Mas se o Oeste desta história, escrita por um francês e publicada em 1909 (numa altura em que o cinema pouco se atre via a significativas longas metragens) não tem vaqueiros, nem cavalgadas, nem grandes manadas de gado; se não tem índios
implacáveis para aqueles que tomam e desfiguram a sua terra; vai no entanto mostrar-nos, entre os símbolos que o cinema
impôs, e assim mesmo de forma muito lateral, a paciência dos apanhadores de ouro num rio pouco generoso; e vai pôr em
pleno centro o saloon e a sensação de impunidade do homem que se sabe distante da Justiça e não atingido pela sua Lei.
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Tradução e apresentação de Aníbal Fernandes