Revista SINDIPI nº 85

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Revista edição n° 85 Julho / Agosto de 2022 SINDIPI recorre ao Fórum Parlamentar Catarinense contra novas proibições SINDIPI se prepara para a Semana do Pescado 2022 Delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí tem novo comandante Especialista desmente mitos sobre a pesca de arrasto Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região AUTORIZADO,FECHAMENTO ECT.PELAABERTOSERPODE

Edição 85 | 3 Jornalista responsável Adelaine Zandonai (SC EstevamGeraldineAssessoriaSérgioRevisãoLuanaLuizCoordenadoriaEDDiagramaçãocomunicacao@sindipi.com.br3418/JP)CreativeStudioTécnicaCarlosMatsudaMallmannSpecht/CorreçãoEduardoFellerdaIndústriaCoelhoMartins Todos1.000Tiragematendimento@sindipi.com.brComercialosdireitosreservados.É proibida sua reprodução total ou parcial. A produção da re vista não se responsabiliza pelo conteúdo dos anúncios e mensagens publicitárias. Sindicato dos Armadores e das Indústrias da Pesca de Itajaí e Região. Rua Lauro Muller, nº 386 Centro / Itajaí (SC) CEP: 88301-400 / Fone: 47 www.sindipi.com.br3247-6701 Índice Expediente Malha Miúda traça panorama da safra industrial da tainha SINDIPI participa da Semana do Pescado com campanha com Mané Darci 10 Delegacia da Capitania dos Portos em Itajaí tem novo comando 2416 Palavra do Presidente 03 Ray Hilborn desmente mitos sobre pesca de arrasto 05 Diante de novas proibições SINDIPI recorre ao Fórum Parlamentar Catarinense 08

luta

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O início do mês de setembro é mar cado pela Semana do Pescado, com ações em todo o Brasil que promovem o consu mo da melhor e mais saudável proteína animal. Para este ano o SINDIPI preparou uma campanha com um personagem que tem suas raízes na pesca, o Mané Darci, in terpretado pelo multiartista Moriel Costa. Através do humor buscamos valorizar os pescadores, estimular o consumo e mos trar um pouco da complexidade dos pro cessos da captura do que Darci chama de plano de saúde: o pescado.

Esta edição traz a movimentação da entidade em defesa do Setor, um artigo assinado pelo cientista Ray Hilborn que trata sobre os mitos relacionados à pesca de arrasto e também um artigo sobre os resultados do Projeto Sardinhas, realizado pela Univali através do Conepe e financia do por indústrias e armadores. Na Malha Miúda, nossa Coordenadoria Técnica traz um breve panorama da safra industrial da Tainha de 2022. Boa leitura!

Palavra do Presidente

Editorial Jorge Neves - Presidente do SINDIPI Adelaine Zandonai - Editora da Revista SINDIPI

A pela gestão da pesca continua E m todas as profissões e setores existem riscos e desafios a serem superados. Mas só quem está há anos na pesca sabe o quanto nós temos lutado cada dia mais para que a pesca industrial seja respeitada de acordo com o tamanho deste Setor que responde por dezenas de milhares de em pregos no Brasil. Apesar de todos os esfor ços, a impressão é de que a luta está longe do Emfim.junho os armadores tiveram uma nova surpresa com a edição de uma Portaria do MMA (nº 148) que aumentou o número de espécies que têm a captura proibida do dia pra noite. Sem nenhum diálogo e sem nem mesmo dar prazo para a adequação, o Ministério do Meio Ambiente proibiu a captura de mais seis novas espécies, uma delas com alto apelo comercial. A partir da decisão do governo federal, o SINDIPI agiu em várias frentes. Além de participar dos grupos de traba lho, investir em pesquisa e pleitear direta mente junto aos órgãos competentes pela gestão dos estoques pesqueiros, o SINDIPI agora mobiliza os representantes de Santa Catarina para que as pautas da pesca se jam levadas ao Congresso Nacional. Diante da importância do nosso Setor, que abriga em Santa Catarina o maior polo pes queiro industrial do Brasil, nada mais justo que os olhos dos representantes políticos catarinenses estejam voltados e atentos às demandas da pesca durante todo o tempo e não apenas em ano eleitoral. Vamos se guir cobrando.

O que diz a ciência sobre a sustentabilidade da pesca de arrasto por Ray Hilborn Artigo C

Sustentabilidade

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Biólogo marinho e cientista da pesca, conhecido por seu trabalho em conservação e gerenciamento de recursos naturais. Professor de ciências aquáticas e da pesca na Universidade de Washington.

