Revista Sincor Goiás - Edição 116

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REVISTA EDIÇÃO Nº 116 ABRIL/MAIO/JUNHO 2020

S I N D I C AT O D O S C O R R E T O R E S D E S E G U R O S D O E S TA D O D E G O I Á S

MERCADO DE SEGUROS

PERSPECTIVAS PARA UM MUNDO PÓS-PANDEMIA Analistas econômicos e os players da indústria do seguro, assim como representantes das entidades representativas dos corretores de seguros concordam que o setor tem reagido, desde o início da pandemia, com a responsabilidade de quem está acostumado a contribuir para a proteção do patrimônio das famílias e das empresas.

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Mais seguro de vida Com a pandemia, todos pararam para se preocupar mais com a vida. No primeiro semestre, os ganhos das atividades financeiras, que incluem os seguros, cresceram 2,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Boa parte desse crescimento pode ser explicada pelo aumento da demanda pelo seguro de vida, que cresceu 10,2% de janeiro a julho. A MAG Seguros chegou a anunciar alta de 8% na venda desse tipo de produto em alguns estados brasileiros.

Responsabilidade Civil A realidade instaurada pela pandemia do novo coronavírus provocou reflexos e mudanças sobre o Direito brasileiro, principalmente sobre o Direito do Seguro, especialmente no que diz respeito a assuntos ligados à responsabilidade civil do corretor de seguros. Para entender como o ‘novo normal’ afetou diretamente o corretor em sua atuação e discutir de forma ampla a responsabilidade desse profissional na atualidade e no futuro, a ENS criou o curso técnico Direito e Responsabilidade Civil do Corretor de Seguros. Saiba mais em ens.edu.br Sincor-GO | 3


Curtas O SINCOR-GO realizou Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária, na qual foram aprovados o relatório de atividades e a prestação de contas do exercício de 2019. Excepcionalmente, em razão das medidas de distanciamento decorrentes da COVID-19, a assembleia foi realizada em modo digital, por meio de videoconferência, o que permitiu a participação dos corretores e a votação a distância. Corretores de seguros participaram do 3º Congresso de Direito Previdenciário e Direito Securitário da Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO). O evento foi dividido em dezenas de painéis e mesas redondas nos quais foram discutidos temas do segmento com especialistas da área. O futuro da seguridade social, reflexos da Pandemia na saúde suplementar, a mulher e a Previdência, a cobertura (Ausência) de danos materiais e de lucros cessantes decorrentes da COVID-19 no setor empresarial foram alguns dos assuntos abordados. o portal Tudo sobre Seguros (TSS), uma iniciativa da ENS que tem como propósito melhorar a compreensão do público sobre os aspectos mais importantes do mercado de Seguros, Previdência e Capitalização, está de cara nova. O site foi reformulado, com um visual mais interativo e correspondente aos acessos que hoje se dão, em sua maioria, pelo touch nos smartphones e tablets. Acesse em tudosobreseguros.org.br.

Perspectivas para o mercado de seguros no mundo pós-pandemia

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A capacidade de adaptação e a resiliência do corretor de seguros e do setor frente aos desafios, já conhecida de todos nós, tem sido colocada ainda mais à prova neste ano de 2020. Os números apontam que o setor teve perdas menores que outros segmentos e não faltam exemplos do comprometimento da categoria em prosseguir com a missão de proteger a vida e o patrimônio das famílias e das empresas no País. Passada a primeira fase da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus no Brasil, como estão as perspectivas para o mercado de seguros? Em reportagem de destaque desta edição, o SINCOR-GO e líderes de entidades como a CNseg e o Sindseg MG/GO/MT/DF analisam o momento atual e as expectativas em diferentes ramos do mercado. A situação extraordinária que vivemos colocou em evidência a importância do Ensino a Distância, um dos temas da entrevista de Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros. Na conversa, ele aborda também outros desafios da instituição e seu papel na qualificação do corretor de seguros no País. A resposta da Fenacor à Resolução 382, norma da Susep que, dentre outras determinações, estabeleceu a obrigatoriedade do corretor informar ao cliente o valor da sua comissão, antes da assinatura da proposta, é comentada por Alexandre Camillo, presidente do Sincor-SP, que destaca as estratégias jurídicas e institucionais da Federação e dos Sincor’s no enfrentamento a mais essa ação persecutória da Superintendência à categoria. O recadastramento obrigatório na Susep, o Prêmio Nacional de Jornalismo em Seguros e o Espaço do Corretor completam a nova edição da Revista SINCOR Goiás ao lado de um registro da nossa festa junina, que contou com uma ação solidária. Neste ano, o evento foi promovido pela entidade em formato diferente e adequado às orientações de isolamento social. Trata-se de uma demonstração talvez simples, mas bastante significativa, de que a união da categoria e o espírito de responsabilidade social, aliado à capacidade de adaptação e a proatividade são as nossas melhores ferramentas para enfrentar os cenários mais laboriosos. Boa leitura!

