As 4 Idades da Filosofia — E Outros Textos

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AS 4 IDADES DA FILOSOFIA

e outros textos

Sousa Dias AS 4 IDADES

DA FILOSOFIA

e outros textos

DOCUMENTA

© SISTEMA SOLAR (DOCUMENTA)

RUA PASSOS MANUEL, 67 B, 1150-258 LISBOA

© SOUSA DIAS, 2023

1.ª EDIÇÃO, OUTUBRO DE 2023

ISBN 978-989-568-113-6

CAPA: FUNDIÇÃO DE ESCULTURA EM BRONZE DE MANUEL ROSA

FUNDICIÓN CAPA, MADRID, 1998

PÁGINA 149: MANUEL ROSA, ESCULTURAS EM TERRACOTA (c. 150cm DE ALTURA)

NA OFICINA DE ANTÓNIO MESTRE, BERINGEL

PÁGINA 152: MANUEL ROSA, CALCÁRIO (c. 45cm DE ALTURA)

DEPÓSITO LEGAL: 521780/23

IMPRESSÃO E ACABAMENTO: ULZAMA

ao Tomás Maia, do Amigo e Admirador

A LIÇÃO DE EMPÉDOCLES

Empédocles é, entre os primeiros filósofos, um caso à parte. Desde logo pela formidável aura, cerzida de factos e lendas inextricáveis, que já na antiguidade singularizou a sua figura. Desse material lendário destaca-se o episódio do suicídio do filósofo lançando-se para a cratera do Etna, uma das múltiplas narrativas contraditórias da sua morte (cf. Diógenes Laércio). Foi esse fim mítico enigmático que inspirou o jovem Hölderlin a escrever, em três sucessivas versões (1797-1800), o drama inacabado A Morte de Empédocles e a fazer do pensador greco-siciliano o protótipo do herói romântico, o herói trágico por excelência. O Empédocles de Hölderlin, velho, cego, decadente, suicida-se por sacrifício, por castigo auto-infligido para punir o seu desafio aos deuses ao ter renunciado por arrogância, por soberba de saber e de poder, à pura contemplação dos sagrados mistérios da natureza que a sua filosofia exaltara. Toda uma sobremitificação romântica ou pró-romântica, pelo génio poético de Hölderlin, da aura mitológica, já indissipável na antiguidade, do filósofo de Agrigento. (E sabe-se como Hölderlin foi uma das vozes inaugurais do fascínio do romantismo alemão pela Grécia antiga, por uma Grécia exemplar idealizada, e como esse movimento é inseparável do grito, de ressonâncias políticas nacionalistas, nacionalitárias, Grécia, Grécia,

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Terra natal do Espírito!, que transluz ainda numa página das Lições sobre a história da filosofia de Hegel: «Grécia: perante este nome o coração do homem culto da Europa, e de nós os Alemães em particular, sente-se em Terra natal»). Seja como for, não é propriamente aquela aura que define, a nosso ver, a singularidade de Empédocles entre os filósofos da época inicial da filosofia. Claro que a peça de Hölderlin, assim como a sua notável cinematização de sentido político (marxista) por Jean-Marie Straub/Danièle Huillet (1987), significam já uma modernidade possível, ou certas formas fecundas possíveis de reactivação moderna, do Empédocles mítico, do mito-Empédocles. Mas a modernidade de Empédocles que se trata aqui de relevar, aquilo que nos parece constituir a sua verdadeira singularidade entre os filósofos pré-platónicos, não está na sua figura já pelos Gregos sobre-humanizada nem, sequer, na articulação, trágica ou sublime, sublimada pelas lendas, da sua vida e do seu pensamento. Está, pelo contrário, nesse pensamento mesmo, na filosofia empedocleana por si.

Na condição, porém, de se distinguir o Empédocles filósofo histórico do Empédocles filósofo intempestivo, de atingir a sua intempestividade filosófica sob a imagem ortodoxa do filósofo na história da filosofia. Com efeito, há como que dois Empédocles, duas imagens diferentes do seu pensamento, dois divergentes retratos espirituais. Há, por um lado, o Empédocles escolar, escolástico, fixado pela tradição doxográfica, arrumado, «classificado», entre linhagens e influências recíprocas dos primeiros filósofos gregos (os filósofos pré-socráticos, ou pré-platónicos).

