Revista Sindifer 2024

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Revista do Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Espírito Santo

Conheça as indústrias que movem o Espírito Santo

EXPEDIENTE

Presidente do Sindifer

Leonardo Jordão Cereza

Diretoria

Antônio Ermelindo Ribeiro Falcão de Almeida

Daives Carlo de Souza Alvarenga

Darcy Rodrigues Filho

Eliane Gomes

Fernando Altoé Ribeiro

Fidel Hugo Prando

Gilmar Luiz Delatorri Leite

Gilson Pereira Junior

Glicia Oliveira Balestrassi

Haroldo Olivio Marcellini Massa

Jacqueline Donatelli Simões

Jonas Altoé

José Emilio Brandão

Luan Soave Rodrigues

Lúcio Dalla Bernardina

Luis Soares Cordeiro

Luiz Alberto de Souza Carvalho

Manoel de Souza Pimenta

Matheus Pêsso da Silveira

Paulo José Garayp

Pedro Pacheco Bacheti

Renata Ladain Altoé Belona

Rodrigo Marchesi De Almeida

Soraya Monteiro Comper

Vinicius Segatto Del Pupo

Wander Pacheco Vieira

Equipe Breno C. de R. Brotto Gerente Administrativo Financeiro breno@sindiferes.com.br

Gerlane DelPupo da Silva Analista Regional Sul sindifersul@sidiferes.com.br

Jonathan Aguiar Coordenador Executivo jonathan@sindiferes.com.br

Mariana Pin Analista Regional Norte sindifernorte@sindiferes.com.br

Mario Rodrigues de Moura Gerente de Relações Empresariais mario@sindiferes.com.br

Odair Nossa Sant’ Ana Assessor Jurídico juridico@sindiferes.com.br

Victória Salustiano Norbim Analista de Marketing eventos@sindiferes.com.br

Endereços

SEDE: Rua Juiz Alexandre Martins de Castro Filho, nº 180 Ed. Cesar Daher Carneiro, Santa Luiza, Vitória-ES, CEP 29045-250 Telefone: 27 3225-8457 • E-mail: sindiferes@sindiferes.com.br

LINHARES: Av. Filogônio Peixoto, nº 396, Aviso, Linhares-ES, CEP: 29901-290 Telefone: 27 3264-0734 • E-mail: sindifernorte@sindiferes.com.br

CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM: Av. Jones dos Santos Neves, nº 975, Alto Monte Cristo, Cachoeiro de Itapemirim-ES, CEP: 29312-535 Telefone: 28 3521-4035 • E-mail: sindifersul@sindiferes.com.br

Editora responsável: Luciane Ventura • Textos: Bárbara Oliveira, Kayque Fabiano, Juliana Benichio e Juliana Fonseca

Projeto Gráfico e Diagramação: LINK EDITORAÇÃO • Fotos: Thuany Louzada, Thiers Turini

Impressão: Gracal Gráfica e Editora • Colaboraram com esta edição: Durval Vieira de Freitas, Jonathan Aguiar, Mario Rodrigues de Moura e Victoria Salustiano.

L4 Comunicação

Av. Carlos Gomes de Sá, 335, sala 101, Mata da Praia, Vitória - ES - CEP 29.066-040

EMAIL: falecom@l4comunicacao.com.br • SITE: l4comunicacao.com.br

TEL: (27) 2104-0804

Celebrando uma década de conquistas rumo ao futuro

É COM GRANDE satisfação que saúdo a todos nesta edição histórica da nossa revista. Chegar à décima edição é um marco significativo, um testemunho do compromisso contínuo do Sindifer em informar, inspirar e fortalecer o setor que tanto amamos.

Ao longo dos anos, temos enfrentado desafios e celebrado muitas conquistas. Cada edição é uma oportunidade de refletir sobre o nosso progresso, aprender com as experiências passadas e vislumbrar o futuro promissor que nos aguarda.

Nesta décima edição, celebramos não apenas a trajetória da nossa revista, mas também das indústrias que impulsionam cada região do nosso Estado. Somos testemunhas do esforço incansável dos empresários, colaboradores e parceiros que, mesmo diante de um cenário econômico desafiador, perseveram, inovam e contribuem para o desenvolvimento do Estado do Espírito Santo.

Desde a inauguração da primeira edição da Revista do Sindifer, em julho de 2015, até os dias atuais, temos sido privilegiados por contar com a participação ativa de empresas, especialistas e líderes que compartilham conosco suas perspectivas, insights e experiências valiosas.

Nesta edição comemorativa, reafirmamos o nosso compromisso em fornecer conteúdo

“Nesta décima edição, celebramos não apenas a trajetória da nossa revista, mas também das indústrias que impulsionam cada região do nosso Estado”

relevante e inspirador. Destacamos eventos emblemáticos, como a Mec Show, que ao longo dos anos tem sido um farol de inovação e progresso para o setor metalmecânico.

Convido a todos a celebrar não apenas as conquistas do passado, mas também a renovar o nosso compromisso com o futuro. Que esta edição sirva como uma fonte de inspiração e orientação, capacitando-nos a enfrentar os desafios que estão por vir com determinação e visão.

Agradeço aos que contribuíram para tornar esta décima edição uma realidade. Juntos, continuaremos a escrever o futuro do nosso setor, com determinação, inovação e união. Que Deus nos abençoe!

Boa leitura! push_pin

MEC SHOW

Edição 2024 espera movimentar

R$ 200 milhões em negócios

PETROBRAS

R$ 25 bilhões em investimentos no ES até 2028

ARCELORMITTAL

20% do aço nacional é capixaba

SUZANO

Mais de R$1 bilhão investidos em nova unidade de Aracruz

SAMARCO

Retorno das atividades promete impulsionar a economia local

VALE

Nova fábrica produz supressor sustentável para reduzir poeira

A FORÇA DO ES

Competitividade superior à média nacional

PETRÓLEO E GÁS

Setor cresce e vai receber investimentos de R$ 36 bilhões até 2028

ES GÁS

R$100 milhões para ampliar distribuição no Estado

CENÁRIO ECONÔMICO

Momento é bom para mão de obra e fornecedores

GRANDES PLANTAS INDUSTRIAIS

Indústria tem o melhor desempenho em 10 anos

DEMANDAS E DESAFIOS

As dores do setor produtivo e as reformas necessárias

AGENDA ESG

Por que ela é importante para as empresas?

SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

Ações que previnem acidentes e geram lucro

APAGÃO DE MÃO DE OBRA

Setor produtivo enfrenta escassez de trabalhadores capacitados

ENTREVISTA ESPECIAL

Paulo Baraona: “O Sindifer é um sindicato extremamente importante”

IMETAME

Porto começa a operar em 2025

ORGULHO CAPIXABA

De Norte a Sul, do Espírito Santo para o mundo

GOVERNO DO ES

Programa ES + Competitivo fortalece as empresas

CONHEÇA O SINDIFER

Um sindicato a serviço do desenvolvimento das empresas do ES

QUEM SOMOS

Como nossa equipe é formada

ARTIGO

Desafios empresariais de hoje e do futuro imediato

O legado de César Daher Carneiro ao Sindifer

César nos deixou em maio, mas seu legado estará sempre presente

AO LONGO de 53 anos de história, o pioneirismo sempre foi marca registrada do Sindifer. Um dos muitos legados perpetuados por César Daher Carneiro, fundador da instituição, que nos deixou em maio, aos 92 anos. Nos 10 anos da revista, esta edição comemorativa presta uma homenagem à nossa maior fonte de inspiração.

César foi um visionário. Em 1971, então proprietário de uma fábrica de latas, ele percebeu que as empresas capixabas precisavam de um representante para intermediar as conversas com os trabalhadores. Assim, nasceu o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico do Estado do Espírito Santo: o Sindifer.

À frente do sindicato por mais de três décadas (de 1971 a 2003), Daher viu a economia do Espírito Santo crescer, impulsionada pelas indústrias capixabas.

“Uma empresa não pode viver sem negociação com o sindicato. O Sindifer foi o primeiro sindicato do Estado a fechar uma convenção coletiva de trabalho. As empresas foram crescendo e tendo nosso apoio incondicional. O Sindifer participou de todas as negocia ções e de todos os acordos, e até hoje faz isso. Não tem uma empresa do Estado que não conheça o trabalho do Sindifer. O Estado hoje tem empresas altamente especializadas em portos, siderurgia, metalurgia, ferrovia, celulose... As em presas daqui estão bem aparelhadas para disputar o mercado com qualquer empresa de fora”, contou, orgulhoso, na última entrevista que deu para a revista, em abril deste ano.

Pioneiro em muitas frentes, César trou xe a primeira e única litografia para o Espírito Santo, contribuin do significativamente para o avanço da indústria local.

Sob sua liderança, o Sindifer se

destacou como uma das mais eficientes entidades patronais do Estado, sendo o primeiro sindicato patronal do país a oferecer assistência jurídica a seus filiados e um dos primeiros a disponibilizar consultoria na área trabalhista.

“Não tenho notícia de que um outro sindicato patronal no Brasil tenha criado um departamento jurídico para defender as empresas. Com o tempo, o sindicato passou a prestar mais serviços, a oferecer cursos, realizar eventos.

A Mec Show é um dos maiores eventos do Sindifer e tem relação direta com o desenvolvimento econômico do Estado. Antes não tinha nada, com a Mec Show as empresas ficaram conhecidas no Brasil todo e passaram a fornecer não só para o mercado local, mas para outros Estados e países”, recordou.

Cesar Daher Carneiro não só fortaleceu as bases do Sindicato, mas também deixou um exemplo inestimável de liderança e associativismo. “O primeiro passo é unir a categoria,” ele costumava dizer.

O Sindifer orgulha-se de ter tido um líder cujo os ensinamentos ficarão na história: “Toda empresa precisa ser associada a algum sindicato ou instituição. E o sindicato precisa se fazer presente, acompanhar o mercado. Nosso diferencial sempre foi a prestação de serviço”.

Seguiremos determinados a contribuir com o desenvolvimento das empresas capixabas e a colaborar com o crescimento do Espírito Santo, assim

Além de ser uma edição comemorativa pelos 10 anos da revista Sindifer, as próximas páginas são uma homenagem ao legado deixado pelo nosso líder César Daher Carneiro. push_pin

MEC SHOW espera movimentar R$ 200 milhões em negócios

A edição 2024 tem um pavilhão inteiro com novidades, equipamentos e conteúdo dedicado ao setor de petróleo, óleo, gás e energia

A MEC SHOW , maior feira industrial do Espírito Santo, tem se consolidado também em âmbito nacional. Depois de receber mais de 18 mil visitantes qualificados no ano passado, a edição deste ano conta com um pavilhão inteiro dedicado ao universo de petróleo, gás e energia. Um segundo pavilhão dá destaque ao setor industrial metalmecânico, siderurgia, mineração e naval.

Em 2023, a feira contou com 300 marcas nacionais e internacionais espalhadas por uma área de 18 mil m², e movimentou mais de R$123 milhões em negócios. De acordo com Marcos Milanez, diretor da Milanez e Milaneze, empresa realizadora da Mec Show, o espaço físico da feira este ano é 10% maior.

“Ano passado tivemos visitantes de 21 estados brasileiros e de

330

marcas e 18 mil visitantes sete países diferentes. Cerca de 65% desse público estava envolvido em processos de compra e 30% dos visitantes eram gestores de empresas. Trabalhamos para ter uma Mec Show ainda maior, melhor e com mais novidades esse ano. Nossa expectativa é movimentar

A Mec Show é a maior feira industrial do Espírito Santo e uma das cinco maiores do país

R$ 200 milhões em negócios”, comenta Milanez.

Reconhecida pelo seu caráter inovador, a Mec Show traz as últimas tendências e novas tecnologias do setor industrial, além de proporcionar um amplo networking com gestores de compra e tomadores de decisão das grandes empresas do Espírito Santo.

“A Mec Show tem como principal objetivo promover negócios, conectando compradores e vendedores. Algumas empresas oferecem produtos e serviços para compra imediata durante o evento, enquanto outras visam a exposição para futuras transações. Além disso, a feira oferece workshops e encontros que promovem a atualização e melhoria profissional dos participantes. Essa troca de conhecimento impulsiona o crescimento de todos os envolvidos, contribuindo para o avanço do setor

O mercado de óleo e gás vive um momento de grande crescimento, o que contribui para alavancar também o setor industrial”

metalmecânico e do Estado do Espírito Santo”, reforça Leonardo Cereza, presidente do Sindifer.

ES

OIL & GÁS ENERGY

Integrado à feira, acontece a ES Oil & Gás Energy, um espaço para alavancar o setor de petróleo, que vive uma ótima fase no Espírito Santo. “O mercado de óleo e gás vive um momento de grande crescimento, o Espírito Santo é o terceiro maior produtor do país, o que contribui para alavancar também o setor industrial. Por isso, a Mec Show destinou um pavilhão inteiro para esse setor”, afirma Bruna Meriguette, gestora da Mec Show. Organizações importantes como Petrobras, Prio, PetroReconcavo, Imetame Energia, Mandacaru e ES Gás vão discutir o crescimento do setor. Em debate, temas como o crescimento do Onshore e futuro do Offshore no Espírito Santo e no Brasil. push_pin

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Petrobras vai investir R$ 25 bilhões no ES

Chegada de Maria Quitéria aumenta 40% da produção local

A PETROBRAS anunciou o investimento significativo no Espírito Santo, com a destinação de R$ 25 bilhões para o período de 2024-2028, que é uma notícia promissora para o desenvolvimento econômico e energético do estado. O destaque desse investimento é a chegada do FPSO Maria Quitéria, uma nova plataforma que trará avanços consideráveis para a indústria petrolífera local.

