos os dias para chegar onde chegou e é uma inspiração para todas nós”, salientou, ela que apoia as seniores em

“todos os jogos em casa” quando pode e ambiciona chegar a esse patamar um dia. “Se quisermos e trabalharmos muito para isso, todas conseguimos chegar à equipa principal. O meu grande sonho é jogar aqui no Pavilhão João Rocha pelo Sporting CP”.

“VOLTAR EM AGOSTO COM A MOTIVAÇÃO DE SEMPRE”

Rui Pedro Costa foi eleito ‘Treinador do Ano’ pela Associação Nacional de Treinadores de Voleibol (ANTV), na semana passada, depois de uma época 2022/2023 em que levou as Leoas à conquista da primeira Taça de Portugal do Clube em quase 40 anos e à final da Liga – onde viriam a cair frente à AJM/FC Porto. O técnico reuniu 53,5% dos votos, tendo superado Rui Moreira da AJM/FC Porto, Vítor Pinto do Esmoriz GC e ainda Manuel Barbosa da Associação Avense AA78.

Apesar da distinção, Rui Pedro Costa preferiu repartir os louros. “Tenho a sorte de treinar o Sporting CP, de poder escolher um plantel que outros se calhar não têm, e de ter as condições que o Clube nos dá. Além disso, tenho a sorte de ter provavelmente a primeira equipa feminina profissional do Clube, sem contar com o futebol. Isso faz com que esteja mais perto de ser treinador do ano”, disse, relativizando a importância do prémio. “É sempre conjuntural e tem muito a ver com conquistarmos ou não troféus. Serei treinador do ano durante uns tempos, mas tenho de voltar em Agosto com a mesma motivação e foco de sempre”, apontou, concluindo: “Agradeço aos técnicos que trabalham comigo e da formação, ao staff do Pavilhão, que nos dá a hipótese de trabalhar da melhor forma, e ao Sporting CP pelas condições que nos proporciona”.

Texto: Pedro Ferreira

Fotografia: João Pedro Morais

O técnico Rui Pedro Costa ficou agradado com os sinais dados pelas jovens da formação

MODALIDADES VOLEIBOL

OZGE KIRDAR É REFORÇO DA EQUIPA FEMININA

DISTRIBUIDORA TURCA É NOME SONANTE. FOI ATLETA OLÍMPICA E CAMPEÃ EUROPEIA DE CLUBES.

Ozge Kirdar Kinasts, mais conhecida por Ozzy, é reforço da equipa feminina de voleibol do Sporting CP. A distribuidora internacional pela Turquia, que tem um currículo impressionante na modalidade, com uma Liga dos Campeões de Cubes pelo Sigorta Turk Telekom e uma Challenge Cup pelo Bursa BB, além de uma medalha de bronze pela Turquia no Campeonato da Europa de 2011 e outra em 2012 no World Grand Prix, chega agora ao Sporting CP com uma grande ambição e desejo de mostrar todo o valor que mundialmente sempre lhe foi reconhecido, através de muita criatividade de jogo a servir as atacantes e enorme disciplina de trabalho.

“É um dia muito emocionante para mim. Depois de ter sido mãe, queria que os meus filhos me vissem a jogar, porque dediquei quase toda a minha vida ao voleibol e não queria que eles me vissem só como a mãe, porque fui atleta olímpica. Eles vão conhecer o meu passado na modalidade, vão poder ver-me. Depois de três anos, volto ao voleibol através do Sporting CP, que é um clube bem conhecido na Turquia”, disse aos meios de comunicação Leoninos. Na apresentação como reforço da equipa feminina de voleibol, ‘Ozzy’ como é conhecida, deu-se a conhecer um pouco aos Sportinguistas enquanto jogadora.

“No meu ver, a distribuidora é o cérebro da equipa. Claro que o treinador dá os treinos e as indicações, mas no jogo, acabo por ser o espelho do treinador. Ele dá as orientações, mas no campo eu dou às colegas da equipa. Dou a direcção às minhas colegas e dou também a confiança para as atacantes, a líbero, ou as jogadoras defensivas, por isso penso que a distribuidora é

uma parte muito importante da equipa. Vou dar tudo pelo Sporting CP”, prometeu a jogadora.

‘Ozzy’ estabeleceu os objectivos com que chega ao Sporting CP.

“Quando falei com o Rui [Pedro Costa, treinador da equipa feminina de voleibol], disse que agora tenho dois filhos, mas se é para voltar a jogar voleibol, quero ganhar, não quero voltar a jogar por nada pelo qual lutar.