om o lançamento de várias campanhas, o arrasto de fundo está diretamente como alvo de alguns grupos ambientalistas e meios de comunicação que regurgitam seus comu nicados de imprensa. Não há dúvidas que o arrasto de fundo possui impactos am bientais, como toda produção de alimento, mas há desinformação circulando sobre o verdadeiro impacto da pesca de arrasto de fundo, especialmente em comparação com outras pescarias e produção de alimentos. Com campanhas pela proibição da pesca de arrasto crescendo, eu quero olhar para o que a ciência fala sobre a sustentabilidade da pesca de arrasto de fundo. Muitas embarcações pesqueiras são certificadas pela Marine Stewardship Cou ncil e recomendadas pela Seafood Watch. As populações de peixes de fundo em todo o mundo são em grande parte capturadas por redes de arrasto e estão, em média, au mentando. Certamente, alguns estoques como o bacalhau da Nova Inglaterra estão em má forma, mas não tem nada a ver com o método usado para captura-los.

das espécies-alvo Uma caraterística que define essa pes caria é a utilização de redes que são arrasta das ao longo do fundo do mar. Essas redes certamente impactam as plantas e animais que crescem no fundo, mas o impacto geral da pesca de arrasto depende da sensibilida de de cada espécie, do tipo de equipamento de pesca, da geologia do fundo do mar, e da frequência dos arrastos. Algumas espécies bentônicas como os corais moles e as esponjas são bastante sensíveis ao arrasto do fundo, porque ficam bem acima do fundo, e eles crescem muito lentamente. Algumas passadas da rede po dem eliminá-los completamente e pode le var décadas até que eles retornem. No entanto, um grande artigo publi cado no ano passado descobriu que em todas as regiões estudadas, menos de 10% das áreas arrastadas haviam perdido mais de 20% da sua fauna bentônica. A grande maioria das áreas de arrasto teve uma per da de menos de 10% da fauna bentônica, e a maior pesca de arrasto dos Estados Unidos O impacto de redes de arrasto nos ecossistemas bentônicos

Pegada de carbono Fauna acompanhante e descartes no Alasca, apenas alguns por cento. Esta é uma grande vitória para uma gestão eficaz da pesca, mas também é expli cada pelo fato de que a maioria das pescas de arrasto ocorre na areia ou na lama (não nos recifes), onde o habitat é rápido para se regenerar e as espécies que vivem lá evoluí ram para serem resilientes às perturbações.

A pesca de arrasto de fundo no Mar de Bering descarta menos de 8% de sua cap tura. A fauna acompanhante foi reduzida ou eliminada pela modificação do projeto da rede e das formas de pesca, e comparti lhando informações dentro das frotas pes queiras Na Ásia, tudo que é capturado é retido e as espécies não comercializá veis são usadas para surimi ou ração para aquicultura. redor do mundo estão trabalhando no uso de câmeras na boca da rede para identificar as espécies, os tamanhos dos peixes que entram na rede e abertura de painéis que ejetam os peixes indesejados. O descarte está sendo reduzido e quase eliminado em algumas pescarias que têm esse objetivo como prioridade.

A boa gestão como fechamento de áre as com alta densidade de corais e esponjas moles para redes de arrasto de fundo, modi ficação das redes de pesca para que as par tes mais pesadas não toquem o fundo e até mesmo não permitir que as redes toquem o fundo, são ações que podem reduzir os im pactos nos ecossistemas bentônicos. Muitos arrastões utilizam redes que mal tocam o fundo.

| Edição 856 Artigo A principal fonte da pegada de carbo no na pesca é o uso de combustível. Uma grande revisão mostrou que o arrasto de fundo foi o segundo maior consumidor de combustível, superado apenas pela pesca de pote e armadilha. Mas existem enormes diferenças na eficiência do combustível de pendendo do tipo de rede de arrasto, do ano da embarcação e a abundância de es pécies pescadas. Quase todas as modalidades de pesca capturam espécies não-alvo. Se não tive rem interesse comercial, são normalmente descartadas no mar, o que gera perda de tempo e energia dos pescadores, além de uma perda de vida inútil. Os descartes do arrasto de fundo e as taxas de fauna acom panhante variam muito, sendo a pesca do camarão a que mais descarta. Porém a pes ca de arrasto de fundo bem gerida pode evitar quase totalmente os descartes.

Quase todas as pescarias de arrasto têm melhores pegadas de carbono do que a carne bovina. Algumas possuem pegada de carbono menor que o frango e porco e é comparável à produção de milho. O impacto do carbono na pesca de arrasto de fundo foi notícia no ano passado, quando um artigo foi publicado em 2021 argumentando que, ao agitar o sedimento do fundo, a pesca de ar rasto liberou mais carbono do que viagens aéreas. O artigo é profundamente falho e tem sido fortemente criticado. Outras estimativas mostram um impacto 100 vezes menor do que o artigo que ganhou as manchetes. A pegada de carbono do arrasto de fun do continuará a diminuir à medida que os sistemas de motores ineficientes são subs tituídos por motores a diesel modernos e, eventualmente, por embarcações de hidro gênio ou elétricas. Melhorias no desenho da rede e do barco também estão aprimorando a eficiência. Mais importante: pesca rias bem gerenciadas gas tam menos combustível para capturar, então melhorar o status dos estoques é primordial.