Lucas Vergilio PRESIDENTE DO SINCOR-GO

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capa O mundo do seguro pós-pandemia

Quais as perspectivas para o mundo do seguro pós-pandemia? Nós conversamos com quem entende do assunto e trouxemos os cenários previstos para esta nova fase do mercado.

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Entrevista Novos tempos, novos conhecimentos

Robert Bittar, presidente da ENS, fala à Revista Sincor-GO.

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Resolução 382 demonstra luta da categoria Confira reportagem sobre a atuação da Fenacor em relação ao texto da Resolução 382, que fere o exercício da função do corretor de seguros.

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Conecte-se O SINCOR-GO está presente nas mídias sociais. Acompanhe. @sincorgoias fb.com/sincor.go issuu.com/sincorgo

Espaço do Corretor Desafios impostos pela pandemia do novo coronavírus são alguns dos temas abordados pelos corretores de seguros entrevistados nesta edição.

PRÊMIO DE JORNALISMO

Jornalistas de Goiás se preparam para participar do maior prêmio destinado aos profissionais de imprensa no País, o Prêmio Nacional de Jornalismo em Seguros da Fenacor. Sincor-GO | 7


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Entrevista

Capacitação para novos tempos em seguros À frente da Escola Nacional de Seguros, o presidente Robert Bittar tem se destacado pela sabedoria e vigor na condução desta instituição indispensável na capacitação do mercado de seguros do País. Em entrevista à Revista SINCOR, ele falou sobre o processo gradativo de adaptação da ENS, criada em 1971, para manter sua relevância como centro de conhecimento e qualificação, sobre o desafio crescente das mudanças tecnológicas e do perfil do consumidor, já uma realidade impactante para o setor. Bittar falou ainda falou ainda sobre a valorização do Ensino a Distância e sobre os impactos do quadro mundial da pandemia e as atribulações consequentes no setor.

Robert Bittar

Qual foi o impacto da pandemia nas atividades da Escola de Negócios e Seguros até agora, visto que a educação tem sido uma das maiores vítimas do novo coronavírus?* 2020 tem sido um ano desafiador para a Escola de Negócios e Seguros, porém, estamos conseguindo lidar com maestria diante das adversidades. Com a necessidade de quarentena e isolamento social, algumas mudanças foram feitas. Logo no início, adotamos o regime de home office para todos os colaboradores. Foi um movimento muito bem sucedido e em poucos dias estávamos 100% operacionais neste modelo, mantendo o corpo de funcionários ativo e em segurança. Além disso, todas as aulas dos cursos presenciais precisaram ser suspensas, o que nos levou a concentrar os esforços na Escola Virtual. Nossa maior preocupação inicial foi a de garantir a continuidade dos estudos daqueles alunos matriculados nos cursos presenciais e não prejudicar o cronograma de ensino. Com isso, migramos rapidamente todos os programas para o ambiente virtual, incluindo a Graduação, os MBAs e o Curso para Habilitação de Corretores de Seguros. A pandemia também gerou dificuldades

financeiras para muitas pessoas e, por isso, nos colocamos à disposição dos alunos para avaliar essas situações e oferecer possibilidades de negociação. Em seguida, focamos em ampliar a oferta de programas educacionais na modalidade online. Lançamos novos cursos na plataforma digital, como o curso de extensão em Cyber Security, fruto de parceria recente firmada com a IBM e o curso para Habilitação no formato intensivo, para atender àqueles que não conseguiram se matricular no primeiro semestre, em decorrência da pandemia.