O Sporting CP nunca ganhou o Campeonato Nacional, por isso o meu principal objectivo é ganhar o Campeonato e fazer parte da história do Clube. Sei também que vamos jogar, pela primeira vez, a Challenge Cup, a prova internacional, também quero fazer algo nesta prova,

não digo ganhar, mas o principal objectivo é o de ganhar o Campeonato.”

Questionada sobre que mensagem gostaria de deixar aos Sportinguistas, ‘Ozzy’, foi muito directa e clara. “Sei que o voleibol feminino não é top cinco em Portugal a nível de presença de público, enquanto na Turquia é top três, mas quero que os Sportinguistas nos venham ver porque vamos ser uma família, juntos. Se não formos uma família não podemos ganhar. Precisamos deles, eles vão precisar de nós”, desejou. Como atleta bastante experiente e que já trabalhou com jogadoras mais jovens, ‘Ozzy’ deixou um conselho a quem está a

percorrer o caminho para tentar tornar-se jogadora de topo.

“Tenho 38 anos, não estive a jogar durante algum tempo, mas antes dessa fase, joguei sem parar durante dez anos, entre clubes e selecção e joguei com muitas atletas mais jovens. Sei que agora é diferente, porque há um lado mais social, que o

foco actualmente pode estar um pouco mais aberto, mas o nosso foco tem de estar sempre no voleibol. O que aconselho às atletas mais jovens é que trabalhem muito. Eu, se tiver de trabalhar duas horas no ginásio, faço-o e dou 100 por cento. Que façam como eu. Sigam este exemplo”, indicou.

BILHETE DE IDENTIDADE

Nome: Ozge Kirdar Kinasts

Data de Nascimento: 26 de Julho de 1985

Nacionalidade: Turca

Posição: Distribuidora

Clubes anteriores: Yesilyurt, Fenerbahçe, Belediyespor, Sigorta Turk Telekom, Eczacibasi VitrA, MKS Dabrowa Gornicza, Lokomotiv Baku e Bursa BB

Texto: Nuno Miguel Simas

Fotografia: João Pedro Morais

Ozge Kirdar, mais conhecida por ‘Ozzy’ é reforço para a equipa feminina de voleibol

OPINIÃO

PARABÉNS AO NOSSO GRANDE AMOR

de então que, sob o signo do Leão, e sob a batuta de

José Alfredo Holtreman

Roquette

(José

Alvalade),

BREVES

TRIATLO: SPORTING CP VENCE CAMPEONATO NACIONAL DE ESTAFETAS MISTAS

Escrever no Jornal Sporting a cada aniversário do nosso grande amor, e já tive o privilégio de o fazer em algumas edições, é algo que, não o escondo, me faz sentir como de regresso à minha adolescência. Tempos em que faltava à escola e em que mentia aos meus pais, dizendo-lhes que ia para casa de amigos, mas que a generosa semanada por eles dada, era para ser gasta a ver o Sporting, fosse na modalidade que fosse.

É, pois, um aniversário especial, neste caso já lá vão 117 anos de uma vida intensa com tantos a caminhar a seu lado nunca o deixando só. Tão especial que é de algo que faz parte integrante e incondicional de mim − de nós. Que aprendi a amar em criança e jamais saiu do meu coração. E isto nos momentos bons − já vivi inúmeros, mas também, e obviamente, nos maus, que também aconteceram, e que me provocaram até, não o escondo, umas lágrimas de tristeza mas que, nunca por nunca ser, seriam motivo para ousar pensar em desistir desta causa que abracei, e que é de um amor que se entranhou em mim de forma tão vincada, que é difícil de explicar por palavras.  Como repetidamente o digo, ser do Sporting CP não se explica, sente-se. E é neste sentimento que temos todos que estar agradecidos àqueles dezanove rapazes

que seria o primeiro Sócio do nosso Clube, fundaram um Clube que o quiseram premonitoriamente grande, tão grande como os maiores da Europa. E onde eles hoje estiverem estarão profundamente orgulhosos. Desde o dia em que fomos fundados, no já longínquo dia 1 de Julho de 1906, já tivemos grande figuras do desporto nacional e internacional a envergar o símbolo do Leão rampante. O desejo dos fundadores concretizou-se na plenitude. Somos mesmo tão grandes como os maiores da Europa, graças a um enorme Esforço, a uma fantástica Dedicação, e a uma Devoção sem paralelo, para que a Glória seja esta inevitável realidade que tanto nos orgulha.

