Leilão de Agosto de 2023

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L ei L ão de A gosto de 2023

Lote 63

ROBERTO GRIOT

1940 – 2015

SAMBA – HOMEnAGEM A HEITOR dOS PRAzERES

óleo s/ tela, tit. inf. dir. (década de 1970)

catalogado com o n. BR 9355 da Galeria Bonino no chassi

Procedência: Giovana Bonino

Conforme identificado por Heitor dos Prazeres Filho, Griot trabalhou entre 1961 e 1966 diretamente com Heitor dos Prazeres em seu ateliê, tendo sido um de seus mais talentosos assistentes

Lote 103

IBERÊ CAMARGO

1914 – 1994

Paisagem do Rio

óleo s/ cartão, ass. inf. esq. e com a dedicatória “Para Flávio e Ângela, com um grande abraço de Iberê e Maria. Rio, 27/09/47”, no verso 33 x 41 cm

Quarta Capa Capa
30 x 23 cm

08 DE AGOSTO DE 2023

LEILÃO AGOSTO DE 2023

terça-feira

19:30h

(exclusivamente virtual)

EXPOSIÇÃO

04 a 07 de agosto, de 13h às 19h

R. Miguel Pereira, 28 – Humaitá

LANCES PRÉVIOS E ESTIMATIVAS

Organização

Soraia Cals Escritório de Arte

(21) 2540 0688 contato@soraiacals.com.br

Leiloeira

Marcella Cals

(21) 2540 0106

marcella@marcellacalsleiloeira.com.br

LANCES POR TELEFONE NO DIA DO LEILÃO ATÉ AS 18 H

2540-0106 2540-0688 99955-9914 (Whatsapp)

www.soraiacals.com.br

www.marcellacalsleiloeira.com.br

Regulamento do leilão

1. Os organizadores diligenciaram com esmero e cuidado a confec ção do catálogo e procuraram descrever, tanto quanto possível, as peças a serem leiloadas.

2. O leilão obedecerá, rigorosamente, a ordem do catálogo.

3. Todos os lotes estão sujeitos a um preço mínimo, indicado pelo proprietário e ratificado pelos organizadores.

4. A adjudicação será pela oferta mais alta do último licitante. No caso de litígio, prevalecerá a palavra da leiloeira oficial.

5. Considerando que as peças apresentadas são de propriedade de terceiros, entende‑se a sua venda no estado em que se encontram. Por essa razão, os organizadores solicitam que os interessados procedam aos exames que desejarem, durante a vigência da exposição que antecede ao leilão, não sendo aceitas desistências após o arremate.

6. A retirada das peças adquiridas no leilão será por conta e risco do arrematante.

7. As peças foram cuidadosamente examinadas antes do leilão, e os organizadores se responsabilizam por sua autenticidade e des crição. Na hipótese de divergência quanto à autenticidade das peças, desde que baseada em laudo firmado por perito idôneo, o arrematante poderá optar pela anulação da transação, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias após a compra.

8. Para maior comodidade dos licitantes, serão colocadas, à disposição, credenciais numeradas que deverão, em todos os casos, ser preenchi das e firmadas pelos licitantes antes do leilão ou depois da primeira arrematação.

9. Juntamente com este livro/catálogo, são oferecidas listas com as indicações de preços‑base para o início de leilão de cada lote, podendo a leiloeira a seu exclusivo critério modificá‑los para mais ou para menos, no momento do pregão.

10. A leiloeira poderá receber ordens de compra, com limites má ximos indicados, por escrito, pelos interessados. Nesse caso, um

funcionário, devidamente credenciado, ficará incumbido de lançar, em nome e lugar do interessado, até o limite autorizado.

11. Serão aceitos, ainda, lances por telefone durante o leilão. Igualmente, o interessado em determinada peça poderá solicitar, por meio de prévio contato telefônico, que um funcionário devidamente cre denciado lhe contate também por telefone, no momento do leilão em que for apregoada a peça de seu interesse. Nesses casos, um funcionário, devidamente credenciado, ficará incumbido de lançar, em nome e lugar do interessado, até o limite verbal autorizado, conforme contato telefônico simultâneo ao leilão. Em tais hipóteses, o licitante firmará a credencial de que trata o item 8, na forma ali prevista ou, antes, fornecerá os dados constantes da referida credencial, pelos telefones divulgados para o evento.

12. O saldo deverá ser pago contra a entrega da peça, não tendo os organizadores qualquer responsabilidade pela eventual obtenção de crédito ou financiamento para sua aquisição, entendendo‑se que as medidas, para tanto necessárias, são de responsabilidade exclusiva dos adquirentes.

13. Após a licitação, as peças arrematadas estarão à disposição dos adquirentes, correndo, a partir desse momento, por conta ex clusiva dos adquirentes, os cuidados para conservação das peças. As peças deverão ser retiradas, no prazo máximo de 3 (três) dias úteis após a data de licitação.

14. A leiloeira, como mandatária dos vendedores e agindo em nome deles, reserva‑se o direito de lançar por eles, de não aceitar lances e de agrupar ou retirar lotes, sem nenhuma obrigação de esclarecer os motivos de sua decisão.

15. Os interessados têm ciência das condições estabelecidas neste regulamento, através do catálogo do leilão, na medida em que constitui parte deste impresso, ou acessando o site mantido pelos organizadores na internet (www.marcellacalsleiloeira.com.br ou www.soraiacals.com.br), pelo que não poderão alegar qualquer desconhecimento dessas condições, ficando eleito o foro central da Comarca do Estado do Rio de Janeiro, com exclusão de qual quer outro, por mais privilegiado que seja, para dirimir qualquer incidente alusivo à arrematação ou ao leilão.

Progressão de lances no leilão

Até R$1.000,00

Lance mínimo de R$100,00

De R$1.000,01 a R$5.000,00

Lance mínimo de R$200,00

De R$5.000,01 a R$20.000,00

Lance mínimo de R$500,00

De R$20.000,01 a R$50.000,00

Lance mínimo de R$1.000,00

De R$50.000,01 a R$100.000,00

Lance mínimo de R$2.000,00

De R$100.000,01 a R$500.000,00

Lance mínimo de R$5.000,00

De R$500.000,01 a R$1.000.000,00

Lance mínimo de R$20.000,00

De R$1.000.000,01 a R$5.000.000,00

Lance mínimo de R$50.000,00

De R$5.000.000,01 em diante

Lance mínimo de R$100.000,00

Índice

ALASTAIR MILNE MICHIE 1, 2, 3,4,5,6,7,8,9,10,11, 12,13,14,15,16,17,18,19,20,21,22,23,24,25,26,27

ANA VITÓRIA MUSSI 89, 90, 91

ÂNGELO DE AQUINO 82

ANNA BELLA GEIGER 53

ANTÔNIO DIAS 77

BANDEIRA, Antônio 115, 116

BURLE MARX, Roberto 37, 38, 39, 40

CACIPORÉ TORRES 42

CARLOS LEÃO 117

CARMELLO SENA (João Carmello Sena Brasileiro Costa) 73

CARVÃO, Aluísio 44, 45

CAYMMI, Dorival 61

CONCESSA COLAÇO 71

CRISTINA CANALE 81

DAREL Valença Lins 88

DELAMÔNICA, Roberto 52

DI CAVALCANTI, Emiliano 114

FERNANDO MENDONÇA 105

FLÁVIO-SHIRÓ Tanaka 57, 78

FRANK SCHAEFFER 118

GAGARIN, Paulo 108

GARCEZ, Paulo Gomes 120, 121 ,122, 123

GARRIDO, Luiz 87

GOELDI, Oswaldo 132

HILDEBRANDT, Eduard 107

IBERÊ CAMARGO 79, 98, 100, 101 , 102, 103, 104, 110, 111 , 112, 113, 130, 131

JAC LEIRNER 75

JOSÉ DE DOME 125

JOSÉ DE FREITAS 72

JOSÉ MARIA de Souza 133,134,135,136,137,138,

139,140,141,142,143,144,145,146,147,148,149,150, 151,152,153,154,155,156,157,158,159,160,161,162, 162a, 163,164,165,166,167

KAPLAN, Alberto 124

LASZLO MEITNER 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36

LOIO-PÉRSIO 50

MALU FATORELLI 60

MANUEL MESSIAS dos Santos 83, 84, 85,86

MARIA LEONTINA FRANCO DA COSTA 47, 48, 49

MAVIGNIER, Almir 54

NELSON SARGENTO 62

NEWTON REZENDE 92, 94, 95, 96, 97

PALATNIK, Abraham 51

PARREIRAS, Antônio 109

PIZA, Arthur Luiz 46

POTEIRO, Antônio 64, 65, 66, 67

ROBERTO GRIOT 63

ROSINA Becker do Valle 74

RUBEM LUDOLF 55

SCHAEFFER, Frank 119

SEELINGER, Helios 106

SÉRGIO RODRIGUES 168, 169, 170

SIGAUD, Eugênio 128, 129

SIRON FRANCO 93, 99

STOCKINGER, Francisco 127

TOMASELLI, Maria 80

TOMIE OHTAKE 56

VIK MUNIZ 76

WAKABAYASHI, Kazuo 58, 59

WEISSMANN, Franz 41, 43

ZANINI, Mario 126

ZÉ INÁCIO 68,69,70

NOITE ÚNICA

LOTES 01 A 170

Merleau-Ponty lembra o dito de Valéry, de que na pintura o pintor “entra com seu corpo”. Mais do que, por exemplo, um romancista, que também utiliza o corpo no escrever, o uso que dele faz o pintor é direta, profunda e extensamente ligado à carne e a uma visão dupla que se exerce através da carne: a visão do corpo confluindo para o olho - e a visão do espírito unida a essa confluência. No ato de pintar, o mundo circundante e por intermédio dele todo o mundo exterior também entram na obra, e aí tanto é ambiental Franz Post pintando no interior pernambucano como o artista ambiental de hoje fazendo sua obra esticar-se sobre os arredores.