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Se for proibido, onde vamos fazer essa comi da? O caminho para a produção sustentá vel de comida e para minimizar os impac tos ambientais não é proibindo a pesca de arrasto de fundo, mas gerenciando, forne cendo incentivos às frotas de pesca para di minuir a captura de fauna acompanhante, reduzir o uso de combustíveis, minimizar os impactos bentônicos e proteger os ambien tes sensíveis.

Conclusão

Proibir a pesca de arrasto de fundo não é a abordagem correta para alcançar a sus tentabilidade global. Mesmo o pior impacto da pesca de arrasto de fundo nos ecossiste mas bentônicos é menos prejudicial do que a agricultura, que destrói completamente florestas e pastagens para produzir alimen tos. Capturar peixes no oceano não usa agrotóxicos ou fertilizantes, nem água doce, nem antibióticos e nem terra. O arrasto de fundo produz cerca de metade dos alimen tos que a produção global de carne bovina.

** Artigo traduzido a partir da publicação da Revista National Fisherman e disponível no site: book&utm_campaign=5msocial&fbclid=IwAR3oavAR0aV6FkxNlRkFknM7Scy5HOGEE9ZdHb7WZFiCVD0-R4tGu-iYLAgcom/national-international/what-science-says-about-the-sustainability-of-trawling?utm_source=social&utm_medium=facehttps://www.nationalfisherman.

SINDIPI recorre ao Fórum Parlamentar Catarinense em defesa do Setor Setor Pesqueiro

Fotos Alesc: Solon Soares/Agência AL

A ampliação da lista de espécies tidas como ameaçadas de ex tinção e cuja captura é proibida (Portaria nº 148/2022 do Ministério do Meio Ambiente) gerou grande preocupação no Setor. A apreensão leva em conta o his tórico desastroso de gestão dos estoques pesqueiros. Desde 2014, quando foi publi cada a Portaria 445, o Governo Federal não implementou nenhuma medida prática e eficaz do uso sustentável dos estoques. “As listas deveriam servir para orientação de políticas públicas e estratégia de gestão e não para simplesmente proibir a captura e inviabilizar a pesca”, afirma o oceanógrafo do SINDIPI, Luiz Carlos Matsuda, que levou os pleitos da pesca para a reunião do Fó rum Parlamentar Catarinense, no início de agosto. O encontro em Brasília é o desdo bramento da Audiência Pública realizada na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina) no final de julho. Os represen tantes legislativos farão moção de apelo ao Ministério do Meio Ambiente e ao Go verno Federal para que seja elaborado um plano de recuperação da raia-carimbada e que o prazo para entrada em vigor da nova norma seja estendido para 180 dias. (Até o fechamento desta edição a Portaria nº 148 entraria em vigor a partir do dia 06 de setembro). Além disso, o documento assi nado pelos deputados catarinenses pede transparência e divulgação de todos os da dos utilizados para fundamentar o estado de conservação das espécies listadas na Portaria.“Não poderíamos ver o que está acon tecendo, mais uma vez, e ficar de braços cruzados. Além de investir em pesquisa, o SINDIPI tem cobrado ativamente dos ges tores públicos decisões mais eficientes que levem em conta que a pesca representa o sustento de milhares de famílias”, afirmou o presidente da entidade, Jorge Neves.

| Edição 858 A luta continua

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Considerando apenas as embarca ções associadas ao SINDIPI, a proibição da captura das espécies da lista gera um prejuízo anual de cerca de R$ 60 milhões. Atualmente o Estado exporta cerca de mil toneladas de raias por ano, movimentando milhões de dólares. As raias representam cerca de 10% de todo o pescado exportado e 70% delas são Atlantoraja cyclophora, a raia-carimbada.“Proibirsimplesmente por proibir não resolve o problema ambiental e agrava o problema social e econômico”, destacou Matsuda. O oceanógrafo do SINDIPI apre sentou, tanto em Florianópolis, quanto em Brasília, os dados que mostram a importân cia econômica da espécie e o descaso do governo com relação à gestão dos estoques marinhos.Naaudiência pública realizada na Alesc a analista ambiental do ICMbio Ro berta Aguiar dos Santos reconheceu que apenas a lista proibitiva não resolve o pro blema e que há falta de mais dados públicos relacionados à preservação dos estoques. “Desde 2007 não temos o monitoramento adequado, com todas as informações ne cessárias”, afirmou. Prejuízo milionário

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SINDIPI investe em campanha para estimular o consumo do que é capturado no mar Setor Pesqueiro E stá confirmada para a pri meira quinzena de setembro a 19ª edição da Semana do Pescado. O evento considerado pelo va rejo como a “segunda quaresma” tem o objetivo de estimular o consumo de produtos da pesca e da aquicultura em todas as regiões do país. Assim como aconteceu em 2021, em Itajaí os boxes dos Mercados do Peixe estarão com ofertas e promoções durante o período da campanha, entre os dias 01 e 15 de setembro.Noano passado a campanha ge rou um incremento de 30% no consu mo de pescados em relação à edição de 2020. “O SINDIPI realiza ações para esti mular o consumo de pescado durante o ano todo e não poderíamos ficar de fora dessa campanha nacional”, afirma o presidente do SINDIPI, Jorge Neves. Em junho, empresários associados ao SINDIPI doaram mais de 10 toneladas de pescado para a realização da Festa do Peixe em Itajaí. Para este ano o SINDIPI preparou uma campanha com vídeos do perso nagem Mané Darci, que traduz com bom humor um pouco do cenário da pesca industrial catarinense e estimula o consumo de pescado.