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É o Empédocles da história da filosofia, tal como aparece num qualquer compêndio ou dicionário desta disciplina e hoje, de maneira sumária, no Google, o Empédocles autor de um extenso poema filosófico «acerca da Physis» (Natureza, Cosmos, o Todo do mundo visível) do qual chegaram até nós bastantes fragmentos e onde expõe uma complexa cosmogonia naturalista, imanentista. Essa teoria, que vai da formação do universo e dos astros à génese e evolução da natureza, da vida, dos animais e das plantas, do homem e da própria possibilidade da percepção e da consciência humanas, representaria a «solução» empedocleana original para a questão cosmogónica fundamental supostamente comum à generalidade, ou pelo menos à maioria, dos filósofos pré-socráticos. De facto, se os mitos, e todas as tradições pré-filosóficas de pensamento, procediam por transcendência, isto é, por remissão das «origens» dos seres e fenómenos da natureza para entidades extranaturais (deuses, forças sagradas, poderes titânicos do cosmos e do caos, etc.), os filósofos pré-socráticos foram os primeiros a proceder por imanência, a procurar explicar as coisas da natureza umas pelas outras, portanto a explicar a natureza por si mesma e a substituir o vector cosmogónico de transcendência, ou de elevação a um plano sobrenatural primordial, por um vector imanente em profundidade, até ao arkhê. (E mesmo quando, como em Anaxágoras, esse arkhê é atribuído a um Espírito, nous, esse Espírito é tudo menos uma entidade transcendente, exterior à Physis, mas antes uma força cósmica motriz originária, como tal imanente). Ora, Empédocles foi o primeiro a propor uma visão não monista do arkhê. Na inovadora doutrina de Empédocles, o

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arkhê apresenta-se como quádruplo, ou sêxtuplo, porquanto constituído por quatro elementos ou, como ele diz, «raízes» (rizómata) materiais originárias indestrutíveis, Fogo, Ar, Água e Terra, e por duas forças também originárias, dois princípios dinâmicos em eterno conflito coextensivos a toda a natureza, a todos os seres, que ele nomeia, na sua linguagem poética pré-platónica, pré-conceptual, Philia (Amor, Concórdia, Atracção, Criação) e Neikos (Ódio, Discórdia, Repulsão, Destruição). Tudo quanto existe consistiria em misturas e composições, em proporções variáveis, das quatro substâncias ou raízes, e a constante mudança do existente, a que nada escapa, resultaria do jogo interactivo contínuo daquelas duas arqui-forças conflituais. Assim, nascimento e morte, ou aquilo que com estas palavras designamos, não seriam senão recomposições e decomposições de agregados substanciais (decorrendo sempre das decomposições novas recomposições), e não, de forma alguma, e para investir aqui a linguagem filosófica de Parménides, contemporâneo de Empédocles que este admirava e de quem terá sido discípulo, passagens, ontologicamente absurdas, do não-ser ao ser e do ser ao não-ser. «Pois a geração a partir do que de modo nenhum existe é inconcebível e é impossível e inaudito que o que existe deva ser destruído» (fragmento 12). Outros fragmentos enunciam a mesma ideia numa linguagem mais poética, e em termos que seria um contra-senso interpretar como formulações da tese da metempsicose, da transmigração das almas entre corpos, já que em Empédocles, e nestes textos, se trata sempre e apenas de corpos, de nada excepto de corpos orgânicos. Por exemplo: «Pois eu já fui um rapaz e uma rapariga, um arbusto e um pássaro e um peixe mudo

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do mar» (fragmento 117). É esta teoria de Empédocles, aqui não considerada em toda a sua complexidade e subtileza, que aparece na história da filosofia como uma das maiores expressões do génio filosófico grego, mas, ainda assim, como um monumento espiritual hoje sem vida, objecto do museu das ideias.