E era natural que fôssemos desembocar na arte do ambiente e impor nosso cunho organizacional ao universo exatamente no tempo em que o universo poluído nos impõe sua poluição.

O pintor Alastair Michie, apresentado agora no Brasil pela Galeria Bonino, é um exemplo de visível equivalência entre o mundo imediato e a visão do corpo. Há cerca de ano fui vê-lo em ação no seu ambiente. Convidara-me Alastair para sua casa na cidade de Wareham, Dorset, sul da Inglaterra. Tinha, ao viajar, a intenção de percorrer o “país de Thomas Hardy” e ver os lugares em que Tess morou e onde Jude ocultou sua obscuridade.

O que, naturalmente, fiz. Mas deparei, também, com um mundo novo: o da pintura de Alastair e o ambiente que infunde forma e cor a essa pintura e cuja textura imaginária se torna, por causa dela, real. A costa de Dorset e as pedras que ali se deixam envolver pelas ondas, a contextura da pela da paisagem batida pelo vento, o tom primitivo das casas e coisas construídas pelo homem perto do martudo reflui para os quadros de Alastair, numa interação que faz com que sua obra, sendo pura matéria pintada, surja também como tentativa de mostrar o coração da matéria.

Depois de dezenas de pintores brasileiros terem sido exibidos em Londres nos últimos dois anos, é com alegria que vejo o intercâmbio cultural Brasil-Inglaterra intensificar-se com Alastair Michie. Sua pintura nos vem trazer a contribuição pessoal de um artista contemporâneo em vias de se livrar daquilo que já foi chamado de aderência do homem ao envoltório das coisas. Convidando a que vejam, nos seus quadros, essa libertação de seu invólucro por parte dos objetos, não posso deixar de me perguntar que tipo de pintura pintaria ou pintará Alastair Michie no Brasil, onde a deflagração do Ser é capaz de mudar profundamente a relação de coisa com coisa.

ANTONIO OLINTO (texto retirado do catálogo da exposição do artista realizada na Galeria Bonino entre 25 de abril e 13 de maio de 1972)

DEPOIMENTO

“Desde que comecei a pintar, minha preocupação principal tem sido com a paisagem. Ela tem sido o tesouro do qual tenho tirado todos os ingredientes necessários à minha maneira de pintar.

Durante anos - então eu realizava muitos vôos - a paisagem assumiu um novo significado. Eu participava dela mais profundamente e ela passou a ser a única visão de meu íntimo. As coisas assumiram um aspecto bidimensional e, além disso, tornaram-se para mim mais legítima e verdadeiramente transferíveis para a tela, do que a figura humana ou a natureza-morta.

Outrossim, o efeito purificador da distância era também equivalente aos aspectos em “close-up” da paisagem, uma experiência visual de superfícies tanto quanto o exame de um panorama. Assim como uma total apreensão da tessitura e da textura da terra. Agora, eu estou também relacionando a presença humana neste “background”. Eu pego um trecho do meu motivo e focalizo uma lente sobre ele, como um fotógrafo aéreo que, através de olhos providos de magníficos óculos, revelasse verdades hediondas. Deste ponto de partida emerge uma série de gamas de complexidade variável. Justaposições de detalhes e massas, “close-up” e distância, formas definidas e fluidez, harmonia e dissonância.”

NOTAS BIOGRÁFICAS: ALASTAIR MICHIE

Nasceu em St. Omer, França, em 1921. Foi educado na França e na Escócia. Estudou arquitetura em Edimburgo. Serviu na guerra como piloto da RAF.

Como artista participou de diversas exposições coletivas e realizou inúmeras individuais. Em 1967 foi um dos 15 pintores ingleses convidados a expor no Museu de Arte Moderna de Varsóvia. Tem obras em coleções particulares da Europa e também no St. Edmund Hall, St. Hugh’s College, Oxford, The Watson Trust and Stirling University.

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

aRanfuez

óleo s/ tela, ass., dat. 1969 inf. dir. e com n. de catalogação BR 5481 da Galeria Bonino no verso 91 x 91 cm

1

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

PoRtland 03. 1971

guache s/ cartão, ass. e dat. 1971 inf. esq. catalogado sob o n. BR 7201 da Galeria Bonino 35 x 48 cm

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Filhos de artistas conhecidos muitas vezes seguem a mesma profissão, mas ter um pai famoso pode trazer tantas desvantagens quanto vantagens. O talentoso e autodidata Alastair Michie, que faleceu aos 86 anos, certamente estava ciente de tais problemas, sendo o filho mais velho de Anne Redpath (1899-1964), a primeira mulher a ser eleita uma Acadêmica Real Escocesa completa. Ele só se tornou um pintor sério aos 40 anos. Michie nasceu em St Omer, na França, onde seu pai trabalhava como arquiteto. Quando Alastair tinha quatro anos, a família se mudou para a Provença e, em 1934, para Hawick, na Escócia, cidade natal de seu pai e o lugar onde sua mãe, nascida em Galashiels, foi criada. Michie frequentou a escola secundária de Hawick e ganhou uma bolsa de estudos para estudar arquitetura no Edinburgh College of Art, mas seus estudos foram interrompidos pelo serviço militar na RAF durante a guerra, onde se tornou um dos pilotos mais jovens a receber suas asas, servindo com distinção como piloto noturno de reconhecimento em aeronaves sobre a Alemanha e territórios ocupados. Relutante em retomar seus estudos de arquitetura após a guerra, Michie trabalhou como ilustrador e designer gráfico freelance. Ele teve uma carreira bemsucedida como desenhista de moda para revistas importantes em Londres, antes de se mudar para Wareham, Dorset, em 1950. Esta se tornou sua casa pelo resto de sua vida. Uma visita à Bienal de Veneza em 1962 mudou dramaticamente as ambições e a vida profissional de Michie. Foi lá que ele se deparou com o trabalho dos grandes expressionistas abstratos americanos: a escala e a pura energia de Robert Motherwell, Franz Kline e Mark Rothko foram decisivas para que ele se tornasse um pintor. Ele sempre afirmou que nunca foi influenciado pelo trabalho de sua mãe, embora compartilhasse algo de sua habilidade e forte sensibilidade à cor e textura. Sua crença no poder da arte abstrata para transmitir emoções intensas foi confirmada por um encontro com Rothko em uma exposição de pinturas de seu amigo John Plumb na galeria Axiom em Londres no final da década de 1960. As obras abstratas de Michie, sejam esculturas ou pinturas, eram sempre influenciadas por suas próprias experiências. Ele acreditava que as duas atividades se complementavam e se fertilizavam mutuamente, e grande parte de seu trabalho, em duas ou três dimensões, estava intimamente ligada à paisagem costeira de sua

amada Dorset. Suas pinturas abstratas podem ser vistas como imagens de terra e mar vistas do alto. Um local favorito, a praia de Studland, provou ser uma rica fonte de objetos encontrados, incluindo madeira flutuante e restos de guerra, como estilhaços, que formaram a base da maioria das peças esculpidas de Michie a partir da década de 1950. Sua primeira escultura de bronze, “Nemesis”, foi inspirada em ossos e pedras encontrados em Studland, e suas esculturas posteriores, incluindo a série “Shrapnel”, são uma mistura de formas arquitetônicas e orgânicas sugeridas por suas experiências de guerra. Um lembrete ainda mais claro de seus dias de voo está nas formas aerodinâmicas de “Endeavour”, uma escultura de bronze de 15 pés, encomendada de forma apropriada pela British Aerospace. No entanto, é como pintor que Michie provavelmente será mais lembrado. Sua primeira exposição individual foi realizada no Traverse Theatre em Edimburgo em 1964. Essas grandes pinturas acrílicas, ricamente coloridas e com texturas sensuais, o vincularam não apenas aos pintores americanos que ele admirava, mas também à escola de coloristas de Edimburgo. No mesmo ano, ele também expôs “Gold Relief 21” na Royal Scottish Academy e foi finalista em uma competição de pintura aberta do Conselho de Artes. Michie lamentava não ter o apoio de uma grande galeria em Londres, ao contrário de seu irmão David, que também era pintor. Mas ele expôs amplamente no Reino Unido e no exterior. Em 1972, uma grande exposição em São Paulo levou os museus de arte moderna do Rio de Janeiro e São Paulo a adquirirem obras suas, e em 1981 ele mostrou suas esculturas no Barbican Centre em Londres. Assim como muitos artistas que começam tarde na arte, Michie trabalhou de forma obsessiva e mostrava poucos sinais de desaceleração. Sua última exposição, “Tangents”, foi realizada em março em Lyme Regis, Dorset, e ele já estava trabalhando em sua próxima exposição.