Perfil Corretor de seguros há 45 anos, o paranaense Robert Bittar é presidente da Escola Nacional de Seguros desde 2005. Ele também foi presidente interino da Fenacor por duas vezes (2010 e 2018) e presidente do Sincor do Paraná por três mandatos, além de ser membro do Conselho Diretivo da Confederação Panamericana de Produtores de Seguros – COPAPROSE.

Quais os maiores desafios que a pandemia está impondo para o futuro próximo da capacitação no setor de seguros? A pandemia do novo coronavírus acelerou um processo que já vinha se impondo no mercado de seguros brasileiro, que é a de uma utilização ampla da tecnologia para a operação de negócios, com processos que se concluem de maneira 100% online, em grande parte dos casos. As burocracias diminuem, portanto. No momento, como não é possível o contato presencial com segurados, seguraSincor-GO | 9


Entrevista doras e prestadores de serviço, vale o corretor investir em apps, WhatsApp, canais de atendimento remoto e outros que possam garantir as operações com segurança e rapidez. Para uma melhor capacitação no desempenho de suas atividades, estes profissionais deverão, obrigatoriamente, fazer uso das ferramentas tecnológicas para otimizar e agilizar a produção. Há algum tempo, a ENS passou a investir no EaD. Qual o motivo? A missão da ENS é promover uma educação transformadora, por meio de programas de excelência, que contribuem para o desenvolvimento de profissionais capacitados a atuar em diversas áreas de negócios, com ênfase no estímulo e disseminação da cultura de seguros. Cientes disso, buscamos oferecer cada vez mais opções de programas educacionais, acompanhando as mudanças do mercado, as tendências no ensino e as necessidades dos estudantes, especialmente na modalidade online, para atender a todos os perfis de profissionais. Começamos a identificar que alguns alunos e profissionais interessados em nossos cursos precisavam otimizar o tempo que levariam no deslocamento até nossas salas de aula. Assim, passamos a direcionar nossa expertise para investir, capacitar e ampliar o suporte de nossos colaboradores para o ensino a distância. Dessa forma, contamos atualmente com funcionários e docentes altamente capacitados e tecnologia avançada para oferecer a melhor experiência aos alunos, e seguimos sempre observando o que há de mais atualizado nesse sentido. Como a ENS se preparou para incorporar a tecnologia e democratizar o acesso à capacitação do corretor de seguros num país de dimensões continentais como o Brasil? Na última década, a Escola vem investindo constantemente em tecnologia e otimização do seu portfólio de cur10 | Sincor-GO

sos, a fim de atingir o maior número de interessados em seguir carreira no mercado de seguros. Percebemos, há seis anos, que o corretor não seria o único a comercializar seguros num futuro bem próximo e que a venda de seguros através dos meios remotos já era uma realidade e deveria ser protagonizada pelo corretor. Em função disso, e aliado ao fato de que, como explicado anteriormente, percebemos a necessidade de otimizar o tempo e custo de de deslocamento dos alunos até às nossas salas de aula físicas, procuramos modificar constantemente as ferramentas do ambiente virtual em prol dos alunos, tornando os materiais didáticos cada vez mais interativos e aumentando a atratividade. Além disso, criamos cursos técnicos com preços e conectividade acessíveis, que possuem uma ampla programação de temas e para início imediato, direcionado a quem busca se atualizar profissionalmente de forma rápida, dinâmica, e por um investimento possível. Nesta mesma linha, elaboramos também cursos de extensão em duas categorias: os denominados ‘Ao Vivo’, na qual o professor ministra a aula de sua própria casa via ferramenta de transmissão de áudio e vídeo; e os ‘autoinstrucionais’, que funcionam com uma tutoria passiva, seguindo o conceito de respostas a perguntas dos alunos. Ambas as categorias de cursos têm a duração de dois meses para conclusão. Ainda há preconceito no Brasil contra o Ensino a Distância? Acredito que o preconceito contra o ensino a distância no Brasil está com os dias contados. Num cenário tão adverso quanto o que vivemos hoje, devido à pandemia, este foi o segmento menos abalado. Ao contrário, foi um dos setores que obteve desempenho favorável durante o período. Os investimentos para o ingresso ou expansão do ensino online por parte, principalmente das instituições de ensino superior, vêm aumentando, pois as potencialidades desta modali-