Com essa iniciativa, a empresa prevê um aumento substancial na produção de petróleo em 2025, com um crescimento estimado de 40% em relação aos números de 2024. O que significa um crescimento de 64,5 mil barris por dia. Impacto positivo nos negócios e no pagamento de impostos e royalties. Os dados foram fornecidos pela assessoria de imprensa da empresa.

Esse impulso na produção não só fortalecerá o setor petrolífero do Espírito Santo, mas também abrirá portas para novas oportunidades de emprego, investimentos e desenvolvimento tecnológico na região, consolidando ainda mais o estado como um importante polo energético do país.

Esse crescimento reflete positivamente na geração de emprego com cerca de 10 mil profissionais ligados às suas atividades, entre funcionários próprios e contratados. Desse total, aproximadamente 7 mil trabalham em plataformas offshore, contribuindo para o fortalecimento do setor petrolífero e para a economia local. Além disso, em 2023, a empresa firmou aproximadamente 1.600 contratos com fornecedores do estado, impulsionando a cadeia produtiva e gerando oportunidades de trabalho em

diversos segmentos relacionados à indústria petrolífera.

Algumas características fazem com que a Petrobras se diferencie e podem variar dependendo do segmento específico do mercado.

„ QUALIDADE: Investimento em tecnologia e processos de produção para garantir a qualidade dos seus produtos, cumprindo rigorosos padrões e normas de segurança e ambientais.

„ CONFIABILIDADE: É reconhecida por sua confiabilidade e capacidade de fornecimento estável e contínuo de petróleo, gás natural e derivados.

10 MIL

Empregos e 1.600 contratos com fornecedores do estado

„ DIVERSIDADE: Amplo portfólio de produtos, incluindo diferentes tipos de petróleo, gás natural e uma variedade de derivados, atendendo às necessidades de diversos setores da economia.

„ SUSTENTABILIDADE: Investimento em tecnologias e processos mais sustentáveis, visando reduzir os impactos ambientais e promover a transição para uma matriz energética mais limpa.

„ PESQUISA E INOVAÇÃO: Investimento em pesquisa e inovação para desenvolver tecnologias e produtos mais eficientes e sustentáveis, buscando constantemente melhorias em seus processos e produtos.push_pin

Saiba mais

A Petrobras é uma empresa de destaque no cenário nacional e internacional, sendo uma sociedade anônima de capital aberto especializada na indústria de óleo, gás natural e energia. Com uma trajetória de sucesso que se estende por décadas, a empresa é reconhecida pela sua expertise na exploração e produção, especialmente em águas profundas e ultraprofundas, o que a torna líder mundial nesse segmento.

Entretanto, os negócios da Petrobras vão muito além da extração de petróleo e gás. A empresa desempenha um papel fundamental ao transportar esses recursos para suas refinarias e unidades de tratamento de gás natural, onde são processados para fornecer os melhores produtos aos consumidores. Toda essa operação é conduzida com foco na

SOLUÇÕES EFICAZES PARA O MERCADO DE IÇAMENTO DE CARGAS

eficiência, visando operar com baixos custos e com baixa emissão de carbono, o que está alinhado com o compromisso da Petrobras com o desenvolvimento sustentável e a transição para uma sociedade mais sustentável.

Estamos presentes no mercado nacional dando suporte técnico às empresas que possuem içamento e movimentação de cargas como área de apoio:

• Engenharia consultiva;

• Supervisão de içamentos;

• Capacitação técnica de pessoas.

Com unidades espalhadas por oito estados brasileiros, a siderúrgica é maior produtora de aço do país

ArcelorMittal: 20% do aço nacional é capixaba

Maior usina integrada de aços planos da América Latina, a ArcelorMittal Tubarão impulsiona a economia capixaba e se destaca pela produção sustentável

DO PEQUENO grampo de cabelo às torres de energia eólica, dos eletrodomésticos aos grandes navios, dos projetos de infraestrutura aos pilares das casas, dos veículos mais leves e econômicos à bicicleta. O aço está presente na vida das pessoas de muitas formas. Mas você sabia que cerca de 20% da produção brasileira é feita no Espírito Santo? Maior usina integrada da América Latina do segmento de aços planos, a ArcelorMittal Tubarão tem capacidade de produzir 7,5 milhões de toneladas de placas e 4,5 milhões de toneladas de bobinas a quente por ano.

R$1,9bilhão investidos em gestão ambiental

A empresa é líder mundial no mercado de placas e comercializa bobinas laminadas a quente no Brasil e em mais de 30 países. Terceiro maior produtor brasileiro de aços planos laminados, a ArcelorMittal Tubarão atende diversos segmentos

industriais que vão de eletrodomesticos à indústria naval, do setor de petróleo e gás à indústria automotiva.

“Nos sentimos orgulhosos em estar presentes no cotidiano das pessoas, isso sem falar na utilização do aço na construção, como estrutura de prédios, galpões e aeroportos. Em cada setor, o aço é requisitado por suas propriedades de resistência, durabilidade e capacidade de ser moldado em diferentes formas, atendendo às necessidades específicas de cada aplicação”, afirma Eduardo Zanotti, vice-presidente Comercial de Aços Planos da empresa.

Com unidades espalhadas por oito estados brasileiros, a ArcelorMittal é a maior produtora de aço do país. Só no Espírito Santo, são cerca de 11 mil empregados diretos e indiretos.

“Nosso maior diferencial está na qualidade superior, tecnologia de produção avançada, práticas

Nosso maior diferencial está na qualidade superior, tecnologia de produção avançada, práticas sustentáveis, oferta de serviços adicionais, centro de pesquisa e desenvolvimento integrado ao mundo e reputação consolidada da marca”

Vice-Presidente Comercial de Aços Planos da empresa

sustentáveis, oferta de serviços adicionais, centro de pesquisa e desenvolvimento integrado ao mundo e reputação consolidada da marca. Esses fatores, combinados ao desenvolvimento de produtos e assistência pré e pós-venda, agregam valor aos clientes, proporcionando soluções de aço mais eficientes e confiáveis”, defende Zanotti.

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Desde 1998, a ArcelorMittal Tubarão é autossuficiente em energia elétrica, a partir do aproveitamento de

gases do processo produtivo e sem consumir óleo combustível externo para geração de energia. A empresa tem uma taxa superior a 92% no reaproveitamento de resíduos gerados no processo produtivo e possui um dos menores índices de consumo industrial de água doce do Brasil.

Na área de gestão ambiental, a ArcelorMittal realizou investimentos de R$ 1,9 bilhão e concluiu 95% das metas previstas em Termo de Compromisso Ambiental, firmado com o Poder Público capixaba em 2018. Dos 131 objetivos estabelecidos, 124 já foram entregues e, destes, 76 já receberam a validação do órgão ambiental responsável, o Iema. Todos esses investimentos estão alinhados à meta do Grupo de ser carbono neutro até 2050 e de liderar o processo de transição para uma economia de baixo carbono.

A empresa também firmou uma parceria estratégica com a Companhia Espírito-santense de Saneamento (Cesan) para a implantação da nova Estação de Produção de Água de Reuso (Epar). A partir do acordo inédito, um volume de água

de 720m³, produzido pela Epar, será adquirido pela empresa para fins industriais, com previsão de entrar em operação em até três anos.

A usina conta ainda com a maior planta de dessalinização de água do mar do Brasil e a primeira do Grupo ArcelorMittal no mundo, com capacidade para dessalinizar 500 m³/hora de água. Com investimento de R$ 50 milhões, o projeto de dessalinização da água do mar tem o objetivo de aumentar a segurança hídrica da empresa e do Espírito Santo, reduzindo o consumo de água doce para fins industriais.

A ArcelorMittal Tubarão possui uma área total de 13,5 milhões de m², sendo que a usina ocupa 7 milhões de m². A unidade está junto a uma bem aparelhada malha rodoferroviária que inclui a Estrada de Ferro Vitória-Minas; a Ferrovia Centro Atlântica e as Rodovias BR 101 e BR 262. Além disso, é integrada a um complexo portuário considerado como um dos mais eficientes do mundo, com destaque para o Porto de Praia Mole, administrado pela empresa e que conta com um Terminal de Produtos Siderúrgicos. push_pin

A empresa firmou parceria com a Cesan para estação de produção de água para reuso

GRANDES EMPRESAS

Suzano expande produção com mais de R$ 1 bilhão investidos em nova unidade de Aracruz

Maior fabricante de celulose do mundo vai fornecer papel para grandes marcas nacionais

A MAIOR fabricante de celulose do mundo, uma das maiores produtoras de papéis da América Latina e líder do mercado brasileiro no segmento de papel higiênico, também está no Espírito Santo. Até bem pouco tempo, a produção da Suzano em território capixaba se restringia à celulose, na fábrica localizada em Aracruz. Isso mudou a partir da entrada em operação da Unidade de Bens de Consumo, em Cachoeiro de Itapemirim, onde a empresa converte papel tissue (papel de alta absorção destinado à produção

de artigos de higiene pessoal) em papéis higiênicos, que abastecem a região Sudeste do Brasil. Agora, a Suzano se prepara para um novo salto: vai produzir papel higiênico também na fábrica de Aracruz, e para isso investirá mais de R$1 bilhão na modernização da unidade.

A fábrica, que começou a ser construída em Aracruz, será a sétima unidade de Bens de Consumo da Suzano, aumentando para 340 mil toneladas anuais a capacidade instalada. A pedra fundamental da nova fábrica de

papel tissue e de conversão do produto em papéis higiênicos foi lançada em abril. Com isso, o Espírito Santo passa a ser o único estado a contar com duas fábricas de bens de consumo: uma no Sul e outra no Norte do Estado.

“A Suzano está investindo R$1,17 bilhão em uma nova onda de modernização da Unidade Aracruz. A nova fábrica terá capacidade para 60 mil toneladas de papel tissue, que serão convertidas em papéis higiênicos das marcas Mimmo, Neve e Max Pure para abastecer os mercados do Sudeste,

A nova fábrica da Suzano vai produzir papel tissue para papéis higiênicos das marcas Mimmo, Neve e Max Pure

parte do Centro-Oeste e do Sul do Brasil. As obras já foram iniciadas e devem gerar 500 empregos diretos durante a implantação e outros 200 postos de trabalho (diretos e indiretos) na operação”, afirma Fabrício José da Silva, gerente geral industrial da Suzano.

Os investimentos da empresa foram divididos entre a instalação na nova fábrica (R$ 650 milhões), e as manutenções estruturais que visam fortalecer a competitividade da fábrica de celulose (R$ 520 milhões). A previsão é de que tudo seja entregue em 2025.

CELULOSE

A capacidade de produção da fábrica de Aracruz é de 2,3 milhões de toneladas de celulose por ano, que são exportadas principalmente para a América do Norte, mercado Asiático e Europeu. Alguns clientes internacionais usam com exclusividade a celulose produzida pela Suzano, em território capixaba, para a produção dos artigos de suas respectivas marcas.

“A celulose da Suzano é utilizada de muitas formas, incluindo a produção de diferentes tipos de papéis de higiene pessoal, como

papéis higiênicos, lenços de papel, lenços umedecidos e guardanapos. Além de papéis para impressão e para embalagens. Nosso diferencial está no constante avanço em pesquisa e desenvolvimento, agregando conhecimento técnico e tradição para avançarmos cada vez mais em tecnologia e novos negócios. Somamos a isso, à nossa competitividade logística dada a proximidade com o Portocel, que é o maior terminal portuário especializado no embarque de celulose do mundo, controlado pela Suzano (51%) em sociedade com a Cenibra (49%)”, avalia Silva.

PAPEL HIGIÊNICO

Os capixabas são grandes fãs do papel higiênico Mimmo, produzido pela Suzano, que é líder de mercado no Espírito Santo. A unidade de Cachoeiro de Itapemirim tem capacidade para produzir mais de 1 milhão de rolos de papel higiênico por dia, o equivalente a 30 mil toneladas por ano. A unidade da empresa localizada no sul do Estado é a única que produz o papel higiênico Mimmo folha tripla, produto da linha premium enviado para todo o território nacional.

A Suzano produz ainda as marcas Max Pure e Neve, que em breve

Trabalhamos com o princípio da ‘inovabilidade’, que é a inovação aliada à sustentabilidade em todas as operações, seja na floresta, na indústria ou na relação com as comunidades em que estamos presentes”

FABRÍCIO JOSÉ DA SILVA Gerente geral industrial da Suzano

também serão fabricadas na unidade de Aracruz.

“Trabalhamos com o princípio da ‘inovabilidade’, que é a inovação aliada à sustentabilidade em todas as operações, seja na floresta, na indústria ou na relação com as comunidades em que estão presentes. Assim, buscamos exercitar um dos direcionadores de gestão da empresa: gerar e compartilhar valor”, conclui o gerente geral industrial da empresa.