Alastair Michie, pintor, escultor, designer e ilustrador, nascido em 9 de dezembro de 1921; falecido em 2 de maio de 2008.

(obituário do artista escrito por Brian Morley e publicado no jornal The Guardian)

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

fuRback seRies #8. 1970

guache s/ cartão, ass. e dat. 1969 inf. dir. catalogado sob o n. BR 7197 da Galeria Bonino 47 x 53 cm

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ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

PoRtland 10

acrílica s/ chapa de madeira industrializada, s/ ass., com etiqueta do artista e de Elvaston (London) no verso catalogado sob o n. BR 7213 da Galeria Bonino 40,5 x 51 cm

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ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

fuRback seRies nº 15 guache s/ cartão, ass. e dat. 1970 inf. dir. catalogado sob o n. BR 7198 da Galeria Bonino 43,5 x 54,5 cm

5

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

sixth sense

acrílica e colagem s/ cartão, ass. e dat. 1971 inf. dir. catalogado sob o n. BR 5482 da Galeria Bonino 40 x 51 cm

6

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

VeRtigo 4

acrílica e colagem s/ cartão, ass. e dat. 1971 inf. dir. catalogado sob o n. BR 5483 da Galeria Bonino 40 x 51 cm

7

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

tRiPtyche

óleo s/ tela, ass., dat. 1967 inf. dir. da tela da direita e com n. de catalogação BR

7003 da Galeria Bonino

101 x 232 cm (medida total)

8

1921 – 2008

sem título

óleo s/ chapa de madeira industrializada, s/ ass. e com n. de catalogação BR 7194 da Galeria Bonino no verso

60,5 x 48 cm

9
ALASTAIR MILnE MICHIE

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

skoPelos

óleo s/ tela, ass., dat. 1964 inf. dir. e com n. de catalogação BR 5478 da Galeria Bonino no verso 122 x 122 cm

10

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

Volcanic

óleo s/ tela, s/ ass., com etiqueta do artista e n. de catalogação BR 5477 da Galeria

Bonino no verso

122 x 152 cm

11

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

haRtland mooRe 4

óleo s/ tela, s/ ass., com etiqueta do artista e n. de catalogação BR 5479 da Galeria Bonino no verso 122 x 153 cm

12

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

the key

óleo s/ tela, s/ ass. e com n. de catalogação BR

5488 da Galeria Bonino

91 x 71 cm

13

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

elegy (gold on black)

óleo s/ tela, ass., tit., com etiquetas do artista e da Richard DeMarco Gallery no verso catalogado sob o n. BR 5480 da Galeria Bonino

153 x 123 cm

14

15

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

linked foRms 4

guache s/ cartão, ass. e dat. 1970 inf. dir. catalogado sob o n. BR 5484 da Galeria Bonino

44 x 53 cm

16

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

toledo 2

guache s/ tela, ass. e dat. 1971 inf. esq. catalogado sob o n. BR 5485 da Galeria Bonino

53 x 43,5 cm

15 16

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

equilibRium óleo s/ tela, s/ ass. e com n. de catalogação BR 5487 da Galeria Bonino no verso 71 x 91 cm

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ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

sPRingtide

guache s/ cartão, ass. e dat. 1969 inf. dir. catalogado sob o n. BR 7208 da Galeria Bonino 62 x 53,5 cm (página ao lado)

19

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008 hanoVeR hambuRg

acrílica s/ cartão, ass. e dat. 1968 inf. esq. catalogado sob o n. BR 7014 da Galeria Bonino 53 x 76 cm

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ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

shadows. 1970

guache s/ cartão, ass. e dat. 1970 inf. dir. catalogado sob o n. BR 7193 da Galeria Bonino 53 x 66,5 cm

20

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ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

RefRaction. 1971

acrílica e óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., tit. e com etiqueta do artista no verso catalogado sob o n. BR 7195 da Galeria Bonino 57 x 61 cm

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

PoRtland 8. 1971

acrílica s/ cartão, s/ ass. e com n. de catalogação BR 7199 da Galeria Bonino no verso

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50
x 39 cm

ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

-1972

acrílica e óleo s/ tela, ass., dat. 1972 inf. dir. e com n. de catalogação BR 7200 da Galeria Bonino no verso

61 x 61 cm

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ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

toledo 4 / PoRtland 5 / sem título

a) Toledo 4

acrílica e guache s/ cartão, ass. e dat. 1971 inf. esq. catalogado sob o n, BR 7204 da Galeria Bonino 30,5 x 38 cm

b) Portland 5

acrílica s/ chapa de madeira industrializada, s/ ass. e com n. de catalogação BR 7211 da Galeria Bonino no verso 38 x 30,5 cm

c) Sem Título

guache s/ chapa de madeira industrializada, s/ ass. catalogado sob o n. BR 7209 da Galeria Bonino

30,5 x 38 cm

30,5 x 114,5 cm (medida total)

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ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

PoRtland 11 / untitled nº 20

a) Portland 11 guache s/ cartão, s/ ass. com n. de catalogação BR 7202 da Galeria

Bonino

39,5 x 50 cm

b) Untitled nº 20 guache s/ cartão, ass., dat. 1971 inf. dir. catalogado sob o n. BR 5486 da Galeria Bonino

51 x 79,5 cm (medida total)

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ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

sloPe heath / -1971 (díPtico)

a) Slope Heath

óleo s/ chapa de madeira industrializada, s/ ass., com etiquetas do artista e da Richard DeMarco Gallery e n. de catalogação BR 7203 da Galeria Bonino no verso

30,5 x 38 cm

b) -1971

guache s/ cartão, ass., dat. 1971 inf. dir. catalogado sob o n. de catalogação BR 7206 da Galeria Bonino

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ALASTAIR MILnE MICHIE

1921 – 2008

PoRtland 7 / - 1966 / sem título

a) Portland 7

acrílica s/ chapa de madeira industrializada, s/ ass. e com n. de catalogação BR 7212 da Galeria Bonino no verso 38,5 x 30,5 cm

b) -1966

guache s/ cartão, ass., dat. 1966 inf. dir. e com n. de catalogação BR 7205 da Galeria Bonino

38,5 x 30 cm

c) Sem Título

guache s/ papel colado em chapa de madeira industrializada, s/ ass. e com n. de catalogação BR 7210 da Galeria Bonino no verso

30,5 x 38 cm

38,5 x 91 cm (medida total)

27

Oexemplo de Laszlo Meitner suscita a indagação sobre o sentido da pintura nos dias atuais. Não corresponde à vanguarda, nem se atém às fórmulas e soluções definidoras de grupos e momentos. Participa do percurso natural e histórico da pintura, severamente diferenciado das implicações literárias e de todo entregue à essencialidade plástica colorística. É, desse modo, uma pintura sem concessões, capaz de comunicar-se apenas pelo elemento pictórico mais puro – a cor – e procurando uma plenitude na transfiguração, sem perda da referência de seus motivos. À primeira vista aparece-nos como abstrações, porque são cores, planos e traços, destituídos de um processo informativo, mas cada tela tem o título do respectivo e verdadeiro assunto – paisagem, naturezamorta, flores, crucificação, circo, etc. – e, através desta conotação, somos levados a um entendimento do objeto sem contudo imbricarmos no anedótico. Entedemos como uma das principais características da pintura de Laszlo Meitner exatamente a relação que ele estabelece entre a motivação realística, noutros termos, o seu ponto de partida, o objeto a que se refere, e, do outro lado, a composição pictorial livre, despojada do compromisso formalístico, para realizar-se na essencialidade das cores, assim como a música se realiza na pureza dos sons. Este comentário pretende destacar Laszlo Meitner dos informais, uma vez que seu propósito, ou sua aventura, não foi negar a configuração, mas tão somente recusar a sobrecarga figurativa, não desfazendo, entretanto, situações e qualidades plásticas inerentes e antevistas na realidade física. Laszlo Meitner nada tem de gestual nem de especulador de sutilezas psíquicas. Pinta para refletir, através de sua sensibilidade e excelente conhecimento de matéria, o belo implícito nas coisas e nas cenas que, empiricamente, não se costuma ver pela simples razão de ser preciso a sensibilidade estética e a qualidade artística reveladoras. Essa marcante característica de sua atual pintura – o despojamento do desenho configurador substituído pela ênfase colorística – é um atributo que somente se adquire quando o artista goza do domínio pleno do desenho, quando, noutras palavras, ele o dispensa em troca e em busca de uma solução pictórica mais lídima. Tal domínio do desenho Laszlo o tem desde velhos tempos, como cenógrafo da «London Film» e desenhista de formação, e também porque sua pintura se expressou, por longa fase, no requinte formalístico em cortes bidimensionais.

