Revista QAP! - Junho 2017

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Edição Nº 002 • Junho de 2017 • SINDVIÁRIOS

Dória aumenta a velocidade nas marginais, trânsito continua lento.


2 Diretoria RENO ALE Presidente LUIZ ANTONIO QUEIROZ Vice-Presidente ELIAS MITRI R. R. MALUF Diretor de Adm. e Finanças OSMAR TORRES Secretario Geral NELCI ANTONIO FIDELIS Diretora de Politicas de Gênero BENEDITO SILVA Diretor de Assuntos Jurídicos

Índice MICHEL VINICIUS DA S. COSTA Diretor de Cultura MIGUEL LORENZON - "SARITA" Diretor de Políticas Sociais

MILTON RICARDO M. SALGADO Diretor de Formação Sindical DÉRCIO LUIZ LEME Diretor de Saúde

Matéria de Capa........................04 #AceleraSãoPaulo!?

CET Santos................................10

MARINA RETAMEIRO DA SILVA Diretora de Imprensa e Comunicação

Frota Sucateada

CLAYTON DE S. BAIA - "SENINHA" Diretor Combate ao Preconceito

CET São Paulo...........................12 41 anos de CET São Paulo

MARCOS JOSÉ NOTARO MARCOS A. SIQUEIRA - "MARQUINHOS" MARCOS JOSÉ RODRIGUES DA SILVA MARCOS LIMA DE OLIVEIRA MARIO SÉRGIO DE ARRUDA LIMA MAURO CAMPOREZI RICARDO MOURA - "TROVÃO" JOSEFA ELIZETE CANDIDO - "ZEFA" LUCÉLIA HELENA MOURA

EMDEC Campinas.....................13 Seguro de vida, Previdência Privada e Fundo de Amparo

TRANSERP Ribeirão Preto.................14 Já passou da hora da TRANSERP se modernizar

Geral..........................................15

Conselho Fiscal DAMIANA JOSIALDA CANDIDO DA SILVA FÁBIO FRANCISCO BARBOSA - "FABINHO"

Cuide do seu coração!

ALFREDO COLETTI BOCCI Diretor de Relação Intersindical

Diretores de Base ANTONIO BEZERRA DA SILVA APARECIDO A. CANDIDO - "BAGUNÇA" CARLOS FEITOSA DE SOUZA CARLOS ROBERTO A. DE LIMA - "MANO" CRISTIANO LEE DE SANTANA MACIEL ELIEDE APARECIDO LIMA EMERSON LUIS DE SOUZA LIMA ISAIAS PARANHA JOSÉ CARLOS DE SOUZA CORREIA JOSÉ FERREIRA FERRO DA SILVA

Fala Presidente..........................03

28/4: O Brasil contra as reformas

JOSÉ FRAZÃO COELHO BENILTO PRIMO (Suplente)

Especial ACT..........................16

Representante junto à Federação PAULO CESAR ARAUJO NEVES - "PC"

Acordo Coletivo, cada ano uma guerra

VALDINEI ISIDORO

Seus Direitos..............................20

Delegados - Campinas Claudemir Aparecido de Oliveira Dejanir Antonio Marquini (Dezoito)

Periculosidade, Insalubridade ou Penosidade Emídio di Carlo: Um nome, não apenas um número Você Sabia - ACT Aconteceu

Jair Antonio Rosario da Silva Livanil Lourenço da Silva

Delegados - Santos Douglas Silva de Jesus Acahu José Miranda Pinheiro Mario Tavares Junior

Raphael Lee de Santana Maciel Thiago Luis Rosa de Oliveira (manutenção) Tiago Lourenço Leite

Classificados..............................23 ERRAMOS

Na última edição publicamos que o ministro do STF, Teori Zavascki, faleceu no dia 19 de fevereiro. O correto é 19 de janeiro de 2017.

CONSELHO EDITORIAL:

EDIÇÃO, FOTOS E PROJETO GRÁFICO:

Reno Ale; Marina Retameiro Alfredo Coletti; Dercio Leme; Mauro Camporezi; Miguel Lorenzon; Milton Salgado.

Leak - Agência de Notícias IMPRESSÃO E TIRAGEM:

Gráfica 57 • 6.500 exemplares

Filiado à

EXPEDIENTE

REVISTA QAP! é uma publicação do SINDVIÁRIOS • Publicação Bimestral • SEDE São Paulo: R. Jesuíno Pascoal, 51 • Vila Buarque • (11) 3333-8363


Fala Presidente

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Cuide do seu coração! Reno Ale

Não, não estou falando de problemas de relacionamento. Recentemente, para aqueles que não sabem, fiz uma revascularização do miocárdio. Foi assim, pelo menos foi a minha sensação, estava bom num dia e no outro sofri um enfarte. Corre para o hospital, assusta familiares, amigos e conhecidos, vem aquela sensação que, enfim, iria partir dessa. Depois do susto, li um pouco a respeito e percebi que não foi de uma hora para outra que isso aconteceu. Tive uma vida inteira, praticamente, causando esse mal próprio. E quero compartilhar aqui com vocês algumas coisas que aprendi e estou tomando conta. Afinal, posso não ter uma terceira chance e espero que você não passe o que passei. 1. Faça, ao menos uma vez no ano, um check-up;

2. Se tiver antecedentes familiares para doenças crônicas, como Diabetes, Hipertensão e problemas cardíacos, fique atento; 3. Alimente-se corretamente, não basta apenas ser saudável, faça as 5 refeições no horário correto; 4. Beba água. Muita; 5. Pratique exercícios, caminhadas de 30 minutos por dia já ajuda; 6. Fique atento ao peso; 7. Evite o estresse. É difícil, eu sei, mas procure uma uma atividade fora do trabalho que lhe seja prazerosa. 8. Cheque sua pressão arterial; 9. Monitore o colesterol; Saber os sinais que podem indicar problemas no coração ajuda a prevenir um ataque cardíaco

Reno Ale - Presidente SINDVIÁRIOS

ou facilitar o diagnóstico de alguma doença do coração como insuficiência cardíaca. As pessoas que possuem maiores chances de sofrer com doenças do coração são aquelas que têm antecedentes familiares com problemas de coração, os que estão acima do peso ideal, fumam e possuem outras doenças associadas, como diabetes, hipertensão e aterosclerose.