Semana do Pescado

Essas informações podem ajudar as autoridades a identificar áreas com ativi

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Fazendo o invisível visível Mapa interativo permite identificar a atividade de frotas suspeitas em águas costeiras Malha Miúda A Global Fishing Watch desenvolveu e divulgou publicamente o primeiro mapa global de embarcações ocultas, ou seja, embarcações que não divulgam sua loca lização ou que não aparecem em sistemas de monitoramento público. A nova camada de mapa, disponibilizada no Dia Mundial dos Oceanos (8 de junho), é atualizada dia riamente no principal aplicativo de mapas Global Fishing Watch. A ferramenta é onli ne, qualquer pessoa com conexão à inter net pode acessar o mapa para monitorar a atividade pesqueira global de 65.000 em barcações de 2012 até hoje.

| Edição 8512 Malha Miúda dades suspeitas e identificar padrões de embarcações que possam indicar atividade ilegal ou pressões de pesca não quantifica das anteriormente.Comessanova camada, a Global Fishing Watch já conseguiu revelar cerca de 900 embarcações de origem chinesa pescando ilegalmente em águas norte-co reanas, o maior caso conhecido de pesca ilegal por uma frota industrial operando em águas de outro país. Contudo, a realidade no Brasil é bem diferente, uma vez que o Programa Nacio nal de Rastreamento de Embarcações Pes queiras por Satélites (PREPS) encontra-se obsoleto e inseguro. O sistema apresenta falhas operacionais e limitações para ex pansão do número de embarcações moni toradas. A central do PREPS precisa urgen temente de manutenções e atualizações da ferramenta para que as informações ge radas possam ser usadas de forma segura no monitoramento, gestão e ordenamento da pesca.

Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentá vel (ODS) são um apelo global para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima. Além de garantir que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. Entre os dias 27 de junho e 01 de julho aconteceu a Conferên cia dos Oceanos das Nações Unidas, em Lis boa, que discutiu medidas para acabar com a pesca ilegal, estruturação de uma gestão mais bem informada, recuperação dos esto ques pesqueiros que sofrem sobrepesca e mobilização de ações que visem uma pesca mais sustentável.

Conferência dos Oceanos das Nações Unidas

O Mapa de Bordo é um formulário oficial para a obtenção de dados sobre esforço e capturas de cada cruzeiro de pesca. As infor mações prestadas nesses formulários têm finalidade de monitoramento e pesquisa, como subsídio ao ordenamento pesqueiro. Porém, atualmente, a entrega do mapa de bordo para cada cruzeiro tornou-se uma dis função burocrática, já que é exigência para manutenção da permissão de pesca das embarcações, mas não é utilizada no orde namento da atividade.

Depois da recriação dos CPGs (Comitês Per manentes de Gestão) - através do Decreto n°10.736, de 29 de junho de 2021 que institui a Rede Pesca Brasil, a Secretaria de Aquicul tura e Pesca (SAP) passou a responder corri queiramente as demandas do SINDIPI da se guinte forma: “O assunto será discutido nos Comitês Permanentes de Gestão - CPGs”. A preocupação com a demora da retoma da dos CPGs já foi exposta na revista n° 82 do SINDIPI, mas aumenta quando utilizada como desculpa para adiar a resolução dos problemas do Setor. Seguimos sem a nome ação dos membros em Portaria e à deriva para o início dessas importantes discussões que possibilitarão uma gestão participativa dos recursos pesqueiros. Até quando as de mandas do Setor Pesqueiro serão deixadas de escanteio?

A entrega do Mapa de Bordo é realizada em papel o que dificulta o uso das informações, uma vez que o trabalho para digitar, conferir e tratar as informações é imenso diante do grande volume. Pensando nisso, a equipe vinculada ao PMAP-SC (Projeto de Monito ramento da Atividade Pesqueira em Santa Catarina), conduzida pela Univali (Univer sidade do Vale do Itajaí), através do acordo de cooperação com a SAP, está digitando os mapas de bordo. A iniciativa visa recuperar e disponibilizar dados essenciais para a ges tão da atividade pesqueira. A ação está via bilizando a triagem e digitação de Mapas de Bordo entregues nos últimos 15 anos. A pri meira etapa do trabalho compreendeu 1.800 formulários digitados e entregues à SAP em dezembro de 2021. Na segunda etapa foram remetidos para triagem e digitação mais de 3.400 Mapas de Bordo.