A Suzano gera mais de 5 mil empregos diretos e indiretos no Espírito Santo. Em 2023, foram contratados 2.475 de fornecedores capixabas, o que resultou em mais de R$ 2,9 bilhões investidos na economia do estado. push_pin

GRANDES EMPRESAS

Retomada da Samarco: produção dobra em 2025

O retorno das atividades da Samarco promete impulsionar a economia local e as oportunidades de trabalho

A SAMARCO investirá R$1,6 bilhão para dobrar a capacidade de produção de 30% para 60% até o primeiro trimestre de 2025. O montante será destinado à prontidão operacional, otimizações com foco na destinação adequada de rejeitos, construção de uma nova planta de filtragem de rejeito arenoso e aperfeiçoamentos no concentrador em Germano-MG para reduzir em 4% a geração de ultrafinos.

A retomada das operações da Samarco representa um marco significativo para o litoral sul do Espírito

1,6 bilhão de reais em investimento

Santo, não apenas pela geração de empregos, mas também pelo compromisso da empresa com a sustentabilidade e a inovação. O retorno das atividades da Samarco carrega a promessa de impulsionar a economia local, criando oportunidades de trabalho e contribuindo para o

desenvolvimento socioeconômico da região. Além disso, a empresa reafirma seu compromisso em adotar práticas sustentáveis e inovadoras, alinhadas com as demandas atuais da sociedade e do mercado.

A Samarco é uma empresa com sede em Belo Horizonte (MG) que possui unidades operacionais em Minas Gerais e no Espírito Santo, com a produção de pelotas de minério de ferro, matéria-prima para a produção de aço pela indústria siderúrgica. Atualmente, a empresa opera com 30% da sua capacidade produtiva e deve atingir 60% no início de 2025, com a retomada da terceira planta de pelotização. Até 2028, a expectativa é alcançar 100% de sua capacidade.

O cenário de crescimento reflete positivamente na contratação de mão de obra, sendo que hoje a

Samarco gera 13.430 empregos entre diretos e indiretos, em Minas Gerais e no Espírito Santo. Somente em terra capixaba são cerca de 3.880 funcionários contratados e terceirizados.

De novembro de 2020 a janeiro de 2024, o programa Força Local certificou 170 empresas no pilar desenvolvimento e qualificação, impactando 3.800 pessoas em Anchieta, Piúma e Guarapari (ES). Nesse período, a Samarco e suas contratadas desembolsaram cerca de R$ 620 milhões em compras de materiais e serviços com 880 fornecedores locais no Espírito Santo.

PIONEIRISMO

A Samarco destaca-se pelo seu pioneirismo no Brasil na lavra de minério de ferro de baixo teor e seu processo de beneficiamento (conjunto de processos utilizados para melhorar a qualidade e as características do minério extraído), capaz de enriquecer o minério atingindo os melhores níveis de qualidade globais. Também inovou no transporte da polpa por mineroduto, sendo um empreendimento integrado, com duas unidades operacionais: o Complexo de Germano, em Mariana (MG), e o Complexo de Ubu que conta com terminal portuário próprio, em Anchieta (ES). Atualmente, a empresa opera com um de seus três minerodutos, que têm em torno de 400 km de extensão.

Para promover a sustentabilidade em suas operações, a Samarco desenvolve alternativas para o aproveitamento dos rejeitos provenientes do beneficiamento do minério de ferro, internamente e também para outros mercados. Entre as iniciativas, está o pioneirismo no uso de resíduos de lavra de mármore na produção de pelotas de minério de ferro, como

alternativa complementar ao calcário, que reduz a emissão de dióxido de carbono e do consumo de combustível, além de utilizar resíduo da indústria do mármore, contribuindo com a sociedade. Segundo as informações fornecidas pela assessoria de comunicação da empresa, também há investimentos em recursos para implantar um eficiente sistema de monitoramento e controle de todas suas emissões de CO2.

As pelotas da Samarco são amplamente utilizadas em processos como Alto-Forno e Redução Direta, contribuindo significativamente para a estabilidade, produtividade e competitividade dos clientes da empresa. Isso não apenas fortalece a presença da Samarco no mercado, mas também a posiciona como um grande fornecedor de minério de ferro de alta qualidade.

Desde o retorno das operações, em dezembro de 2020, a empresa manteve a vocação exportadora com produtos sendo comercializados para clientes em todas as regiões como: Américas, Ásia, Europa, Oriente Médio e África, além do Brasil. push_pin

A Samarco tem unidades operacionais em Minas e em Anchieta, litoral sul do ES

GRANDES EMPRESAS

A unidade fica em Cariacica e tem potencial para retirar do meio ambiente mais de 1 milhão de garrafas PET

Vale: nova fábrica produz supressor sustentável para reduzir poeira

Plástico PET passa por processo inédito de reciclagem química e vira resina biodegradável

UMA DAS MAIORES produtoras mundiais de minério de ferro e níquel, a Vale inaugurou em junho uma nova unidade no Espírito Santo. A primeira fábrica de supressor de poeira à base de plástico PET, fica em Cariacica, tem cerca de 2,7 mil metros quadrados, e possui capacidade para consumir 70 toneladas de plástico por mês.

Na fábrica, o plástico é triturado e passa por um processo de reciclagem química que o transforma em resina biodegradável para ser aplicada em pilhas de minério de ferro e carvão, carregamentos de ferrovia e vias de acesso não pavimentadas,

70TONELADAS

de plástico reciclados por mês

funcionando como uma uma película protetora que evita a emissão de poeira. A produção de Cariacica será usada nas operações da Vale na Unidade Tubarão, em Vitória, e também no carregamento de vagões ao longo da Estrada de Ferro Vitória a Minas e em algumas operações de Minas Gerais.

Além de garantir a eficiência no controle ambiental, o supressor sustentável tem potencial para retirar do meio ambiente todos os meses mais de 1 milhão de garrafas PET para a produção no Espírito Santo, que deve chegar a 400 mil litros/mês em 2024. O número pode chegar a até 2 milhões de garrafas por mês em 2026, com a expansão prevista para outras operações, o que pode demandar 780 mil litros de supressor no total.

“A Vale tem o compromisso de integrar a sustentabilidade em seus negócios, construindo um legado econômico, social e ambiental forte e positivo. Em 2023, inauguramos a primeira planta de briquetes de minério de ferro na Unidade Tubarão, um novo produto que vai reduzir as emissões de gás carbônico da siderurgia, em linha com o movimento global de descarbonização. Agora, a fábrica de

Cariacica nos permitirá ampliar a aplicação do supressor para todas as nossas operações em Tubarão e expandir para outras operações, ao longo da ferrovia e em Minas Gerais. Com eficácia comprovada, a fábrica completa uma importante fase deste projeto que começou há 10 anos”, destaca o diretor de Pelotização e Briquetes da Vale, Rodrigo Ruggiero.

O supressor de poeira é um controle ambiental comumente usado nas operações da empresa e pode ser feito de várias matérias-primas, como glicerina, mas a produção a partir da reciclagem do plástico é inédita e patenteada pela Vale e pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Desde 2013, universidade e empresa realizaram testes e validações técnicas em escalas de

laboratório e piloto que atestam a eficiência do produto.

Para o reitor da Ufes, Eustáquio de Castro, é gratificante ver a concretização de mais esta etapa de um projeto que teve início há 10 anos, a partir de uma parceria entre a Vale e a universidade. “Este processo inovador nasceu dentro da Ufes, a partir de uma necessidade identificada e apresentada pela empresa. É um exemplo bem sucedido de como o conhecimento científico e a pesquisa acadêmica podem atuar junto com a iniciativa privada para proporcionar desenvolvimento econômico aliado a melhorias sociais e ambientais em benefício de toda a população”, destaca.

A instalação da fábrica faz parte da estratégia da Vale para viabilizar a produção do supressor em larga

Com eficácia comprovada, a fábrica completa uma importante fase deste projeto que começou há 10 anos”
RODRIGO RUGGIERO Diretor de Pelotização e Briquetes da Vale

escala, por meio do desenvolvimento de fornecedores parceiros e sublicenciamento da patente. A maior parte do plástico utilizado para fazer o supressor sustentável será fornecida pelas associações de catadores de material reciclável da Grande Vitória.

HISTÓRIA

As atividades portuárias da Vale no Espírito Santo foram iniciadas na década de 1940, com participação decisiva no processo de industrialização e modernização, especialmente após a inauguração do Porto de Tubarão, em 1966. A Unidade Tubarão, em Vitória, é o primeiro exemplo de integração do sistema mina, ferrovia e porto, uma estratégia fundamental para a logística da mineração e que segue sendo aplicada até os dias de hoje.

Em Vitória, a Vale também mantém seu maior polo de produção de pelotas, um aglomerado de minério de ferro. Atualmente, a empresa gera cerca de 24 mil empregos diretos (entre empregados próprios e contratados) no Espírito Santo. push_pin

A FORÇA DO ES

O Espírito Santo se destaca por contar com 10 portos que contribuem para atrair investimentos

Competitividade superior à média nacional

Números refletem um ambiente favorável aos negócios e ao crescimento econômico

IMPULSIONADO pela indústria, o Espírito Santo vive uma fase de notável crescimento econômico. Esse momento favorável pode ser comprovado no ranking de competitividade dos estados em que o Espírito Santo ficou acima da média nacional em 2023 com uma nota de 58,3, superando a média do país, que foi de 50,4. Os números

refletem um ambiente favorável aos negócios e ao crescimento econômico, com um avanço de 4,8% em 2023.

O Estado está entre as dez unidades da Federação mais competitivas e é o terceiro mais competitivo da Região Sudeste. Os dados da pesquisa são elaborados pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria

3º ESTADO

mais competitivo do Sudeste

técnica com a Tendências Consultoria e a startup Seall.

O ranking considerou indicadores como segurança pública, solidez fiscal, educação, inovação e infraestrutura. Neste último, o Espírito Santo se destaca por contar com 10 portos que contribuem significativamente para atrair investimentos, fomentar o comércio internacional e fortalecer a posição competitiva do Espírito Santo no cenário nacional e global.

Os portos representam ainda uma importante fonte de empregos diretos e indiretos, que envolve

Veja quais são os portos em solo capixaba:

„ Tubarão/Vale: Minério de ferro, pelotas e commodities agrícolas;

„ Porto de Ubu/Samarco: Pelotas de minérios e pellets feed;

„ Portocel/Suzano: Celulose;

„ Vports: Carga geral, Granel, Veículos, entre outros;

„ Peiú: Carga geral, Granel, Suporte à Operação O&G, entre outros;

„ LogInTVV: Carga geral, Granel, Veículos, Suporte à Operação O&G, entre outros;

„ Imetame (Carga Geral): Em construção;

„ Petrocity (Carga Geral): Projeto;

„ Porto Central (Porto Indústria): Projeto;

„ Itaoca Offshore (Base Portuária): Projeto.

desde operadores portuários até profissionais de logística, transporte e comércio exterior. Isso gera impactos positivos na geração de renda e na qualidade de vida da população capixaba.

Enquanto os portos facilitam o comércio internacional e a conectividade global, as ferrovias complementam essa infraestrutura ao viabilizar o transporte eficiente de mercadorias pelo Estado e outras

Você sabia?

A estrada de Ferro VitóriaMinas está entre as mais modernas e eficientes do Brasil, com extensão de 905km de linha, capacidade de carga de 120 milhões toneladas/ano e capacidade para transportar 1.1 milhão de pessoas por ano.

Nova ferrovia até 2030

A Estrada de Ferro Vitória-Rio (EF-118), que será construída pela Vale, deve ter sua primeira etapa entregue até 2030 e essa fase deve custar R$6 bilhões. Está prevista uma linha tronco (trajeto de longa distância) com extensão de cerca de 80 quilômetros e uma conexão com o Porto de Ubu, totalizando aproximadamente 20 quilômetros de extensão. Ao todo, serão 100 quilômetros que passarão pelos municípios de Cariacica, Viana, Vila Velha e Guarapari, até chegar em Anchieta.

regiões, gerando uma sinergia vital para o crescimento sustentável.

Esses sistemas de transporte oferecem uma série de benefícios que impactam diretamente a eficiência logística e a competitividade das empresas, além de contribuir para a redução de custos e sustentabilidade ambiental. As ferrovias proporcionam uma forma mais eficiente e econômica de transportar grandes volumes de mercadorias. Isso é especialmente relevante para o Espírito Santo, que possui uma forte indústria de mineração, siderurgia, papel e celulose, entre outros setores, demandando um intenso fluxo de cargas. push_pin

A FORÇA DO ES

Plataforma da Petrobras: até 2028 produção de petróleo no mar vai aumentar 4,8% no Estado

Setor de petróleo e gás cresce e abre oportunidades

Até 2028, o setor vai receber investimentos de R$ 36 bi

O ESPÍRITO SANTO tem se destacado no cenário nacional como um dos principais polos na produção de petróleo e gás e, nos últimos anos, registrou um crescimento notável no ramo, que representa 26,4% da indústria capixaba. Até 2028, o setor

vai receber investimentos que totalizam R$ 36,9 bilhões, contribuindo significativamente para o desenvolvimento socioeconômico local e para a geração de renda e empregos. Em 2023, a produção petrolífera no estado teve um aumento

de 23% em relação ao ano anterior, chegando à média de 169,7 mil barris por dia e consolidando o Espírito Santo como o terceiro maior produtor de petróleo do país. Já com relação ao gás natural, foram produzidos 4,2 milhões de m³ por

23%

de aumento na produção de petróleo, indica Anuário da Findes

dia, volume 22,5% superior ao registrado em 2022, posicionando o estado capixaba na quinta posição entre os estados com maior produção média diária.