Com pequenas atitudes diárias, podemos ter uma vida melhor, mais longa e, principalmente, mais saudável


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Capa

#AceleraSãoPaulo!? Em abril, João Dória completou 100 dias de administração à frente da prefeitura de São Paulo e uma de suas ações foi reverter a diminução da velocidade nas marginais, voltando aos 90km/h, com a justificativa de que o trânsito melhoraria. A revista QAP! foi verificar a informação e entrevistou o especialista na área Geraldo Moura, sócio na Planmur - Planejamento, Mobilidade e Urbanismo, doutor em planejamento urbano pela USP e com graduação em Arquitetura e Urbanismo pela PUCCAMP. Confira! Ricardo Ferrante

"As recentes alterações no trânsito de São Paulo com o aumento de velocidades representaram inegavelmente um aumento na insegurança e também uma diminuição da fluidez do trânsito. É indefensável, do ponto de vista da engenharia de tráfego, achar que um programa de aumento de velocidade não vá aumentar os acidentes nas marginais. Não é com mais velocidade que resolvemos o congestionamento, temos uma frota de quase 5 milhões de carros numa cidade que comporta 250 mil veículos por hora. É aí que temos que mexer, é preciso retomar as ações realizadas pela administração anterior, como as ciclovias, as faixas exclusivas para ônibus etc, é preciso induzir o uso de meios de locomoção de grande massa, só assim que tiraremos os carros das ruas e teremos um trânsito melhor. A cidade de São Paulo vive numa lógica radiocêntrica e cedo ou tarde nossa sociedade terá que repensar a cidade, senão ficaremos dando volta no próprio rabo."


5 Dória começou sua administração com o programa "Acelera SP". Mas a percepção geral é que o trânsito de modo geral não melhorou. Por quê? As medidas do Dória têm duas questões: A redução de velocidade (gestão Haddad) foi feita com o intuito de diminuir acidentes, fatais e de morbidade, isto é uma medida positiva se considerar os dados da ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego). A diminuição da velocidade está diretamente relacionada com a diminuição de acidentes, porque ela tem a ver com o tempo de reação, o impacto de uma eventual colisão. O efeito colateral positivo na redução de velocidade é o aumento da fluidez nos níveis intermediários, entre B e E (como medida internacional do trânsito o nível de serviço é medido de A a F. Sendo A maior fluidez e F parado). A fluidez é maior quando a velocidade estiver entre 40 e 50 km/h porque à medida que a velocidade aumenta, a distância segura entre um carro e outro cresce exponencialmente. Se você estiver a 100 km/h o outro carro tem que estar distante cerca de 200m para não ter o “efeito sanfona”.

Então as medidas de Dória representam um retrocesso em relação a Haddad? Haddad propôs uma repactuação do espaço público inédita em São Paulo. Pegou a mobilidade, por exemplo, e deu espaço a outros agentes que também usam a cidade. Isso pode ser verificado no espaço aberto para transporte coletivo e na inovação com espaço para o transporte não motorizado (sobretudo bicicleta), tornando a cidade mais humanizada. Além de medidas como abrir o minhocão e a Avenida Paulista para o uso de pedestres aos domingos. Ocorre que mobilidade, mais que qualquer outra política setorial urbana, é aquela que você sente no mais curto prazo. O Dória ganhou a eleição com um discurso contra essas medidas, mas creio que as inovações do Haddad serão reconhecidas pela população com o tempo, agentes

É indefensável achar que um programa de aumento de velocidade não . vá aumentar . os acidentes .

que trabalham na área de mobilidade já reconhecem isso e acredito que ele poderá ter um caminho parecido com o prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa, que perdeu a eleição quando mexeu na mobilidade urbana, mas voltou agora, 12 anos depois. Mas a gente comparou dados do Maplink e percebemos que a taxa não variou... Quando analisamos o congestionamento, estamos analisando os picos E e F. Se comparar a marginal às 18h hoje ou um ano atrás ela será muito parecida. Porque? Tem carro demais na via e para tudo. Você pode colocar o limite 0 ou 120km/h. Não é aí que muda. Quando melhora?

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6 Se você for às 9h30, ou seja, quando já acabou o pico da manhã e introduzir 70km/h em todos os lugares onde você tem potencial redução de fluidez, por exemplo numa agulha, convergência e divergência ou nos lugares que tem curvas, quanto maior a velocidade, maior o sanfonamento. Aí vai parar. Se você está na pista expressa e entra na pista do meio, com menor velocidade você "encaixa" melhor no trânsito em velocidades menores. Isto teve um ganho. Porém, se eu pegar a marginal às duas da manhã, vazia, aí eu poderia "chutar", mas como a diminuição da velocidade tem o intuito de diminuir acidentes, ela se justifica em todos momentos. E por que você tem congestionamento? Você tem uma frota de, aproximadamente, 5 milhões de carros e o sistema viário estruturante de São Paulo comporta por hora 250 mil veículos. Nesse pico rodam cerca de 300 mil veículos. O que acontece, em três horas de pico você tem espaço para 750 mil veículos rodando 900 mil. Satura.

