O Irresistível Charme da Tradução… — Uma Antologia de Histórias de Tradutores

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autores dos textos

Ana Martins Marques, Antonio Tabucchi, Arthur Conan Doyle, Barber van de Pol, Chen Cun, David Gaffney, Hélène Rioux, Ingeborg Bachmann, Isaac Bábel, José Eduardo Agualusa, José María Merino, Lieke Marsman, Mia Couto, Miguel Filipe Mochila, Moacyr Scliar, Nuno Júdice, Régine Detambel, Todd Hasak-Lowy, Ur Apalategi, Valerio Magrelli

autores das notas críticas e das traduções

Claudia J. Fischer, Cristina Almeida Ribeiro, Dominique Faria, Elisa Rossi, Esther Gimeno Ugalde, Hélder Lopes, Isabel Rego, Marco Bucaioni, Marisa Mourinha, Marta Pacheco Pinto, Martina Becchetti, Nivaldo dos Santos, Patricia Couto, Santiago Pérez Isasi, Serena Cacchioli, Telma Carvalho, Vânia Ferreira, Vera San Payo de Lemos, Vicente Cusin Dolgener

O IRRESISTÍVEL CHARME DA TRADUÇÃO…

Uma antologia de histórias de tradutores

organização e introdução Marisa Mourinha

Marta Pacheco Pinto

DOCUMENTA

Esta publicação é financiada por fundos nacionais através da fct — Fundação para a Ciência e a Tecnologia, i.p., no âmbito do projecto uidb/00509/2020.

Organização: Marisa Mourinha e Marta Pacheco Pinto

Projecto mov. Corpos em Movimento: Circulações, Narrativas e Arquivos em Tradução do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

© Ana Martins Marques. 2021. “[Por exemplo].” In Risque esta palavra, 72. São Paulo: Companhia das Letras.

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© Nuno Júdice. 1994. “Soneto em três partes.” In Meditação sobre ruínas, 38. Lisboa: Quetzal.

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© Valerio Magrelli. 1992. “L’imballatore.” In Esercizi di tiptologia, 52. Milão: Mondadori.

Respeita-se a norma ortográfica seguida por cada colaborador.

Índice

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Uma antologia de histórias de tradutores… Porquê e para quê? Marisa Mourinha e Marta Pacheco Pinto .................. 9 OS TEXTOS José Eduardo Agualusa ................................... 21 Nota crítica de Hélder Lopes ................................ 21 “Traidor simultâneo” ...................................... 24 Ur Apalategi ........................................... 27 Nota crítica de Esther Gimeno Ugalde ........................ 27 “A vespa dourada” (tradução de Santiago Pérez Isasi) .......... 30 Isaac Bábel .............................................. 53 Nota crítica de Marta Pacheco Pinto ......................... 53 “Guy de Maupassant” (tradução de Nivaldo dos Santos) ........ 56 Ingeborg Bachmann ...................................... 67 Nota crítica de Claudia J. Fischer e Vera San Payo de Lemos ..... 67 “Simultâneo” (tradução de Claudia J. Fischer e Vera San Payo de Lemos) ............................................. 69 Chen Cun ............................................... 101 Nota crítica de Telma Carvalho ............................. 101 “Morte” (tradução de Telma Carvalho) ...................... 104
6 Mia Couto .............................................. 127 Nota crítica de Marco Bucaioni ............................. 127 “Tradutor de chuvas”...................................... 129 Régine Detambel ........................................ 131 Nota crítica de Dominique Faria ............................ 131 “4/50” (tradução de Dominique Faria) ....................... 133 Arthur Conan Doyle ..................................... 137 Nota crítica de Marisa Mourinha ............................ 137 “O intérprete grego” (tradução de Marisa Mourinha) .......... 139 David Gaffney .......................................... 161 Nota crítica de Marta Pacheco Pinto ......................... 161 “Isto das línguas” (tradução de Marta Pacheco Pinto) .......... 164 Todd Hasak-Lowy ....................................... 165 Nota crítica de Marisa Mourinha ............................ 165 “A tarefa deste tradutor” (tradução de Marisa Mourinha) ...... 167 Nuno Júdice ............................................. 197 Nota crítica de Marta Pacheco Pinto ......................... 197 “Soneto em três partes” .................................... 200 Valerio Magrelli ........................................ 201 Nota crítica de Serena Cacchioli ............................. 201 “O embalador” (tradução de Marisa Mourinha e Serena Cacchioli) ....................................... 203
7 Ana Martins Marques .................................... 205 Nota crítica de Vicente Cusin Dolgener ....................... 205 [“Por exemplo”] .......................................... 208 Lieke Marsman .......................................... 211 Nota crítica de Patricia Couto............................... 211 “Lição de neerlandês para um intérprete afegão” (tradução de Patricia Couto) ............................. 213 José María Merino ....................................... 215 Nota crítica de Cristina Almeida Ribeiro ..................... 215 “O caso do tradutor infiel” (tradução de Cristina Almeida Ribeiro) ....................................... 218 Miguel Filipe Mochila .................................... 245 Nota crítica de Serena Cacchioli ............................. 245 “[Laura]” ................................................ 247 Barber van de Pol ........................................ 249 Nota crítica de Patricia Couto............................... 249 “O irresistível encanto da traição” (tradução de Patricia Couto) ........................................ 251 Hélène Rioux ............................................ 259 Nota crítica de Dominique Faria ............................ 259 “As fantasias de Éléonore” (tradução de Dominique Faria, Vânia Ferreira e Isabel Rego) ............................ 262
8 Moacyr Scliar ........................................... 279 Nota crítica de Cristina Almeida Ribeiro ..................... 280 “Notas ao pé da página” ................................... 282 Nota crítica de Marta Pacheco Pinto ......................... 287 “O intérprete” ............................................ 289 Antonio Tabucchi ....................................... 293 Nota crítica de Elisa Rossi .................................. 293 “A tradução” (tradução de Martina Becchetti) ................. 296 Tradutores na ficção: uma sugestão bibliográfica .............. 299 Colaboradores ............................................ 313