Comitês Permanentes de Gestão Recuperação dos dados dos Mapas de Bordo

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O Setor industrial espera que a fração da cota não consumida pelas embarcações de cerco/traineira neste ano seja acrescida na definição da cota de 2023. Isso permitiria que mais embarcações venham a trabalhar na safra da tainha. Safra da tainha 2022

Malha Miúda

No dia 31 de julho terminou mais uma safra da tainha no litoral Sudeste e Sul do Brasil. Ao todo, foram registradas mais de 2.600 toneladas de tainha no Sistainha - sistema de monitoramento da SAP, que registra in formações do mapa de bordo, mapa de pro dução e formulário de entrada de empresa pesqueira. O valor médio de comercializa ção no barco foi de R$ 5,00/kg. A modalidade de cerco/traineira foi responsá vel por pouco mais de 10% do total de tainhas capturadas na safra de 2022. Isso se deve ao reduzido número de embarcações autoriza das. Ao todo, apenas 8 embarcações desta modalidade foram autorizadas a pescar. Duas embarcações atingiram a cota em menos de 10 dias e outras três no decorrer da safra. O restante não conseguiu atingir a cota. Segundo relatos dos armadores, uma dessas embarcações teve falha mecânica e outra registrou problemas administrativos na obtenção da licença, chegando a ser sus pensa de ofício e depois novamente autori zada após mandado de segurança.

A CAPES (Coordenação de Aperfeiçoa mento de Pessoal de Nível Superior) pu blicou edital em parceria com a Secreta ria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM), do Ministério da Defesa, que prevê investimentos de até R$ 2,5 milhões em projetos de pes quisas que possam contribuir para o uso sustentável dos recursos da Amazô nia Azul. O edital contempla sete eixos temáticos, com destaque para o eixo 1: Sustentabilidade na Pesca Marinha e na Maricultura & Retenção e Emissão de Carbono pela Pesca Marinha. Além de bolsas de doutorado para apoiar os pro jetos, a SECIRM apoiará a coleta de da dos in loco através de embarcações da Marinha do Brasil.

No Fórum 2022 de Pesquisa Oceânica de Todo o Atlântico, realizado em Washin gton, nos Estados Unidos, o Brasil se tor nou um dos signatários da nova Declara ção de Todo o Atlântico no mês de julho. Este documento apoia o desenvolvimen to sustentável do Atlântico e estabelece uma aliança de pesquisa e inovação entre as nações que assinam. O objetivo é que os países participantes compartilhem co nhecimento, infraestrutura e capacida des, em busca de resultados.

Brasil assina Declaração de Todo o Atlântico Projeto entre Marinha e CAPES investirá R$ 2,5 milhões em pesquisas na Amazônia Azul

A Festa do Peixe 2022 foi um su cesso de público e organização.

Festa do peixe reúne mais de 30 mil pessoas em Itajaí

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Sucesso

O evento, realizado pela prefei tura em parceria com SINDIPI e Sitrapesca, reuniu mais de 30 mil pessoas e distribuiu mais de 10 toneladas de pescado, doadas por empresários associados ao SINDIPI. “O evento não apenas mostrou a força do Setor Pesqueiro, como incentivou o consumo da proteína mais saudável que é o peixe oce ânico”, diz o presidente do SINDIPI, Jorge Neves. A festa contou com a apresentação de três bandas e competição de decoração entre as 37 barracas de entidades e empre sas que participaram do evento.

“Este evento resgata a tradição de Itajaí com a pesca”, diz Neves. Com apro ximadamente 500 embarcações de pesca industrial e cerca de 40 indústrias, Itajaí é o maior polo pesqueiro industrial do Brasil e referência em tecnologia, inovação e quali dade na pesca.

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Empresa associada ao SINDIPI recebe prêmio ambiental

A través do Programa Resídu os Zero, empresa associada ao SINDIPI conquistou uma das premiações da 23a edição do Prêmio Fritz Müller, na categoria Resíduos Sólidos. O prêmio é oferecido pelo Governo do Esta do, por meio do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). O programa apre sentado pela GDC (Gomes da Costa) foi im plantado nas unidades da empresa ainda em 2020 e busca aproveitar os resíduos, diminuindo o impacto ambiental. Com a iniciativa, a empresa alcançou a valorização de 99% de resíduos não perigosos na unida de de produção de embalagens; 96% de va lorização na unidade de beneficiamento de pescado; e mantém também uma unidade produtiva de beneficiamento de subprodu to de pescado, transformando o que seria destinado para aterro em farinha e óleo de peixe, produtos de alto valor agregado. “Es tamos muito honrados e felizes com o re conhecimento, que fortalece a crença da companhia de que é possível gerar valor para a sociedade, ambiente, e para o ne gócio, através de uma gestão responsável e transparente. O Programa Resíduo Zero faz parte das iniciativas do Compromisso Responsável da Gomes da Costa, que apre senta 17 objetivos elaborados com base nas melhores práticas de mercado e alinhados aos Objetivos do Desenvolvimento Susten tável (ODS).”, comenta Maria Eduarda Gru bba, responsável pela sustentabilidade da Gomes da Costa Divisão América.