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Entrevista dade estão sendo melhor vistas. Além disso, grande parte das pessoas que sofreu e tem sofrido as consequências da crise econômica dos anos anteriores e, agora, da pandemia do Covid-19, encontram no EaD uma forma de aprimoramento e reciclagem, no intuito de obter maiores chances de recolocação no mercado. O que é a Sala do Futuro? A Sala do Futuro é um ambiente de ensino que permite conectar até 70 pessoas ao mesmo tempo, de qualquer lugar do mundo (30 presencialmente e 40 de modo virtual). Trata-se de uma sala de aula inovadora, com equipamentos audiovisuais de altíssima definição e recursos de interação diferenciados. A Sala do Futuro da ENS será a primeira da América Latina. Como o corretor de seguros deve agir para se manter atualizado e competitivo em um mercado impactado por mudanças tecnológicas, sociais e comportamentais? A profissão de corretor de seguros sempre demandou um contínuo investimento em atualização e capacitação. O setor é muito dinâmico, a todo momento novos produtos são lançados e há mudanças de cunho regulatório que impactam as operações. Obviamente, em um cenário como o atual, cresce ainda mais a importância de se buscar novos conhecimentos, pois os impactos da pandemia são diversos e profundos. Correrão riscos aqueles profissionais que não estiverem plenamente qualificados para atuar com excelência nesse novo ambiente. A Escola de Negócios e Seguros já conta com 49 anos de fundação. A que se deve a longevidade e relevância da instituição?Após 49 anos figurando como a principal instituição educadora do mercado de seguros, podemos dizer que hoje a ENS é uma escola de negócios 12 | Sincor-GO

que segue oferecendo o mesmo ensino de excelência que nos trouxe até aqui. São décadas de aprimoramento contínuo nos serviços e produtos e, para isso, contamos com colaboradores, docentes, alunos e parceiros competentes e dedicados, que nos impulsionam e conduzem sempre a um patamar de excelência e reconhecimento. Nossa história é fundada na tradição e na inovação. No último ano, passamos por mudanças e adaptações baseadas não somente no novo cenário mundial, mas também em um projeto de crescimento e de novo posicionamento estratégico, no qual reestruturamos a missão, a visão e os valores da ENS. Desta forma, adotamos uma nova identidade corporativa, que contou com o redesenho da logomarca e mudança no nome comercial, refletindo nosso atual perfil mercadológico. Reforçamos, assim, as bases de uma entidade reconhecida e respeitada no mercado de seguros, e empreendemos transformações capazes de nos conduzir à almejada evolução. Em sua opinião, qual o papel dos sindicatos e outras instituições similares para o fortalecimento do mercado de seguros no Brasil? O papel dos sindicatos é da maior importância para todo o processo, visto que, ao promover a defesa política dos interesses da categoria, consegue manter um diálogo próximo e de confiança com a base dos corretores. Com isso, cumpre seus demais objetivos, estimulando o aprimoramento do exercício profissional e agregando sempre inestimável valor ao usuário final dos produtos securitários. Logicamente, nada disto se concretiza sem um elevado grau de qualificação e atualização de conhecimentos por todos os integrantes desta cadeia de serviços. Portanto, o estímulo ao estudo e atualização é atividade constante dos sindicatos, que contam com o respaldo da ENS para juntos poderem aprimorar e qualificar os profissionais do setor.