Numa frota de 5 milhões, nesse pico deveriam rodar 2,5. É uma conta grossa. O que acontece? esse 1,6 milhão (diferença entre 2,5 e 900 mil) a mais de veículos está em algum lugar esperando. Por isso não adianta ampliar rua. Quando o Serra ampliou as marginais eu fiz um cálculo e errei por uma semana. São Paulo vai saturar sempre, por que ele tem uma demanda reprimida de 1,6 milhões de veículos que deveriam estar na hora pico e não estão. Ainda em números iniciais, tivemos um aumento de mortes e acidentes nas marginais (comparadas com o mesmo período dos anos anteriores). Esses acidentes podem ser atribuídos ao "Acelera SP"? Ainda é cedo para fazer uma análise maior, mas temos algumas indicações importantes. Em janeiro e fevereiro o tráfego é menor e são meses que tendem a ter menos acidentes, tendem, quando a gente olha e vê que aumentou muito, a partir de março a tendência é aumentar ainda mais. É indefensável, do ponto de vista da engenharia de tráfego, achar que um programa

de aumento de velocidade não vá aumentar acidentes e, de B para E, diminuir a fluidez, é só fazer conta. Como você avalia as metas propostas por Dória para o transporte público e mobilidade urbana? Ele ganhou com um discurso contra a política anterior. Embora tenha uma repercussão positiva enquanto discurso, vai contra tudo que o pessoal, tanto da agenda de tráfego quanto de urbanismo, defende. Uma cidade acima de um milhão de habitantes não consegue ter um sistema de transporte que não seja baseado no transporte coletivo e São Paulo, devido a sua complexidade, não depende de apenas uma solução, são várias. O metrô, espaço para o transporte coletivo em ônibus, BRTs etc, e também um rearranjo das oportunidades de emprego em São Paulo, que ainda são muito concentradas. Existe um perímetro em São Paulo que engloba a Zona Oeste, que é um eixo que vem se alterando saindo do centro e indo em direção ao Morumbi onde estão concentradas grande parte das oportunidades

Ele ganhou com um discurso contra a política anterior e embora tenha repercussão, vai contra tudo que o pessoal de tráfego e urbanismo defende. GOSTOU? Em nosso site trevista publicaremos a en na íntegra. Confira!

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7 de emprego, com alguma exceção no Jardim Anália Franco e na Zona Norte, então, enquanto a gente tiver que transportar um contingente de pessoas da ZL para o Centro e no sentido oposto no período da tarde, a mobilidade de São Paulo estará comprometida. Isto não foi por acaso, a cidade foi construída dessa forma. A estruturação urbana se deu através do rodoviarismo, (transporte sobre rodas) e do radiocentrismo, o que a transformou numa cidade esparsa, longe e cara. Só foi implementada por que o prefeito na época, Francisco de Prestes Maia (idealizador técnico do Plano de Avenidas), atendeu em sua proposta interesses do mercado imobiliário. O plano de avenidas previa três anéis e avenidas que saiam de um mesmo centro. Primeiro anel a partir do triângulo central, São Bento etc, saiam avenidas para o norte-sul, 23 de Maio, para o leste, Radial Leste, você tinha um segundo anel feito pela Rua Henrique Schaumann, Av. Sumaré e o terceiro anel seriam as marginais. O modelo do Plano de Avenidas era baseado em experiências, na francesa (Eugène Hénard [1]) e alemã (Hermann Josef Stübben [2]), só que esses modelos incorporavam a ideia de cidade adensada e de expansão horizontal limitada, isto é, pode ser Radial até uma determinada escala (kilometragem). A prática paulistana expandiu a extensão da cidade 20 km em alguns sentidos e, consequentemente, abriu uma fronteira de expansão loteável que interessava ao mercado imobiliário. Nesse contexto você tem milhões de pessoas na Zona Leste sem oportunidade de emprego, outro contingente na Zona Norte com pouco emprego e dessa forma, você

Enquanto a gente tiverquetransportar um contingente de pessoas da Zona Leste para o Centro, a mobilidade de São Paulo estará comprometida pode fazer até três andares de metrô na ZL que continuará saturado. Há alguma política de melhoria específica para a integração com as cidades vizinhas, visto que Dória pretende impedir ônibus intermunicipais de rodar na cidade? O transporte coletivo tem que ser prioridade, não dá para partir de um princípio que a solução do transporte é tirar o coletivo das ruas. Embora a EMTU seja a entidade que gere o transporte metropolitano, o olhar da empresa é estadual, sem olhar, principalmente, a lógica dos municípios periféricos da cidade de São Paulo. Trabalha-se o transporte a partir da área de atuação, por exemplo, todas as cidades da região metropolitana de São Paulo tem uma boa parte de suas viagens municipais realizadas pelo sistema inter. O que acontece, você tem um número relevante do conjunto de viagens feito

dentro da cidade que são realizadas pelos ônibus da EMTU, isso tende a desequilibrar o sistema municipal. O sistema intermunicipal deveria ser um sistema que troncalizasse os deslocamentos intermunicipais sem mexer no municipal e transferir o passageiro de um município para outro, dentro da própria cidade o usuário fizesse seu deslocamento pelo sistema municipal. Entretanto há dois problemas, o desconforto e a questão tarifária. Se não tiver uma integração, você penaliza o usuário deixando o transporte coletivo inviável e, segundo, é desconfortável para o passageiro fazer o transbordo, então você tem que ter uma lógica que esse ônibus rode em São Paulo, senão desce um monte de gente do ônibus para pegar outro ônibus, não tem cabimento. O Dória quer acabar com o trânsito em São Paulo tirando um agente importante, o transporte coletivo.

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[1]Eugène Hénard (1849-1923) foi um urbanista francês radicado na cidade de Paris. Formado pela École des Beaux-Arts, em 1880, ingressou na municipalidade em 1882. A partir do começo do século XX, dedica-se aos estudos dos problemas urbanos parisienses e publica o Étu des sur les transformations de Paris [Estudos sobre a transformação de Paris], em 1903. [2]Hermann Josef Stübben (1845-1936), arquiteto e urbanista alemão, foi um dos teóricos mais conhecidos na Alemanha no final do século XIX. Atuou como chefe de planejamento da cidade de Colônia entre 1881 e 1898.