Sua produção mais recente – a que se apresenta na Exposição da Galeria Bonino da Guanabara, em setembro de 1964 – registra a despreocupação da bidimensionalidade, podendo-se admitir, até mesmo, a readmissão da terceira dimensão que se exerce menos pela perspectiva ilusionística e mais pela espacialidade conferida nos planos e nas densidades cromáticas. Um outro atributo da pintura de Laszlo Meitner reside no jogo dos contrastes, no uso dos tons graves e agudos, comparáveis à construção da imagem musical. A tela “Crucificação” comporta grave teor dramático, intensa vibração de lampejos e manchas, conduzindo o observador tanto para a idéia mística da cena como igualmente para a idéia plástica de um vitral. Procura, portanto, atingir a religiosidade de um Manessier, que em nada depende do corpo do desenho porque em tudo resulta do espiritual da pintura. Quisera ver essa denominação de espiritual da arte reconduzida à intenção de Kandinsky, afim de não se cobrar da pintura coisa alguma que não seja a essência e a natureza dela. Não se pense que se destrói a implicação literária da pintura negando-se os materiais e os meios de seu procedimento histórico. Muito mais se hipoteca a pintura ao anedótico e ao lírico pelos acréscimos inopinados, que pelo uso (sempre mais difícil) de seus limitados e trabalhosos recursos artesanais, tradicionais. É, pois, desejável que de alguns artistas ainda possamos ter a pintura imaginada e feita em sua naturalidade. Se a obra de Laszlo Meitner aparece destituída de outro texto que não o da pintura, tal condição identifica-o entre os que souberam atingir a autenticidade. Ele situa-se entre aqueles que não utilizam das artes espaciais em função de intenções artísticas temporais, preferindo entregar à contemplação o produto de um lavor consciente e disciplinado, exclusivamente comandado pela sensibilidade estética.

CLARIVAL DO PRADO VALLADARES (texto retirado do catálogo da exposição do artista realizada na Galeria Bonino entre 1º e 19 de setembro de 1964)

LASzLO MEITnER

1900 – 1968

natuReza-moRta com JaRRo PReto

óleo s/ tela, ass. inf. dir. e com n. de catalogação BR

2265 da Galeria Bonino no chassi

100 x 81 cm

28

Acondição indispensável para qualificar alguém a apresentar um artista é que goste e tenha afinidade com o seu trabalho. Estou, por estas razões, satisfeito em falar de Laszlo Meitner. Conheço Meitner há muitos anos e o estimo como artista da mais alta categoria. Nos trabalhos recentes, duas grandes qualidades ressaltam e estas são, a meu ver, o verdadeiro conteúdo de uma obra de arte: côr e matéria. Todos os artistas estão dotados com o dom do desenho e do colorido, mas não em igual quantidade. Laszlo é um desenhista de grande capacidade e seu treino em diversas atividades foi completo. Nas primeiras exposições, conheci Meitner usando o seu maduro e simplificado desenho, na maneira expressionista de pintura, com estruturação e composição das mais disciplinadas. Suas naturezas mortas, figuras ou paisagens foram apresentadas com côres expressivas, superfícies pintadas com matéria justa, mas não especialmente ricas em textura. Hoje, Meitner leva sua arte ao mundo das côres, expressando-a com a exuberância da sua matéria. O conteúdo da sua obra está dissolvido numa abstração não simulada. Esta surge como uma necessidade de liberdade de ação, numa pintura que é rica em aventura e em improvisação, no melhor sentido da palavra; um colóquio é mantido entre o quadro em formação e o artista, que é um implacável crítico de si mesmo. Meitner tem um fabuloso dom de apresentar a sua idéia pictórica com uma rapidez espantosa, mas não satisfeito com êste primeiro quadro, com o qual um outro artista ficaria contente, começa a verdadeira orquestração dos pigmentos, com transparências variando com tinta posta em camadas grossas, resultando uma tela tão cintilante, tão vibrante, como só vemos nos maiores coloristas. Apesar do artista se afastar do conteúdo temático, êste sempre está presente no quadro, escondido pela necessidade da própria luta que Meitner trava com cada uma das suas criações. É natural que cada quadro de Laszlo seja uma obra-prima porque as tentativas, as lutas, as dúvidas, ficam cobertas pelas últimas côres, com as quais, ao final, êle fica mais ou menos contente. Do pessimismo pessoal de Meitner para com o seu trabalho, nada transparece no quadro. Sem dúvida, nesta exposição, Meitner apresenta-se como sempre o foi, um dos grandes nomes do ambiente artístico brasileiro.

(texto retirado do catálogo da exposição do artista realizada na Galeria Bonino, entre 12 e 30 de julho de 1966)

LASzLO MEITnER

1900 – 1968

Rua nº 2

óleo s/ tela, ass. inf. dir. e com n. de catalogação

BR 2960 da Galeria Bonino no chassi

73 x 92 cm

29

LASzLO MEITnER

1900 – 1968

Paisagem

óleo s/ tela, s/ ass. e com n. de catalogação BR 1944 da Galeria Bonino no chassi 65 x 81 cm

30

LASzLO MEITnER

1900 – 1968

natuReza-moRta com melancia

óleo s/ tela, ass. inf. dir. e com n. de catalogação BR 3134 da Galeria Bonino no chassi

81 x 100 cm

31

LASzLO MEITnER

1900 – 1968

floRes

óleo s/ tela, ass., dat. 1952, com declaração de autenticidade da viúva do artista, Hortensia de Campos Meitner, datada de dezembro de 1968, no verso, e n. de catalogação BR 4090 da Galeria Bonino no chassi

65 x 80 cm

32

LASzLO MEITnER

1900 – 1968

natuReza-moRta VeRde óleo s/ tela, ass. inf. dir. e com n. de catalogação BR 3130 da Galeria Bonino no chassi 80 x 100 cm

33

LASzLO MEITnER

1900 – 1968

sem título

óleo s/ tela, ass. e dat. 1952 inf. dir. catalogado sob o n. BR 4091 da Galeria Bonino

80 x 100 cm

34

LASzLO MEITnER

1900 – 1968

natuReza-moRta

óleo s/ tela, ass. inf. dir. e com n. de catalogação BR 2255 da Galeria Bonino no chassi

73 x 100 cm

35

LASzLO MEITnER

1900 – 1968

natuReza-moRta

óleo s/ tela, s/ ass., com etiqueta de participação da exposição retrospectiva do artista, realizada no MAM-RJ, e n. de catalogação BR 2964 da Galeria Bonino, no chassi

81 x 100 cm

36

1909 – 1994 comPosição

acrílica s/ tela, ass e dat. 1991 inf. dir. 100 x 82 cm

(detalhe na página ao lado)

37
BURLE MARX, ROBERTO
38 39

38

BURLE MARX, ROBERTO

1909 – 1994

JuRuna

litografia em cores impressa s/ papel, ass., dat.

1987 inf. dir., tit. centro inf. e n. 18/60 inf. esq.

MI 44,5 x 63,5 cm / ME 60,5 x 80 cm (página ao lado)

39

BURLE MARX, ROBERTO

1909 – 1994

itambiRa

litografia a cores impressa s/ papel, ass., dat. 1993 inf. dir., tit. centro inf. e n. 19/50 inf. esq. MI 50 x 64 cm / ME 56,5 x 75 cm (página ao lado)

40

BURLE MARX, ROBERTO

1909 – 1994

Rosinha i litografia em cores impressa s/ papel, ass., dat.

1986 inf. dir., tit. centro inf. e n. 13/60 inf. esq.