17h00

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Carreira

Resolução 382 e a luta da Fenacor

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o primeiro trimestre deste ano, os corretores de seguros de todo o País foram surpreendidos por um ato da Susep que ameaça a estabilidade de todo o sistema de seguros em território nacional: a Resolução 382/20, que, dentre outras determinações, estabeleceu a obrigatoriedade do corretor de informar ao cliente o valor da sua comissão, antes da assinatura da proposta. A medida provocou a reação imediata da Fenacor que, juntamente aos Sincor´s de todos os estados, passou a empreender uma série de ações de enfrentamento contra uma situação que denota, por parte do órgão regulador, no mínimo, incompreensão sobre a realidade do mercado de seguros no Brasil. Inicialmente, o presidente da Fenacor, Armando Vergilio, procurou o diálogo com a superintendente Solange Vieira, mas sem sucesso. “A exposição da comissão do corretor foi maldosamente colocada no texto, assim como a figura do cliente oculto, com o objetivo de prejudicar o corretor“, destaca ele ao falar especificamente sobre os dois dispositivos da Resolução 382 que mais impactam a categoria. “Trata-se de mais uma ação persecutória da Susep aos corretores de seguros. Pedi14 | Sincor-GO

mos à Superintendente que a norma fosse revisada e demos sugestões, mas nem a Fenacor nem entidades como a CNSeg foram ouvidas”, ressaltou Vergilio. “O argumento de que a não exposição da comissão do corretor fere o Código do Consumidor não procede, pois o que importa é o preço final, as coberturas a que ele tem direito e não o percentual de comissão do corretor”, apontou Vergilio. “A comissão paga ao corretor é um valor bruto, que inclui todas as suas despesas administrativas, além de impostos e gastos na manutenção de toda a estrutura utilizada para atender o cliente durante a vigência da apólice, 365 dias por ano”, explicou Armando Vergilio ao comentar o que ele classifica como anomalia. “A Resolução 382/20 pode provocar sérios danos e prejuízos não apenas para os corretores, mas também para seguradores e, principalmente, para os consumidores. Ela não alcança seus objetivos, não reduz preços, talvez até o contrário; e não traz mais transparência para o mercado”, reforçou. Diante do impasse que as tentativas de diálogo não conseguiram vencer, a Fenacor acionou seu escritório jurídico para levar a discussão à Justiça, impetrando no dia


Clube de BenefĂ­cios dos Corretores de Seguros

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Carreira 1º de julho mandado de segurança coletivo contra a superintendente da Susep, Solange Vieira, e contra a própria autarquia, suspendendo os efeitos dos já citados dispositivos da Resolução 382/20 do CNSP. A liminar foi concedida pela juíza Andrea de Araújo Peixoto, da 10ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Também foi solicitada, na última semana de junho, o adiamento da vigência da resolução, que estava prevista para entrar em vigor a partir de 1º de julho, até o fim da pandemia. O pedido não foi acatado. Em 30 de junho, a própria Susep publicou circular restringindo a aplicabilidade da resolução apenas para caráter educativo, sem sanção e penalidade, até 31 de dezembro. Em meados de julho, aceitando solicitação da Susep, o desembargador federal Ricardo Perlingeiro conferiu efeito suspensivo à liminar concedida à Federação suspendendo a eficácia dos referidos dispositivos da Resolução 382/20. “A Fenacor continuará tomando as medidas judiciais necessárias na defesa intransigente dos direitos da categoria”, frisou o presidente da Fenacor, lembrando que também tem buscado o apoio e a manifestações de outras entidades representativas do setor, como a CNseg e Fenseg contra a Resolução da Susep. A Federação também enviou ofício ao Ministro Paulo Guedes destacando a ilegalidade e improcedência da norma. Em 3 de agosto, a FENACOR emitiu nota nova informando que manteve entendimentos com a Confederação Nacional das