8 Com Dória, então, regrediremos no incentivo ao transporte coletivo? O transporte coletivo não se resolve apenas no transporte. As críticas que o Haddad recebe(u) diziam que ele foi o melhor prefeito de Amsterdã que São Paulo já teve. Ou seja, ele propôs uma cidade com uma nova ótica. Dória está resgatando uma cidade mais tradicional, com legitimidade, ele foi eleito baseado nesse discurso e não tem nenhuma mentira nesse processo. Ainda assim fico preocupado, acho que nós vamos acentuar processos que vão deixar a cidade mais cara, menos solidária, menos humanizada, uma cidade cheia de cinza, muros, uma cidade mais violenta. As ciclovias esquecidas... As ciclovias não estão esquecidas. Estão lembradas e ele está apagando. Aí tem um discurso: "Ninguém usa a ciclovia", é importante pegar o exemplo de Copenhague, que na década de 70 realizou diversas medidas na mobilidade que se assemelham um pouco com que o Haddad fez em São Paulo. No primeiro momento, ninguém andava, é um tráfego a ser criado, mas se a gente pegar um percentual relevante das vias locais, passa boa parte dos dias sem ter carro e ninguém discute ou não a existência da rua. Tive uma experiência na criação de calçadas quando trabalhei na Prefeitura de Guarulhos e ouvia assim: "O povo não sabe andar na calçada", claro, não haviam calçadas! É um meio que deve ser incentivado, assim como devem ser incentivadas as faixas de ônibus, ainda que eu, usuário de transporte individual, sinta o efeito colateral disso. O objetivo coletivo não é o conjunto de objetivos individuais e em algum momento teremos que repactuar o espaço.

No metrô, a única linha que não tem essa visão radiocêntrica é a linha verde, é preciso ampliar esse conceito. Por que não pegar esse arco que faz a linha verde e expandir até Guarulhos. É óbvio que é um processo demorado, São Paulo não ficou assim da noite para o dia. Se você fizer uma pesquisa de origemdestino hoje vai dar que a lógica de São Paulo é radiocêntrica, um "gestor" tem que se antecipar, pensar à frente e o transporte tem esse instrumento. Mas, infelizmente, estamos no retrocesso... Com relação a fiscalização no trânsito, qual seria o número de agentes necessários para gerir o trânsito na cidade de São Paulo? Existe uma regra que são, aproximadamente, de 300 (não estou certo) veículos por agente. Se faz uma conta média em cima disso, pensando na divisão de turnos. Mas perceba, a maior deficiência na gestão é o transporte, não é culpa dos agentes. Existem tecnologias que, em tese, podem auxiliar a coordenação e atuação semáforos (chamados semáforos inteligentes etc), que melhoraria o tráfego, mas continua o problema da demanda reprimida de veículos e a concentração de oportunidades na cidade. Se você atua nessas áreas, a demanda aparece e entope tudo de novo.

Na cidade existem grandes centros comerciais na periferia e que estão, praticamente, abandonados pela CET, isso cria uma sensação de impunidade? A impunidade foi parcialmente resolvida com a fiscalização eletrônica. Ela pega o rico, pobre, enfim, não existe o que chamam de indústria de multas. Campinas foi uma das primeiras cidades do Brasil a colocar fiscalização eletrônica e o que pudemos observar é que a arrecadação subiu vertiginosamente no primeiro e no segundo ano, mas, a partir do terceiro, você tem uma redução abrupta por que as pessoas aprendem. Nesse momento, os que continuam recebendo multas é uma pequena porcentagem que se acham acima da lei, são reincidentes e não ligam para multas. É questão de cidadania... Sobre a atuação regional, Como a cidade é esparsa e com oportunidades concentradas, se você chegar às 10h em Itaquera, o trânsito é praticamente nulo. Essa ausência do Estado passa um sentimento de abandono, mas isso não é só no trânsito, é na educação, na saúde, todas essas áreas estão claramente menos assistidas. A multa então é educativa? A multa é punitiva, mas tem como efeito colateral a educação. Existe um tripé no trânsito que é En-

...o povo não sabe andar na calçada. Claro, não haviam calçadas! É um meio que deve ser incentivado


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A impunidade foi, parcialmente, resolvida com a fiscalização. Ela pega o rico, pobre, enfim, não existe o que chamam de indústria de multas

genharia, Fiscalização e Educação. A Engenharia tem que trabalhar com medidas no tráfego com fluidez, segurança no trânsito, com medidas de melhor pactuação do espaço público etc, dentro do trabalho dessa engenharia, um trabalho de fiscalização que é necessário quando as regras não são cumpridas. E a educação de trânsito não serve apenas para dizer que o vermelho é para parar e o verde avançar, ela tem que ter uma missão maior, tem que discutir o espaço público, o espaço do outro de maneira concreta. Quando você para o carro na calçada você está invadindo o espaço do outro. Quando você quer que a vaga em frente ao seu estabelecimento seja sua, também. Temos que entender que o espaço público é um local de convívio e tem regras. A educação de trânsito permite fazer reflexões, desde criança, sobre o espaço do outro. Só que hoje isso significa navegar num mar turbulento, numa cidade que não te

ensina a respeitar o espaço do outro, uma cidade de muros. Estamos criando uma cidade que não se convive. A calçada é feita para não andar, se você for andar de mão dada, não consegue. Com carrinho de bebê, também não. O Estado cuida da rua mas não cuida da calçada, então cada um faz o seu e não pensa no próximo. Isso é sério, deseduca. E quando um prefeito assume a provocação, encontra resistência. Não adianta ensinar para uma criança que ela tem que atravessar na faixa se na rua que ela anda não tem faixa. A sociedade tem que obrigar o Estado a fazer e podemos começar pelo entorno das escolas, criar um programa de intervenção de medidas de moderação de tráfego nos arredores das escolas. Mas qual o desafio do agente de trânsito A questão é do Estado, não do agente. Na política local, acredito no Estado presente, não dá para pegar um agente do Estado e falar: Qual é o papel dele? Se você tem

uma cidade que um invade o espaço do outro, o trabalho desse agente é muito maior. É preciso ter uma cidade que um entenda o direito do outro, sem isso, não há formação no mundo que dê conta. Vivemos numa cidade que hoje tem mais de 12 milhões de habitantes, mas que tinha 3,5 mi há 50 anos, tem pessoas que entendem o poder público exclusivamente deles. Como um carinha vestido de amarelo, marrom, vai impedir que eu pare meu carro onde eu bem entender? É um processo de conscientização. A função do agente é estar bem informado e isso o Estado não pode abrir mão. Para mexer no espaço físico é preciso mexer na consciência. A saída passa por aí. Essa reflexão foi trazida nos últimos anos e acredito que estamos vivendo agora um momento de contenção, com o tempo as pessoas vão perceber que essa reflexão é necessária, independente do partido que estiver no poder e ela retorna de maneira mais madura.