Uma antologia de histórias de tradutores… Porquê e para quê?

A ideia

Em 2019, pouco antes de eclodir a pandemia da covid-19, e em 2021, pouco depois do fim do segundo confinamento obrigatório em Portugal, tiveram lugar dois cursos livres, ambos subordinados à temática da ficcionalização de tradutores e da tradução. Estes cursos, o primeiro presencial e o segundo por videoconferência, foram organizados pelo projecto de investigação mov. Corpos em Movimento: Circulações, Narrativas e Arquivos em Tradução, do Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Cada membro do projecto (e cada um dos colaboradores entretanto convidados a juntarem-se a nós) ficou então responsável por dinamizar uma sessão de cada curso. Para isso, sugeriram uma ficção, ou um pequeno conjunto de ficções, para reflectir sobre tradução — desafios, complexidades, universo metafórico e imagético — e sobre tradutores — nomeadamente representações literárias a respeito do seu ofício e competências, do seu papel sociocultural e de mediação, da sua esfera íntima e afectiva. Foi desse primeiro trabalho de selecção e preparação crítica de leituras para discussão nestes cursos que surgiu a ideia de organizar uma antologia de histórias de tradutores.

Mais importante do que a dimensão lúdica da empresa a que nos propusemos, é a efectiva natureza pedagógica do projecto. Concebemos esta publicação pensando-a como ferramenta educativa para quem ensina, e também investiga, no âmbito dos estudos de tradução (história, teoria, ética, filosofia, sociologia, etc.), assim como de literatura

uma antologia de histórias de tradutores… porquê e para quê? 9

comparada, comunicação intercultural e disciplinas afins. Esta antologia constitui-se não apenas como uma primeira recolha do género em língua portuguesa, mas também como um manual de estudo. Seria a primeira recolha do género, não fosse talvez a recente publicação de Jean Delisle, Sur les rives de la traduction. Nouvelles (Foundation littéraire Fleur de Lys, 2022). Esta tem a particularidade de reunir um conjunto de contos todos eles assinados por tradutores, todos canadianos ou com longa ligação ao Canadá, escritos originariamente em francês e na sua maioria inéditos. Projecto semelhante esteve na origem da colectânea Crossing Borders: Stories and Essays about Translation (Seven Stories Press, 2018), organizada por Lynne Sharon Schwartz, a qual congrega tanto texto ensaístico como texto ficcional sobre tradução por escritores com obra própria, alguns eles próprios tradutores. A nossa antologia pretende ser mais diversa na sua abrangência literária, e nela enfatizamos a figura do tradutor como protagonista, com maior ou menor agência, mas sem o qual não poderia haver tradução.

O argumento

É nosso argumento que as ficções de tradutores e da tradução podem ajudar a formar tradutores e a construir pensamento crítico sobre a tradução, em particular: a compreender o processo tradutivo como evento histórica e culturalmente situado; a distinguir a natureza porosa da actividade tradutória, que dialoga e convoca uma multiplicidade de saberes; a reflectir sobre o lugar do tradutor-intérprete na sociedade e no mundo; a desenvolver, maturar ou ampliar uma (auto)percepção sobre o próprio ofício e sobre expectativas sociais e éticas a respeito do desempenho dos tradutores-intérpretes enquanto mediadores interculturais. Enfim, acreditamos que a literatura, a par de outros discursos de representação ficcional (como o cinema, o teatro, a pintura, a fotografia, entre outros), pode educar, sensibilizar e preparar o futuro profissional da tradução para os desafios de um mundo globalizado e cada vez mais

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diversificado, multilingue e, claro, digital. Tomando, portanto, como pano de fundo as aventuras e desventuras de tradutores, propõe-se uma variedade de textos que possam ser trabalhados em comparação entre si e em diálogo com outros tipos de discurso sobre a tradução.