MI 41,5 x 63,5 cm / ME 60 x 79,5 cm

WEISSMAnn, FRAnz

1911 – 2005

da séRie mondRian escultura em estrutura de ferro com inclusões em madeira colorida, s/ ass. (década de 1970) (exemplar único)

36 x 40 x 40 cm

41

1935

symPhony in Red

escultura em ferro pintado, ass. sup. esq., ass. dat. 2000 e tit. no verso ø48 cm

1911 – 2005

sem título

escultura em ferro pintado, ass. e dat. 1989 na parte sup. tampo: 1,5 x 89,5 x 130 cm base: 35 x 91 x 40 cm (página ao lado)

43 WEISSMAnn, FRAnz 42 CACIPORÉ TORRES

44

CARVÃO, ALUíSIO

1920 – 2001

cRomático 11

colagem s/ papel, ass. e tit. no verso Participou da exposição coletiva “Brasileiros na Galeria Bonino”, realizada em Buenos Aires, em 1960 12 x 16 cm

45

CARVÃO,

1920 – 2001

ALUíSIO

cRomático 10

colagem s/ papel, ass. e tit. no verso Participou da exposição coletiva “Brasileiros na Galeria Bonino”, realizada em Buenos Aires, em 1960 14,5 x 14,7 cm

46

PIzA, ARTHUR LUIz

1928 – 2017

iR e ViR

gravura em metal (águatinta e goiva) em cores impressa s/ papel, ass. inf. dir.

Um exemplar catalogado sob n. 15 no livro Piza – Catalogue general de l’oeuvre gravé , de K. Masrour (França: Art Moderne International, 1981)

MI 28,5 x 18,5 cm / ME 56 x 38 cm (página ao lado)

44 45

MARIA LEOnTInA FRAnCO dA COSTA

1917 – 1984

da séRie Páginas

óleo s/ tela, ass., dat. 1972 inf. dir., ass., dat. 1972, tit. e com etiqueta da I Bienal de Artes Plásticas do Mercosul no verso 90 x 90 cm

47

MARIA LEOnTInA FRAnCO dA COSTA

1917 – 1984

da séRie Páginas

acrílica s/ tela, ass., dat. 1972 inf. dir., ass., dat. 1972, tit. e com etiqueta da MAM – RJ no verso 50 x 50 cm

48
49
LEOnTInA FRAnCO dA COSTA 1917 – 1984 comPosição pastel s/ papel, ass. na parte inf. 19 x 23 cm
MARIA

LOIO-PÉRSIO

1927 – 2004

sem título

têmpera a óleo s/ tela, ass., dat. 1975 sup. esq. e com etiqueta do artista no verso 33 x 41 cm

50

PALATnIK, ABRAHAM

1928 – 2020

múltiPlo bRanco

PVC, ass., dat. 2002 inf. dir. e n. 2/200 inf. esq.

MI 32 x 47,5 cm / ME 41,5 x 57 cm

51

dELAMÔnICA, ROBERTO

1933 – 1995

sem título

gravura em metal (água-forte e relevo) impressa s/ papel, ass., dat. 1964 inf. dir., n. 13/20 e com

dedicatória inf. esq.

MI 30 x 29 cm / ME 41,5 x 38,5 cm

52

AnnA BELLA GEIGER

1933

comPosição

gravura em metal (água-forte) impressa s/ papel, ass., dat. 1962 inf. dir. e n. 17/20 inf. esq. gravura premiada na Bienal de Cuba 1962 / 1º Prêmio no Concurso Interamericano de Grabado (Havana, Cuba, 1962)

Reproduzida na p. 19 do catálogo da exposição Anna Bella Geiger: constelações, realizada no MAM/RJ de novembro de 1996 a julho de 1997

53
MI 30 x 29 cm / ME 56 x 45 cm

MAVIGnIER, ALMIR

1925 – 2018

sem título litografia em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1962 inf. dir. e n. 21/65 inf. esq. MI 26 x 26 cm / ME 34 x 34 cm

54

55

RUBEM LUdOLF

1932 – 2010

sem título

serigrafia em cores impressa s/ papel, ass. inf. dir. e n. 65/100 inf. esq.

MI 32 x 47 cm / ME 48 x 66 cm

56

TOMIE OHTAKE

1913 – 2015 sem título

gravura em metal (água-forte) em cores impressa s/ papel, ass., dat. 1989 na parte inf. e com carimbo da artista inf. dir.

MI 78,5 x 6 cm / ME 106 x 19,5 cm

57

FLÁVIO-SHIRÓ

1928 memóRia

litografia em cores impressa s/ papel, ass. inf. dir., tit. centro inf. e n. IX/X inf. esq.

MI 54 x 35 cm / ME 71 x 50 cm (página ao lado)

TAnAKA

WAKABAYASHI, KAzUO 1931 comPosição

óleo s/ tela, ass., dat. 1975 sup. dir. e com etiqueta da Galeria de Arte Ipanema no verso 40 x 50 cm

58

WAKABAYASHI, KAzUO

1931 sem título

óleo e relevo s/ tela, com etiqueta da Oscar Seraphico Galeria de Arte no verso (1977)

50 x 61 cm

59
60 MALU FATORELLI 1956 sem título aquarela e pastel s/ cartão, s/ ass. 56 x 76 cm
61 CAYMMI, dORIVAL 1914 – 2008 sem título óleo s/ tela, ass., dat. 1966 e sit. Rio inf. dir. 33 x 46 cm

62

nELSOn SARGEnTO

1924 – 2021

Passista

óleo s/ tela, ass., dat. 2000 inf. dir. e com dedicatória no verso 50 x 40 cm

63

ROBERTO GRIOT

1940 – 2015

samba – homenagem a heitoR dos PRazeRes óleo s/ tela, tit. inf. dir. (década de 1970) catalogado com o n. BR 9355 da Galeria Bonino no chassi

Procedência: Giovana Bonino

Conforme identificado por Heitor dos Prazeres Filho, Griot trabalhou entre 1961 e 1966 diretamente com Heitor dos Prazeres em seu ateliê, tendo sido um de seus mais talentosos assistentes

30 x 23 cm

(página ao lado)

64 POTEIRO, AnTÔnIO 1925 – 2010 PRocissão óleo s/ tela, ass. inf. dir., ass. e dat. 1987 no verso 90 x 140 cm

65

POTEIRO, AnTÔnIO

1925 – 2010

Vaso escultura em barro cozido, ass. duas vezes na parte frontal 40 x ø46 cm

POTEIRO, AnTÔnIO

1925 – 2010

Vaso

escultura em barro cozido, ass. e dat. 1990 parte

66
44 x 26 x 32 cm
inf.
67
POTEIRO, AnTÔnIO 1925 – 2010 cena bíblica litografia em cores impressa s/ papel, ass. inf. dir. e n. 8/147 inf. esq. MI 60 x 70 cm / ME 66 x 76 cm
68 zÉ InÁCIO 1927 Paisagem óleo s/ tela, ass. e dat. 1969 inf. dir. 33 x 46 cm

zÉ InÁCIO

1927

fazenda de fRutas

óleo s/ tela, ass. e dat. 1969 inf. dir. 54 x 81 cm (página ao lado)

69

zÉ InÁCIO

1927

caminho da Roça óleo s/ tela, ass. e dat. 1969 inf. dir. 38 x 46 cm (página ao lado)

70
71 COnCESSA COLAÇO 1929 sem título tapeçaria, ass. inf. dir. 96 x 121 cm

JOSÉ dE FREITAS

1935 – 1989

PRocissão

óleo s/ papel colado em cartão, ass. e dat. 1969 inf. dir.

29,5 x 50 cm

CARMELLO SEnA (JOÃO CARMELLO SEnA BRASILEIRO COSTA)

1925

amoR sem PReconceito (nº 2)

óleo s/ tela, ass., dat. 1971 inf. esq., dat. 1971, sit. Recife/Pernambuco/Brasil e com etiqueta do III Salão de Bienal do Brasil no verso 38 x

73
55
cm 72
72 73

ROSInA BECKER dO VALLE 1914 – 2000 a floResta

óleo s/ tela, ass. centro inf., dat. 1969 inf. dir., tit. inf. esq., ass., dat. 1969, tit. e sit. Brasil no verso

74
26
x 22 cm

JAC LEIRnER

1961

cem temas, uma VaRiação

etiquetas adesivas em impressão off-set s/ jogo com dois vidros lapidados em ângulo de 90º, ass., dat. 2001 e n. 52/100 na parte inf. realizado para o Clube de Gravuras do MAM em julho de 2001

20 x 44 cm

75

VIK MUnIz 1961

PRinciPia

fotografia e visor estetostópico com 8 fotografias de micróbios

realizado para o Clube de Gravuras do MAM – RJ, 1997

exemplar 91/100

estetoscópio: 25 x 13 x 24 cm

76

AnTÔnIO dIAS

1944 – 2018

the illustRation of aRt beyond tecniques models

álbum com 4 gravuras, todas ass. inf. dir. e n. 32/90 inf. esq. editora Jabik & Colophon Editori

50 x 70 cm

77

78

FLÁVIO-SHIRÓ TAnAKA

1928

caminho de comPostela

acrílica s/ papel, ass. sup. esq. e com dedicatória assinada “Para Gilda, o caminho de Compostela. Paris, junho 06” no verso 22,5 x 30 cm

