Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes.
«Marina Tsvietaieva toda a vida se defendeu da banalidade quotidiana, graças ao trabalho, e no dia em que isto lhe pareceu um luxo inadmissível, e teve temporariamente, por causa do filho, que sacrificar uma agradável paixão e lançar à sua roda um olhar sensato, descobriu o caos imóvel, insólito, entorpecido que a sua criação repelira e, afastando-se assustada e sem saber onde meter-se, cheia de horror, foi esconder-se apressadamente na morte, pousando a cabeça numa corda como se fosse uma almofada.»
[Boris Pasternak]