A propósito da investigação que se desenvolve em estudos de tradução mais orientada para a figura do tradutor ou agência tradutória, importa relembrar a proposta teórica de Andrew Chesterman para o mapeamento de um campo que designa como estudos de tradutor. Em “The Name and Nature of Translator Studies” (2009), Chesterman distingue três ramos de pesquisa nesse âmbito, a saber: o cultural, o cognitivo e o sociológico. A respeito do último, comenta que a sociologia de tradutores também engloba o discurso público da e sobre a tradução. Ilustra-o com os discursos que dão conta da “imagem pública do ofício tradutório”, tal como ela surge, por exemplo, na imprensa ou em “trabalhos literários em que uma das personagens principais seja um tradutor ou intérprete” (2009: 16-17; tradução nossa). Chesterman entende a ficção como possibilidade de discurso público — e crítico, acrescente-se — sobre a tradução, o que tem naturalmente implicações para a própria noção e natureza das fontes disponíveis para quem investiga nestas áreas de interesse. As ficções que incidem sobre a temática do tradutor e da tradução podem assim constituir-se simultaneamente como textos quer primários quer secundários.

Reconhecendo neste género de texto uma unidade, porque percorrido por topoi similares, Klaus Kaindl (2014, 2018) propôs designá-lo como transfiction — traduficção. O mesmo prefixo trans- foi, primeiro, aproveitado por Thomas O. Beebee (2012) para criar o termo transmesis (uma amálgama entre tradução e mimese), a fim de categorizar especificamente a ficcionalização de processos de tradução, ou seja, o que acontece na chamada black box do tradutor. Já Rosemary Arrojo (2018a, 2018b) opta antes por representações ficcionais, ou tão-só ficções, de tradutores e da tradução. A importância dada pelos estudiosos à fic-

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cionalização de universos tradutórios vem, porém, de longe — em 2005, Dirk Delabastita e Rainier Grutman dedicaram um número da revista Linguistica Antverpiensia à presença, na ficção, não só do tradutor e dos processos de tradução, como também do fenómeno do multilinguismo. Singular é a obra de 2009, de Michael Cronin, Translation Goes to the Movies, que tem a particularidade de se debruçar já não sobre narrativas literárias mas cinematográficas, expandindo assim o campo das linguagens de representação. Nomeamos estes estudos pelo seu papel pioneiro, mas os exemplos multiplicam-se, pelo menos desde a década de 1990.

Em Portugal, onde o assunto entrou há menos tempo nas discussões académicas, citamos o exemplo do projecto mov, que, além de cursos livres, organizou recentemente um número temático da revista da Associação Portuguesa de Literatura Comparada, Dedalus, ocupando-se inteiramente da ficcionalização da figura do tradutor e suas relações múltiplas com o discurso da história e da historiografia da tradução (Pinto, Duarte e Lopes 2022).

Todas estas publicações, e muitas outras que poderíamos aqui invocar, atestam uma realidade dúplice: por um lado, e de forma muito directa, o crescente interesse dos estudiosos da área na ficção como fonte, ou instrumento, para a reflexão teórica; mas, por outro, a própria existência dessa realidade de que esta teorização se alimenta. Ou, por outras palavras: é de assinalar a crescente visibilidade que têm tradutores e intérpretes como personagens de ficção. Não será, parece-nos, injustificado ver nestas manifestações culturais e estéticas um espelho da também crescente visibilidade que os fenómenos em torno da tradução têm vindo a ganhar: a consciência da necessidade de mediações linguísticas é cada vez mais uma constante do mundo de hoje, e os produtos culturais que produzimos e consumimos acabam por reflectir esse facto. Se a co-presença de diferentes línguas é um fenómeno que vem de longe, a novidade moderna é a frequência com que estes universos se cruzam e as modalidades em que o fazem. Os trânsitos,

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cada vez mais alargados e acelerados, de bens, serviços e indivíduos têm tornado a tradução omnipresente, mais visível e, portanto, menos marginal (Delabastita 2020).

Das ficções de tradutores pode dizer-se que partilham temas e motivos, de um modo tal que estas representações acabam por dialogar, quer entre si, quer com a realidade que retratam. E fazem-no por vezes reforçando, outras vezes desconstruindo, imagens pré-concebidas e clichés a respeito do universo da tradução. Muitas das variações dão-se em torno da competência e desempenho (percebidos, reais ou projectados) do tradutor ou intérprete. Topoi recorrentes são por exemplo os que se prendem com a caracterização da personagem do tradutor ou intérprete: misantropia, ou dificuldade de sociabilização; solidão; pobreza, como resultado de carências financeiras, sobretudo decorrentes directamente da escolha de carreira que fizeram. São ainda constantes as referências ao acto de escrita e de leitura, ou à ética da profissão; problematizam-se questões como: a duplicidade inerente à posição de mediador; as relações de confiança (com o cliente, o autor, o público, real ou ideal); um ideal de lealdade, que pode passar mais pela relação do tradutor consigo próprio do que com o objecto de tradução; a espinhosa problemática da “fidelidade” — com múltiplas variações em torno desta velha metáfora.