79

IBERÊ CAMARGO

1914 – 1994

sem título

guache e pastel s/ papel colado em chapa de madeira industrializada, ass. inf. dir. e com etiqueta do Acervo Afonso Henrique Costa no chassi

Participou de leilão organizado por Paulo Klabin, José Roberto Arruda e Afonso Costa no Shopping da Gávea, Rio de Janeiro, RJ 33 x 24 cm

78 79

TOMASELLI, MARIA

1941

nossa senhoRa do monte do lado de foRa da igReJa aquarela s/ papel, ass., dat. 1985 inf. dir., ass., dat. 17 de março de 1985, tit., sit. Olinda e n. 25 no verso 70 x 100 cm

80

CRISTInA CAnALE

1961

gatos e lustRe acrílica, aquarela, óleo e colagem s/ papel, ass., dat. 2007 inf. dir., ass., dat. 2007, tit. e com etiqueta da Sílvia Cintra Galeria de Arte no verso 133 x 150 cm

81
82 ÂnGELO dE AQUInO 1945 – 2007 Paisagens imagináRias liquitex s/ tela, ass., dat. janeiro 84, tit. e sit. Rio no verso 150 x 200 cm

MAnUEL MESSIAS dOS SAnTOS

1945 – 2001

gólgota – lugaR da caVeiRa

xilogravura impressa s/ intertela, ass. inf. dir., tit. no centro e num. 13/15 inf. esq.

(1969)

MI 127 x 59,5 cm / ME 138 x 71 cm

83

MAnUEL MESSIAS dOS SAnTOS

1945 – 2001

PoR que me abandonaste?

xilogravura impressa s/ intertela, ass. inf. dir. e num. 11/15 inf. esq.

MI 127 x 59,5 cm / ME 146 x 77 cm

84

85

MAnUEL MESSIAS dOS SAnTOS

1945 – 2001

não sabem o que fazem xilogravura em cores impressa s/ intertela, ass. inf. dir. e n. 11/15 inf. esq.

(c. 1970)

MI 129 x 60 cm / ME 143 x 75 cm

MAnUEL MESSIAS dOS SAnTOS

1945 – 2001

e saiu sangue e água xilogravura em cores impressa s/ intertela, ass. inf. dir. e n. 5/15 inf. esq.

MI 129,5 x 60 cm x ME 141,5 x 70,5 cm

86

87

GARRIdO, LUIz

1946

mundo inJusto

impressão em pigmento de algodão (poapel photo-Bro), ass., dat. 2001, n. 6/20 no verso, ass., dat. 10/10/2008 e n. 6/20 no verso com atestado da Tempo Galeria de Arte 80,5 x 56 cm (página ao lado)

88

dAREL VALEnÇA LInS

1924 – 2017 da séRie (...) litografia em cores impressa s/ papel, ass. inf. dir., tit. centro inf. e n. 21/40 inf. esq. Mi 45 x 65 cm / ME 55 x 75 cm

89

AnA VITÓRIA MUSSI

1943

goleiRo – da séRie baRReiRas

fotografia impressa s/ papel, ass., dat. 1972 e tit. no verso

90

AnA VITÓRIA MUSSI

1943

nadadoRa – da séRie baRReiRas

fotografia impressa s/ papel, ass., dat. 1972 e tit. no verso 116 x

88
89 90
cm
91 AnA VITÓRIA MUSSI 1943 lua, Jane, tomé guache e ecoline s/ jornal, ass., dat. 1970 e tit. no verso 57 x 37 cm

nEWTOn REzEndE

1912 – 1994

autoRRetRato com Pesca óleo s/ madeira, ass., dat. 1974, sit. Pendotiba inf. esq. e com n. de catalogação da Galeria Bonino BR 6026 no verso 83 x 60 cm

92
93 SIROn FRAnCO 1947 figuRa de mulheR óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass. inf. dir. 41 x 33 cm
94 nEWTOn REzEndE 1912 – 1994 meninos com gaiola óleo s/ tela, ass. inf. esq., ass. e dat. 1967 no verso 31,5 x 33,5 cm
95
nEWTOn REzEndE 1912 – 1994 menino com PássaRo óleo s/ tela colada em chapa de madeira industrializada, ass. inf. dir. 34,5 x 39 cm

nEWTOn REzEndE

1912 – 1994

menino com gaiola

óleo s/ tela, ass., com vestígios de data inf. esq. e etiqueta no chassi (1967)

Procedência: ex-coleção Ismael Cardim 25 x 28 cm

96
97 nEWTOn REzEndE 1912 – 1994 figuRa na PRaia óleo s/ tela, ass. e dat. 1969 inf. dir. 22 x 27 cm
98 IBERÊ CAMARGO 1914 – 1994 RetRato de PeRfil óleo s/ tela, s/ ass. 55 x 46 cm
99 SIROn FRAnCO 1947 anJo óleo s/ tela, ass. inf. dir. 40 x 30 cm

100

IBERÊ CAMARGO

1914 – 1994

estudo PaRa Painel óleo s/ madeira, ass. inf. dir. e com a indicação Esc.125 inf. esq. 20 x 57 cm

101

IBERÊ CAMARGO

1914 – 1994

estudo PaRa muRal nanquim s/ papel, s/ ass. e com indicação Esc 1.25 inf. esq. MI 16,5 x 55 cm / ME 26 x 66,5 cm

100 101

IBERÊ CAMARGO

1914 – 1994

estudo PaRa Painel

óleo s/ madeira, ass. inf. dir. e com a indicação Esc. 1.25 inf. esq. 20 x 57,5 cm

102

1914 – 1994

Paisagem do Rio óleo s/ cartão, ass. inf. esq. e com a dedicatória “Para Flávio e Ângela, com um grande abraço de Iberê e Maria. Rio, 27/09/47”, no verso 33 x 41 cm

103 IBERÊ CAMARGO

IBERÊ CAMARGO

1914 – 1994

Paisagem de Roma

óleo s/ tela, ass. inf. dir., ass., dat. 1950, com inscrição

“Preparação a óleo” e sit. Roma no verso

27 x 22 cm

104

106

SEELInGER,

105
FERnAndO MEndOnÇA 1962 oPeRáRios fantoches acrílica s/ tela, ass. inf. esq., ass., dat. 2013, tit. e sit. Rio no verso 75 x 190 cm HELIOS 1878 – 1965 metaluRgia óleo s/ tela, ass., dat. 1951 e sit. Rio inf. dir. 187 x 123 cm (página ao lado)
105
105 (detalhe)

1818 – 1869

Paisagem da lagoa RodRigo de fReitas aquarela s/ papel, ass., sit. “Rodrigo” inf. esq., dat. “1844” e com inscrição “Kayro” parcialmente legíveis inf. dir.

1885 – 1980 PRaia

óleo s/ madeira, ass. e dat. 1946 inf. esq.

107
HILdEBRAndT, EdUARd
18
26 cm
x
108 GAGARIn, PAULO
107 108
27 x 46 cm

109

PARREIRAS, AnTÔnIO

1860 – 1937

Paisagem

óleo s/ tela, ass. e dat. 1917 inf. dir.

Procedência: ex-coleção Gilberto Pereira da Silva, Rio de Janeiro; Maria Noemi P. Martins de Souza, RJ, 1981 com atestado de autenticidade n. 390/82 da Acervo Galeria de Arte, datado de 10 de março de 1982 (reentelado)

46 x 38 cm

110

IBERÊ CAMARGO

1914 – 1994 nu giz de cera s/ papel, ass., dat. 1973 centro inf. e com dedicatória “Para o querido amigo e primo Flávio, com abraço do Iberê, Rio, 6-out75” inf. esq. 47,5 x 32,5 cm (página ao lado)

111

IBERÊ CAMARGO

1914 – 1994

RetRato de mulheR sanguínea s/ papel, ass. e dat. 1948 inf. dir. 27,5 x 20 cm

112 IBERÊ CAMARGO 1914 – 1994 Paisagem aquarela e nanquim s/ papel, ass. e dat. 1949 inf. dir. 31 x 22,5 cm
113 IBERÊ CAMARGO 1914 – 1994 RetRato de fláVio coRtese nanquim s/ papel, ass. e dat. 1945 inf. esq. 35,5 x 29,5 cm

dI CAVALCAnTI, EMILIAnO

1897 – 1976

mulheR

gravura em metal (água-forte) impressa s/ papel, ass. inf. dir. e com indicação H.C. inf. esq.

