Bancario28102016

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Ano 83 | Nº 20 | 28 de outubro de 2016

Resistência bancária na greve

União traz avanços e fortalece nossa luta A greve dos bancários deste ano alcançou 31 dias. Batemos o recorde de uma luta que parecia fadada à derrota desde que foram estabelecidas as mesas únicas em 2004. Os banqueiros iniciaram as mesas de negociação oferecendo 6,5% de aumento. A nossa mobilização, a nossa unidade e a nossa luta conseguiram o que parecia improvável. Levamos o aumento para 8%, com abono de R$ 3.500,00, e um acordo que garante aumento real de 1% no ano que vem. Fechar um Acordo Coletivo por dois anos não significa recuar na luta. Temos muito a conquistar. Cláusulas de saúde ampliadas, questões relacionadas à segurança e a manutenção dos empregos dos bancários e em defesa dos bancos públicos exigirão mobilização e podem nos levar a uma grande greve em 2017. Os tempos não serão fáceis para nós, trabalhadores e trabalhadoras. Que o diga a nossa resistência nesta Campanha Salarial 2016. Enfrentamos a grande imprensa e sua narrativa de culpabilização da greve. Resistimos a interditos de bancos privados e até mesmo a ataques da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RS) e de uma en-

tidade representativas de donas de casa. Tentaram, de todas as formas, interromper uma greve legítima e justa. Nós, bancários e bancárias, a nossa luta, foi usada como exemplo, pelos grandes empresários, dos quais os banqueiros são representantes, para mandar recado a outros trabalhadores. A prova disso é que 96% das negociações com 24 estatais, neste ano, tiveram perdas salariais. O trabalhador não é o problema do país e não pode pagar a conta de uma crise

que ele não criou. Aquilo que eles chamam de reformas, em nome do ajuste fiscal, atentam contra direitos básicos que conquistamos com muita luta. Da ampliação de 65 anos e até 70 anos a idade para a aposentadoria, passando pelo fim da jornada de seis horas, pela terceirização, pelo negociado sobre o legislado, pelo fim dos investimentos públicos no orçamento anual, o processo de retirada de direitos acelera-se em sua velocidade máxima nestes tempos de retrocesso ao neoliberalismo dos anos 1990.

O acordo de dois anos vai permitir que os bancários se mobilizem contra todos esses ataques. Em 2017, faremos nossas conferências e teremos mesas para debater com os bancos condições de trabalho, emprego, agências digitais. Preste atenção nas nossas conquistas, bancários e bancárias, fruto da nossa greve heroica e histórica. Leia com atenção os seus direitos. Conquistamos benefícios sim e fortalecemos a nossa luta com nossa caminhada resistente. A nossa união conquista e conquistará!

Nossa luta por direitos continua firme e forte!

Confira pelo seu celular, baixando leitor de qr-code, a íntegra das convenções coletivas nacional e específicas por bancos públicos e privados ou acesse pelo endereço http://migre.me/vmcFA

PEC 241

Governo Temer e Câmara dos Deputados inauguram a Era do Gelo Página 4


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