Os dados são da 7ª edição do Anuário da Indústria do Petróleo e Gás Natural no Espírito Santo, elaborado pela Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e pelo Observatório da Indústria.

Ainda segundo o relatório, a projeção entre 2024 e 2028 é de que a produção de petróleo registre um aumento médio anual de 5,1%, alcançando, no último ano projetado, um volume de produção de 218,4 mil de barris por dia. Para o gás natural, projeta-se um aumento de 5,2% na produção média anual entre 2024 e 2028, alcançando, ao final do período, uma produção de 5,5 milhões de m³ por dia do insumo.

Produção no mar - Nas projeções do Anuário, espera-se que até 2028 a produção de petróleo offshore (no mar) deverá registrar um crescimento de 4,8%, alcançando uma produção média de 203,4 mil barris por dia. Para o gás natural offshore, projeta-se um aumento de 4,6% no mesmo período, alcançando uma produção diária média de 5,0 milhões de m³.

Juan Alves, vice-presidente de produção e operação da

Produção em terra - Em relação à produção onshore (em terra) no Estado, nas projeções do Anuário espera-se que até 2028 a atividade petrolífera em terra registre um crescimento médio anual de 8,6%, alcançando uma produção média de 15,0 mil barris por dia. Para o gás natural projeta-se, no mesmo período, uma expansão média anual de 12,8%, alcançando uma produção diária média de 470,5 mil m³.

DESENVOLVIMENTO NO NORTE CAPIXABA

Entre os fatores responsáveis pelo aumento na produção do setor de óleo e gás no estado está a recuperação do segmento de exploração onshore no norte capixaba, ocasionado pelo programa de desinvestimentos da Petrobras e pós estímulos regulatórios da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP.

Operadoras independentes, incluindo de pequeno e médio porte, estão entrando no mercado, fortalecendo as atividades terrestres e ampliando oportunidades para a cadeia de fornecedores e empregos na região. Segundo estudos da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás - ABPIP, as operadoras projetam uma produção diária de 500 mil de óleo equivalente, aproximadamente 10% da produção nacional.

Agência Petrobras
Seacrest Petróleo

A FORÇA DO ES

“O petróleo se concentra no litoral norte, e os municípios se beneficiam diretamente pela geração de empregos, pelo funcionamento de todo o ecossistema que não se concentra somente nesse setor, mas em diversas indústrias instaladas na região. Essa diversidade permite que a economia seja mais vigorosa e vemos hoje uma região promissora, com muitos jovens vindos de diversos estados do Brasil para estudar aqui”, aponta Márcio Félix, presidente da Associação Brasileira dos Produtores Independentes de Petróleo e Gás (ABPIP).

A Seacrest Petroleo adiantou que pretende investir na revitalização dos campos nos polos Cricaré e Norte Capixaba e que vai alcançar a marca de produção de cerca de 30 mil barris de óleo por dia nos próximos anos, ampliando a contratação de mão de obra e fornecedores. “Para isso, nosso plano de desenvolvimento é perfurar cerca de 300 poços novos. Até 2026, estimamos uma curva de produção com um investimento de cerca de R$2 bilhões no norte do estado. Hoje temos cerca de 300 funcionários e 1500 terceirizados diariamente em campo. Precisamos de maior qualidade de mão de obra e temos expectativas de que o crescimento na cadeia de serviços resultará na geração de muitos empregos”, afirma Juan Alves, vice-presidente de produção e operação da Seacrest Petróleo.

Incrementando as projeções da Seacrest, a Imetame Energia segue avançando nas atividades em campo no estado com suas perfurações a pleno vapor no Norte Capixaba. Na capacidade máxima do campo Rio Ipiranga, a produção pode chegar a 2,5 barris e 40 mil m³ de gás por dia. “Aqui no Espírito Santo está acontecendo a perfuração dos poços de maior produtividade do Brasil. E ainda temos muito óleo em terra a explorar. Nos próximos 5 anos temos um valor de quase $150 milhões de dólares a investir em perfuração, intervenção de poços e na construção da nova

A PRIO fará um investimento de R$ 4,5 bilhões para o projeto do campo de Wahoo, no sul do ES

Dados e impactos da indústria de óleo e gás para o ES:

„ Produção de petróleo: 169,7 mil barris por dia (23% a mais do que em 2022) | 3ª colocação no país

„ Produção de gás natural: 4,2 milhões de metros cúbicos dia (22,5% a mais do que em 2022) | 5ª colocação no país

„ Investimentos esperados no setor de petróleo e gás natural no ES até 2028: R$ 36,9 bilhões.

„ Economia: o setor representa 26,4% da indústria capixaba.

„ Mercado de Trabalho: 11,2 mil empregos formais.

„ Projetos de descomissionamento aprovados para a Bacia do Espírito Santo: 19 em mar.

„ Investimentos previstos para o descomissionamento entre 2024 e 2027 poços: R$ 1,82 bilhão.

„ Arrecadação de royalties e participações especiais em 2023: R$ 2,3 bilhões.

„ Empresas da cadeia produtiva do setor: 565 (7% a mais do que o registrado no último anuário).

Fontes: ANP, RAIS e MDIC | Elaboração: Observatório da Indústria da Findes

sede no Campo Rio Ipiranga”, afirma Miguel Nunez, diretor da Imetame Energia.

Parte do grupo Ubuntu, a Mandacaru Energia hoje produz cerca de 500 barris/dia em cinco campos terrestres no Brasil. No Espírito Santo, em 2017, a empresa adquiriu o Campo de Rio Mariricu, com adjacência do campo de Rio Mariricu Sul, situado na Bacia do Espírito Santo. De acordo com Caetano Machado, presidente da Mandacaru Energia (do grupo Ubuntu), a produção no estado é de cerca de 35 barris por dia. Para os próximos anos a previsão

é de reabertura de mais poços em novas zonas na região.

“O Espírito Santo tem uma grande oportunidade de geração de riqueza, emprego e transformação social com o petróleo em terra. Temos uma grande oportunidade de aumentar a produção, gerar fornecedores locais e utilizar as universidades como bancos de talentos. De investimentos futuros no norte capixaba, pretendemos dobrar a produção, ter um aumento de pelo menos 50% dos funcionários e alguns milhões de reais para reabrir os poços, principalmente o poço de gás”, pontua. push_pin

ES Gás: R$ 100 milhões para ampliar distribuição no Estado

Investimento está previsto no Plano de Aceleração da ES Gás no Espírito Santo em 2024, beneficiando 12.741 novos clientes

O GÁS NATURAL é entendido como o combustível que irá protagonizar a transição energética no mundo e no Brasil, contribuindo para a redução de emissões. Sendo fonte de energia imprescindível para muitas atividades econômicas, ele tem enorme potencial de crescimento em todos os segmentos de consumo (residencial, comercial, industrial, automotivo, climatização), não só no Espírito Santo, mas também em outros estados.

A ES Gás é a concessionária responsável pela distribuição do gás

natural canalizado no Espírito Santo. Como parte do Plano de Aceleração da Companhia, pós privatização e aquisição pelo Grupo Energisa, segundo informações concedidas pela assessoria de comunicação, a ES Gás vai investir R$ 100 milhões no estado em 2024. Os investimentos, montante 95% superior ao ano anterior, serão aplicados na ampliação da distribuição de gás natural para áreas residenciais, estabelecimentos comerciais, indústrias e postos de combustíveis.

A expansão ocorrerá em diversos municípios, com destaque para Guarapari, que será o 14º município a receber gás natural no Espírito Santo. Outras cidades contempladas serão Linhares, São Mateus e a região metropolitana da Grande Vitória. No total, serão construídos 58 km de rede, o que representa 12.741 novos clientes beneficiados, um acréscimo de 83% em relação ao ano anterior. Em média, a ES Gás ligará mais de mil novos clientes por mês.

Outra frente de investimento prevista no Plano de Aceleração é a ampliação do consumo de GNV (gás natural veicular) em veículos leves e pesados. Além do benefício ao motorista, que conta com um combustível competitivo, a ampliação do GNV contribui, decisivamente, para a descarbonização, uma vez que diminui em 20% a emissão de CO² e 90% de materiais particulados.

Em termos de extensão de rede, a empresa fechou 2023 com 541 km de rede, sendo que foram adicionados 24 km ao longo do ano, dos quais aproximadamente 80% adicionados a partir da aquisição pelo Grupo Energisa.

No mesmo ano, a base de clientes fechou com 80.684 unidades consumidoras e a ES Gás distribuiu o volume total de 837.273 Mil m³, equivalente a 2.294 Mil m³/dia, e representando uma expansão de 3,4% em relação a 2022. push_pin

Tubulações da ES Gás: empresa vai ampliar oferta de gás natural para Guarapari

A FORÇA DO ES

Trabalhador da Indústria: investimentos no Estado vão trazer inovação e gerar empregos nos próximos anos

Momento é bom para mão de obra e fornecedores

Programa de Fornecedores prevê R$ 105 bilhões em investimentos até 2027 no ES

O CENÁRIO econômico do Espírito Santo está prestes a receber um impulso significativo com o Programa de Fornecedores, que prevê

R$ 105 bilhões em investimentos até o ano de 2027 - distribuídos em 86 projetos em diversas áreas. Essa iniciativa promete não só transformar

o Estado, mas também gerar empregos, e impulsionar a economia local em setores estratégicos.

O Estado ainda se prepara para uma nova fase de desenvolvimento industrial com o lançamento do “Programa de Fornecedores ES”. Coordenado pela Câmara Setorial da Indústria de Base e Construção, o programa visa propiciar o desenvolvimento de empresas locais para que participem ativamente dos investimentos e compras dos grandes investidores industriais no estado, no Brasil e no exterior.

Especialistas na área lembram que esse é um momento crucial para os fornecedores locais e profissionais. Segundo o presidente da Câmara Setorial da Indústria de Base e Construção da Findes, Antônio Falcão, com os projetos de infraestrutura, petróleo e gás

em ascensão, a demanda por profissionais qualificados aumentou significativamente.

“Esse é o momento de crescer e gerar mais empregos. Nossa demanda está em crescente ascensão. Capacitar e atrair talentos para atender a essas necessidades é crucial para o sucesso das empresas. Esse programa não apenas abre portas para novos mercados, mas também representa uma chance única de ampliar nosso portfólio. Precisamos levar conhecimento, incentivar a participação em feiras e eventos internacionais. Dessa forma, todos ganham”, explica.

Felizmente, as empresas no Espírito Santo estão se preparando para enfrentar esse desafio, explica Falcão. Investimentos em treinamento e capacitação estão sendo feitos para aprimorar as habilidades

Empresas capixabas estão investindo em tecnologia, processos eficientes e certificações de qualidade”

ANTÔNIO FALCÃO Presidente da Câmara Setorial da Indústria de Base e Construção da Findes e Diretor do Sindifer

dos trabalhadores locais. Além disso, parcerias com instituições de ensino e programas de estágio estão sendo estabelecidos para criar um fluxo de novos profissionais capacitados.

“A Findes vem trabalhando para capacitar e manter esses profissionais atualizados com o que há de mais moderno no mercado. Incentivar a formação de mão de obra técnica, tanto básica quanto de nível superior, é essencial. Não podemos mais nos dar ao luxo de gastar tempo treinando profissionais quando entram na empresa. É hora de investir na capacitação desde o início. As empresas capixabas estão investindo em tecnologia, processos eficientes e certificações de qualidade para garantir que possam atender às demandas dos grandes projetos”, destaca Falcão.

Com um enfoque claro na abertura de mercado e na oferta de orientações técnicas e comerciais,

Investimentos até 2027

Principais obras e investimentos previstos para o Espírito Santo no período de 2024 a 2028, conforme detalhado no Diagnóstico e Plano de Trabalho 2024, produzido

pela CSI BC – Câmara Setorial da Indústria de Base e Construção:

ENERGIA

R$ 11.670,67 milhões

INDÚSTRIA GERAL

R$ 1.938,48 milhões

INFRAESTRUTURA

R$ 16.314,00 milhões

MINERAÇÃO

R$ 18.482,67 milhões

PAPEL E CELULOSE

R$ 4.086,00 milhões

PETRÓLEO E GÁS

R$ 39.430,00 milhões

SIDERURGIA

R$ 13.960,67 milhões

Destaques de Projetos Específicos

VALE

Planta de produção de briquetes 7ª e 8ª usina de pelotização

SAMARCO

Reativação das operações da 3ª usina de pelotização

4ª usina de pelotização

SUZANO

Implantação de nova planta de papel tissue e nova caldeira

ARCELORMITTAL

Novo alto-forno e modernização da coqueria

PETROBRAS

UTG Sul e Cacimbas

Esses investimentos são distribuídos entre as regiões Norte, Sul e Grande Vitória, com maior parte dos recursos destinados à Grande Vitória e à região Sul.

Distribuição

Investimentosdos

(em milhões de R$)

2024: R$ 22.593,89

2025: R$ 22.538,47

2026: R$ 21.708,17

2027: R$ 20.643,58

2028: R$ 18.398,38

A FORÇA DO ES

o Programa de Fornecedores ES já demonstra resultados significativos. Entre os grandes projetos que contam com a participação de fornecedores capixabas estão a modernização da Suzano, a expansão da Samarco com novas usinas de pelotização, e o incremento das operações da ArcelorMittal com a instalação de novos altos fornos e coquerias.

