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O papel do engenheiro agrônomo
A primeira associação de pro ssionais da agronomia, em Uberlândia (MG), foi fundada em 1986, com a denominação de Clube dos Engenheiros Agrônomos de Uberlândia (CEAGRU), tendo como seu primeiro presidente o engenheiro agrônomo Marco Paulo Teixeira Paiva.
Foi aprovada como de utilidade pública pela lei municipal 6.634 em 21/05/1996. Visando ampliar sua área de atuação e buscar maior participação dos pro ssionais, foi aprovada, em Assembleia Geral Extraordinária, em 1999, a alteração da denominação CEAGRU para AGROTAP - Associação dos Engenheiros Agrônomos do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba.
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CONQUISTAS
Nas duas primeiras décadas de existência da Associação, sem nenhum apoio do Conselho Regional, falta de estrutura física e escassez de recursos nanceiros, mas graças aos esforços e abnegação de todas as diretorias, muitas conquistas aconteceram, principalmente vinculadas ao social.
De grande relevância, neste período enfatizamos a promessa de doação para a AGROTAP, em outubro de 2000, pelo então prefeito municipal Virgílio Galassi, da excelente área onde se encontra a sede regional do CREA em Uberlândia.
Esta relevante conquista aconteceu em reunião festiva da AGROTAP, em comemoração ao Dia do Engenheiro Agrônomo, com mais de 200 pessoas, entre pro ssionais, familiares e amigos.
Na oportunidade, em nome da diretoria, em retribuição pelo excepcional gesto do mandatário municipal, o presidente José Sobreira entregou ao prefeito o diploma de Mérito Benfeitor.
Esta promessa de doação foi concretizada em 2006, na gestão do prefeito Odelmo Leão Carneiro, sendo inspetor-chefe do CREA - Uberlândia o engenheiro agrônomo Adalto Ribeiro Franco.
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DESAFIOS
Apesar das di culdades inerentes ao setor, as diretorias têm conseguido avanços consideráveis e cumprido elmente o estabelecido no Estatuto Social da AGROTAP.
Para que a AGROTAP possa avançar como instituição, atingir maior representatividade junto aos poderes constituídos e a classe agronômica ser valorizada, necessitamos da imprescindível participação de todos.
Vamos em frente! Com a importância que a classe e o agronegócio possuem, não podemos continuar subalternos das decisões maiores do País em todos os níveis. Como fui líder de associação, não poderei deixar de mencionar a falta de união de uma das maiores classes de pro ssionais, que é a da Agronomia, pois o segmento é um dos mais importantes e vitais para a população e economia do País.
Para que a classe Agronômica assuma a importância e a relevância que possui, consideramos que cada Estado deverá constituir sua Federação de Pro ssionais e, consequentemente, a sua própria Confederação.
TRADIÇÃO
Para falarmos do engenheiro agrônomo na sociedade atual, faz-se mister voltarmos ao passado e fazermos uma análise da importância deste pro ssional para o nosso País, no segmento do agronegócio.
A pro ssão da Engenharia Agronômica foi

regulamentada no ano de 1933, por decreto do então Presidente da República, Getúlio Vargas. É sabido da constante atuação dos pro ssionais vinculados à agronomia muito antes da publicação deste decreto.
O decreto aconteceu em 12 de outubro, portanto, o dia do Engenheiro Agrônomo teve a feliz coincidência com o dia de Nossa Senhora Aparecida e das crianças.
Os desbravadores pro ssionais da Agronomia, usando as técnicas rudimentares da época, participaram ativamente do aumento da produção, da melhoria da qualidade e produtividade de toda cadeia da agropecuária.
Paralelamente, com certeza, um grupo de pro ssionais idealistas e abnegados também não mediram esforços para diligenciar a legalização da pro ssão da Engenharia Agronômica.
REALIDADE DOS PROFISSIONAIS
A pro ssão da Agronomia, por natureza, é muita eclética, pois milita numa gama enorme de atividades, desde ensinar um pequeno produtor a preparar a terra e plantar uma determinada cultura até dirigir uma megaempresa do setor.
Apesar do segmento participar com mais 30% do PIB nacional, atualmente, a maioria dos pro ssionais da agronomia, principalmente os recém-formados, estão com di culdade de serem absorvidos no mercado, neste contexto, aceitando os sub-empregos ou atuando em outras áreas.
Grande número de agrônomos atua como vendedor de produtos para toda a cadeia produtiva, aliando assistência técnica. Também um número signi cativo vem se especializando e partindo para a pesquisa e/ou magistério. Um seleto grupo, o do empresário rural, estes sim são a grande alavanca do setor e o espelho para os demais produtores em geral.
DE MÃOS DADAS

O engenheiro agrônomo e o produtor rural andam de mãos dadas em prol do desenvolvimento do agronegócio, tornando-o a mola propulsora das exportações brasileiras. Finalmente, orgulho-me de a rmar: “Engenheiro agrônomo - o pro ssional que tem a nobre missão de produzir alimentos de forma sustentável”. ▣

José Antônio Sobreira Presidente do Conselho Deliberativo da AGROTAP Foto: Arquivo