Somos também um Clube que é o pioneiro de tanta coisa no desporto nacional e internacional. Que é das elites, mas obrigatoriamente também do povo. Que não diferencia, e tem uma massa adepta composta pelas mais diversas ideologias, raças ou credos. Que acolheu tantos e tantas atletas de renome mundial. Que tem tido ao longo dos tempos uma componente social que extravasa o plano meramente desportivo. Que é, em suma, um clube de dimensão planetária

O Sporting Clube de Portugal é mesmo tanto, e ao longo dos tempos, ilustrado e representado pelo simbolismo desta célebre frase de Francisco Stromp: “Não é o Sporting que se orgulha do nosso valor. Nós é que nos devemos sentir honrados por ter esta camisola vestida”.

Parabéns, Sporting Clube de Portugal!

O Sporting Clube de Portugal venceu o Campeonato Nacional Absoluto de Estafetas Mistas, ao cortar a meta em 1h37’19’’, levando assim a melhor sobre o Triatlo Torres Novas (segundo classificado) e o SL Benfica (terceiro).

O quarteto Leonino foi composto por Hugo Figueiredo, Inês Oliveira, João Dias e Joana Oliveira.

André Coutinho, Bernardo Rodrigues, João Gomes, João Sequeira, Joaquim Gomes e Martim Maia, atletas do Sporting Clube de Portugal, venceram os Jogos Mundiais Special Olympics, que decorreram em Berlim, na Alemanha.

A Selecção Nacional de futsal adaptado foi orientada pelo treinador da equipa de futebol adaptado do Sporting CP, Jorge Lucas, no evento que reuniu mais de sete mil atletas. No futsal, participaram dez equipas a competir em nível 1.

HÓQUEI EM PATINS: LEÕES VENCEM CAMPEONATO NACIONAL MASTERS

O Sporting Clube de Portugal conquistou, no último domingo, o Campeonato Nacional Masters de hóquei em patins, depois de vencer na final o GD Sesimbra por 4-0, em Abrantes. A formação Leonina não perdeu qualquer encontro nesta prova dedicada a maiores de 50 anos, contando com a participação do coordenador do hóquei em patins do Sporting CP, Quim Pauls, que se juntou a Miguel Amorim, Alex Marques, José Garrido, Pedro Telles, Pedro Pestana, Pedro Vasconcelos, Pedro Pedroso, Paulo Alves, Fernando Cunha e Rui Subtil, que acumulou com a função de treinador.

RUGBY: LEOAS DE PORTUGAL EM OITAVO NOS JOGOS EUROPEUS, KRISTINA PLEVOVA CONQUISTA O BRONZE

Adelina Costa e Marta Pedro, atletas do Sporting Clube de Portugal, participaram com a Selecção Nacional feminina de sevens nos Jogos Europeus, terminando a prova em oitavo lugar. No derradeiro encontro disputado em Cracóvia,

na Polónia, a formação lusa perdeu frente à Itália por 7-34.

Por sua vez, a também Leoa Kristina Plevova, em representação da Chéquia, conquistou o bronze, após vencer a Bélgica por 17-24.

Juvenal Carvalho

FUTSAL ADAPTADO: SEIS LEÕES VENCEM TÍTULO MUNDIAL

RESULTADOS

ATLETISMO

Masculino

Absolutos - Jogos Europeus / Camp.

Europa Equipas

100 m

10.º Carlos Nascimento 10››38

400 m

2.º João Coelho 45››05 - MED.

PRATA / REC. NAC.

4x100 m

11.º Portugal (Carlos Nascimento)

39’’74

5000 m

16.º Rúben Amaral 14›48››70

Triplo

4.º Tiago Pereira 16,32 m

Absolutos - Jogos Europeus / Camp.

Europa Equipas

4x100 m

1.º Ucrânia (Erik Kostrytsya) 39’’03

Peso

2.º Roman Kokoshko 20,46 m

Equipas 2.ª Div.

