Ligados.com História 3º ano

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pois também gostam de brincar. Por outro lado, podem ter diferenças no modo de brincar, como no caso apresentado, uma vez que ele expressa o modo de vida e os valores dos povos indígenas. Experimentar com os alunos as brincadeiras indígenas, valorizando a cultura indígena pelo lúdico. A proposta aqui é trabalhar em parceria com a disciplina de Educação Física, interligando os espaços de dentro e de fora da sala de aula como ambientes de aprendizagem.

Interdisciplinaridade com a área de Educação Física.

Como forma de preparação para o trabalho, sugerimos que o professor assista ao vídeo que destaca a ligação entre o esporte e a cultura e revela como a Educação Física pode contribuir para o diálogo intercultural entre indígenas e não indígenas: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/video/ me003522.mp4>. Acesso em: maio de 2014. Antes da leitura do texto do jogo Heiné Kuputisü, questionar os alunos sobre o que eles já conhecem de brincadeiras e jogos indígenas. Estabelecer comparações entre os jogos e as brincadeiras dos indígenas e dos não indígenas. Leia o texto com o depoimento dos indígenas Xavante:

O nome “peteca” – de origem Tupi e que significa “tapear”, “golpear com as mãos” – é hoje o mais popular entre todos os nomes desse brinquedo tão conhecido no Brasil. Ainda hoje muitas pessoas aguardam o tempo das colheitas para elaborar seus brinquedos. Com as palhas do milho trançam diferentes amarras e laços e criam petecas de vários formatos. O senhor Toptiro é cacique da aldeia Xavante Abelhinha, no Mato Grosso e costuma dizer que uma única brincadeira por dia é suficiente para animar as crianças. Para quem vive o tempo acelerado das grandes cidades, pode parecer incrível que um grupo de crianças de 4 a 13 anos consiga permanecer ocupado um dia inteiro com apenas uma brincadeira. Só a busca das palhas na roça já garante muitas aventuras no caminho. Com o material nas mãos, é preciso estar bem atento para fazer uma peteca. É preciso ter tempo para olhar, tentar, errar, refazer e aprender. O senhor Toptiro exibe um sorriso maroto quando se vê rodeado por meninos e meninas que acompanham suas mãos, ainda fortes, trançando o tobdaé – a “peteca” dos Xavante. Além dos olhos e das mãos, o senhor Toptiro utiliza também um dos dedos do pé. Amarra nele o fio de buriti, que esticado ajuda no acabamento em espiral do fundo do brinquedo. Esse detalhe o diferencia de outros modelos, como veremos a seguir. Depois de pronto, o brinquedo xavante está leve e ágil para ser usado em um jogo que exige as mesmas habilidades dos participantes: leveza e agilidade. Disponível em: <http://pibmirim.socioambiental.org/como-vivem/brincadeiras>. Acesso em: maio de 2014.

O texto em questão é adequado para estabelecer comparações entre jogos e brincadeiras dos indígenas e dos não indígenas. No depoimento, é importante chamar a atenção dos alunos para a questão do tempo. A duração das brincadeiras indígenas é igual ou diferente das brincadeiras dos não indígenas? Por que se necessita de mais tempo?

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