O Prêmio Fritz Müller é o principal reconhecimento ambiental do estado de Santa Catarina, com o objetivo de reco nhecer iniciativas que proporcionam con servação do meio ambiente e o desenvol vimento sustentável na região. A edição de 2022 contou com a inscrição de 88 pro jetos ou ações, com 12 categorias de pre miação.

Prêmio Fritz Müller

| Edição 8518 Setor Pesqueiro

Edição 85 | 19 SINDIPI no Radar

O presidente do SINDIPI, Jorge Neves, e a oceanógrafa da Coordenadoria Técnica, Luana Specht, participaram da 5ª Assem bleia Geral Extraordinária de 2022 do CO NEPE (Coletivo Nacional de Pesca e Aqui cultura).

Presidente do SINDIPI participa de assembleia do CONEPE

O Presidente do SINDIPI, Jorge Neves, par ticipou do Encontro Sindical 2022, na FIESC – Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina. O evento foi realizado no final de junho e contou ainda com a pre sença do vice-presidente regional Foz do Rio Itajaí, Maurício César Pereira e do co ordenador da Câmara Setorial do Camarão Rosa do SINDIPI e presidente da Câmara de Planejamento de Pesca e Aquicultura da FIESC, André Mattos. As representantes da SAP (Secretaria Na cional de Aquicultura e Pesca) secretária adjunta Andreia Lins Ribas, assessora Da nielle Blanc, e a chefe de Serviço de Aqui cultura e Pesca da Superintendência Fede ral de Aquicultura e Pesca (SFA) de Santa Catarina, Ana Cristina Santos de Oliveira es tiveram reunidas com o presidente do SIN DIPI Jorge Neves no início de julho. O en contro tratou sobre as demandas do Setor Pesqueiro junto à pasta.

Presidente do SINDIPI participa de Encontro Sindical na FIESC Representantes da SAP visitam o SINDIPI

Presidente do SINDIPI é homenageado na Câmara de Vereadores de Itajaí

| Edição 8520 SINDIPI no Radar

Em homenagem alusiva ao Dia do Pesca dor, celebrado em 29 de junho, o presidente do SINDIPI, Jorge Neves foi homenageado em uma Sessão Solene na Câmara de Vere adores de Itajaí. Além dele, também foram homenageados o presidente do Sitrapesca, Henrique Pereira e o pescador Hilton Ci riaco dos Santos, conhecido como Grande, que possui mais de 60 anos de profissão e é pai do presidente da Câmara Setorial do Cerco, Agnaldo Hilton dos Santos. A sessão solene realizada na sede do Poder Legislativo de Itajaí teve a participação de representantes da indústria pesqueira e dos profissionais da pesca. Em seu discur so, o proponente da homenagem, vereador Thiago Morastoni lembrou que Itajaí tem uma forte ligação com a pesca. A cidade é o maior polo pesqueiro industrial do Brasil, com quase 20 mil pessoas trabalhando di reta ou indiretamente no Setor. Fotos: Davi Spuldaro.

Edição 85 | 21

Oceanógrafa do SINDIPI participa de reunião do ICCAT

O presidente do SINDIPI Jorge Neves e os oceanógrafos da Coordenadoria Técnica Luana Mallmann Specht e Luiz Carlos Mat suda participaram no início de julho da 6ª Assembleia Geral Extraordinária de 2022 do Coletivo Nacional da Pesca e Aquicultura, o CONEPE. O encontro, em formato virtual, debateu o Projeto Monitoramento Sardi nha, da UNIVALI, o Projeto Redes da Amé rica, a Conferência dos Oceanos, a reunião Painel 01 – ICCAT e demais assuntos relacio nados à pesca. SINDIPI participa de Assembleia do CONEPE

Após longas discussões, as CPC’s (Partes Contratantes da Comissão) não consegui ram chegar ao consenso de um novo TAC (Total de Capturas Admissíveis) para a Al bacora-bandolim. Dessa forma, o presiden te do Painel 01 fará um novo documento com recomendações para a conservação e ordenamento da Albacora-bandolim, que será discutido na reunião da Comissão no final do ano.

A coordenadoria técnica do SINDIPI, atra vés da oceanógrafa Luana Specht parti cipou da reunião do Painel 01 da Comis são Internacional para a Conservação dos Atuns do Atlântico (ICCAT). O encontro foi realizado em formato híbrido no início de julho. O Painel 01 é responsável por apre sentar um programa plurianual de con servação e ordenamento para os Atuns Tropicais, Albacora-bandolim (Bigeye Tuna – Thunnus obesus), Albacora-laje (Yellow fin – Thunnus albacares) e o Bonito-Listra do (Skipjack – Katsuwonus pelamis). Du rante todos os dias de reunião a principal discussão foi sobre a gestão pesqueira da Albacora-bandolim, sendo que a espécie está atualmente sobrepescada e continua sendo capturada em níveis não sustentá veis. Outro problema para essa espécie é a captura de juvenis, principalmente com a utilização de DAP’s (Dispositivos Agrega dores de Peixes).

