«A história de Tristão e Isolda – os estranhos imortais do amor que constroem a sua tragédia sob as fatalidades de um sentimento imposto por artes da magia céltica, a paixão contra a qual os costumes e as leis são impotentes – mostrava-se como alternativa às sublimes lentidões de Wagner, e veloz, e empolgante, e obediente a todo o saber que faz a eficiência dos contos repetidos pela tradição oral. A lenda de Tristão e Isolda chegava ao êxito editorial e era confirmada no amor-símbolo, na sua intensidade inultrapassável, a que El-Rei Dom Dinis ousou ainda assim em versos desafiar: “o mui namorado Tristan sey ben que non amou Iseu quant’eu vos amo.”» Aníbal Fernandes