Há, no entanto, também, por outro lado, e como se disse, um «outro» Empédocles: não já este Empédocles estritamente histórico, distante de nós 25 séculos, mas um Empédocles espiritualmente vivo, intemporal, ainda actual por virtude de inactualidade (na acepção nietzschiana deste último termo). Era já, de certo modo, o referido caso do Empédocles trágico do poeta Hölderlin e da sua versão política revolucionária no cinema dos Straub. Mas é também o do escritor francês Romain Rolland, no seu belo ensaio sobre Empédocles (1918), espécie de romance de ideias vivas (a rivalidade violenta entre o Amor e o Ódio, e as suas peripécias, no universo empedocleano, a «esplêndida sinfonia da Vida universal»), e, sobretudo, de forma para nós decisiva, o do jovem Nietzsche no pequeno livro póstumo inconcluído Nascimento da filosofia na época trágica dos Gregos (1873). Exemplaridade de Nietzsche: reconstituir, não a doutrina dos filósofos (perspectiva da história da filosofia), mas a visão única, a percepção alucinatória obsessiva, de que deriva cada uma dessas doutrinas e que as mantém vivas para lá da sua «verdade» histórica ou daquilo que os filósofos «verdadeiramente» terão querido dizer. Num fragmento preparatório para esse maravilhoso livro, traça Nietzsche um sublime retrato de Empédocles e do seu pensamento. A abrir, o retrato do próprio pensador. «Empédocles é de família agonal»

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[Diógenes Laércio arrolou testemunhos desconexos segundo os quais um avô de Empédocles, o próprio filósofo e um seu filho teriam competido e triunfado nos Jogos Olímpicos]. «Em Olímpia causa sensação. Mostra-se vestido de púrpura, com um cíngulo de ouro, sandálias de bronze nos pés, uma coroa délfica na cabeça. Tinha cabelos compridos. O seu rosto era imutavelmente sombrio. Ia sempre seguido pelos seus servos». É o retrato de um Original: mais do que o de um aristocrata grego da época, o de um semideus, o de um ser de ascendência divina (e era assim mesmo, deveras, como descendente dos deuses, que o filósofo se auto-apresentava e era considerado, dadas as suas extraordinárias proezas mormente em medicina, pelos seus conterrâneos agrigentinos: cf. fragmentos 112 e 113). Vem depois o mais importante, o retrato do pensamento. «Procurou inculcar a todos a unidade de tudo o que vive, explicando que comer carne era uma espécie de autofagia: é o assassínio do que nos é próximo. Queria fazer que os homens passassem por uma purificação inaudita. (…) A sua eloquência resume-se neste pensamento: que tudo o que vive é uno: os deuses, os homens e os animais. A “unidade do que vive” é o pensamento parmenídeo da unidade do ser, mas sob uma forma infinitamente mais fecunda» (itálicos nossos). E Nietzsche conclui: Empédocles «sentia uma simpatia profunda por toda a natureza, uma compaixão transbordante. Parece-lhe que o objectivo da sua existência é reparar os males causados pelo ódio, proclamar num mundo de ódio o pensamento da unidade e levar remédio a todo o lado em que apareça a dor, consequência do ódio. Sofre por viver neste mundo de tormentos e de contradições».

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Atente-se. Parménides afirma a unidade do ser sob a sua aparente multiplicidade sensível. Ele antecipa a ontologia ao introduzir o conceito metafísico de ser e com ele a oposição, que Platão desenvolverá, entre um mundo-verdade e o mundo das aparências. Empédocles, naturalista, afirma também a unidade do ser, mas o ser de Empédocles não é o ser abstracto, puramente inteligível, de Parménides, ontologicamente distinto das aparências sensíveis, mas o ser orgânico, e a unidade empedocleana do ser é a unidade dos seres orgânicos, dos viventes, a «unidade de tudo o que vive». Ou seja. Para Empédocles, a essência não é, como em Parménides, uma verdade do ser para lá da aparência, mas, antes, a unidade da própria aparência, é a aparência unificada pela vida ou, como ele diz, pelo Amor, e não há outra verdade. E por Amor, como vimos, ele não entende um afecto propriamente animal mas uma força cosmogónica primordial, da qual, por exemplo, a atracção sexual seria uma expressão no plano biológico. O Amor é, precisamente, a força unificadora dos seres, a força propriamente cósmica em eterno antagonismo com a força do Ódio, com o trabalho caotizante ou de separação do Ódio. É o Amor que une, que dá vida, que constitui a unidade da vida, e é a presença do Ódio, a tomada das aparências pelo Ódio, que contraria a unificação e faz prevalecer este «mundo de tormentos e de contradições». O Ódio separa, faz cada ser, e cada homem, agir por si, e apenas para si, ao passo que o Amor unifica, «comunica», revela o sentido da vida, e o do mundo dos homens, como sendo o em-comum. Como combater o Ódio, como promover o Amor, a Concórdia? Este, o objectivo, eminentemente prático, da filosofia de Empédocles, o seu