Seguradoras – CNseg a respeito do teor dos “Guias de Orientação CNseg, FenSeg e FenaPrevi” às suas associadas, referentes aos termos da Resolução CNSP nº 382/2020. “A CNseg acolheu as nossas ponderações, fato que representa um importante avanço relacionado a esse relevante tema. A FENACOR reitera que, apesar de encontrarem-se sub judice, as matérias relacionadas a dois dispositivos daquela resolução, esse normativo entrou em vigor em 1º de julho de 2020, sendo de cumprimento obrigatório”, destaca o comunicado. A nota ressalta que cabe exclusivamente aos corretores de seguros transmitirem aos seus clientes, formalmente e antes da contratação, as informações relacionadas à sua remuneração, como estabelece a Resolução 382/2020, que, contudo, não dispõe sobre a forma de cumprimento dessa obrigação. “Nesse sentido, CNSeg, FenSeg e FenaPrevi estão orientando as suas associadas quanto a não adoção das obrigações em contratos, manuais, termos de compromisso ou instrumentos congêneres para a consecução daquela obrigação, cabendo às partes, consensualmente, definirem a forma mais adequada. Assim, a FENACOR recomenda aos corretores de seguros que, na relação de parceria comercial com as seguradoras, sociedades de capitalização e entidades abertas de previdência complementar, informem que estão dando cumprimento aos dispositivos previstos na Resolução CNSP nº 382/2020”, explica o presidente da entidade.

Relação de confiança Para o presidente do SINCOR-GO e deputado federal Lucas Vergilio, a circular ignora a relação do corretor com o segurado. “É uma relação que vai muito além da assinatura da apólice, pois nós oferecemos consultoria ao segurado durante todo o período de vigência do contrato”, destacou. “O seguro não é commodity e sim um produto personalizado, de

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acordo com a necessidade de cada segurado. Muitas vezes um seguro com a mesma cobertura varia de preço de uma seguradora para outra. Como corretor, posso oferecer um contrato de R$ 3.500 com uma comissão de 10% ou 15% e para o cliente o que importa é o valor do prêmio — e isso quem precifica é a seguradora”, acrescentou o deputado federal.


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Carreira

Desdobramentos da Resolução 382 Entrevista com Alexandre Camillo Presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros de São Paulo, Alexandre Camillo falou à Revista SINCOR sobre a Resolução 382, desde o momento de sua publicação até a reação e mobilização das lideranças do setor à medida da Susep. Na entrevista, o presidente do SincorSP comentou também sobre as implicações desta ação do órgão regulador no mercado brasileiro do ponto de vista técnico, operacional e jurídico e os últimos passos tomados pelos representantes dos corretores de seguros para a defesa da categoria em relação ao que prevê a determinação da Susep.

Como o senhor recebeu a notícia da publicação da Resolução 382? Com extrema surpresa, pois a Resolução foi publicada justamente quando a categoria estava concentrada nas audiências públicas da MP 905 no Congresso Nacional, cujo vice-presidente da Comissão Especial que analisou a MP 905/19 foi o deputado federal e presidente do SINCOR-GO, Lucas Vergilio. Anteriormente a própria Solange Vieira havia dito a mim, ao Presidente da Fenacor e ao Lucas que a exposição da comissão do corretor de seguros, apesar de ter sido tema de algumas discussões na Susep, era uma questão encerrada -- portanto a edição da Resolução nos deixou realmente espantados. Penso que a Superintendente acreditava que a desregulamentação da profissão do corretor de seguros já estaria garantida com a aprovação da MP 905 e que, portanto, não seria necessário gastar esforços no tema da comissão dos corretores. Ao final das contas, o texto que iria para aprovação no Congresso foi alterado e preservava a nossa carreira. Ao perceber esse nosso avanço, no mesmo dia a Susep vem com a Resolução 382. A MP não prosperou e voltamos a ser regulamentados pela lei 4.594, a estar inseridos no Sistema Nacional de Seguros Privados e , consequentemente, sob a supervisão da Susep. Neste momento a Superintendente já tinha a Resolução em mãos e a mesma passaria a vigorar a partir de 1º de julho. Quais foram as primeiras medidas tomadas pelos representantes da categoria diante desta lamentável notícia? Imediatamente procuramos o diálogo com a autarquia, exatamente como temos feito em todas as ocasiões nestes últimos meses -- foram ao todo mais de 20 reuniões envolvendo todos os agentes do mercado. A Resolução da Susep nos surpreendeu também por vir num momento totalmente inapropriado, em que os corretores e todo o mercado estão tentando se adaptar ao novo normal da pandemia da Covid-19, na expectativa do que virá. Os corretores de seguros no Brasil têm atendido ao consumidor de maneira eficientíssima, como atestam as seguradoras, inclusive as que também

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Carreira atuam em outros países. A Susep então acha que esse é o momento de dizer que nós corretores ganhamos muito? Representando os anseios da categoria, as lideranças estudaram as melhores estratégias de reação -- institucional e politicamente -- e também fomos em busca de mecanismos para nos resguardar juridicamente.