2.º Ucrânia 435.5 pts

Absolutos - Torneio de São João

200 m

1.º Tomás Gonçalves 21››97

2.º Gil Manuel 22››04

Absolutos - III Noite Quente AAP

3000 m

1.º Miguel Borges 8›00››33

Altura

2.º Rafael Jesus 1,85 m

Triplo

1.º Rafael Jesus 13,64 m

Absolutos - Meeting Ciudad Málaga

400 m

3.º Artur Terezan 51››33

Comprimento

1.º André Pimenta 7,48 m

Absolutos - Torneio António Vieira

100 M

1.º Gonçalo Gonçalves 11››03

Absolutos - Corrida S. João Braga

12 km

2.º Rui

Absolutos - Torn. S. Pedro Disco 2 kg

2.º Edujose Lima 59,11 m

3.º André Jidkov 47,51 m

6.º André Carvalho 36,34 m

Absolutos - Noite Atlética AAB

3000 m

2.º Miguel Borges 8›01››80

Fernando Serrão DNF

Rui Pinto DNF

Triplo

3.º Rafael Jesus 13,25 m

Sub-23 - Enc. Int. Lanç.

Disco

2.º André Jidkov 46,09 m

Sub-20 - Meeting Bauhaus

3000 m

1.º João Pedro Santos 8›29››68

Dardo

7.º João Fernandes 65,99 m

Sub-20 - Torn. S. Pedro

Disco 1,75 kg

1.º Eduardo Neves 43,13 m

Sub-20 - Enc. Int. Lanç.

Peso

2.º Eduardo Neves 14,44 m

Martelo

2.º Diogo Gomes 52,48 m

Dardo

2.º Miguel Costa 58,35 m

Sub-20 - Camp. Norte

Altura

3.º Rafael Jesus 1,84 m

Juv. / Ini. - Provas Prep. AAL

100 m

3.º Vicente Lopes 11››86

4.º João E. Lima 11››90

6.º Alex Lima 12››12

8.º Luca Rodrigues 12››29

11.º Edgar Rodrigues 12››55

13.º Vasco Cunha 13››15

15.º Vinícius Leão 13››63

17.º Miguel Gavinhos 14››10

Juvenis - Torneio S. João

1500 m

3.º Afonso Carvalho 4›30››79

Juvenis - Torneio S. Pedro

Disco 1,5 kg

1.º Guilherme Cardoso 32,32 m

Iniciados - Torneio S. Pedro

Disco 1 kg

1.º Adulai Rodrigues 38,73 m

Ini. / Inf. - Provas Prep. AAL 1000 m

2.º Gustavo Matos 3›01››94

3.º Salvador Lopes 3›10››71

4.º David Aguiar 3›50››09

Infantis - Torneio de São João

150 m

3.º David Aguiar 23››06

Dardo

1.º David Aguiar 18,01 m

Infantis - Torneio S. Pedro

60 m

3.º Diogo Madeira 8››80

5.º David Aguiar 9››26

Disco 750 g

1.º Diogo Madeira 21,58 m

2.º David Aguiar 17,34 m

Benjamins - Provas Prep. AAL

Vortex

1.º Rodrigo Costa 39,78 m

6.º Rodrigo Santos 23,51 m

8.º João P. Cota 18,31 m

9.º Miguel Nunes 14,06 m

12.º Guilherme Barros 10,40 m

Benjamins - Torneio S. Pedro

60 m

1.º Andrea Salerno 9››53

Feminino

Absolutos - Jogos Europeus / Camp.

Europa Equipas

400 m

8.º Cátia Azevedo 51››93

4x100 m

11.º Portugal (Lorène

Bazolo e Rosalina Santos) 44’’27

- RECORDE NACIONAL

800 m

8.º Cátia Azevedo 2›01››82

3000 m obst.

5.º Laura Taborda 9›55››56

Altura

8.º Anabela Neto 1,84 m

Vara

16.º Marta Onofre 3,90 m

TRIPLO

12.º Evelise Veiga 12,80 m

PESO

1.º Auriol Dongmo 19,07 m - MED.

OURO

Disco

4.º Liliana Cá 63,21 m

Dardo

6.º Cláudia Ferreira 55,82 m

Absolutos - Torneio de São João

200 m

1.º Carina Silva 26››41

1500 m

5.º Joana Lopes 5›07››87

3000 m obst.

3.º Sofia Silva 11›53››72

Absolutos - III Noite Quente AAP

3000 M

1.º Beatriz Azevedo 9›56››35

Absolutos - Ordizia Meeting 100 m barr.

4.º Olímpia Barbosa 13››49

Absolutos - Provas Prep. AAL 200 m

7.º Inês Justo 27››42

8.º Rita Figueira 27››50

8.º Ana Sofia Alves 27››50

m

1.º Inês Alves 57››95

2.º Maria Poppe 58››81

4.º Carina Silva 1›01››38 800 m

5.º Inês Lopes 2›23››48

7.º Joana Lopes 2›28››98 1500 m

1.º Sofia Silva 5›14››32 Altura

1.º Anastácia Gula 1,60 m

Triplo

5.º Inês Vicente 11,39 m

6.º Sara Pinheiro 11,36 m

8.º Inês Gomes 10,31 m

Dardo

1.º Sara Sousa 20,52 m

Absolutos - Enc. Atletismo Disp.

