SINDSAÚDE-PR - Raio X - Especial Guaraqueçaba - OUTUBRO 2012

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II especial GuaraqueCaba I

Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • Outubro de 2012 • R. Mal. Deodoro, 314, cj 801, CEP 80.010-010, Curitiba-PR

União dos servidores com o sindicato fortalece a luta Mesmo com a distância e a dificuldade da estrada, trabalhadores do Hospital de Guaraqueçaba compareceram na luta da brava gente. A participação de cada um, de cada uma, foi importante para as conquistas da campanha salarial. Governo X Sindicato Para defender os servidores, seus direitos e a saúde pública, o SindSaúde precisa enfrentar o governo Beto Richa, que defende interesses contrários. O embate não tem sido fácil. A marca do governo é de diminuir os direitos conquistados pelos servidores. Com este objetivo, dificulta a organização dos trabalhadores em torno do sindicato. Tenta limitar a entrada do sindicato nos locais de trabalho, numa atitude abusiva. Antissindical. Chefias são os olhos do governo Nos locais de trabalho quem representa a posição do governo são as chefias. Elas usam todos os meios para impedir a aproximação dos servidores à vida do sindicato. E muitas delas são cabides de empregos. Comandam unidade de saúde apenas porque dão apoio político. Geralmente aqueles que conhecem a saúde têm vínculos privados. E há aqueles que nem sabem o que fazem ali. Ao contrário do que dizem as chefias, quem busca o sindicato se protege porque passa a conhecer melhor seus direitos. Privado X Público Outra marca do governo Richa é diminuir o investimento para ajudar os

mercadores da saúde. O governo repassa serviços e patrimônio públicos a empresários por meio das terceirizações. Deixa de investir recursos na valorização dos servidores, nos serviços e na estrutura pública. Enquanto isto, milhões de reais vão para hospitais e consórcios privados. As conquistas vêm da luta Neste cenário, o governo reserva pouco dinheiro para investir nos servidores. Cada centavo que arrancamos vem pelas ações de luta. Fizemos passeatas e apitaços, batemos panelas e gritamos palavras de ordens, entre outras atividades. Não fosse isto, a GAS teria reajuste de apenas 5,1%. Conquistamos 14,79% mais os 5,1%, que ainda é pouco. Pra cobrir as perdas salariais da categoria precisaria ser 31%. Ainda temos muito trabalho pela frente. Além da reposição salarial, lutamos pela redução de jornada, pelo plano de cargos e vencimentos da saúde, pelo fim das terceirizações e para chamar os concursados. No chão do trabalho E a luta dos trabalhadores do Hospital Regional de Guaraqueçaba também é para que esta unidade funcione bem. A população tem de ser atendida com qualidade. As relações de trabalho precisam ser permeadas pelo respeito, sem auto-

ritarismos e privilégios. O governo deve oferecer as condições para o trabalho: instrumentos, equipamentos de proteção; cuidado à saúde do trabalhador, evitando a sua exposição a riscos ou a situações que levem ao seu adoecimento. É preciso humanizar essa relação. Vírus da falta de planejamento contamina HRG O governo Requião construiu às pressas muitos hospitais pelo Estado. Todos com milhares de problemas e sem pessoal. O governo Richa assegurou que “colocaria a casa em ordem”. Até agora, nada. Assim, as unidades da Sesa penam com a falta de estrutura e as péssimas condições de trabalho. O descontentamento se generaliza e, para impedir a revolta dos trabalhadores, vem o abuso de autoridade, o assédio moral. A doença do HG No Hospital de Guaraqueçaba (HG), a escassez de trabalhadores vem provocando sobrecarga e pressões por hora extra. No setor de radiologia, o dosímetro, aparelho que serve para medir a exposição do trabalhador à radiação, demorou a chegar até o hospital. Ainda não são feitos os exames periódicos para controle da contaminação com radiação. Os trabalhadores da cozinha ficaram por bom tempo sujeitos a graves acidentes, com o botijão de gás dentro da cozinha. O botijão foi retirado, porém, ainda por um certo tempo permaneceu uma mangueira atravessada na cozinha, deixando os trabalhadores expostos a risco de


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