Já não em termos do conteúdo mas mais da forma, destacaríamos o facto de o multilinguismo surgir com alguma frequência como traço característico deste género de ficção, mimando de algum modo, afinal, aquilo que é o universo da mediação linguística, em que muito assenta na convivência de vários códigos diferentes (Delabastita e Grutman 2005). Muitos dos processos de descodificação e recodificação não chegam a ser explícitos, tendo lugar, de forma tácita, em espaços mentais, sem terem necessariamente uma existência verbal. É também esta tensão entre aquilo que é verbal e os processos mentais que lhe são paralelos que muitas vezes é fotografada, mais directa ou indirectamente,

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nestes objectos de ficção. Acompanhando, na história, a personagem multilingue, ou que exerce uma função de mediação, o leitor é convidado a privar com aquilo que são não só os seus hábitos e comportamentos, mas também os seus métodos de trabalho, as suas motivações, as suas dúvidas, os seus fantasmas e medos.

Nesse sentido, estes são frequentemente textos que contêm uma dimensão metateórica ou auto-reflexiva. Sobretudo quando os autores são eles próprios tradutores, a ficção torna-se um exercício em que comentam o seu ofício por via das suas personagens e dos respectivos percursos. Há, dir-se-ia, então, uma particular cumplicidade entre quem escreve e quem é escrito ou criado. Há o irresistível charme da tradução e das histórias que sobre ela se contam.

Os textos

A fim de proporcionar ao leitor unidades textuais de sentido completo, optou-se pela inclusão de géneros breves, nomeadamente contos e poemas. Por um lado, procurou-se um equilíbrio entre textos disponíveis em português, independentemente da sua variedade diatópica (portuguesa ou brasileira), e textos inéditos, ainda sem tradução para a nossa língua, que foram, portanto, vertidos propositadamente para este projecto. Por outro lado, a escolha dos textos a incluir ambicionou ser representativa de diversas tradições literárias. Contam-se, assim, textos originariamente escritos em português (Portugal, Brasil, Angola e Moçambique), espanhol, basco, italiano, inglês, francês, alemão, neerlandês, russo e chinês.

Os textos estão ordenados por ordem alfabética de apelido do respectivo autor. Cada autor é apresentado através de uma breve nota biográfica, e os textos são enquadrados através de uma nota crítica, que, no fundo, propõe uma leitura pessoal e possível que possa fomentar o diálogo entre os próprios textos e sobre a tradução e o universo de actores que lhe dão vida.

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A bibliografia

A fechar este livro, e como complemento da antologia, oferecemos uma bibliografia, tão exaustiva quanto nos foi possível, de ficções de tradutores e da tradução — isto é, romances, contos, poesia, peças de teatro. Foram inúmeros os investigadores que contribuíram para esta compilação bibliográfica, os quais não se restringem de modo algum aos que assinam as notas críticas dos textos aqui reunidos ou respectivas traduções. Também na compilação desta bibliografia se deu prioridade às traduções que existem em português. Na inexistência de traduções, indica-se uma edição do texto na língua de partida.

Referências

Arrojo, Rosemary. 2018a. Fictional Translators: Rethinking Translation through Literature. Londres e Nova Iorque: Routledge.

Arrojo, Rosemary. 2018b. “The Figure of the Literary Translator in Fiction.” In The Routledge Handbook of Literary Translation, edição de Kelly Washbourne e Ben Van Wyke, 538-550. Londres e Nova Iorque: Routledge.

Beebee, Thomas O. 2012. Transmesis: Inside Translation’s Black Box. Nova Iorque: Palgrave Macmillan.

Chesterman, Andrew. 2009. “The Name and Nature of Translator Studies.” Hermes — Journal of Language and Communication Studies

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Cronin, Michael. 2009. Translation Goes to the Movies. Londres e Nova Iorque: Routledge.

Delabastita, Dirk. 2020. “Fictional Representations.” In Routledge Encyclopedia of Translation Studies, edição de Mona Baker e Gabriela Saldanha, 189-194. Londres e Nova Iorque: Routledge.

Delabastita, Dirk, e Rainier Grutman, eds. 2005. Linguistica Antverpiensia. Fictionalising Translation and Multilingualism 4. Disponível em https://lans-tts.uantwerpen.be/index.php/LANS-TTS/issue/view/9.

uma antologia de histórias de tradutores… porquê e para quê?
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Kaindl, Klaus. 2018. “The Remaking of the Translator’s Reality: The Role of Fiction in Translation Studies.” In The Fictions of Translation, edição de Judith Woodsworth, 157-170. Amesterdão e Filadélfia: John Benjamins.

Kaindl, Klaus, e Karlheinz Spitzl, eds. 2014. Transfiction. Research into the Realities of Translation Fiction. Amesterdão e Filadélfia: John Benjamins.

