A escuta (do outro) é o acto inaugural da linguagem, e provavelmente assim começou o
logos: frente à boca cerrada dos que partiam. A linguagem responde à questão que os mortos
nos endereçam em silêncio. A linguagem acusa a recepção desse silêncio, desse nunca
ou desse sempre, repetindo-o, repercutindo-o.