A publicação da Circular estendendo o prazo para os corretores e seguradoras se adaptarem ao que determina Resolução 382 tranquilizou os ânimos? Pouco antes da data para a Resolução entrar em vigor a Susep faz essa carta circular mencionando que a mesma entraria em vigor realmente no dia 1º, mas sem aplicação de sanções e que até 1º de dezembro ela teria caráter apenas educativo e orientativo. No apagar das luzes tivemos de rever a nossa peça jurídica, mas protocolamos nosso pedido na Justiça no dia 1º de julho e conseguimos a liminar, com uma fundamentação a mais apropriada possível, embasada na lei 4594 e na 73/66, que em momento nenhum exigem que o corretor exponha o seu ganho. Ora, se for para para levar para o consumidor o ganho do corretor, o mesmo deveria ser aplicado a todos os entes que integram a cadeia do seguro: a seguradora e o fornecedor também. Não conseguimos entender porque só o corretor de seguros teria essa obrigação. Além do mais não ganhamos uma simples comissão: somos contratados para prestar um serviço 24 horas por dia, 365 dias por ano, enquanto o contrato está vigente. A nossa remuneração é bruta -- não significa que esse valor da comissão vá integralmente para o meu bolso, pois há custos com infra-estrutura física e operacional, há impostos e ainda os funcionários. Como resultado apenas uma parcela dessa comissão vai se traduzir em ganho direto para o meu sustento. É uma visão extremamente distorcida da Susep, que alega que essa medida poderá levar a uma eventual redução do prêmio a ser pago pelo consumidor.

Diante de tal cenário, quais as principais medidas a serem tomadas? Diante deste embate jurídico, a Susep também tomou suas medidas e conseguiu a suspensão da liminar, aguardando as nossas contrarrazões. Ainda estamos aguardando o despacho do juiz ser publicado. Neste momento a gente aguarda para continuar com nosso movimento jurídico em defesa da categoria e contra esse descalabro, que atinge não só o corretor, mas as seguradoras e o sistema como um todo. A nossas relação com as seguradoras, como em qualquer outro setor, tem divergências, mas o saldo é muito bom. A Susep quer azedar essa relação no momento em que a Resolução determina que a seguradora passa a supervisionar os nossos atos. Como se deteriora um setor: deteriorando as suas relações. São atitudes como essas que expõem o total desconhecimento do funcionamento do setor pela Susep. Caso prevaleça o que determina a Resolução 382, é preciso ressaltar que em nenhum momento o documento diz como será a comunicação ao futuro segurado sobre a exposição da comissão, apenas que a mesma deve ser feita de modo formal e a figura do cliente oculto pode ser utilizada para averiguar se os corretores estão prestando essa informação ao cliente. A 382 diz que a responsabilidade por esta averiguação caberá às seguradoras, sem no entanto especificar como seria o procedimento. Isso posto, fica claro que caberá aos corretores definirem como se daria essa exposição: se por valor, se por proposta, se por percentual. Não cabe ao segurador essa determinação. Como informaríamos à seguradora que estamos fazendo essa exposição? A Fenacor e os Sincor’s obviamente têm uma avaliação sobre a questão e estão consultando a categoria em todo o País em corretoras de portes variados, inclusive os autônomos. Se essa situação prevalecer, traremos uma proposta tentando afastar ao máximo possível as maléficas consequências que a Resolução possa trazer à categoria. Sincor-GO | 19


Festa junina

Festa e solidariedade Arraiá do Sincó foi realizado no sistema drive thru em 2020 e com arrecadação de alimentos