Pinto, Marta Pacheco, João Ferreira Duarte, e Hélder Lopes, org. 2022. Dedalus. Coleccionadores de mundos: tradutores, história e ficção 26.

Agradecimentos

Este projecto antológico não teria sido possível sem a dedicação das várias pessoas que assinam as traduções e as notas críticas que acompanham os textos. A essas pessoas, cujos nomes encontramos no índice e que damos brevemente a conhecer através das respectivas notas biográficas, uma palavra sentida de apreço e gratidão. O seu entusiasmo contagiante e generosidade foram essenciais para levar este projecto a bom porto.

Agradecemos à Documenta, na pessoa do seu editor Manuel Rosa, por ter prontamente acreditado nestas histórias e ao Centro de Estudos Comparatistas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa por ter tornado esta edição possível no âmbito do projecto mov. Corpos em Movimento: Circulações, Narrativas e Arquivos em Tradução.

Cumpre-nos, naturalmente, agradecer a quem autorizou as publicações dos textos ou mediou o processo de cedência de autorização para deles produzir versões em português, a saber: Ana Martins Marques; Barber van de Pol; Chen Cun; David Gaffney; Gonçalo Gama Pinto, da Piper Verlag GmbH; Hélène Rioux; Jordi Roca, da Mertin Witt Literarische Agentur; José Eduardo Agualusa; Lieke Marsman; Maria José de Lancastre e, da Wylie Agency, Ekin Oklap e Phillipa Bar-

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low; Mia Couto; Miguel Filipe Mochila; Nathalie Beul Vandenberghe, da Gallimard; Nivaldo dos Santos e Raquel Camargo, da Editora 34; Nuno Júdice; Sofia di Capita, da Agência Antonia Kerrigan; Todd Hasak-Lowy; Ur Apalategi; e Valerio Magrelli.

Um agradecimento muito especial à Samantha Dal Cin e à Stefania Perozzo, que, enquanto mestrandas da Università Ca’ Foscari, de Veneza, prepararam durante o seu período de estágio no Centro de Estudos Comparatistas, entre Abril e Maio de 2021, a tradução portuguesa de um conto sugerido pela investigadora Joana Moura. Infelizmente não nos é possível incluí-la neste livro, por não obtenção da permissão para a sua publicação. Um reconhecimento é ainda devido à Elisa Mariotti, pelo seu trabalho de apoio à transcrição e revisão de texto no âmbito do estágio Erasmus+ que também desenvolveu no Centro de Estudos Comparatistas, de Julho a Setembro de 2021.

Marisa Mourinha

Marta Pacheco Pinto

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Tradutores na ficção: uma sugestão bibliográfica1

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Agualusa, José Eduardo. 2014. A rainha Ginga: e de como os Africanos inventaram o mundo. Lisboa: Quetzal.

Aira, César. 1997. El congreso de literatura. Mérida (Venezuela): Fundación Casa de las Letras Mariano Picón Salas, Universidad de los Andes.

1 São vários os investigadores que contribuíram para a elaboração desta bibliografia:

Marco Bucaioni, Serena Cacchioli, Telma Carvalho, Patricia Couto, Vicente Cusin Dolgener, Dominique Faria, Claudia Fischer, Esther Gimeno Ugalde, Alexandra Lopes, Hélder Lopes, Joana Moura, Marisa Mourinha, Marta Pacheco Pinto, Cristina Almeida Ribeiro, Elisa Rossi, Antonio Sáez Delgado. A estes se juntam os autores que também colaboraram no número 26 da Dedalus. Revista portuguesa de literatura comparada (2022), o qual foi dedicado a ficções de tradutores sob o título de “Coleccionadores de mundos: tradutores, história e ficção”: Manuel Azuaje-Alamo, Caragh Barry, Adriana Costa, Alberto Gelmi, Besa Hashani, Olivia Holloway, Denise Kripper e Nicola Reggiani. Uma palavra de agradecimento aos alunos do Seminário de Mestrado de Tópicos em Comparatismo 2 (2021/2022), leccionado por uma das editoras do presente volume sob o mote “Ficcionalizações contemporâneas de tradutores e da tradução”, e aos participantes dos cursos livres do projecto mov de 2019 e 2021, cujas discussões estimulantes nos levaram a apurar este trabalho de pesquisa bibliográfica.

Sempre que existam traduções em língua portuguesa dos espécimes, remetemos para a tradução; na ausência de tradução, indica-se uma edição na língua de partida do texto.

tradutores na ficção: uma sugestão bibliográfica 299

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Colaboradores

Martina Becchetti é mestre em Línguas e Literaturas Europeias, Americanas e Pós-Coloniais pela Universidade Ca’ Foscari de Veneza com dupla titulação em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo (Vitória, Brasil) e especialização em tradução de literatura indígena brasileira. Licenciou-se na Universidade Ca’ Foscari em Línguas, Culturas e Ciências da Linguagem (português e espanhol), tendo efectuado um período de intercâmbio na Universidade de Santa Cruz do Sul (Brasil). Após o mestrado, realizou um estágio no Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa, no âmbito do projecto de investigação mov. Corpos em Movimento: Circulações, Narrativas e Arquivos em Tradução. Os seus estudos centram-se principalmente na área das literaturas portuguesa, brasileira e hispano-americana e das línguas portuguesa e espanhola também da perspectiva da tradução para a língua italiana e vice-versa.