O relatório “Diagnóstico e Plano de Trabalho 2024” destaca que, entre 2024 e 2028, estão previstos em todo o Brasil investimentos da ordem de R$ 922,74 bilhões em diversos setores industriais, com destaque para petróleo e gás, mineração, energia, papel e celulose, siderurgia, entre outros. Já em relação a geração de empregos, o relatório ainda prevê que mais de 49 mil vagas diretas serão criadas em empresas locais capixabas.

As metas do programa são ambiciosas: assegurar que 90% dos trabalhadores nos projetos de investimentos Capex e Opex no estado sejam locais, garantir que 70% dos fornecimentos venham de empresas capixabas, e aumentar a participação das indústrias do Espírito Santo no fornecimento para outros estados, alavancando o desenvolvimento econômico regional.

O sucesso do programa já pode ser observado no aumento do faturamento das empresas capixabas, tanto dentro quanto fora do estado. Em 2023, por exemplo, o faturamento total atingiu R$ 12,2 bilhões, um crescimento significativo em relação aos R$ 7,2 bilhões de 2021. push_pin

Investimentos Previstos 2024-2028

R$105,88

Bilhões

86 Projetos privados

investimentos Menos investimentos Sem informações

Distribuição dos Investimentos (R$ Milhões)
Fonte: DVF Consultoria

A FORÇA DO ES

Indústria tem o melhor desempenho em 10 anos

Grandes plantas industriais impulsionam a economia

O ESPÍRITO SANTO vive um momento histórico no último ano, com o melhor desempenho da indústria em mais de uma década. A indústria capixaba foi a segunda que mais cresceu em 2023 - atrás apenas do Rio Grande do Norte -, influenciada, principalmente, pela produção de minério e de petróleo e gás natural. Essa ascensão, especialmente no segmento extrativo, impulsiona positivamente o desenvolvimento do Estado.

No acumulado de janeiro a dezembro de 2023, a indústria extrativa do Espírito Santo cresceu 20,5%. Esse desempenho é atribuído ao aumento da pelotização do minério de ferro e da extração de petróleo e gás natural no Estado. Esses setores impulsionam a economia, geram empregos e renda, e melhoram a qualidade de vida da população.

Entre os setores que sustentam a economia capixaba, a indústria corresponde 38,3% do PIB capixaba. Os dados são do Indicador de Atividade Econômica (IAE) da Findes. Os números refletem

38,3% do PIB capixaba é gerado pela indústria

a capacidade de impulsionar diversos segmentos, desde a indústria extrativa, com a produção de minérios e petróleo, até a indústria de transformação, que engloba atividades como siderurgia, alimentos, papel e celulose, entre outras.

O setor de mineração se destaca, no Espírito Santo, com a presença do maior parque produtor de pelotas do mundo e uma capacidade de produção de 66 milhões de toneladas por ano. Essa marca representa cerca de 47% do volume total das transações comerciais entre continentes, evidenciando a importância estratégica do estado nesse segmento global.

Além disso, no ramo de celulose, o Espírito Santo ocupa a posição de segundo maior produtor do mundo, com uma produção anual de 25 milhões de toneladas. Esses números reforçam o papel significativo que o estado desempenha no cenário internacional da indústria de celulose, contribuindo de maneira substancial para o abastecimento global desse importante recurso.

Quando o assunto é petróleo e gás, o estado ocupa a marca de 3º maior produtor do Brasil, com cerca de 185,7 mil barris de petróleo por dia no onshore e no offshore. A presença de uma indústria petrolífera ativa, estimula o desenvolvimento regional, com a criação de oportunidades de negócios, o surgimento de empresas fornecedoras de serviços e a dinamização da economia local.

Os dados reforçam a importância estratégica do Espírito Santo no cenário nacional e internacional, destacando seu papel como um polo industrial e econômico de relevância global. push_pin

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DEMANDAS E DESAFIOS

Acúmulo dos tributos e legislação tributária têm diminuído a competitividade das empresas no Brasil

As dores do setor produtivo e as reformas necessárias

O que é o Custo Brasil e como ele mina a nossa competitividade

AS PROJEÇÕES de investimentos no Espírito Santo e os desdobramentos da Reforma Tributária têm gerado um misto de otimismo e precaução em relação ao panorama econômico capixaba em 2024. Se por um lado o Estado se prepara para atrair grandes investimentos - públicos e privados - nos próximos anos, a incerteza em torno das repercussões do novo modelo de tributação e o famoso “Custo Brasil” tem deixado empresários capixabas em alerta sobre o futuro das tributações e regulamentações na economia brasileira.

“São várias causas que formam esse custo, desde a complexidade do sistema tributário, a instabilidade

política e a falta de uma matriz tributária e fiscal equilibrada. Tudo isso acaba por minar a competitividade das empresas brasileiras no mercado. “Ele é um termo usado na economia para se referir ao nível de dificuldade e esforço necessário para produzir ou vender no território brasileiro”, explica o líder empresarial à frente da empresa Cimef Metalurgia, José Antônio Silveira. Com uma matriz tributária notoriamente complexa, com uma variedade de impostos, taxas e obrigações acessórias, o acúmulo dos tributos ao longo da cadeia produtiva e a complexidade da legislação tributária dificultam a competitividade das empresas locais, explicam os empresários.

José Emílio Brandão, diretor da Metalvix Engenharia, aponta essa confusão tributária como um dos principais entraves do Custo Brasil. “Leis que mudam o tempo todo e uma máquina pública ineficiente, isso dificulta nosso planejamento. Não é bom para os negócios. A constante mudança nas leis e regulamentações, junto à ineficiência da máquina pública, gera um ambiente de insegurança para as empresas. Isso se traduz em custos adicionais com assessoria jurídica e contábil, além de dificultar o planejamento de longo prazo”, explica.

“Todo esse emaranhado de regulamentações e normas dificulta

A insegurança jurídica cria um ambiente de negócios instável que desestimula o investimento e o crescimento”

Diretor de Competitividade do Sindifer e proprietário da Metalosa

o início e a operação de empresas, elevando os custos com documentação, trâmites administrativos e assessoria especializada. A insegurança jurídica cria um ambiente de negócios instável que desestimula o investimento e o crescimento. Os custos para operação das empresas são altíssimos.Tudo isso consome tempo e dinheiro. Por isso simplificar os trâmites é essencial para facilitar a vida das empresas.”, explica o diretor de Competitividade do Sindifer e proprietário da Metalosa, Lúcio Dalla Bernardina.

Calculado em R$ 1,7 trilhão pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Custo Brasil representa quase 20% do Produto Interno Bruto (PIB) e mede a despesa adicional que as empresas nacionais enfrentam para

O QUE É CUSTO BRASIL:

Um termo amplamente utilizado para descrever um conjunto de ineficiências e obstáculos que afetam o ambiente de negócios no Brasil. Esses fatores encarecem a produção, afetam empresas de diversos setores e portes, comprometem investimentos e limitam a geração de empregos e renda no país

O QUE COMPÕE:

„ Alta Burocracia: Processos administrativos complexos e demorados. Excesso de regulamentações e trâmites burocráticos.

„ Estrutura Tributária: Impostos elevados e não uniformes.Tributação excessiva sobre mercadorias e serviços.

„ Problemas de Infraestrutura: Deficiências em estradas, portos, aeroportos e ferrovias. Falta de investimento em logística e transporte.

„ Riscos Judiciais: Insegurança jurídica.Processos judiciais demorados e imprevisíveis.

COMO RESOLVER:

„ Reforma Tributária: Simplificar o sistema tributário. Unificar impostos para reduzir a carga tributária.

„ Investir em Infraestrutura: Melhorar estradas, portos, aeroportos e ferrovias. Facilitar o transporte de mercadorias.

„ Desburocratização: Simplificar processos administrativos. Reduzir a burocracia para abrir e operar empresas.

„ Estabilidade Jurídica: Aprimorar o ambiente legal e regulatório. Garantir segurança jurídica para investidores e empresas.

„ Qualificação Profissional: Investir em educação e treinamento. Desenvolver mão de obra qualificada.

„ Incentivar Investimentos: Criar políticas para atrair investidores. Estimular o crescimento econômico.

Fonte: Empresários consultados.

produzir localmente, em comparação com a média dos custos nos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Apesar do cenário de insegurança atual, as lideranças empresariais afirmam que estamos no caminho certo. A recente Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária - aprovada na Câmara dos Deputados há alguns meses - foi bem recebida por empresários e economistas. Na visão deles, essa mudança representa uma vitória para o país, que passará a ter um sistema tributário mais moderno e alinhado com

as economias desenvolvidas, porém são necessárias ressalvas durante o período de transição.

“A desburocratização, com redução de regulamentações e simplificação de processos administrativos, também é fundamental. Também é preciso cautela e a aprovação das Leis Complementares da Reforma Tributária o quanto antes. São elas que irão definir de fato os valores e percentuais que irão ditar o novo sistema. Só assim iremos superar esse período de transição e será possível saber, de fato, como será o cenário tributário no país”, afirma Lúcio Dalla. push_pin

DEMANDAS E DESAFIOS

Por que a agenda ESG é tão importante?

Cada vez mais os investidores procuram empresas que valorizam a sustentabilidade

A AGENDA ESG (Ambiental, Social e Governança, na sigla em português) está redefinindo cada vez mais as estratégias empresariais ao redor do mundo. As empresas passaram a adotar ações que têm sustentabilidade, responsabilidade social e boas práticas administrativas como foco. Além de atender as demandas de uma sociedade mais consciente, a implementação desses critérios traz benefícios significativos em termos de negócios, investimentos e reputação para as organizações.

“As práticas ligadas ao ESG orientam as empresas para a prosperidade econômica, visando a preservação de recursos. Uma empresa que implementa a estratégia ESG é uma empresa atenta à eficiência operacional e redução de riscos, utilizando da inovação para melhorar processos e torná-los mais aplicáveis”, afirma Kenny Sathler Almeida, gerente de Segurança do Trabalho no SESI-ES.

Ainda segundo Kenny, a contribuição da pauta ESG se torna relevante pela sua associação com a competitividade no âmbito empresarial e o impacto socioambiental. “Cada vez mais os investidores procuram empresas que valorizam a sustentabilidade, e esta procura leva

as empresas a um ciclo de melhoria contínua para manter o sucesso nos negócios”, diz.

Ao desenvolver as estratégias, os critérios mais importantes estão ligados ao conhecimento de práticas internas. “Uma ação interessante é a formação de um comitê. Assim, a empresa terá representações de diversos setores, conectando-os com os pilares do ESG. Isso trará maior clareza quanto às oportunidades e desafios, e ajudará no planejamento das ações”, aponta.

No aspecto ambiental, de acordo com a coordenadora do Comitê de Sustentabilidade do Sindifer, Eliane Gomes, é importante que as organizações avaliem as próprias operações para identificar quais atividades têm maior impacto na sociedade. “Uma vez identificados, as empresas podem direcionar seus esforços para mitigá-los. Isso pode lidar diretamente com questões

Adoção de critérios ESG reflete diretamente na reputação da empresa

específicas, como reflorestamento, por exemplo, até buscar compensar os impactos de outras formas que reflitam o compromisso com a sustentabilidade ambiental”, afirma.

PLANEJAMENTO

Kenny detalha como a empresa deve medir seu desempenho em relação aos objetivos ESG: “O caminho é traçar ações com desafios que sejam claros para a empresa e os envolvidos, estabelecendo formas de medição com monitoramentos periódicos e divulgação de resultados, para que a melhoria do processo seja contínua. É preciso ainda considerar os recursos que a empresa possui para planejar as ações de acordo com a capacidade operacional e financeira”.

De acordo com Eliane, todo projeto tem que ter acompanhamento. “Sem controle, você não mede. Ao desenvolver uma ação,

é importante ter um levantamento de quantas pessoas vão se beneficiar com isso e se é um projeto de curto, médio ou longo prazo. São as estratégias de controle de medição que vão dizer se essa medida adotada vai trazer benefícios para a sociedade ou não”, ressalta.

DESAFIOS

Entre os desafios mais comuns na implementação de uma agenda ESG eficaz está a mudança de cultura dentro das organizações. “É preciso conectar as iniciativas da empresa, alinhadas a um efetivo gerenciamento, aos objetivos do ESG. Esse planejamento traz também o desafio de ter pessoas com conhecimento, para apoiar na mudança cultural e de processos. O apoio da alta liderança é fundamental”, destaca Kenny. Para Eliane, muitas empresas tendem a se concentrar principal-

Cada vez mais os investidores procuram empresas que valorizam a sustentabilidade.”
KENNY SATHLER ALMEIDA Gerente de Segurança do Trabalho no SESI-ES

mente em recursos financeiros e lucratividade. “É natural, já que uma empresa precisa ser lucrativa para sobreviver. No entanto, essa abordagem pode fazer com que os empresários percam de vista a importância das ações sociais e ambientais que podem impactar diretamente os seus negócios”, diz.