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único pensamento, «infinitamente mais fecundo», nas palavras de Nietzsche, que o de Parménides: pensamento da unidade essencial de todos os seres vivos, da pulsação unitária da vida sob todas as suas formas e espécies, da vida como comunidade universal do vivente, como poder comum, comunitário, de tudo o que vive.

Evidentemente, seria idiota interpretar a ideia de Empédocles citada por Nietzsche segundo a qual comer carne é como que autofagia e o assassínio do que nos é próximo vendo nela uma apologia do vegetarianismo e no filósofo um pensador vegan avant la lettre. Tanto mais que comer carne, ingerir proteínas de origem animal, é condição da própria vida animal, da sua possibilidade, do metabolismo (de facto, nesse sentido, autofágico) dessa vida, e que o próprio Empédocles, conforme testemunhos transmitidos por Diógenes Laércio, organizava grandes banquetes em que sacrificava animais. Aquilo que há que destacar naquela ideia do filósofo é antes a sua posição dos animais como «o que nos é próximo», é essa proximidade, essa unidade ou comunidade vital – que define, na óptica nietzschiana, a genuína singularidade filosófica de Empédocles entre os Gregos – do animal-homem com os outros animais e de toda a vida consigo mesma. Daí a compaixão transbordante do filósofo pelos seres não humanos, a sua profunda simpatia por toda a natureza, referida por Nietzsche. Em suma, o pensamento fundamental de Empédocles é um pensamento para o qual ainda hoje nós não temos ouvidos, ou para o qual ainda estamos longe de estar preparados. É o pensamento da unidade de tudo o que vive, de todas as vidas, humanas e não hu-

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manas, animais e vegetais, como uma única vida, da vida como uma força natural una e unificadora, como comunidade natural absolutamente imanente, transversal a todos os viventes, não hierárquica, não hierarquizável, sem uma forma «superior» que possa arrogar-se um «direito», ou um estatuto evolutivo «teleológico», sobre essa comunidade. A crise sanitária mundial de 2020/21 (pandemia de covid-21), a interferência crítica de um vírus em todos os aspectos da vida humana planetária, veio mostrar, como o sublinhou o filósofo Z ˇ iz ˇek, quanto a nossa noção clássica de sociedade como relação de humanos entre si está caduca. Devemos antes habituar-nos a pensar a relação social, o em-comum da nossa existência, em termos não exclusivamente antropológicos, mas como relação acêntrica plural, transversal, dinâmica e interactiva entre nós mas também com outros agentes ou «actantes» naturais, biológicos (por exemplo, os vírus) e não biológicos, na qual, por conseguinte, o homem é apenas um entre os actantes, uma força num conjunto virtualmente ilimitado de forças. Esta concepção de comunidade, esta visão não antropocêntrica da relação comunitária dos homens, e que traz consigo um enorme potencial subversivo, estava já em espírito, para lá da irreconstituível «verdade» da doutrina, na filosofia de Empédocles, na sua ideia de unidade do ser orgânico, de unidade de tudo o que vive. Esplendor do «maravilhoso poema de Empédocles» (Nietzsche).

Compete-nos a nós afirmar, pela nossa prática e no plano humano, essa unidade, afirmar essa vida una ou Amor naturalista em vez de negá-la, de promover o Ódio à natureza em nós, de nos fic-