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CET Santos

FROTA SUCATEADA Frota de motos paradas por falta de peças, carros com contrato de aluguel sem manutenção, até quando?


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GOSTOU?

Confira mais fotos e muito da frota de Santos mais em nosso site.

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ompanheiros e companheiras, não é de hoje que a direção do SINDVIÁRIOS vem alertando a companhia sobre as diversas motos encostadas por falta de peças para conserto ou manutenção adequada e também sobre os carros que têm contrato de aluguel e continuam transitando em condições precárias, sem a mínima manutenção. Fica, a cada dia, mais difícil que nossos agentes possam realizar um trabalho de excelência que a companhia tanto prega aos munícipes e exige dos nossos trabalhadores. A nossa direção questiona a companhia também pelo "abandono" da gestão, se nossos agentes que são a vidraça da empresa, como eles poderão, por exemplo, cobrar que os munícipes trafeguem com os carros em dia, com documentação e equipamentos ok se a própria frota da empresa não está?

Não é possível cobrar dos outros o que a gente mesmo não tem, não é verdade? Até quando a companhia fechará os olhos para essa situação? Será necessário que ocorra um acidente grave aos nossos trabalhadores? É esse o preço para termos uma frota com a manutenção em dia? Quanto vale a vida de uma trabalhadora ou trabalhador para companhia? Economia porca? Basta!

Serviço SUBSEDE SANTOS Av. Dr. Bernadino de Campos, 145 Vila Belmiro - Santos Fone: (13) 3221-3320 santos@sindviarios.org.br


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CET São Paulo

41 anos de CET SP Reno Ale

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anos

Espero, com sinceridade, que a CET continue sendo valorizada por esta administração, bem como às próximas que teremos

eus parabéns e muitos anos de existência. A CET-SP que completou 41 anos, vem fazendo o possível com muita persistência e criatividade. Seja por conta da deficiência de orçamento e contingente de pessoal, faz com maestria intervenções no sistema viário da metrópole São Paulo, para o trânsito fluir de forma segura, operando, sinalizando, educando e fiscalizando toda a frota que circula diuturnamente nesta cidade que amamos. Nossa CET-SP enquanto empresa física, emprega algo entorno de 4.300 trabalhadores e trabalhadoras. Pessoas que vestem a camisa, o uniforme, que trabalham com todo interesse de dar aos cidadãos de nossa cidade o seu melhor. Já participei de vários aniversários da CET, para ser exato 25. Esta empresa é importante para quem mora aqui e aos que estão de passagem. São inúmeros atendimentos prestados, em shows, jogos de futebol, eventos religiosos, grandes obras, até o acolhimento e desvio em acidentes nas vias. Todo ano, milhares de pessoas passam por nossos educadores, que de forma direta ou indireta, influen-

cia crianças, adolescentes e adultos quanto à melhor forma de agir e pensar o trânsito. Desde o dia de minha contratação até o presente, a CET só me deu orgulho de trabalhar nela. Nossa empresa, além de muito técnica, também é muito humana. Quando alguém tem algum problema, seja ele profissional, de saúde, financeiro ou qualquer outro problema particular, sempre haverá alguém para vir ao nosso socorro. Mexemos com a qualidade de vida da população, mesmo com campanha deficitária ou sem nenhuma campanha promocional, com questões afirmativas e positivas sobre as atividades que desenvolvemos nas mídias existentes, como forma de projetar uma consciência de maior aceitação do nosso pessoal em campo ou, simplesmente, fazer uma campanha institucional, sobre o nosso papel frente à cidade. De uma coisa eu sei e afirmar, posso colocar a minha mão no fogo, se houver algum problema em que trave o viário, sempre teremos um trabalhador da CET com motivação para resolver o mais rápido possível. Alguém do nosso pessoal poderá ficar extenuado do esforço para colocar em

prática a solução, mas no final do expediente teremos alguém com sorriso no rosto por ter desenrolado o congestionamento dando QTA no QRU. Espero, com sinceridade, que a CET continue sendo valorizada por esta administração, bem como às próximas que teremos. A CET é mãe e madrasta, irmão e irmã, pois nos dá, por meio do nosso suor, o que precisamos para sustentar nossas famílias, como vários de nossos colegas dizem que gostam, que adoram, fazer parte da grande família que é a CET. Eu particularmente sou defensor de nossa empresa, aqui estou há 25 anos e tudo que hoje tenho, muito se deve à CET, que me empregou e nesse tempo todo só atrasou o pagamento e os benefícios por 4 vezes. Portanto, viva a CET! Viva aos seus trabalhadores, que continuem a cada dia construindo a nossa empresa que se reinventa a todo instante. CET, CET, CET hoje, agora e sempre! Essa é a minha posição como empregado, representante e sindicalista que sou. Reno Ale - Presidente do Sindviários


EMDEC Campinas

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a Seguro de Vêid Privada Previd ncAia e Fundo de mparo A

Seguro de Vida

pós várias tentativas de negociação ao longo dos anos junto a EMDEC, em 2015 conseguimos colocar uma cláusula no Acordo Coletivo que instituiu uma comissão formada por membros do SINDVIÁRIOS e companhia para discussão de um Plano de Previdência Privada, Seguro de Vida e um Fundo de Amparo ao Trabalhador na EMDEC.

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Confira nos box como está a discussão de cada um desses novos benefícios.

Exemplo: um salário somado todos os itens apontados anteriormente totaliza R$ 2.000,00 o valor a ser descontado é R$ 2.000,00 X 0,6020% = R$ 12,04 mensal.

onseguimos reformular o seguro de vida dos trabalhadores, dando condições mais favoráveis na adesão, valor e cobertura comparado ao seguro oferecido anteriormente.

Para aderir ao seguro de vida basta fazer a solicitação junto ao RH da EMDEC, o desconto será em folha de pagamento. Será descontado a fração de 0,6020% do salário base + gratificação pessoal acumulada + gratificação de função + anuênio.