Estiveram reunidos com o presidente do SINDIPI Jorge Neves, o coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conserva ção da Biodiversidade Marinha do Sudes te e Sul - CEPSUL, Harry Boss e o analis ta ambiental Antônio Alberto. O tema da reunião foi a necessidade de ampliação de pesquisas para subsidiar a gestão dos es toques pesqueiros. Também participaram do encontro, no dia 13 de julho, a gerente do SINDIPI, Mirian Cella e o subgerente da entidade, Sérgio Feller. SINDIPI participa de reunião da Câmara Setorial de Pescados Coordenador do CEPSUL se reúne com presidente do SINDIPI

| Edição 8522 SINDIPI no Radar

O presidente do SINDIPI, Jorge Neves, parti cipou da 16ª Reunião Ordinária da Câmara Setorial da Produção e Indústria de Pescados no início de julho. Entre os assuntos aborda dos esteve a lista de espécies autorizadas à exportação, o mercado chinês, a atualização da Portaria MMA nº 445/2014 com a proibi ção de captura para novas espécies, Preps e a abertura de novos mercados para o pesca do brasileiro, entre outros. Também partici param do encontro virtual os oceanógrafos da Coordenadoria Técnica do SINDIPI Luiz Carlos Matsuda e Luana Mallmann Specht e os assessores da indústria Estevam Martins e Geraldine Coelho.

Os assessores da indústria, Estevam Mar tins e Geraldine Coelho, e a oceanógrafa da Coordenadoria Técnica do SINDIPI, Luana Mallmann Specht participaram da reunião do Grupo de Trabalho da CSPES (Câmara Setorial do Pescado) no início de agosto para tratar sobre a Portaria 310/2020. To das as embarcações da frota industrial que fornecem matéria prima para a indústria precisam ser adequadas às normas sani tárias exigidas pela Portaria 310/2020 até dezembro do próximo ano. A mudança nos barcos também será imprescindível para as empresas que queiram receber o pescado oriundo da produção primária. Empresários e executivos do Setor Pesquei ro participaram da 7ª Assembleia Geral Ex traordinária do CONEPE - Coletivo Nacional da Pesca e Aquicultura. A reunião foi reali zada de forma híbrida na sede do SINDIPI e contou com a participação do presidente da entidade, Jorge Neves. Câmara de linha vara e iscaviva se reúne no SINDIPI SINDIPI participa de reunião sobre Portaria 310/2020 CONEPE promove a 7ª Assembleia Geral no SINDIPI

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Armadores da Câmara Setorial de linha vara e isca-viva do SINDIPI se reuniram na na sede da entidade no final de julho. A reunião foi conduzida pelo coordenador, o armador José Francisco Kowalsky e teve o apoio técnico da oceanógrafa da Coorde nadoria Técnica, Luana Specht.

Marinha do Brasil

“O SINDIPI sempre esteve e continua rá de portas abertas à Marinha do Brasil e a todas as instituições que fortalecem o Setor Pesqueiro, agradecemos imensamente ao comandante de Paula e desejamos sucesso ao comandante Lima”, afirma Jorge Neves.

Delegacia da Capitania dos Portos de Itajaí tem novo comandante

ADelegacia da Capitania dos Portos em Itajaí tem um novo comandante. Desde o início do mês de agosto o Capitão de Fragata Eduar do Rodrigues de Lima está à frente da Del Itajaí. A troca do comando aconteceu no dia 29 de julho e foi acompanhada pelo presi dente do SINDIPI, Jorge Neves. O Capitão de Fragata, Eduardo Rodri gues de Paula deixou o cargo e irá compor os quadros da Marinha do Brasil no Rio de Janeiro. Antes mesmo de assumir o co mando da Delegacia, o novo comandante já havia visitado a entidade, que representa armadores e indústrias do maior polo pes queiro industrial do Brasil.

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Monitoramento do novo período de defeso da Sardinha-verdadeira

O No início de agosto foram apresentados os resultados do Projeto intitulado “Moni toramento da sardinha-verdadeira (Sar dinella Brasiliensis) e sardinha-laje (Opis thonema Oglinum) durante o Período de Defeso 2021-2022 (IN Nº18) no Sudeste e Sul do Brasil.” A apresentação, no auditório do SINDIPI, contou com acompanhamen to virtual, com a participação de represen tantes da Secretaria de Aquicultura e Pes ca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – SAP/MAPA.