Cáceres

100 m

2.º Lurdes Oliveira 11››99

100 m barr.

2.º Catarina Karas 13››71

Sub-23 - Enc. Int. Lanç.

Peso

2.º Mariana Câmara 11,32 m

Absolutos - Noite Atlética AAB

800 m

1.º Beatriz Azevedo 2›13››31

Sub-20 - Meeting Bauhaus

Dardo

7.º Marta Trovoada 47,01 m

Martelo

5.º Márcia Maketa 54,45 m

Sub-20 - Camp. Norte

5000 m

3.º Beatriz Rios 18›07››01

Sub-20 - Torneio S. Pedro

Disco 1 kg

1.º Margarida Anjos 22,10 m

Juvenis - Torneio S. Pedro Peso 4 kg 1.º Eliane Varela 10,40 m

2.º Alexandra Mata 9,31 m Disco 1 kg

1.º Alexandra Mata 29,17 m

2.º Eliane Varela 28,91 m

Juv. / Ini. - Provas Prep. AAL

Dardo

3.º Sofia Santos 12,23 m

4.º Sara Gonçalves 11,65 m

Iniciados - Torneio S. Pedro

60 m

3.º Sofia Santos 8››90

Benjamins - Provas Prep. AAL

Vortex

1.º Emma Esik 26,81 m

3.º Remi P. Cookman 21,15 m

4.º Leonor Jorge 20,98 m

5.º Inês Figueiredo 18,21 m

7.º Beatriz Barrento 17,12 m

8.º Inês Proença 15,75 m

9.º Madalena Abrantes 15,40 m

10.º Gabrielle Bonneau 14,29 m

11.º Beatriz Antunes 12,58 m

12.º Ema Almeida 12,45 m

13.º Raquel Lopes 11,30 m

15.º Mara Esik 10,45 m

Misto

Absolutos - Jogos Europeus / Camp.

Europa Equipas 4x400 m

7.º Portugal (João Coelho e Cátia

Azevedo) 3’14’’06 - REC. NAC.

Equipas 1.ª Div.

8.º Portugal 315 pts

FUTEBOL

Masculino

Sub-15 - Camp. Nac. 1.ª Div.

Sporting CP 5-2 CD Tondela

Sub-14 - Golden Cup Sub-15

Sporting CP - 3.º LUGAR

Sub-13 - Golden Cup

Sporting CP - 2.º LUGAR

Sub-12 - Camp. Dist. Sub-12 Fut7

Sporting CP 4-0 Malveira SerraCAMP. DIST.

Sub-11 - Golden Cup

Sporting CP - VENCEDOR

Sub-11 - VPA Cup

Sporting CP - 4.º LUGAR

Sub-11 - MadCup

Sporting CP - 3.º LUGAR

Sub-10 - Estoril Foot

Sporting CP - VENCEDOR

Sub-9 - Estoril Foot

Sporting CP - 2.º LUGAR

Feminino

Sub-13 - Taça Nac.

Sporting CP 3-0 P. Ferreira

Sub-9 - Estoril Foot Masc.

Sporting CP - 3.º LUGAR

FUTSAL

Masculino

Sub-17 - Copa Fund. Cajasol

Sporting CP - VENCEDOR

GINÁSTICA

Masculino

Seniores - 3.º M Ap. Camp. Europa e Camp. Europa GI

Triplo

1.º Rinelmo Sami 13,52 m

2.º Célio Quaresma 13,31 m

01/07 – SÁBADO GINÁSTICA

Competição: Sarau Anual

2.º Dinis Simões 26,25 m

3.º Alexandre Silva 25,86 m

5.º Miguel Veiga 24,32 m

Jogo: Sporting CP vs. CD São Roque

Horário e local: 17h00 e 21h00 – Pavilhão João Rocha

Transmissão: directo e exclusivo

Dardo

2.º Aleida Mendes 43,20 m

1.º Joana Wever 19››95

3.º Sara Gonçalves 22››49

6.º Sofia Santos 23››06

02/07

– DOMINGO GINÁSTICA

Competição: Sarau Anual

Jogo: Sporting CP vs. CD São Roque

Horário e local: 11h00 e 19h00 – Pavilhão João Rocha

Transmissão: directo e exclusivo