MI 36 x 27 cm / ME 56,5 x 46 cm

114

115

1922 – 1967

mateRnidade

pastel s/ papel, ass. e dat. 1946 inf. dir. 30 x 20 cm

116

BAndEIRA, AnTÔnIO

1922 – 1967 mulheR

caneta ferrogálica s/ papel, s/ ass. e com carimbo do leilão do espólio do artista realizado no MAM – RJ no verso 21 x 13,5 cm

115 116
117 118

117 CARLOS LEÃO

1906 – 1982

floRes e fRutas

aquarela e nanquim s/ papel, ass. inf. dir. 38 x 56 cm (página ao lado)

118 FRAnK SCHAEFFER

1917 – 2008 sem título

aquarela e nanquim s/ papel, ass. e sit. Bahia inf. dir. 33 x 45,5 cm (página ao lado)

119 SCHAEFFER, FRAnK

1917 – 2008

maRinha com baRcos pastel s/ papel colado em madeira, ass. e dat. 1969 inf. dir. 61 x 95 cm

120

GARCEz, PAULO GOMES

1945 – 1991

elefante – da séRie maRítima ii litografia impressa s/ papel, ass., dat. 1974 inf. dir. e n. 3/11 inf. esq. e catalogada com o n. BR6276 da Galeria Bonino no verso

MI 34 x 26 cm / ME 50 x 35 cm (página ao lado)

121

GARCEz, PAULO GOMES

1945 – 1991

sem título

litografia impressa s/ papel, ass., dat. 1974 inf. dir., n. 5/11 inf. esq. e catalogado com o n. BR 9961 da Galeria Bonino no verso

MI 19 x 20 cm / ME 50 x 35 cm

122

GARCEz,

1945 – 1991

sem título

PAULO GOMES

litografia impressa s/ papel, ass., dat. 1974 inf. dir. e com indicação PA inf. esq. catalogado sob o n. BR 9960 da Galeria Bonino original em bico de pena reproduzido no catálogo da exposição do artista realizada na Galeria Bonino entre 18 de março e 5 de abril de 1975

MI 98,5 x 65 cm / ME 102 x 68 cm

123

GARCEz,

1945 – 1991 sem título

PAULO GOMES

litografia impressa s/ papel, ass., dat. 1974 inf. dir. e n. 11/34 inf. esq. catalogado sob o n. BR 6272 da Galeria Bonino original em bico de pena reproduzido no catálogo da exposição do artista realizada na Galeria Bonino entre 18 de março e 5 de abril de 1975

MI 99 x 65 cm / ME 102,5 x 67,5 cm

(página ao lado)

124 KAPLAn, ALBERTO

1957

sem título

aquarela s/ papel, ass. e dat. 1996 inf. dir. 34 x 26 cm (página ao lado)

125

JOSÉ dE dOME

1921 – 1982

Peixe

aquarela e nanquim s/ cartão, ass., dat., 1964 e sit. Cabo Frio inf. dir. 29 x 38,5 cm

zAnInI, MARIO

1907 – 1971

fundo do maR

mesa em estrutura de bambu, com desenho na tampa, ass. na parte inf.; produzida pela Osirarte com identificação da fabricante e do artista em uma das 16 partes

55 x ø52 cm

126

STOCKInGER, FRAnCISCO

1919 – 2009

gueRReiRo com lança e escudo escultura em bronze, ass. e dat. 1989 na base

170 x 33 x 17 cm

127

128

SIGAUd, EUGÊnIO

1899 – 1979

atleta

caneta hidrográfica s/ papel, ass. e dat. 1978 inf. dir.

14,5 x 14 cm

129

SIGAUd, EUGÊnIO

1899 – 1979

atleta

caneta hidrográfica s/ papel, ass. e dat. 1977 inf. dir.

15 x 10,5 cm

128 129

IBERÊ CAMARGO

1914 – 1994

tRês cabRitas

gravura em metal (água-tinta) impressa s/ papel, ass., dat. 1955 inf. dir. e n. 1/5 inf. esq.

Procedência: ex-coleção Gentil de Castro MI 17,5 x 23,5 cm / ME 30,5 x 35,5 cm

130
131 IBERÊ CAMARGO 1914 – 1994 figuRa centRal nanquim s/ papel, ass. e tit. inf. dir. 70 x 50 cm

132

GOELdI, OSWALdO

1895 – 1961

a conVeRsa

xilogravura em madeira de fio impressa s/ papel, ass. inf. dir., n. 23/100 inf. esq. e com o carimbo “Seleção de gravadores – para o plano ‘Amigos da gravura’, organizado pela revista Arte Série A – Lâmina II”

Um exemplar reproduzido na p. 15 do livro Goeldi (Rio de Janeiro: Instituto Cultural The Axis/Banco Pactual, 2002), de Ronaldo Brito e Vera Beatriz Siqueira

MI 24 x 16,5 cm / ME 38 x 21 cm

Com José Maria, o artista e o produto se confundem, tal a honestidade com que encara o seu trabalho, tal a sua integridade. É como se conseguisse fundir-se nas próprias composições, nas paisagens e objetos, no gesto e atitude dos seus personagens. Por consonância, escolha e reconhecimento, seus valores pessoais integram-se com o mundo exterior, daí a propriedade temática já refletida na importância dos assuntos escolhidos. É surpreendente como através da pintura, em fases diferentes e de soluções técnicas renovadas, como a atual, o artista permanece o mesmo em sua essência, em suas intenções, no seu conteúdo expressivo. A experiência de vida que o artista deseja comunicar cada vez mais se cristaliza, porque a iconografia adotada, a interpretação psicológica, transcende o meramente realístico, define-se na atmosfera plástica do conjunto, através dos meios abstratos da linguagem visual. Na sua pintura atual, José Maria basicamente trabalha com os brancos, caracterizando as oposições com castanhos e sépias irradiantes, como uma necessidade suprema e despojada de revelar o “mormaço interior das figuras”, sem a dramaticidade patética de suas primeiras gravuras, onde o claro-escuro era a referência expressional básica. São dois extremos quanto aos meios, quanto aos recursos da forma plástica. Dois extremos que se equilibram, se completam, o primeiro pela explosão incontrolável do talento e o segundo por uma atitude mais reflexiva, controlada, embora ambos frutos de uma indiscutível maturidade interior, exigência suprema para os que pretendem se comunicar através da experiência estética. Da mesma maneira que as suas gravuras foram fruto de uma terna observação, de suas vivências pelas madrugadas baianas, a sua pintura atual cristaliza a sua experiência com o nordeste pernambucano: Olinda, Caruaru, Bezerros, São Caetano, Vitória de Santo Antão, Palmares. A melancolia e a solidão do homem nordestino, irremediavelmente atado ao seu destino telúrico, é o que procura expressar José Maria através de uma gama tonal, onde o branco é instrumento de revelação como se tudo fosse tão claro e límpido quanto a própria miséria, ou como declarou o próprio artista, como se a miséria fosse o próprio sol. Ao contrário das gravuras, onde a tessitura da madeira trabalhada expressionisticamente construía o desenho dramático das faces e dos corpos, as contorções interiores de uma imensa solicitação emocional, presentemente a máscara individual desaparece, surge o anonimato, surge o coletivo, como se tudo, figuras humanas, objetos e paisagens comungassem de um mesmo sentimento fundidos pela força criativa do artista.

JUAREZ PARAISO (texto retirado do catálogo da exposição do artista realizado na Galeria Bonino entre 14 de maio e 1º de junho de 1974)

133

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

cRianças

tinta de impressão a pincel s/ papel, ass., dat. 1964, sit. Rio inf. esq. e com n. de catalogação BR 2081 da Galeria Bonino no verso 57 x 43,5 cm

134

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

casal

tinta de impressão a pincel s/ papel, ass., dat. 1964 e sit. Rio centro sup. catalogado sob o n. BR 8855 da Galeria Bonino na moldura

55 x 38 cm

(página ao lado)

135

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

igReJinha em PRaça do inteRioR

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1965 e sit. Rio inf. dir. catalogada sob o n. BR 2713 da Galeria Bonino

70 x 50 cm

136

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

áRVoRe em PRacinha de cidade

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1965 e sit. Rio inf. esq. catalogado sob o n. BR 2784 da Galeria Bonino

62,5 x 46 cm

137

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985 buRRos

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1980 inf. esq., ass., dat. 1980, tit. e sit. Bahia no verso catalogado sob o n. BR 8257 da Galeria Bonino 38 x 45,5 cm

(página ao lado)

138

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985 boiada

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1974 e sit. BA inf. esq. catalogado sob o n. BR6463 da Galeria Bonino

57 x 76 cm

(página ao lado)

135 136
137 138

139

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

casinha na ladeiRa

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1976, sit. Rio inf. dir. e com etiqueta de exposição do artista realizada em julho de 1976 no verso

catalogada sob o n. BR 6464 da Galeria Bonino

73 x 53,5 cm

(página ao lado)

140

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

notuRno – da séRie goeldi

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1967 sup. esq., ass., tit. e com n. de catalogação BR 3480 da Galeria Bonino no verso