Previdência Privada Complementar

A

ideia da Previdência Privada Complementar é garantir melhores condições, financeira e econômica, quando se aposentarem, tendo uma renda além da Previdência do INSS ou um montante a ser sacado de uma vez. A comissão conseguiu que duas empresas apresentassem suas propostas, desenvolvidas dentro da realidade salarial e idade dos trabalhadores da EMDEC. Essas propostas foram avaliadas pela comissão e

aprovada pela diretoria da companhia. A EMDEC, por ser uma empresa pública, se faz necessário alguns tramites burocráticos, sendo assim, será necessário abrir um processo de credenciamento das empresas interessadas a ofertar aos trabalhadores o Plano de Previdência. Concluído o processo, será amplamente divulgado aos trabalhadores, que, de forma individual, poderão fazer adesão ao plano.

Fundo de Amparo ao Trabalhador

A

ideia do Fundo é ter, a disposição dos trabalhadores, um recurso financeiro que é antecipado em decorrência de uma necessidade financeira ocasionado por uma situação adversa. Por exemplo, uma enfermidade grave com o trabalhador ou familiar que necessite de um aporte financeiro para comprar um medicamento caro ou custear algum tratamento não coberto pelo plano de saúde. O valor disponibilizado do fundo ao trabalhador será ressarcido pelo mesmo, parcelado dentro das suas condições financeiras. A implementação do Fundo ainda está em discussão e recentemente trouxemos o modelo implantado na Sanasa, o Fundo de Assistência ao Empregado (FAE).

Serviço SUBSEDE CAMPINAS Rua Padre José de Quadros, 60 Pq. Industrial - São Paulo Fone: (19) 3273-8438 campinas@sindviarios.org.br


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TRANSERP Ribeirão Preto

Já passou da hora da Transerp se modernizar É preciso que os administradores trabalhem para a restruturação da TRANSERP, fazendo frente também aos vereadores e prefeito

A

direção do SINDVIÁRIOS sempre pontuou, de maneira catedrática, aos administradores da TRANSERP que eles precisam trabalhar na valorização e lutar pela melhoria da saúde financeira da empresa. A TRANSERP diante de sua importância frente ao gerenciamento do trânsito e transporte em Ribeirão Preto precisa criar ferramentas administrativas que possam viabilizar a cobrança pelos seus serviços prestados a exemplo dos apoios em obras, eventos, corridas, festas etc. A iniciativa privada, em muitos serviços prestados pela TRANSERP, agregam lucros e benefícios e nada repassam à empresa. A cobrança por serviços prestados traz receita para ajudar no orçamento da empresa e investir na valorização dos trabalhadores, dando condições mais dignas de trabalho, investir em equipamentos, viaturas e melhores e salários. É preciso que a empresa invista mais em sistema de radares inteligentes, que implantados em cruzamentos estratégicos e em vias de trânsito rápido, possam contribuir para a redução de acidentes, trazendo mais segurança e fluidez na via.

Outra forma de trazer respeito para o órgão fiscalizador é cumprir, na íntegra, o que diz o Código de transito Brasileiro. Que é orientar, fiscalizar e, quando necessário, remover os veículos que colocam em risco a segurança e fluidez do trânsito na via. Quando o órgão fiscalizador cumpre na íntegra o código de transito, ele reduz os excessos e abusos do infrator, fazendo com que o munícipe busque cada vez mais o trabalho prestado pela TRANSERP. É preciso que os administradores trabalhem para a restruturação da TRANSERP, fazendo frente aos vereadores e prefeito para que parte do orçamento da cidade seja destinado à companhia, a exemplo de como

é nas CETs de São Paulo e Santos e na EMDEC Campinas. As empresas de trânsito podem gerar suas receitas, mas compete às prefeituras a sustentação financeira, para que elas possam continuar trabalhando em prol da vida das pessoas com a redução do número de vítimas de acidentes de trânsito. Só com situação financeira equilibrada que a TRANSERP terá condições de colocar em prática projetos importantes à cidade e também investir para a melhoria das condições de trabalhos e salários, gerando empregos e contribuindo para que a cidade de Ribeirão Preto tenha um trânsito mais gentil e seguro.

Serviço SEDE SÃO PAULO Rua Jesuíno Pascoal, 51 Vila Buarque - São Paulo Fone: (11) 3333-8363 sindviarios@sindviarios.org.br


Geral

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28/4 as Reformas

Avenida Paulista vazia

O Brasil contra

Greve convocada pelas principais sindicais paralisou os principais serviços do País contra as reformas do governo ilegítimo

A

inda que a grande mídia não tenha noticiado, não tenha feito transmissão ao vivo, muito menos a cobertura e tentado o boicote, o que tivemos no dia 28 de abril foi uma grande paralisação da grande maioria dos trabalhadores no Brasil. Tivemos uma paralisação nunca vista em todo o território nacional. Foram centenas de categorias que cruzaram os braços nos 26 estados e no Distrito Federal, dispostas a brecar as reformas previdenciária, trabalhista e a terceirização. No dia foram realizados bloqueios, marchas e atos culturais, mostrando ao governo que a população brasileira está contra essas reformas que estão em discussão.

Guilherme Boulos, coordenador da Frente Povo sem Medo e do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), também mandou o seu recado: "Caso os ouvidos de Brasília permaneçam surdos à vontade da maioria, mesmo com o forte recado de hoje, 28/4, o país poderá entrar de forma mais profunda na rota do conflito social." A direção do SINDVIÁRIOS também participou do ato em São Paulo, Santos, Campinas, Ribeirão Preto, distribuindo informativos explicando o quanto essas reformas são prejudiciais a todos os trabalhadores e suas famílias, acabando, definitivamente, com qualquer perspectiva de uma vida melhor no futuro.