“O que se espera é a transformação da empresa em um ambiente seguro e que promova qualidade de vida e saúde para seus empregados. Além disso, espera-se que a cultura da organização promova cada vez mais a ética, a diversidade e a inclusão, e que por meio de sua operação existam práticas ambientais sustentáveis. Esse impacto refletirá na boa reputação da empresa, alinhada ao alcance de propósitos, resultados, valor agregado de seus serviços e crescimento empresarial”, conclui Kenny. push_pin

DEMANDAS E DESAFIOS

Saúde e segurança no trabalho: ações que previnem e geram retorno

Combate à clandestinidade e à falta de cultura de prevenção marcam a luta por um ambiente laboral mais seguro no Estado

EM UM CENÁRIO global que valoriza cada vez mais a sustentabilidade e o bem-estar dos trabalhadores, a segurança no trabalho se torna um pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável das empresas e do país. No Espírito Santo, essa premissa se traduz em ações concretas por meio de programas de prevenção e fiscalização rigorosos, impulsionando um ambiente laboral mais seguro e propício à produtividade.

Os programas de prevenção e as ações coordenadas pelas entidades como a Associação Capixaba de Engenharia de Segurança do Trabalho (ASSCEST) e o CREA-ES têm um impacto significativo na indústria capixaba, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e sustentável.

“A segurança do trabalho não é apenas uma questão de cumprir normas, mas sim um valor que deve estar integrado à cultura das empresas.”, explica Edgar Lima, presidente da Associação Capixaba de Engenharia de Segurança do Trabalho (ASSCEST). “Hoje, o foco não é apenas técnico, mas também social, alinhado aos ODS e à cultura ESG (Environmental, Social and Governance). Com o ESG, as empresas que realmente prezam pela segurança de

Semana

seus colaboradores se destacam no mercado e atraem investimentos.”

Edgar lembra ainda que a Agenda 21, documento aprovado pela Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1992, e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela ONU em 2015, trazem como premissas a criação de ambientes de trabalho mais adequados à satisfação e segurança dos trabalhadores. Essa visão se alinha ao conceito de ESG, que coloca a segurança do trabalho como um dos pilares da responsabilidade social das empresas.

“A adoção dessas práticas não apenas protege os trabalhadores,

mas também fortalece a competitividade das empresas, contribuindo para o crescimento econômico e a geração de empregos”, reforça.

Além disso, Edgar lembra que o ESG tem se tornado um diferencial competitivo para as empresas, especialmente aquelas comprometidas com a segurança no trabalho. “As boas práticas de segurança no trabalho estão diretamente ligadas à sustentabilidade e ao desenvolvimento social, criando um ambiente de operação seguro e satisfatório para os trabalhadores”, reforça Lima. O futuro da segurança no trabalho no Espírito Santo parece promissor, com várias iniciativas em

Prevenir, realizada pelo Sindifer, mobiliza a sociedade para valorização da saúde e da segurança no trabalho

andamento e um compromisso crescente das empresas e das autoridades locais. A cooperação entre diferentes atores, incluindo empresas, sindicatos e órgãos públicos, é essencial para superar os desafios e promover um ambiente de trabalho cada vez mais seguro e saudável, explica o profissional. “A segurança no trabalho é um componente crucial do desenvolvimento sustentável e social das empresas capixabas e todos esses programas de prevenção, aliados às iniciativas de certificação ESG e aos objetivos da Agenda 21 e dos ODS da ONU, estão transformando o cenário industrial do Estado”.

Apesar dos avanços, ainda há desafios a serem superados no mercado capixaba, como a falta de cultura de prevenção em alguns setores, a subnotificação de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho e a desigualdade entre setores e atividades.

“Outro desafio que enfrentamos é a atuação de leigos e clandestinos na área da Segurança do Trabalho”, ressalta o presidente do CREA-ES, Jorge Luiz e Silva. “Para combater esse problema, intensificamos a fiscalização e trabalhamos em conjunto com os demais atores envolvidos para promover a cultura de prevenção.”

Para superar esses desafios, o CREA-ES, em parceria com empresas, sindicatos, órgãos públicos e privados, têm intensificado suas ações de fiscalização, orientação e conscientização. Além disso, o Conselho investe na formação de profissionais qualificados e na promoção de eventos e workshops sobre o tema.

“Estamos confiantes de que, com o esforço conjunto de todos os envolvidos, construiremos um ambiente de trabalho cada vez mais seguro e saudável no Espírito Santo”, afirma.

Os especialistas são unânimes em lembrar que a chave para enfrentar os desafios e construir um ambiente laboral mais seguro e saudável está na colaboração entre diferentes atores: empresas, sindicatos e órgãos públicos. “A busca por ambientes de trabalho seguros e saudáveis não é apenas uma obrigação legal, mas também uma responsabilidade social. A segurança do trabalho não se limita a cumprir normas; é um valor que deve estar intrínseco à cultura empresarial”, reforça Lima. push_pin

CORPO DE BOMBEIROS

Empresa Segura

A segurança no ambiente de trabalho é uma questão prioritária para garantir a proteção dos trabalhadores e evitar incidentes que possam colocar em risco suas vidas. Consciente dessa importância, o Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) criou o inovador projeto “Empresa Segura”, com o objetivo de promover uma cultura de prevenção a acidentes e sinistros. O selo “Empresa Segura” é uma certificação pioneira que busca mudar a mentalidade das empresas em relação à segurança no trabalho. Segundo o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Alexandre Cerqueira, o projeto visa desenvolver competências para uma atuação segura e responsável, promovendo o conceito de “responsabilidade compartilhada” entre empregadores e trabalhadores.

“O projeto oferece treinamentos e conteúdos abrangentes, abordando temas como primeiros socorros, combate a incêndios, evacuação de áreas em caso de sinistro e normas de segurança contra incêndio. Além disso, orienta as empresas na regularização de suas edificações de acordo com as normativas de segurança exigidas pela corporação, visando a obtenção do Alvará de Licença e do selo de empresa segura. É uma iniciativa que ajuda a salvar vidas”, explica Cerqueira.

As empresas interessadas em obter o selo “Empresa Segura” devem seguir três passos importantes: obter o Alvará de Licença do Corpo de Bombeiros, capacitar os fun cionários por meio do Curso de Forma ção de Brigadista Eventual (CFBE), além de elaborar um vídeo de instrução para os colaboradores e confeccionar o plano de emergência e abandono. Por fim, é necessá rio participar do Simulado Anual de Pre venção e Emergência. A lista com todos os documentos e formu lários de inscrição no progra ma estão disponíveis no site do Corpo de Bombeiros pelo link: cb.es.gov.br/projeto-empresa-segura push_pin

Jorge Luiz e Silva, presidente do CREA-ES
Edgar Lima, presidente da ASSCEST

DEMANDAS E DESAFIOS

Setor produtivo enfrenta apagão de mão de obra qualificada

Falta de incentivo, migração para a informalidade e desconexão entre ensino e mercado contribuem para escassez de trabalhadores capacitados

O CENÁRIO atual do mercado de trabalho apresenta um desafio: a escassez de mão de obra qualificada. Essa realidade não se restringe ao Espírito Santo, mas é um problema nacional que afeta diversos setores da economia. Vamos analisar essa questão com base em dados e reflexões relevantes.

Em 2022, a consultoria de recursos humanos ManpowerGroup conduziu um estudo abrangente sobre a disponibilidade de profissionais qualificados em diferentes países. Os resultados colocam o Brasil em 9º lugar entre 40 nações com maior carência de trabalhadores capacitados.

De acordo com a pesquisa, 81% dos empregadores brasileiros enfrentam dificuldades em encontrar profissionais com as habilidades necessárias para atender às demandas do mercado. Esse índice representa um aumento em relação ao ano anterior (71%) e está acima da média global (75%).

Segundo Heloisa Guimarães, Consultora em EHS e Especialista em Fatores Humanos e Organizacionais do Sindifer, a busca por talentos qualificados é uma tarefa árdua. “O baixo número de novos entrantes no mercado de trabalho industrial é preocupante. Isso ocorre por muitos motivos, como falta

Mostrar os caminhos possíveis e as carreiras disponíveis na indústria pode melhorar esse cenário

de incentivo às carreiras técnicas e atração insuficiente de jovens para áreas industriais. Muitos profissionais preferem trabalhar por conta própria ou em atividades informais, o que reduz a disponibilidade de mão de obra”, ressalta.

Na visão da Gerente Corporativa de Pessoas e Cultura do Grupo Bertolini, Ana Paula Demicheli, há um desinteresse pelo ‘trabalho pesado’. “As novas gerações muitas vezes não enxergam no trabalho braçal ou de campo uma carreira promissora. Essa mudança de perspectiva tem

implicações para a indústria e para o desenvolvimento econômico do país”, conta.

A solução para o problema requer uma abordagem multifacetada. “Os jovens precisam ser preparados com habilidades técnicas e competências socioemocionais que os tornem aptos ao trabalho. É fundamental fortalecer a educação e acompanhar o crescimento profissional desses jovens. Mostrar as carreiras disponíveis na indústria e as oportunidades de crescimento pode despertar o interesse”, afirma Ana Paula.

O apagão de mão de obra na indústria é resultado de uma combinação de fatores estruturais, econômicos e sociais. O baixo número de novos entrantes no mercado de trabalho industrial é preocupante.”

HELOISA GUIMARÃES

Consultora em EHS e Especialista em Fatores Humanos e Organizacionais do Sindifer

É necessário priorizar a prática, permitindo que os alunos coloquem a mão na massa e vivenciem situações reais. Compreender o funcionamento de uma máquina é importante, mas enfrentar adversidades práticas é igualmente essencial.”

ELIANE GOMES

81% de empregadores com dificuldade de contratação

Para garantir que as empresas tenham acesso aos profissionais necessários, diversas iniciativas devem ser adotadas. “Investir em treinamentos e capacitação, promover a melhoria na qualidade de ensino e qualificação do corpo docente, capacitando-os em metodologias eficazes e alinhadas às necessidades do mercado. Parcerias público-privadas também desempenham um papel importante, com

Diretora do Sindifer e coordenadora do Comitê de Educação e Formação Profissional

programas de estágio, bolsas de estudo e incentivos fiscais para empresas que investem em capacitação. Requalificar profissionais desempregados e valorizar as carreiras técnicas são medidas essenciais”, pontua Heloisa.

DA TEORIA À PRÁTICA

Em um mercado cada vez mais competitivo, a busca por qualificação profissional é imprescindível. Especialistas reforçam que, embora a teoria seja fundamental, é na prática que os profissionais desenvolvem suas habilidades.

Eliane Gomes, diretora do Sindifer e coordenadora do Comitê de

As habilidades mais difíceis de encontrar nos candidatos:

„ Resolução de Problemas: Profissionais capazes de analisar situações complexas e propor soluções eficazes.

„ Resiliência: Diante de desafios e mudanças, conseguir se adaptar e perseverar é fundamental.

„ Iniciativa: Profissionais proativos que buscam oportunidades de crescimento e inovação.

„ Confiabilidade: Empregadores valorizam a pontualidade, responsabilidade e ética no trabalho.

„ Espírito Colaborativo: Trabalhar em equipe e se comunicar bem são competências essenciais.

Fonte: Maria Heloisa Neves Guimarães, professora universitária nos cursos de pós-graduação em engenharia de segurança do trabalho e Psicologia Aplicada à Saúde e Segurança do Trabalho, consultora em EHS, palestrante e CEO da Heloisa Guimarães Consultoria e Palestras Ltda.

Educação e Formação Profissional, enfatiza a importância de sair do computador para se tornar um profissional do chão da fábrica.

“Esse tipo de especialista está em falta no mercado. É necessário priorizar a prática, permitindo que os alunos coloquem a mão na massa e vivenciem situações reais. Compreender o funcionamento de uma máquina é importante, mas enfrentar adversidades práticas é igualmente essencial”, reforça.

O Espírito Santo conta com um Comitê de Qualificação Profissional no Sistema Findes, que se empenha em oferecer cursos e parcerias junto às prefeituras da Grande Vitória. O objetivo é proporcionar oportunidades de capacitação para os interessados, incentivando o desenvolvimento pessoal e profissional. push_pin

Paulo Baraona:

“O Sindifer é um sindicato extremamente importante”

NASCIDO EM PORTUGAL e radicado no Espírito Santo, o empresário Paulo Baraona assumiu a presidência da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), depois de quatro anos como vice-presidente. Na entrevista a seguir, ele avalia os pontos fortes e fracos da indústria capixaba, fala sobre os planos para os próximos quatro anos e defende com convicção a importância do associativismo e da parceria entre Governo e setor privado.