68 x 52 cm

141

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

Palhaço tRiste

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1966, sit. Rio inf. dir. e catalogado com o n. BR 2990 da Galeria Bonino no chassi

68 x 46 cm

142

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

figuRa com manto VeRde

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1966, sit. Rio sup. dir. e com vestígios da etiqueta da Iª Bienal de Arte da Bahia no verso catalogado sob o n. BR 3498 da Galeria Bonino

69 x 49 cm

141 142

143

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

cRianças com guaRda-chuVa

óleo s/ tela, ass., dat. 1966, sit. Rio sup. esq. e com etiqueta da Iª Bienal de Artes Plásticas de Salvador, Bahia, no verso

catalogada sob o n. BR 3299 da Galeria Bonino

55 x 46 cm

144

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

gRuPo

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1967, sit. Rio sup. esq. e com n. de catalogação BR 3296 da Galeria Bonino no verso

68,5 x 51 cm

143 144

145

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

figuRa com guaRda-chuVa amaRelo

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1964, sit. Rio inf. dir., ass., dat. 1964 e sit. Rio no verso catalogado sob o n. BR 2674 da Galeria Bonino

63 x 44 cm

146

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

figuRa atRás de áRVoRe

óleo s/ madeira, ass., dat. 1967, sit. Rio sup. dir. e com n. de catalogação BR 3479 da Galeria Bonino no verso

72,5 x 55 cm

145 146

147

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

figuRa com guaRda-chuVa

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1967, sit. Rio sup. esq. e com n. de catalogação BR 3352 da Galeria Bonino no verso

71,5 x 52,5 cm

148

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

figuRa de Vestido azul com guaRda-chuVa

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1967 e sit. Rio lat. dir. catalogada sob o n. BR 3353 da Galeria Bonino

68 x 53 cm

147 148

149

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

homem cabisbaixo

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass. inf. esq. catalogada sob o n. BR 3657 da Galeria Bonino

68 x 50 cm

150

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

meninos no JaRdim

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1966, sit. Rio inf. esq, com etiqueta da Iª Bienal de Artes Plásticas – Salvador, BA e n. de catalogação BR 3050 da Galeria Bonino no verso

65,5 x 46,5 cm

149 150

151

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

conVeRsa de figuRas na PRacinha

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1967 sup. esq. e com n. de catalogação BR

3560 da Galeria Bonino no verso

71 x 53 cm

152

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

casal com floRes

óleo s/ madeira, ass., dat. 1964, sit. Rio lat. dir., ass., dat. 1964, tit., sit. Rio e com o n. de catalogação BR 2673 da Galeria Bonino no verso

53,5 x 37,5 cm

151 152

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

caValeiRos – da séRie goeldi óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1967, sit. Rio inf. esq., ass., tit. e com n. de catalogação BR 3301 da Galeria Bonino no verso 58 x 67 cm

153

154

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

figuRa PaRada com buquê de floRes

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1970 inf. esq., ass., dat. 1970 e sit. Rio no verso catalogado sob o n. BR 9354 da Galeria Bonino 35 x 27 cm

155

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

cRiança com gaita

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1968, sit. Rio inf. dir. e com n. de catalogação BR 3583 da Galeria Bonino no verso

71,5 x 54 cm

154 155

156

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

duas mulheRes com floRes e guaRdachuVa

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1966 e sit. Rio sup. esq. catalogada sob o n. BR 3047 da Galeria Bonino 53,5 x 36 cm

157

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985 meninos

óleo s/ tela, ass., dat. 1966, sit. Rio inf. esq. e com etiqueta da Iª Bienal Nacional de Artes Plásticas, realizada em Salvador, BA, no verso catalogado sob o n. BR 3298 da Galeria Bonino 54 x 40 cm

158

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985 o PesaR

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass. inf. esq. catalogada sob o n. BR 3697 da Galeria Bonino 61 x 50 cm

(página ao lado)

156 157

159

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

tRês figuRas na PoRta de casa

óleo s/ tela, ass., dat. 1970 inf. dir., ass., dat. 1970 e sit. Rio no verso catalogado sob o n. BR 9353 da Galeria Bonino

35 x 27 cm

160

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

hoJe, não

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1966, sit. Rio sup. dir., ass., dat. 1968, tit., sit. RIo e com n. de catalogação BR

3597 da Galeria Bonino no verso

72,5 x 55 cm

161

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

baile com cachoRRo

óleo s/ madeira, ass., dat. 1966 e sit. Rio centro sup. catalogado sob o n. BR 3202 da Galeria Bonino

68 x 50 cm

(página ao lado)

159 160

162

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

natuReza-moRta

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1967 e sit. Rio sup. esq. catalogado sob o n. BR 3511 da Galeria Bonino 54 x 39,5 cm

162A

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

natuReza-moRta

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1965-1966 e sit. Rio sup. esq. catalogada sob o n. BR 3002 da Galeria Bonino 59 x 42,5 cm

163

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

Paisagem de inteRioR

óleo s/ tela, ass., dat. 1966 inf. esq., ass., dat. 1967 e sit. Rio no verso catalogado sob o n. BR 3614 da Galeria Bonino 92 x 73 cm

(página ao lado)

162 162a

164

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

maRinha – Pituaçú

óleo s/ tela, ass., dat. 1976, sit. BA inf. dir., ass., dat. 1976, tit. e sit. BA no verso catalogada sob o n. BR 9356 da Galeria Bonino

38 x 55 cm

165

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985

PRaia de itaPoã

óleo s/ madeira, ass., dat. 1982 inf. esq., ass., dat., tit., sit. Bahia e com o n. BR8387 da Galeria Bonino na moldura

38 x 46 cm

164 165

166

166

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985 natuReza-moRta

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1976, sit. BA inf. dir., ass., dat. 1976, tit., sit. BA e com etiqueta de exposição do artista no verso catalogado sob o n. BR 6465 da Galeria Bonino

60 x 50 cm

167

167

JOSÉ MARIA dE SOUzA

1935 – 1985 bom dia

óleo s/ chapa de madeira industrializada, ass., dat. 1978 inf. dir., ass., dat. 1978, tit., sit. Salvador-BA e catalogado com o n. BR 8087 da Galeria Bonino no verso

50 x 61,5 cm

168

SÉRGIO ROdRIGUES

1927 – 2014

PoltRona leVe kilin

estrutura em madeira de lei maciça, com duas laterais e duas travessas fixas; (1973)

assento e encosto rígidos formados por quadro de madeira; assento em couro natural pespontado e fixação feita por parafusos Allen esta poltrona é uma produção em série feita pela Oca com uma pequena intervenção de Freddy van Camp, que retirou as cunhas de fixação presentes no modelo mais conhecido da Poltrona Leve Kilin (com marcas de uso)

68 x 67 x 59 cm

169

SÉRGIO ROdRIGUES

1927 – 2014

sofá da linha fRanco para três lugares; estrutura, laterais e pés de seção quadrada em madeira de lei maciça; almofadas soltas revestidas em couro natural no assento e no encosto; traves fixadas com botões de metal sem almofada: 67 x 191 x 83 cm com almofada: 72 x 191 x 85 cm

170

SÉRGIO ROdRIGUES

1927 – 2014

PaR de PoltRonas da linha fRanco estrutura, laterais e pés de seção quadrada em madeira de lei maciça; almofadas soltas revestidas em couro natural no assento e no encosto; traves fixadas com botões de metal sem almofada: 68 x 75 x 81 cm com almofada: 73 x 75 x 86 cm

169 170

créditos

CATÁLOGO

Coordenação, produção editorial e design

Soraia Cals

Catálogo, fotografia digital, manipulação e tratamento de imagens

Felipe Araujo

Coordenação editorial e site

Maria Fernanda Cals

Descrição dos itens de prata e metal

Jorge Luiz Melo de Moraes

Estagiário

Matheus Seggiaro Amorim

Restauração de papeis

Rosangela Roedel

Restauração de óleos

Célio Belém

EXPOSIÇÃO

Produção

Felipe Rezende Alves

Francisco Roberto F. de Almeida

Saulo de Oliveira Rezende

Colaboradores

Luiz Carlos Franzão

Vinicius Moreira Monteiro

ADMINISTRAÇÃO

Gerência executiva

Joseane Amorim

Secretaria

Regina Toscano

Arquivo e organização

das obras

Elizabeth S. F. Oliveira

AGRADECIMENTOS ESPECIAIS

Fundação Iberê Camargo

Gustavo Possamai

Siron Franco

© Soraia Cals Escritório de Arte Todos direitos reservados desta edição, de acordo com a legislação em vigor Rio de Janeiro, Agosto de 2023.
Organização R ua M a R quês de s ão V icente 22 sala 301 G á V ea cep 22451-040 R io de J anei R o RJ R ua M a R quês de s ão V icente 22 sala 201 G á V ea cep 22451-040 R io de J anei R o RJ
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