Especial HOC Órgão de divulgação do SindSaúde/PR • Junho de 2010 • nº 5
R. Mal. Deodoro, 314, cj 801, CEP 80.010-010, Curitiba, PR
Quem tem de ser punido? Direção do HOC persegue e tenta colocar funcionários contra colega de trabalho, adoecida pelo exercício de suas funções no hospital. Esta servidora, também dirigente do SindSaúde, encaminhou denúncias sobre diversas irregularidades que podem estar acontecendo em seu local de trabalho. E agora é punida. Este jogo tem de acabar. Depois de muita luta, a perícia avaliou a servidora Beatriz Alves Lucindo e afirmou que a direção do HOC deve mudar a função da servidora. A sobrecarga de trabalho, resultado da falta de servidores, é uma das razões deste tipo de adoecimento. Ela não pode ser bode expiatório da direção do HOC! O que fez a direção do Hospital? Nada. Avisada pela perícia desde 30 de abril deste ano, a direção disse que a servidora "era adulta" e que deveria saber o que fazer. Mais: teria continuado a perseguir a servidora, ao supostamente propor que os colegas dela assinassem um documento afirmando que ela
seria um fardo na equipe.
única reunião, os profissionais teriam compreendido as limitações de capacidade de trabalho e teriam recebido a colega com solidariedade. Cuidado, você pode ser o próximo! O problema não é a servidora com capacidade reduzida de trabalho, mas o Estado que não garante condições e funcionários suficientes para o trabalho.
Nesta situação, como você gostaria de ser tratado? Ao invés de discriminação, todos deveriam ser tratados de forma respeitosa. Todo mundo quer ser tratado com dignidade. E quando está doente, quer ser atendido plenamente em todos os seus direitos. O papel da direção é gerenciar o hospital, não perseguir trabalhador. Sua obrigação é seguir o que diz a perícia, não passar abaixo-assinado contra a servidora. Em todo esse período, a direção geral, a chefia imediata ou o RH deveria ter reunido a equipe da cozinha para explicar os problemas de saúde da servidora. Se houvesse uma
O golpe da direção: inverter a lógica Ao invés de cumprir a lei, ser justa, ter compromisso com o SUS, a direção ataca quem tem direito. Tenta fazer a vítima parecer culpada. Os trabalhadores não podem concordar com isso. O que a direção não conta: as razões que a direção do HOC não conta é que persegue a Bia porque ela é dirigente do SindSaúde. Não conta que o sindicato, ao acompanhar o que acontece no HOC, sabe de uma série de supostas irregularidades e levou-as ao conhecimento da Sesa, por meio de ofício e de reunião.