Quais são os seus planos à frente da presidência da Findes a partir de agora e para os próximos anos? Obviamente que nestes quatro anos, eu vivenciei a gestão da presidente Cris Samorini. Os próximos quatro anos terão muito daquilo que já estávamos fazendo. Um dos principais eventos que a gente vem trabalhando já há algum tempo, é a defesa de interesses que incluem o petróleo, o gás, novas matrizes energéticas, ferrovias, rodovias. São assuntos de

infraestrutura que impactam muito a indústria de um modo geral. Como nosso estado tem se tornado um hub de logística, pela sua localização, os portos em construção e por tudo o que tem se feito aqui, faz o nosso estado ter essa capacidade de ser entrada e saída do Brasil. Então esse é um ponto principal, continuar a defesa de interesse, ajudando o governo e participando dessa discussão de infraestrutura. O outro ponto é o associativismo, a integração de todos os sindicatos que fazem a federação. Os sindicatos são os protagonistas nos seus vários setores da indústria. E que a gente consiga trazer cada vez mais o empresário para dentro da federação, para que a federação seja cada vez mais forte e possa ajudar cada vez mais a indústria. A federação precisa entender melhor os diversos setores da indústria para que a gente possa atuar cada vez mais. E, por último, uma integração muito forte em relação ao setor público. A gente precisa conseguir conversar melhor com os três poderes, com o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Eu pretendo, evidentemente, estar muito próximo e abrir diálogo para que a indústria possa ser compreendida e para que a gente também possa compreender as dificuldades do setor público. Esse diálogo tem que ser o mais republicano, o mais claro possível, para que a gente possa, de fato, desenvolver melhor o nosso estado.

que esse setor vai crescer muito, tanto no offshore como no onshore. A Cris fez um trabalho realmente extraordinário na captação dessas empresas aqui dentro da Findes. E do ponto de vista institucional, a federação fez um grande trabalho ao conseguir que essas empresas participassem da federação. Agora nós precisamos fazer a segunda fase, que é trazer essas empresas e ser prestador de serviços, até porque elas almejam que o estado tenha empresas para prestarem serviços para ela. Então a gente precisa fazer essa conexão, entender melhor quais são as demandas dessas empresas para que a gente prepare os nossos empresários para isso. E obviamente, o Sindifer é um dos sindicatos que estará muito presente nisso.

“Nós precisamos melhorar a logística do estado, melhorar as rodovias, as ferrovias, precisamos dar suporte aos portos que estão sendo construídos”

Sobre associativismo, qual a importância e o papel do Sindifer dentro da Findes?

O Sindifer é um sindicato extremamente importante. É um sindicato que participa há muito tempo da federação e participa ativamente. Eu vejo com muita importância a participação do Sindifer, assim como todos os sindicatos. O Sindifer tem sido um sindicato muito participativo e é um sindicato que tem ajudado muito a federação a interagir com as grandes empresas. Acredito que essa interação é extremamente importante, tanto do ponto de vista do tamanho do Sindifer, quanto do ponto de vista do trabalho que o Sindifer tem feito.

Sobre o setor de petróleo e gás, você acredita que essa área deve ter ainda mais destaque e contribuir ainda mais para a economia do Estado nos próximos anos?

É um setor muito forte, aliás, forte em qualquer país. E aqui no estado, nos últimos anos, esse setor tem crescido muito. O gás, inclusive, como uma nova matriz energética. Eu acho

Quais os principais desafios da indústria no Espírito Santo hoje?

Nós temos no Brasil vários problemas, e o Espírito Santo não é muito diferente do resto do país. O primeiro problema é a capacitação de mão de obra. Nós temos uma série de dificuldades com mão de obra capacitada, mão de obra especializada. E obviamente o Senai tem feito um grande trabalho nesse aspecto, mas ainda há muito para fazer. Então, mais uma vez, a gente precisa da grande integração dos sindicatos e das grandes indústrias para que a gente consiga entender qual capacitação, a quantidade de funcionários e qual as especialidades que nós precisamos mais, para que o Senai possa fazer esse trabalho customizado para o setor industrial. Um dos gargalos que nós temos, realmente é mão de obra. E a outra é exatamente a logística. Nós precisamos melhorar a logística do estado, melhorar as rodovias, as ferrovias, precisamos dar suporte aos portos que estão sendo construídos. Acredito que esses são os grandes gargalos para a indústria de um modo geral.

De que forma que a Findes pode se posicionar em relação às principais bandeiras do Espírito Santo: educação, inovação, capacitação de mão de obra, logística?

Nós já estamos ajudando, isso faz parte do nosso DNA. Tanto no caso da capacitação de mão de obra quanto da inovação, o Senai tem sido referência. E nós temos o Findeslab, que foi o primeiro hub de inovação aqui do Espírito Santo, e que tem conexão hoje com as grandes empresas. Grandes desafios têm sido feitos, e mais uma vez nós

ENTREVISTA ESPECIAL

estamos junto com os sindicatos, jun to com os vários setores da indústria, tentando dar maior dinamismo tan to à inovação quanto à capacitação técnica. A nossa indústria está evo luindo muito rapidamente por conta da inovação. Nós precisamos estar muito atentos a essas mudanças, e ajudar o empresário a compreender essas inovações. Que inovação não é só uma nova tecnologia, às vezes, é uma gestão diferente. São várias outras coisas além da tecnologia, evi dentemente. Para que isso aconteça de uma forma mais célere e para que isso chegue mais rapidamente às nossas indústrias, é preciso a participação ativa dos sindicatos, como o Sindifer faz.

O Espírito

Santo tem se destacado em âmbito nacional. Como é possível valorizar ainda mais a indústria capixaba?

Acredito que o Espírito Santo tem crescido mui to nos últimos anos por causa do grande dife rencial que tem sido a governança e a gestão pública nesses últimos anos. Nós vamos para quase 24 anos de uma gestão pública de dois governadores que tiveram responsabilidade fiscal e que trouxeram estabilidade política e econômica para o estado. Então, isso é o primeiro passo. O segundo passo é que a gente, enquanto indústria, se comunica com os atores, especialmente com o Executivo e com o Legislativo e com o Judiciário. Criamos esse ambiente que dá segurança ao investimento e por conta disso, nós temos hoje uma indústria muito diversificada, que foi atraída exatamente

por esse ambiente criado entre o público e o privado. Gestões públicas estaduais e municipais responsáveis, e a iniciativa privada e a sociedade participando disso. Esse é o princípio de criar um ambiente atrativo

Na sua opinião, como as indústrias do Espírito Santo podem ganhar cada vez

Nós estamos a 1200 km de 60% do PIB nacional e das maiores cidades do país. E estamos no centro do Brasil. Pela nossa localização logística e pela forma como a gente vem trabalhando em ser um estado de entrada e saída de mercado externo, mercado interno, e também pela estrutura que nós estamos criando em termos de portos, de armazéns e logística, acredito que essa é a forma de tornar o estado cada vez mais atrativo e com enormes possibilidades de novos investimentos.

Qual a avaliação que você faz a respeito do crescimento das indústrias no Norte e no Sul do Estado?

“Nossa indústria está evoluindo rápido por conta da inovação. Não é só tecnologia, às vezes, é gestão diferente”

Felizmente, o norte tem a Sudene e evidentemente as empresas não vão para lá porque o norte é mais bonito. Vão para lá porque tem um incentivo fiscal, tem facilidade. Eu enxergo que a gente precisa cuidar do sul de uma forma um pouquinho diferente, exatamente pela dificuldade de não ter incentivos como tem o Norte. Não diferenciando um do outro, evidentemente, mas precisamos dar ao sul algumas condições para que possam se desenvolver tanto quanto o norte. A gente precisa olhar para o estado com as características e as dificuldades que cada região tem. Nós estamos com esse olhar, sim, preocupados em trazer para o sul as mesmas condições que o norte possui hoje. push_pin

ORGULHO CAPIXABA

Com profundidade de 17 metros, o porto é o 7º empreendimento do grupo Imetame

Porto da Imetame logística começa a operar em 2025

Com capacidade inicial para mover 300 mil contêineres por ano, empreendimento vai receber os maiores navios do mundo

UMA DAS EMPRESAS que mais crescem no ES nos últimos anos, a Imetame vai iniciar a operação parcial do porto, em Barra do Riacho, no município de Aracruz,

no segundo semestre de 2025. O Porto da Imetame Logística será um Complexo de Terminais Privados com administração portuária própria, incluindo terminais para contêineres, grãos, carga geral e granéis líquidos.

Com profundidade de 17 metros, o porto é o 7º empreendimento do grupo e terá capacidade para

receber os maiores navios do mundo. A área total de 1 milhão de m² contará com infraestrutura inicial para movimentar 300 mil contêineres por ano, já configurado para expansão de área e movimentação anual de 1 milhão de contêineres em plena capacidade operacional.

“A profundidade do Terminal permitirá que os navios de contêineres possam entrar e sair do porto totalmente carregados. Isso inclui, por exemplo, a nova geração de navios conteineiros (New Post Panamax) com capacidade de 14.000 TEUs (unidade equivalente de 20 pés), além de ter capacidade para receber navios Capesize, o que poderá mudar a forma de transporte de grãos, principalmente para o trade da Ásia”, explica Gilson Pereira, CEO Grupo Imetame.

Localizado a 3 km da Estrada de Ferro Vitória a Minas, o porto terá um ramal ferroviário de aproximadamente 7 km, viabilizando um novo corredor logístico centro-leste e oferecendo uma nova dinâmica na cadeia logística do Espírito Santo e do Brasil.

“A demanda por capacidade portuária e solução logística moderna na região é crescente, principalmente em função da atividade industrial e tradings no Espírito Santo, e o crescimento da agricultura, pecuária e agroindústria no Centro-Oeste e em Minas Gerais, que fazem parte da área de influência direta do porto. O Imetame Logística Porto vai adicionar uma solução logística robusta, de grande capacidade e alta eficiência, em uma região onde hoje existe a

O Imetame

Logística Porto vai adicionar uma solução logística robusta, de grande capacidade e alta eficiência, em uma região onde hoje existe a necessidade de um ativo portuário”

GILSON PEREIRA CEO do Grupo Imetame

necessidade de um ativo portuário, oferecendo condições atrativas para cargas de exportação e importação para diversos destinos. Proporcionará oportunidades para o crescimento da economia do Espírito Santo e apoiará no desenvolvimento da logística nacional”, afirma Gilson.

CRESCIMENTO

A Imetame iniciou a sua história em 1980, como uma empresa de metalmecânica. Ao longo dos anos, os negócios foram expandindo e atualmente o Grupo Imetame atua também nos mercados de rochas ornamentais, logístico, energia e óleo e gás. As empresas do grupo atendem ao mercado nacional e, em alguns negócios, também ao mercado internacional. push_pin

ORGULHO CAPIXABA

Alumínio fabricado no Espírito Santo é utilizado em segmentos da construção civil na região Sudeste

De Norte a Sul, do Espírito Santo para o mundo

Indústria capixaba é diversificada e atende a vários estados brasileiros, com exportação também para outros países

DE NORTE a Sul do Estado, a diversidade da produção capixaba faz com que as empresas do Espírito Santo estejam presentes na vida de muitos brasileiros. A região Norte concentra a fabricação dos mais variados produtos. Em Linhares, a Weg produz motores comerciais de uso geral, que são comprados por fabricantes nacionais de máquinas de lavar roupa, ar-condicionado, filtros de piscinas, compressores e portões eletrônicos.

Em São Mateus, os micro-ônibus fabricados pela Volare são comercializados em mais de 140 países. Líder de vendas no seu segmento, a fábrica capixaba tem

capacidade para produzir 12.500 unidades por ano.

Já no Noroeste do Estado, o grupo Bertolini produz móveis de aço e sistemas de armazenagem industrial. Em 2023, a fábrica de Colatina produziu mais de 24 mil toneladas de produtos, que são utilizados por lojistas e empresas em todo o Brasil, além de países da América Latina, como Colômbia, México, Uruguai e Bolívia.

A empresa avalia a possibilidade de trazer uma fábrica de móveis seriados para Colatina, um projeto com investimento aproximado de R$50 milhões, com estudo de viabilidade econômica em andamento. Até 2032,

serão aportados R$127 milhões, podendo chegar a R$177 milhões caso o investimento na unidade de seriados seja aprovado. Esses investimentos visam aumentar a capacidade de produção.

O maior fabricante de carrinhos de mão do Brasil também é de Colatina. A Metalosa processa cerca de 1.200 toneladas de aço por mês para garantir, além da produção dos carrinhos de mão, a fabricação de betoneiras, cubas de aço inox, perfilados para estrutura metálica, baldes e carros de carga.

“O nosso carrinho de mão é comercializado no Brasil inteiro, do

Empresa capixaba desenvolve soluções tecnológicas para o setor de rochas ornamentais

Rio Grande do Sul até Manaus, assim como as betoneira e cubas de aço inox. Nosso carrinho de mão é produzido sem nenhuma solda, apenas com parafusos, o que facilita muito o transporte. Fomos pioneiros nessa forma de produção e por isso somos copiados no país inteiro. Somos referência nesse mercado”, orgulha-se Lucio Dalla Bernadina, presidente da empresa.

REGIÃO METROPOLITANA

Na região Metropolitana, a Perfil Alumínio, localizada em Viana, produz material utilizado na fabricação de fachadas, janelas e portas na região Sudeste do Brasil. Em 2023, a empresa produziu mais de 7 milhões de perfis de alumínio. A expectativa é dobrar a produção até o final do ano. Já na Serra, a Cetest garante a manutenção de ar-condicionado, elevadores de carga, equipamentos de cozinha e refrigeração.

O capixaba talvez não saiba, mas é provável que ele tenha em casa ou no trabalho, por exemplo, algum item produzido pela Comper. A metalúrgica de Vila Velha fabrica objetos por encomenda com o uso de aço carbono, galvanizado, alumínio e aço inoxidável. A lista de produtos é longa e inclui, entre outras coisas,

ralo, caixa para mangueira de combate a incêndio, lixeira, bancada, pia, cuba, mesa, armário, prateleira e até cabine de elevador. Tudo feito com precisão milimétrica e qualidade no acabamento.