Marco Bucaioni é investigador doutorado do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (clepul) da Universidade de Lisboa. É co-IR do projecto de investigação em curso (2021-2023) afrolab — A Construção das Literaturas Africanas. Instituições e Consagração no Espaço de Língua Portuguesa 1960-2020. Doutorado em Literaturas Comparadas (2013) e licenciado em Línguas e Literaturas Estrangeiras (2006) pela Universidade de Perúgia (Itália), desenvolveu o seu pós-doutoramento no clepul (2017-2020). É também tradutor e editor de literatura, com especial atenção para a produção literária africana em português. Trabalha questões de circulação e recepção de literaturas africanas de língua portuguesa em tradução. Os seus interesses de investigação incluem: literatura-mundo; estudos de tradução; modernidade e modernismo; estudos pós-coloniais e discurso decolonial.

Serena Cacchioli nasceu em 1986, na cidade de Parma, Itália. Doutorou-se em Estudos de Tradução na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É tradutora de poesia e narrativa. Concilia a actividade de tradução com a investigação na área da Literatura. É membro do Centro de Estudos de Comunicação e Cultura da Universidade Católica Portuguesa.

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Telma Carvalho é doutoranda em Estudos Comparatistas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo obtido em 2020 o grau de Mestre em Tradução na mesma instituição. Após a conclusão em 2011 da licenciatura em Tradução e Interpretação de Português/Chinês, viveu cerca de dez anos em diferentes regiões da China, onde trabalhou nas áreas do ensino de português e de tradução e onde, ao mesmo tempo, foi aprofundando os seus conhecimentos sobre a cultura e sociedade do país. Mais recentemente, teve a oportunidade de traduzir para português a aclamada obra de ficção científica chinesa O problema dos três corpos de Liu Cixin, o que lhe serviu de inspiração para o seu actual projecto de investigação, que propõe uma reflexão sobre a literatura especulativa na China ao longo do século XX.

Patricia Couto (Amesterdão, 1950) é licenciada em Filologia Germânica pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Fez o mestrado em Literatura Comparada e concluiu o doutoramento em Estudos de Tradução na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Foi professora de Língua e Cultura Neerlandesa nesta Faculdade e traduziu obras de autores de língua neerlandesa como Jan Slauerhoff, Cees Nooteboom, Gerrit Komrij, Etty Hillesum, Stefan Hertmans e Marieke Lucas Rijneveld. É membro do Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa, onde integra o projecto mov. Corpos em Movimento: Circulações, Narrativas e Arquivos em Tradução.

Vicente Cusin Dolgener é mestrando em Estudos Comparatistas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, licenciado em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Université Paris IV Sorbonne. Como produtor cultural, participou em projectos como a Festipoa Literária e a Balada Literária, no Brasil, e o Printemps Littéraire Brésilien, na França.

Dominique Faria é professora auxiliar na Universidade dos Açores. É actualmente coordenadora do Departamento de Línguas, Literaturas e Culturas, directora do mestrado em Tradução e Assessoria Linguística e do doutoramento em Literaturas e Culturas Insulares. É membro do Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa, onde integra a equipa de investigação mov. Corpos em Movimento: Circulações, Narrativas e Arquivos em Tradução. É vice-presidente da Associação Portuguesa de Estudos Franceses e directora da revista científica Carnets. Doutorada em Literatura Francesa, tem como áreas privilegiadas de investigação a literatura francesa contemporânea, os estudos de tradução e a literatura insular, sobre as quais tem publicado artigos e capítulos de livros, com arbitragem científica, e editado livros e números de revistas. Foi responsável pela tradução de várias entradas para as antologias Francofonias em

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diálogo, Dos anos 80 à atualidade (2022) e (O)usar a literatura. Um laboratório virtual para a reflexão em saúde (2019).

Vânia Ferreira é professora de Português na Escola Básica Integrada dos Biscoitos. Licenciou-se em Professores do Ensino Básico – variante de Português e Francês, pela Escola Superior de Educação de Coimbra (2002). Em 2019-2020, frequentou o Mestrado em Tradução e Assessoria Linguística, na Universidade dos Açores, tendo obtido o Diploma de Estudos Especializados. Leccionou, já, diferentes áreas como Francês, História e Geografia de Portugal, Linguagem e Comunicação, Aprender com Autonomia, Cidadania e Desenvolvimento/Empregabilidade, Estudo Acompanhado, Formação Cívica, ao abrigo dos ensinos Regular e Especial e do Quadro Nacional de Qualificações. Foi membro da Equipa de Coordenação do Projeto qualis – Auto-avaliação de Escolas.