Agora, é continuarmos mobilizados e pressionando o governo ilegítimo a brecar essas reformas, por isso, no dia 30 de junho, iremos, novamente parar o Brasil. Junte-se a nós! #NenhumDireitoAMenos


Especial ACT

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, O V I T E L O C RaDnO ACO a r r e u g a m u o da ca

CAMPANHA SALARIAL 2012 CET SP.................... 6,17% CET SANTOS........ 7% EMDEC................... 5,39% TRANSERP............. 6,50% Índice Inflação (INPC) - 4,88

CAMPANHA SALARIAL 2011 CET SP.................... 6,39% CET SANTOS........ 7% EMDEC................... 8% TRANSERP............. 6,47% Índice Inflação (INPC) - 6,29


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A

principal função do sindicato dos trabalhadores é a negociação dos Acordos Coletivos Trabalhistas com o setor patronal.

É claro que o SINDVIÁRIOS tem outras preocupações no que tange o trabalhador, como a manutenção de um local adequado de trabalho, as questões de assédio moral dos patrões em cima do trabalhador, a busca de convênios e facilidades aos associados, entre outros.

Mas é a batalha de cada ano no Acordo Coletivo que nossa direção se prepara. Esse ano, preparamos um infográfico com os reajustes salariais de cada companhia e o índice do INPC (índice usado pelos patrões para avaliar a inflação) para mostrar a todas trabalhadoras e trabalhadores o nosso trabalho a cada ano. Confira!

CET SANTOS*

Na campanha salarial 2014, tivemos 1,238% de reajuste e depois mais 7,5%.

CAMPANH0A14 SALARIAL 2 .............. 8%

CET SP......

38*%

OS........ 8,7

CET SANT

5%

............. 7,0

EMDEC......

8*% ............. 7,8 TRANSERP NPC) - 5,81 o (I

Índice Inflaçã

TRANSERP*

Na campanha salarial 2014, tivemos 5,38% de reajuste e mais 2,5% relativo ao Plano de Carreira para todos trabalhadores.

CAMPANHA SALARIAL 2013 CET SP.................... 8,01% CET SANTOS........ 6,68% EMDEC................... 8,16*% TRANSERP............. 6,68% Índice Inflação (INPC) - 7,16

EMDEC*

Na campanha salarial 2013, tivemos 7,16% de reajuste e depois mais 1% em janeiro.


18 CAMPANHA SALARIAL 2015 CET SP.................... 7,14*% CET SANTOS........ 8,5% EMDEC................... 8,36% TRANSERP............. 8,80*%

P* TRANSER rial

Índice Inflação (INPC) - 8,34

CET SÃO

PAULO*

015, o ACT ha salarial 2 an p m ca a N o juiz na Justiça e foi decidido , abaixo % 4 ,1 7 e uste d definiu reaj diferença e o 1% de da inflação VIÁRIOS ão do SIND que a direç 5 dias de e deu com el a, av ic d in reiv s. abalhadore folga aos tr

ha sala Na campan os 6,30% m ve 2015, ti e mais 2,5% de reajuste lano P relativo ao ara p a ir de Carre adores. h al ab tr todos

CAMPANHA SALARIAL 2016

CET SP.................... 10,03% CET SANTOS........ 10,03% EMDEC................... 9,33% TRANSERP............. 13,17*% Índice Inflação (INPC) - 9,83

C

omo vocês podem verificar, em praticamente todos os anos tivemos reajustes acima da inflação.

Esses reajuste se dão por conta de uma direção séria e combativa, que defende os trabalhadores e uma categoria unida, que conhecem a direção do SINDVIÁRIOS e sabem que essa gestão briga pelos seus direitos. Outra fator importante é que todos os índices são aprovados em Assembleias. Essa direção tem o hábito da democracia e são os trabalhadores que norteiam nossas discussões, seja em setoriais, reuniões preparatórias para o ACT ou, ainda, nas assembleias do SINDVIÁRIOS, com ampla divulgação à toda categoria.

TRANSERP*

Na campanha salar tivemos 10,67% deial 2016, e mais 2,5% relativoreajuste ao Plano de Carreira todos trabalhadorepara s. *O índice de inflaç sofrer pequena va ão pode que a data base dariação já Transerp é março.

Outra coisa que fica clara é que quando o ACT é definido nos tribunais, geralmente os trabalhadores saem prejudicados, como aconteceu em 2015 no ACT da CET São Paulo, que fomos discutir o reajuste no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo e o juiz decretou aumento menor que o índice inflacionário. É por todas essas circunstâncias que nossa direção convoca todos os trabalhadores e trabalhadoras a participar de nossas assembleias, dialogando com nossa direção os melhores rumos que a nossa Campanha Salarial tomará. Às vezes nossa direção recua um passo para que, no término da campanha, saia com um reajuste, no mínimo, justo a todos.


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INFLAÇÃO

XREAJUSTE

CET São Paulo: No gráfico de reajustes da CET SP, fica claro que nossa direção vinha conquistando reajustes maiores a cada ano. Somente no ano que a companhia "empurrou" a Campanha Salarial para os tribunais que tivemos ajuste menor que a inflação.

CET Santos: Mesmo com o ajuste de 2013 abaixo da inflação, fica claro o trabalho de nossa direção nos outros anos. Em 2014, por exemplo, tivemos 3% a mais que a inflação no reajuste salarial.

EMDEC: Em Campinas, somente em 2016 tivemos um ajuste um pouco mais baixo que a inflação, nos anos anteriores fica claro nossa força.

TRANSERP: Em Ribeirão Preto, com o aditivo do Plano de Carreira a partir de 2014, categoria teve ganhos superiores a de outras companhias.