É também na região metropolitana que ficam algumas das prestadoras de serviços das maiores empresas do Espírito Santo. Sediada em Guarapari, a Conami oferece uma gama de soluções que são cruciais para o funcionamento e a manutenção das operações das indústrias de mineração. Entre os serviços, destacam-se o jateamento abrasivo e a pintura industrial, que são fundamentais para a preparação e preservação de equipamentos utilizados nas atividades de empresas como Vale e Samarco. Já em Cariacica, a Seisa Metalmecânica presta serviços de usinagem e caldeiraria para grandes empresas como ArcelorMittal e Petrobras.

SUL: MUITO ALÉM DE ROCHAS ORNAMENTAIS

Uma das mais importantes empresas do setor metalmecânico da América Latina está localizada em Cachoeiro de Itapemirim. A Cimef é uma das maiores fabricantes de máquinas e soluções tecnológicas para o setor de rochas ornamentais. A empresa

desenvolve uma linha de máquinas, como os teares Beka Tech e as Politrizes Multicabeças CPC, que são máquinas essenciais no processo de beneficiamento e acabamento das rochas ornamentais, como mármore e granito, permitindo cortes precisos, polimento de alta qualidade e outros processos relacionados à produção desses materiais.

Mas nem só de rochas ornamentais vive a região Sul do Espírito Santo. Também em Cachoeiro de Itapemirim, a Servi Seringas desponta como uma das principais e maiores produtoras de seringas veterinárias do Brasil. Com uma trajetória pautada pela expertise e compromisso com os mais altos padrões de qualidade, a empresa tornou-se uma referência no fornecimento de agulhas veterinárias para importantes mercados, como os estados de Mato Grosso, Goiás, Maranhão, Pará e Rondônia, onde se concentram os maiores produtores de gado do país. A região também se destaca pelas empresas de manutenção e serviços. A LMI, em Anchieta, atua na fabricação de soluções metalmecânicas e oferece uma ampla gama de serviços industriais. Entre os serviços: manutenção preventiva e corretiva, instalação de equipamentos, consultoria técnica e fabricação de peças e estruturas metálicas personalizadas. Esses serviços são essenciais para a operação eficiente e segura de grandes complexos industriais do Espírito Santo.

Com uma trajetória de sucesso, a Itamil, em Cachoeiro de Itapemirim, tem conquistado espaço não apenas no mercado regional, mas também nacional. A empresa atua de forma abrangente nos setores de siderurgia, mineração e óleo e gás, com uma ampla gama de produtos e serviços, incluindo usinagem de precisão, caldeiraria especializada, metalização, jateamento e pintura, tratamento térmico, manutenção e montagem industrial. push_pin

CLASSIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS ATIVIDADES ECONÔMICAS POR REGIÃO

Barra de São Francisco

Baixo Guandu

Venda Nova do Imigrante

Santa Maria de Jetibá

Marechal Floriano

Castelo

Alfredo Chaves

Cachoeiro de Itapemirim

Apoio e extração de minerais metálicos

Fabricação de aeronaves

Fabricação de equipamentos eletrônicos

Fabricação de máquinas e equipamentos

Fab. de móveis com predominância de metal

São

Mateus

Jaguaré

Sooretama

Ibiraçu

Viana

Guarapari

Anchieta

Fabricação de produtos de metal

Fab. de veículos autom., reboques e carrocerias

Manutenção, repar. e instal. de máq. e equip.

Metalurgia

Siderurgia

Vitória
Vila
Velha
Colatina
Cariacica
Serra
Aracruz
Linhares
João Neiva
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Nosso compromisso vai alem da execuçao tecnica. Valorizamos a construçao de parcerias duradouras baseadas na confiança e no respeito mutuo. Trabalhamos lado a lado com nossos clientes para entender suas necessidades e superar suas expectativas, oferecendo soluçoes personalizadas e suporte contınuo

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w w w m e c a t r o n i c e n g e n g e n h a r i a c o m

Principais recursos:

TAU INOVAÇÃO

Software de Gestão de Ativos

Fácil integração; Interface simples e objetiva; Implantação ágil; Mapeamento de pontos críticos;

Gerenciamento de riscos; Gestão econômica dos ativos; Priorização e Planejamento Opex;

Gestão de qualidade; Gestão de desempenho dos ativos;

O software da TAU é um sistema inovador e exclusivo do mercado direcionado ao monitoramento e prevenção de anomalias, utilizando metologias simples e objetiva de modo a facilitar o mapeamento dos pontos críticos e de alto risco.

O sofware foi desenvolvido para atender todo o setor industrial conforme a necessidade de cada cliente.

Atualmente estamos implantando um módulo de gestão de integridade estrutural e tratamento anticorrosivo na área portuária de uma grande companhia do setor logístico.

Tau Inovações, transformando desafios em soluções seguras e eficientes

A expansão da estrutura portuária está entre as oportunidades de maior crescimento para o ES

Programa ES + Competitivo fortalece empresas

Promovido pela Secretaria de Desenvolvimento, a iniciativa busca captar novos negócios e fortalecer a economia capixaba

COM POTENCIAL competitivo, o governo do Espírito Santo concentra esforços para atrair empresas que impulsionam o crescimento regional e geram empregos. A Secretaria de Desenvolvimento possui projetos em curso para captar novos negócios, com destaque para o programa ES + Competitivo. Fruto da parceria entre o Governo do Estado e a Federação das Indústrias (Findes), a iniciativa visa fortalecer a economia local ao

promover investimentos e colaborar nas esferas institucionais, nacionais e internacionais.

O programa busca atrair novas empresas, que trazem consigo uma série de benefícios, como o aumento da produção e produtividade, a diversificação da economia local, a expansão do mercado de trabalho e a atração de investimentos externos.

Para estimular o crescimento econômico, o Governo do Estado,

por meio do ES + Competitivo, doou a área onde será o novo polo industrial do Espírito Santo, em Mimoso do Sul, às margens da BR 101. A instalação da primeira empresa vai acontecer ainda em 2024: a Sampaio Distribuidora de Aço, uma das maiores empresas de distribuição de aço do Brasil, está investindo R$120 milhões para o início das atividades. Com a chegada da empresa, a previsão é gerar 300 empregos diretos.

De acordo com a Federação das Indústrias do Espírito Santo (FINDES), a perspectiva de crescimento econômico para o Estado é de 3,1% este ano. O desempenho acima da média nacional, estimado em 1,7% pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), reflete não apenas o vigor da economia local, mas também impacta diretamente no emprego, renda e oportunidades de desenvolvimento para a população. As análises baseadas no Indicador de Atividade Econômica (IAE-Findes), produzido pelo Observatório da Indústria, sinalizam um horizonte promissor para o estado.

No horizonte das oportunidades, destacam-se ainda aportes privados robustos, especialmente nas áreas de infraestrutura e indústria, a exemplo de petróleo e gás, energia solar, metalurgia e indústria alimentícia. Entre os principais projetos está a expansão da estrutura portuária e a instalação da primeira Zona de Processamento de Exportação (ZPE) privada do país, em Aracruz, no Norte do Estado.

Dados do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), com informações sobre investimentos anunciados para o Espírito Santo, trazem indicativos a respeito da economia capixaba, através de um levantamento sistemático dos projetos em execução e oportunidades. No setor público e privado, em todas as regiões do estado, são previstos R$ 65,4 bilhões de investimentos até 2027. push_pin

Capacitações e seminários estão entre os diferenciais do sindicato

Sindifer: a serviço do desenvolvimento das empresas do ES

Discutir melhorias para o setor e ajudar na capacitação dos profissionais faz parte da missão do Sindifer

PRIMEIRO sindicato patronal do Brasil a oferecer assistência jurídica a seus associados, e um dos primeiros a oferecer consultoria na área trabalhista, o Sindifer é há mais de 50 anos um sindicato a serviço do desenvolvimento das empresas do Espírito Santo. Na busca por facilitar a relação entre empresários e colaboradores, o Sindifer conta atualmente com uma série de consultorias, que vão de questões tributárias à saúde mental.

Com a missão de estimular a inovação e contribuir com o

desenvolvimento dos setores representados, o Sindifer realiza uma série de seminários técnicos e eventos ao longo do ano. A ideia é discutir melhorias para o setor e ajudar na capacitação dos profissionais, bem como contribuir positivamente com a sociedade.

“O Sindifer sempre esteve a serviço das empresas e dos profissionais. Hoje nós contamos com uma série de assessorias exclusivas: jurídica, trabalhista, tributária, direitos autorais, LGPD, contábil, saúde mental. Realizamos cursos,

capacitações, feiras, seminários e workshops para facilitar a troca de experiências entre as empresas. Nossa meta é ser referência para as empresas, contribuir para o crescimento da indústria e o desenvolvimento do Espírito Santo”, afirma Leonardo Cereza, presidente do sindicato.

“Agradecemos a Deus por nos guiar e abençoar em nossa jornada, permitindo-nos continuar servindo e contribuindo para o crescimento e desenvolvimento das empresas do Espírito Santo”, afirma Cereza.

EQUIPE SINDIFER

Atender a demanda das indústrias associadas com qualidade e confiança é o constante desafio do Sindifer. Para isso, o sindicato - que tem os empresários Leonardo Jordão Cereza e Gilson Pereira Junior nas funções de presidente e vice-presidente, respectivamente, e mais 25 membros em sua diretoria - conta com profissionais que atuam diariamente na busca por alternativas, parcerias, projetos e planejamentos capazes de resultar em benefícios. Conheça a equipe que atua em defesa da sua empresa:

JONATHAN AGUIAR

Coordenador Executivo Responde pela gestão do sindicato, da equipe e projetos desenvolvidos. Responsável pelo processo jurídico de assessoria e demandas de relações trabalhistas e sindicais.

Gerente de Relações Empresariais Responde pelo associativismo, levantamento e atendimento de demandas dos associados e atua nas atividades de relacionamento com as empresas, relatórios e processos administrativos.

Gerente Administrativo e Financeiro Responde pela gestão de compras, finanças, manutenção ativa e assessoria no processo de planejamento e construção orçamentária.

GERLANE DELPUPODA SILVA

Analista Regional Sul Responde pela regional de Cachoeiro de Itapemirim, atua nos processos da área administrativa e atende às demandas dos associados, fomentando a participação do Sindifer na região.

Analista de Marketing Responde pelos comitês técnicos de eventos do Sindifer e atua nos processos administrativos e parcerias estratégicas.

MARIANA PIN

Assistente Regional Norte Responde pela regional de Linhares, atua nos processos da área administrativa, na elaboração de projetos e atende às demandas dos associados, fomentando a participação do Sindifer na região.

BRENO BROTTO
MARIO RODRIGUES DE MOURA
VICTÓRIA SALUSTIANO NORBIM

Desafios empresariais de hoje e do futuro imediato

O BRASIL recuou mais duas posições na edição de 2024 do Ranking Mundial de Competitividade, de acordo com o levantamento feito pelo International Institute for Management Development (IMD) com base nos esforços de competitividade de 67 países. Agora, a nação está na 62ª colocação, à frente apenas de Peru, Nigéria, Gana, Argentina e Venezuela. Uma posição nada confortável para uma nação que precisa melhorar os indicadores críticos de desempenho e qualidade de vida.

O Espirito Santo não se acomoda e sabe que precisa reagir obrigatoriamente ao cenário mundial e nacional, pois esta é uma condição obrigatória considerando seu parque industrial jovem e competitivo, formado por importantes empresas de destaque neste cenário. Devemos considerar, entretanto, que o conjunto das forças empresariais e também do poder público, há que se mobilizar para os resultados expressivos no novo ambiente, o que exige posicionamento tático e estratégico em alto nível.

para reavaliar e mudar seus modelos de negócios quando necessário, até mesmo antecipando tendências mundiais e regionais.

Adoção de Novas Tecnologias: Investir em tecnologia é essencial, mas deve ser feito de maneira inteligente.

Desenvolvimento de Talentos: Empresas devem criar programas de capacitação e incentivar uma mentalidade de aprendizado constante.

“Organizações devem ser ágeis, capazes de responder rapidamente às mudanças do mercado”

Falar em Mundo Digital, Inteligência Artificial, Inovação Desruptiva, por exemplo, já se tornou papo de botequim. Caminho sem volta, concorda? Como fazer para mudar e acertar o rumo do progresso para o nosso país e em especial para o nosso Espírito Santo? Que ações devemos considerar e empreender?

Adaptação à Disrupção: Empresas devem estar prontas

Importância da Agilidade: Organizações devem ser ágeis, capazes de responder rapidamente às mudanças do mercado. Estruturas hierárquicas rígidas precisam ser flexibilizadas.

ESG: Integrar práticas sustentáveis e responsáveis socialmente não é apenas uma tendência, mas uma necessidade para garantir a longevidade e a relevância das empresas.

Colaboração: Valorizar a equipe e a sinergia focada em resultados, onde a criatividade e inovação possam florescer a partir da cultura permanente de busca de resultados.

Parcerias: A colaboração é a chave para a inovação. Empresas, governo e academia devem unir forças estratégicas e compartilhar conquistas entre si.

Visão Estratégica de Longo Prazo: Planejar com antecedência permite às empresas se anteciparem às mudanças e se prepararem melhor.

Vamos à luta!

GETÚLIO APOLINÁRIO FERREIRA

é Engenheiro Mecânico, com atuação na WEG Motores Elétricos, Petrobras e ArcelorMittal. É membro da Academia Brasileira da Qualidade (ABQ) e presidente da União Brasileira para a Qualidade e Inovação.

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