Claudia J. Fischer é docente de Estudos Germanísticos na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (flul), tendo-se doutorado em Teoria da Literatura (flul, 2007). Coordena, no Centro de Estudos Comparatistas desta mesma universidade, a linha de investigação dedicada a relações interartes, nomeadamente entre literatura e música. Publicou a monografia Sobre graça e graciosidade (Verbo, 2016) e Contos musicais. Wackenroder, Kleist e Hoffmann (Antígona, 2017), uma antologia de narrativas do Romantismo alemão sobre temática musical. No âmbito dos estudos pessoanos, co-editou Argumentos para filmes (Babel, 2011) e Teatro estático (Tinta-da-China, 2017) e publicou artigos sobre Pessoa como tradutor nas revistas Real; Pessoa Plural; Portuguese Literary & Cultural Studies e The Translator. Traduziu Thomas Mann, Rainer Maria Rilke, Walter Benjamin, Rainer Werner Fassbinder e, mais recentemente, em parceria com Vera San Payo de Lemos, Tempo do coração (Antígona, 2020), a correspondência entre Ingeborg Bachmann e Paul Celan. (Para mais informações, consultar https:// cfischer.weebly.com/)

Esther Gimeno Ugalde é professora no Departamento de Românicas da Universidade de Viena e membro do cluster Diálogos Ibéricos e Ibero-Americanos no Centro de Estudos Comparatistas da Universidade de Lisboa, no qual coordena o projecto IberTranslatio. Integra também a rede de investigação online Self-Translation around the World. Trabalhou como Assistant Professor no Boston College e como professora convidada na Universidade Técnica de Chemnitz. Foi também investigadora convidada nas universidades de Harvard (Max Kade Fellow) e Stanford. O seu trabalho abrange a tradução literária, a transficção, o multilinguismo no cinema e na literatura no

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contexto ibérico, assim como a institucionalização dos Estudos Ibéricos. Entre as suas publicações mais recentes, destaca-se Iberian and Translation Studies. Literary Contact Zones (Liverpool University Press, 2021), coeditada com Marta Pacheco Pinto e Ângela Fernandes. Actualmente, é coeditora do International Journal of Iberian Studies e está a preparar uma monografia sobre tradução literária na Península Ibérica.

Vera San Payo de Lemos foi docente do Departamento de Estudos Germanísticos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1975-2021), onde leccionou Alemão, Didáctica do Alemão, Tradução e Estudos de Teatro. É investigadora do Centro de Estudos de Teatro da mesma Faculdade. No teatro, trabalha regularmente, desde 1980, na área da tradução e dramaturgia, com o encenador João Lourenço no Teatro Aberto em espectáculos criados a partir de dramaturgia e música contemporâneas. Publicou artigos sobre teatro, sobretudo nos programas dos espectáculos em que trabalhou. Colaborou na tradução e coordenou a edição dos quatro primeiros volumes do Teatro de Bertolt Brecht (Cotovia, 2003-2007). Traduziu, com Claudia J. Fischer, Tempo do coração (Antígona, 2020), a correspondência entre Ingeborg Bachmann e Paul Celan. Participou em encontros, festivais e júris de teatro em Portugal e no estrangeiro. Recebeu o Prémio Austríaco de Tradução pelas peças As presidentes (1997) e Peso a mais sem peso sem forma (2004), de Werner Schwab, o Prémio da Crítica 2003 e a Medalha Goethe 2006.

Hélder Lopes é licenciado em Línguas, Literaturas e Culturas Comparadas (Inglês e Espanhol) (2009) pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (flul) e mestre em Estudos de Tradução (especialização em Inglês) (2014) pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Tem publicado sobre tradução, teatro, censura e colonialismo português. É doutorando no Centro de Estudos Comparatistas da flul, no qual integra o projecto mov. Corpos em Movimento: Circulações, Narrativas e Arquivos em Tradução. É membro da Sociedade Europeia de Estudos de Tradução e da Associação de Estudos de Tradução em África. Com base no trabalho do Grupo de Teatro do Centro Cultural Português do Mindelo, desenvolve investigação sobre tradução teatral pós-colonial em Cabo Verde.

Marisa Mourinha é licenciada em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, tendo-se especializado em Estética e em Filosofia Portuguesa. Doutorou-se em 2022, na mesma instituição, em Literatura Comparada, com especialização em Tradução Literária, com uma tese sobre a tradução de António Lobo Antunes. Fez, a partir de 2017, parte do Centro de Estudos Comparatistas, onde foi membro do projecto mov. Corpos em Movimento: Circulações, Narrativas e Arquivos em Tradução. É, desde

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Dezembro de 2022, bolseira de pós-doutoramento do projecto afrolab — A Construção das Literaturas Africanas. Instituições e Consagração no Espaço de Língua Portuguesa 1960-2020 do Centro de Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias. Os seus interesses de pesquisa recaem sobretudo nos campos dos estudos de tradução, estudos fílmicos e poesia contemporânea.