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Seus Direitos

Periculosidade, INSALUBRIDADE OU Penosidade? Fonte: migratum.com.br

O

ambiente de trabalho pode induzir a mecanismos de agressão ao ser humano, como a potencialidade carcinogênica, mutagênica, teratogênica, exposição a inúmeros patógenos, ruído excessivo, riscos de queda, situações penosas entre outras. O comportamento mais competitivo e individualista, induzido pelo alto nível de competitividade, busca da qualidade total certificada, produtividade ao extremo, dentre outros comportamentos da vida laboral atual, expõe o trabalhador a acidentes, doenças ocupacionais, doenças do trabalho e a problemas de saúde física e mental. Neste contexto, a segurança no trabalho enquanto cuidado individual e coletivo, implica em uma constante vigilância por parte do empregador, do empregado, dos sindicalistas e do Serviço de Saúde do Trabalhador. Quando assinamos um contrato de trabalho, passamos a ser subordinados de alguém e ou superior hierárquico de outros. Isso quer dizer que um manda e o

Periculosidade

S

ão consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aqueles que impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado. O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa. O contato permanente pode se dar de maneira contínua ou intermitente. A periculosidade só cessa sob o ponto de vista legal com a total eliminação do risco.

outro obedece ou vice versa, mas há regras para isso. A obediência para execução de uma determinada tarefa não pode de nenhuma maneira colocar a vida do trabalhador em risco. Não obstante, existem determinadas atividades que por si só produzem efeitos nocivos ao ser humano, chamadas de atividades de riscos. Se patrão e empregado concordar com a execução das tarefas geradas por essas atividades, diversas medidas deverão ser tomadas: o uso de equipamento de proteção coletiva (EPC) e equipamento de proteção individual (EPI). Poderemos afirmar que nenhuma atividade é totalmente isenta de riscos, entretanto, o trabalhador que executa tarefas perigosas ou transita por uma área comprovadamente insalubre ou penosa tem proteção legal, e amparado faz jus ao adicional de periculosidade ou insalubridade ou penosidade a depender do caso. Confira as diferenças de cada uma:

Insalubridade

S

erão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Os agentes classificam-se em: químicos, exemplo chumbo; físicos, exemplo calor; e biológicos; exemplo doenças infecto-contagiosas.

Penosidade

A

dicional de penosidade encontra-se previsto no artigo 7º, inciso XXIII da Constituição da República, inserido no mundo jurídico juntamente com o adicional de insalubridade e periculosidade. Trata-se de uma modalidade de indenização que será destinada a todo tipo de atividade que, embora não cause efetivo dano à saúde do trabalhador, possa tornar sua atividade profissional mais sofrida, desde que não percebam qualquer outro adicional. Por exemplo: os trabalhadores que exercem sua atividade de pé, ou tenham que enfrentar filas, ou se sujeitem ao sol ou à chuva, ou trabalhem sozinhos, tenham que levantar muito cedo ou muito tarde, ou com produtos com odores extremamente desagradáveis.


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O L R A C I D RO E M Ú EMÍODMEI,O N M U S A N E P A NÃO UM N

J

Sempre assim, para grande mídia e administração, é apenas mais um agredido covardemente

á estamos cansados de virarmos apenas estatísticas.

É sempre assim, para grande mídia e administração, é apenas mais um agredido covardemente. A crise de segurança pública em São Paulo, que não é novidade para ninguém, cada vez mais chega perto de nossos homens e mulheres na rua e, de forma sistêmica, vemos crescer a cada dia o número e o grau das agressões a estes trabalhadores e trabalhadoras. Não são somente agressões, como vários outros artigos do código penal, que estão tirando a tranquilidade para que possamos exercer nossas funções do dia a dia. Basta!

Somos um sindicato de base estadual e sabemos que este problema atinge todo o estado, portanto, nossa proposta, é que se criem comissões de trabalhadores em todas as nossas bases, envolvendo todas as representações internas e também as direções das empresas, para que possamos pontuar regionalmente as formas e procedimentos que venham solucionar essa situação o mais rápido possível. Não enxergamos uma atitude daqueles que tem o poder e o dever de preservar a vida dos cidadãos paulistas.

A direção do SINDVIÁRIOS irá procurar as direções da empresas para que elas se integrem e participem ativamente dessas comissões e, juntos, possamos tirar medidas necessárias e padronizadas para todo o estado de São Paulo. Este ano, as administrações de São Paulo e Ribeirão Preto mudaram e já foram procuradas para tratarmos de assuntos diversos, inclusive sobre a violência contra os nossos agentes. Em Campinas e Santos, nossas conversas continuam.

Proposta do SINDVIÁRIOS é que se crie comissões para apurar e sanar problemas como do companheiro Emídio


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todos Veja mais fotos de pamos os atos que partici e. em nosso sit

Aconteceu

Você sabia? ACT O Acordo Coletivo de Trabalho - ACT é o conjunto de normas que regulam as relações profissionais de uma categoria de trabalhadores na abrangência de seu sindicato.

GOSTOU?

Seus Direitos

br

www.sindviarios.org.

De março para cá, diversos atos foram realizados contra o desmonte da previdência e das leis trabalhistas. Nossa direção e diversos trabalhadores e trabalhadoras compareçaram aos atos para gritar: Fora Temer, golpistas e o desmonte de nossos direitos não passarão! 01

02

O ACT é a garantia do profissional de que seus direitos serão respeitados. As normas do ACT não são impostas pelo sindicato, nem tampouco pelas entidades que representam o patronato. As normas são negociadas, levando em consideração as necessidades dos trabalhadores e da empresa. Porém, a agenda defendida pelo sindicato durante as negociações são construídas em debates e assembleias com os trabalhadores e trabalhadoras da categoria, local onde estes podem expressar suas ideias e opiniões. Só o trabalhador conhece sua realidade, seus problemas e suas necessidades e somente ele pode dar voz à elas, daí a necessidade da presença nas assembleias.

03

01. Ato no metrô Sta Cecília 02. Ato na Praça da Sé 03. Ato em Santos 04 05

05. Ato em Campinas

Os sindicatos só podem defender o interesse de uma categoria ouvindo o que ela pensa. A prerrogativa do SINDVIÁRIOS é defender os interesses dos trabalhadores e trabalhadoras, promover ACT's melhores e mais justos, nos quais as obrigações possam equilibrar-se com direitos. Ao fim das negociações é instituído o acordo coletivo trabalho, este entra em vigor três dias após e todos os contratos individuais devem respeitá-lo; Ele tem força de lei e seu descumprimento leva a sanções junto à justiça do trabalho, sanções estas que podem ser previstas no próprio Acordo Coletivo.

04. Ato na Avenida Paulista

06 06. Ato em Brasília 07. Ato em Campinas 08. Ato em Santos

07

08


Classificados

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