A demanda para realização do Projeto surgiu com a alteração do período de defe so da sardinha-verdadeira - anteriormente de 1º de novembro a 15 de fevereiro e de 15 de junho a 31 de julho - e passou a ser entre os dias 1º de outubro a 28 de fevereiro. O art. 2º da IN nº 18/2020 estabelece que “o perío

| Edição 8526 Artigo

Por: Luana Arruda Sêga

desenvolvido pela UNIVA LI foi financiado pelo setor privado através do CONEPE (Coletivo Nacional da Pesca e Aquicultura) e coordenado pelo professor Dr. Paulo Ricardo Schwingel. Desenvolvido pelos pesquisadores MSc. Geysa Marinho de Souza do Rio de Janeiro e Djonathan Hackenhaar Roos em Santa Catarina, o tra balho envolveu a coleta e a análise de diver sas amostras de sardinha-verdadeira e de sardinha-laje durante os meses de setem bro de 2021 e abril de 2022. No total foram analisados mais de 5 mil indivíduos de sar dinha com o foco em atender os seguintes objetivos:

a) Identificar o estado de matu ração dos indivíduos ao longo do período de defeso; b) Analisar variações do Índice Gonadossomático (IGS) durante o período de defeso; c) Avaliar variações espaciais no estado de maturação e IGS durante o perí odo de defeso; d) Analisar a estrutura de ta manho das espécies durante o período de defeso; e) Gerar banco de amostras e dados biológicos das espécies durante o período de defeso, incluindo amostras de gônadas e otólitos para estudos posteriores. Os resultados do Projeto demonstram que o período de reprodução da sardinha -verdadeira está diretamente relacionado com o período de defeso estabelecido na IN nº 18/2020. A sardinha-laje, por outro lado, não possui um período de reprodução bem definido e mais estudos são necessá rios para encontrar um padrão para essa espécie. As considerações finais do projeto destacam que, conforme seus resultados, o período de defeso está estabelecido de maneira correta, porém, destaca também a importância da manutenção da obten ção e processamento de dados biológicos dessa espécie para o ordenamento e uso sustentável da sardinha-verdadeira nas re giões Sudeste e Sul do Brasil. O sucesso do projeto serve também para destacar como o Setor pode atuar no desenvolvimento de Projetos que visam a sustentabilidade e manutenção da atividade pesqueira em nosso país.

Edição 85 | 27 ** Luana Sêga é oceanógrafa, mestra e doutoranda em Ciência e Tecnologia Ambiental pela Universidade do Vale do Itajaí e atua como Assessora Técnica do Conepe. do de defeso estabelecido nesta Instrução Normativa deverá ser avaliado em junho de 2021, por meio de um Comitê Científico, que será coordenado pela Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agri cultura, Pecuária e Abastecimento - SAP/ MAPA.” O Comitê Científico citado não foi criado e, levando em consideração que o Comitê Permanente de Gestão e Uso Sus tentável dos Recursos Pelágicos do Sudes te e Sul do Brasil ainda não foi estabelecido na prática, o Setor Pesqueiro da frota de cerco e indústrias usuárias desse recurso se uniram para financiar um Projeto que pu desse avaliar o novo período de defeso es tabelecido.OProjeto

Itajaí:

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384 - Centro Itajaí | Fone: (47) 3348-6387 Consultório Odontológico Dra. Fabíola S. Schreiber Av. Marcos Konder, 1207, Ed. Embraed Sala 18 - Centro | Itajaí | Fone: (47) 3348-2972 (47) 98863-8416 Consultório de Psicologia Dra. Izadora Paulini Rua Felipe Schmidt, 31 sala 105 (Centro empresarial João Dionísio Vechi) Centro | Brusque | Fone (47) 99660-8766 Contorno Sul Medical Center Rua Exp. Carlos Costa, 351 – Dom Bosco Itajaí | Fone: (47) 3348-0852 Dr. Samir Farah Rua 300, n° 31 – Centro | Balneário Camboriú | Fone: (47) 3367 7857 | (47) 9 9217-5130 Edimed Clínica Médica e Medicina do Trabalho Ltda Rua 2300, n° 527 - Centro | Balneário Camboriú Fones: (47) 3363-1987 Avenida Governador Celso Ramos nº 569 - Perequê Porto Belo | Fone: (47) 3369-9209 | (47) 9933-1572 GMax Radiologia Rua: José Bonifácio Malburg, nº 204, Sala 02 – Centro Itajaí | Fone: (47) 99252-1688 GoldenMED – Clínica Geral e Segurança e Medicina do Trabalho Rua Samuel Heusi, 586, – Centro | Itajaí Fone: (47) 3045-7216 Harmonie Clínica Integrada Av. Osvaldo Reis, nº 3385, Edifício Riviera Concepet, Salas 1305 e 1306 - Praia Brava Itajaí | Fone: (47) 3348-9542 | (47) 99724-1581 Imagem Radiologia Rua Cônego Thomaz Fontes, nº 144, sala 01 - Centro Itajaí | Fone: 3349-0610 | 3319-0625 Instituto Odontológico Bioeduc Rua: Almirante Barroso, 27 - Centro | Itajaí Fone: (47) 3349-3358 | (47) 99755-6380 Maxipas Saúde ocupacional Av Cel Marcos Konder nº 1177, Ed. Pasteur, Sala 501 - Centro | Itajaí | Fone: (47) 3348-4742

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