Santiago Pérez Isasi é professor auxiliar na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e investigador integrado do Centro de Estudos Comparatistas desta mesma Faculdade. As suas áreas de interesse são os estudos ibéricos, as humanidades digitais e a narrativa contemporânea basca e castelhana. É co-autor, com Antonio Sáez Delgado, de De espaldas abiertas: relaciones literarias y culturales entre España y Portugal (Comares, 2018) e co-editor, entre outros, de Perspetivas críticas sobre os estudos ibéricos (com Cristina Martínez Tejero, Ca’ Foscari, 2019) ou Looking at Iberia. A Comparative European Perspective (com Ângela Fernandes, Peter Lang, 2013). Traduziu do português para o espanhol, para a editora La Umbría y la Solana, a obra O caminho imperfeito de José Luís Peixoto (El camino imperfecto, 2020) e dois romances de Hélia Correia: Adoecer (Dolencia, 2022) e Lillias Fraser (2023).

Marta Pacheco Pinto é professora auxiliar no Departamento de Literaturas Românicas da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Licenciada em Tradução e doutorada em História da Tradução (2013) por esta instituição, é investigadora do Centro de Estudos Comparatistas, onde coordena o projecto mov. Corpos em Movimento: Circulações, Narrativas e Arquivos em Tradução. Em 2016-2019 foi investigadora responsável do projecto tecop. Textos e Contextos do Orientalismo Português: Os Congressos Internacionais de Orientalistas (1873-1973), financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (PTDC/CPC-CMP/0398/2014). A sua área de investigação pós-doutoral incide sobre as relações culturais entre Portugal e o Japão através do estudo dos fluxos tradutórios do japonês para português. A par da história da tradução em Portugal e do orientalismo português, investiga no âmbito das ficções de tradutores e da tradução, dos estudos genéticos de tradução e da comunicação intercultural. Em 2022 recebeu o Prémio Científico Universidade de Lisboa/Caixa Geral de Depósitos.

Isabel Cristina Amaral Rego é professora de Português e de Francês, tendo leccionado em várias escolas da Região Autónoma dos Açores. Tem uma licenciatura em ensino de Português e Francês pela Universidade dos Açores. Em 2019-2020 concluiu a componente curricular do Mestrado em Tradução e Assessoria Linguística, também na Universidade dos Açores.

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Cristina Almeida Ribeiro, professora de Literaturas Românicas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1978-2022), tem-se dedicado preferencialmente ao estudo da poesia tardo-medieval, com o Cancioneiro geral de Garcia de Resende como principal referência na investigação que desenvolve, e ao da narrativa breve contemporânea, que gosta de trabalhar em contextos formais, como os oferecidos por unidades curriculares e encontros científicos, e informais, como os dos cursos livres que, sob a designação genérica de “Contos de Três em Três”, organizou (2014-2018). A estas áreas de interesse acrescentou nos últimos anos a tradução. Deu aulas de tradução literária Espanhol-Português (2016-2022) e, com Miguel Filipe Mochila e Ângela Fernandes, organizou o volume Pequenas histórias (2018), antologia de contos hispânicos, sete dos quais em tradução sua.

Elisa Rossi é actualmente doutoranda em Estudos Comparatistas na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa como bolseira da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.

Licenciou-se em Filologia e Literaturas Modernas na Universidade de Génova (Itália). Enquanto membro em formação do Centro de Estudos Comparatistas, é investigadora júnior nos projectos mov. Corpos em Movimento: Circulações, Narrativas e Arquivos em Tradução e Textualidades. Integra o conselho editorial da revista científica estrema. É tradutora no projecto europeu cela (Connecting Emerging Literary Artists) e responsável pela edição e tradução de Geografia (Sophia de Mello Breyner), publicada por San Marco dei Giustiniani (2022). Co-dirige, na mesma editora, a série de poesia portuguesa “da Ocidental praia”.

Nivaldo dos Santos é professor de Russo na Universidade Estadual de Campinas (Brasil). É mestre em Letras (2005), com uma dissertação sobre os Contos de Odessa, de Isaac Bábel, pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. Trabalhou como locutor e tradutor na Rádio Estatal Moscou no final dos anos 1990. Traduz do russo; do seu repertório constam nomes como os de Dostoiévski, Gógol, Bábel ou Kurkov.

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© OS AUTORES , 2023

© SISTEMA SOLAR, CRL (DOCUMENTA)

RUA PASSOS MANUEL, 67 B, 1150-258 LISBOA

ISBN 978-989-568-117-4

1.ª EDIÇÃO, SETEMBRO DE 2023

REVISÃO: MARISA MOURINHA, MARTA PACHECO PINTO, LUÍS GUERRA

DEPÓSITO LEGAL 523307/23

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