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cionarmos, na fórmula de Spinoza, como um «império no império» da natureza. Talvez venha o dia, mas não é certo, em que comummente acederemos a essa percepção empedocleana imanentista da vida, a esse ponto de vista descentrado de nós sobre nós, ponto de vista, nesse sentido, inumano, a-humano, sobre o humano. Em que assim acederemos à «purificação» (katharmós) de que fala Empédocles numa acepção, portanto, não escatológica, não espiritualista, tanto «pré» como «anti» platónica e cristã. Nesse dia, acederemos enfim a uma outra relação comunitária libertadora, com os outros seres vivos mas também, e sobretudo, com o humano, dos homens entre si e de cada homem consigo. Não se trata de «regressar» a Empédocles, ou aos Gregos, mas de nos inspirarmos no seu longínquo exemplo para forjar, hoje, uma nova forma, mais afirmativa, de vida, e de resistência a todas as forças que, tanto na relação comunitária dos homens como na destes com os outros seres, a reprimem. E é nesse sentido que a filosofia de Empédocles tal como Nietzsche a evoca nos surge, não como expressão arqueológica de um espírito auto-superado, mas como um pensamento ainda nosso contemporâneo, ainda «entre» nós, diante de nós ou, melhor, adiante de nós, em avanço sobre nós, à nossa espera ainda, abrindo, na avaliação nietzschiana, um caminho espiritual «fecundo», e assim antecipando-se-nos, antecipando um porvir ou um devir de nós. É como se Empédocles nos chegasse vindo ao mesmo tempo do passado e do futuro – e é essa temporalidade paradoxal que caracteriza todas as grandiosas criações, tanto da filosofia como da arte – para nos anunciar a questão fundamental do pensamento por vir. E que será, sem

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dúvida, a questão da vida ela mesma, da unidade ou comunidade de tudo o que vive e da qual a comunidade humana é tão-só uma parte sem preeminência; a questão, em suma, contra a catastrófica biopolítica mundial actual, de uma política da vida, pró-vida, a efectivar pelos homens até na sua própria relação social, e que configure uma aliança prática com essa força imanente universal de unificação e de criação (é ela, a vida, o poder de autotranscendência em nós). Tal é, no seu espírito trans-histórico, a lição filosófica de Empédocles, a razão por que podemos reconhecer-nos ainda como seus discípulos, ou o sentido que faz dizermo-nos, hoje, empedocleanos.

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ÍNDICE As 4 idades da filosofia ................................................. 9 Warhol & Cia .............................................................. 95 Chamam-lhe epifania mas é muito mais do que isso ....... 125 Poesia, livro de reclamações .......................................... 133 Madame Bovary no cinema ........................................... 137 A escultura nua / Manuel Rosa ...................................... 147 A lição de Empédocles .................................................. 157  As 4 Idades da Filosofia •

obras do autor ensaio (selecção)

Lógica do acontecimento — introdução à filosofia de Deleuze, Edições Afrontamento, Porto, 1995, 2.ª ed. aumentada Documenta, Lisboa, 2012, reimp. 2018

O que é poesia?, Pé de Página Editores, Coimbra, 2008

2.ª ed. (e-book), Grácio Editor, Coimbra, 2011

3.ª ed. modificada, Documenta, Lisboa, 2014

Grandeza de Marx — por uma política do impossível, Assírio & Alvim, Lisboa, 2011

2.ª ed., Documenta, Lisboa, 2021

Žižek, Marx & Beckett — e a democracia por vir, Documenta, Lisboa, 2014, reimp. 2016, 2018

O Riso de Mozart — música pintura cinema literatura, Documenta, Lisboa, 2016

Pre-Apocalypse Now, Documenta, Lisboa, 2016

Teologia da carne — a pintura de António Gonçalves, Documenta, Lisboa, 2018

Anti-Doxa — a filosofia na era da comunicação, Documenta, Lisboa, 2019

As 4 idades da filosofia — e outros textos, Documenta, Lisboa, 2023

antologias

Manuel António Pina, Dito em voz alta, Pé de Página Editores, Coimbra, 2007, 2.ª ed. aumentada, Documenta, Lisboa, 2016

Manuel António Pina, Por outras palavras & mais crónicas de jornal, Modo de Ler, Porto, 2010

Manuel António Pina, Crónica, saudade da literatura, Assírio & Alvim, Lisboa, 2013

traduções

François Châtelet, Platão, Rés, Porto, 1977

Gilles Deleuze, Cinema 1. A imagem-movimento, Assírio & Alvim, Lisboa, 2009, reed. Documenta, Lisboa, 2016

Gilles Deleuze, Cinema 2. A imagem-tempo, Documenta, Lisboa, 2015 reed. Documenta, Lisboa, 2020

Gilles Deleuze / Félix Guattari, Rizoma, Documenta, Lisboa, 2016

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