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ão faltaram pamonha, amendoim, canjica, pipoca, caldos e nem o pé de moleque. Uma tradição no calendário de atividades do SINCOR-GO, a festa junina realizada pela entidade -- o Arraiá dU Sincó -teve todo o cardápio típico, mas neste ano a festança teve um perfil diferente. Em razão da pandemia, a diretoria do sindicato encontrou uma maneira inusitada para promover o evento: o sistema drive thru, assegurando assim a saúde dos corretores associados, dependentes e colaboradores. A ocasião também foi aproveitada para mais uma ação do SINCOR Solidário, com arrecadação de alimentos e produtos de higiene e limpeza para instituições beneficentes. No evento, realizado no dia 3 de julho, no estacionamento do sindicato, que recebeu decoração especial, e com acesso gratuito, os associados foram convidados a retirar gratuitamente kits com comidas típicas acondicionadas em caixas devidamente higienizadas. “O Arraiá dU Sincó é um dos eventos mais aguardados e populares do sindicato e, para manter, ainda que num outro formato, a tradição deste momento de confraternização, optamos pelo formato drive-thru”, explica Vera Lúcia Campos Fornari, vice-presidente Social e de Benefícios do SINCOR-GO. “Os associados compareceram em peso, entendendo o espírito da nossa proposta em manter essa confraternização tão importante para a nossa cultura, mesmo num momento difícil como 20 | Sincor-GO

o provocado pela pandemia. Mesmo sem manter o contato físico, conseguimos manter a alegria que essa herança cultural proporciona”, observa a vice-presidente. Os corretores de seguros também atenderam ao chamado do SINCOR Solidário para a doação de alimentos


não perecíveis e produtos de higiene e limpeza, que foram arrecadados durante o evento. Os donativos foram entregues para a Instituição Obras Sociais da Colônia Espírita Nosso Lar – Creche/ Escola, que assiste regularmente cerca de 180 crianças em sua sede. “Em virtude da pandemia do coronavírus, a instituição passou a fornecer às famílias destas crianças, que permanecem em suas casas, cestas básicas. Sabemos que aumentou a condição de vulnerabilidade social de muitas famílias e por isso atitudes solidárias têm sido cada vez mais necessárias. Só temos a agradecer a todos os corretores de seguros que colaboraram com mais esta ação do sindicato, em mais uma demonstração de consciência de nosso papel social”, destaca Vera Lúcia Campos Fornari, vice-presidente Social e de Benefícios do SINCOR-GO.

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Espaço do corretor

Maior desafio do Corretor de Seguros é a gestão da sua empresa “Fiz a prova da ENS, tirei minha certificação e fui atrás dos meus sonhos. Naquele momento planejava uma empresa para empregar pessoas e não uma empresa para empregar-me -- este era e é o projeto.” Anderson Cardoso

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s setores de Energia, Engenharia e Agronegócios são a especialidade do corretor de seguros, professor e empresário Anderson Cardoso, que entrou no mercado de seguros em 1992, na corretora do Banco Mercantil do Brasil. Após passagens por diversas corretoras e seguradoras — Banco de Brasília, a BRB Seguros, AGF (atual Allianz), Icatu Seguros e Unibanco AIG, a partir de 2005 ele se dedicou à área de crédito consignado, na qual permaneceu por mais quatro anos. Paralelamente, Anderson ainda atuava junto à ENS (Escola Nacional de Seguros) ministrando aulas em Goiânia, Brasília e Curitiba, entre 2003 e 2011. Anderson, que tem formação em Técnico de Contabilidade, Economia e pós graduação em Gestão Empresarial e Análises de Projetos, voltou ao mercado de seguros em 2009. “Fiz a prova da ENS, tirei minha certificação e fui atrás dos meus sonhos. Naquele momento planejava uma empresa para empregar pessoas e não uma empresa para empregar-me -- este era e é o projeto”, destaca. Já em 2010 ele abriu a Acesso Brasil Corretora de Seguros LTDA. “Naquele momento, a empresa contava somente comigo, em um espaço reservado em meu apartamento, meu Home Office. De lá para cá, graças a Deus, aos colaboradores que agregaram ao nosso time e com muito trabalho, completamos 10 anos em junho deste ano, com um time de 8 profissionais com vínculo direto, nas áreas de gestão, compliance, sinistros, gerenciamento de riscos e técnicos comerciais, além de quatro profis-

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Anderson Cardoso, da Acesso Brasil Corretora de Seguros: a gestão em uma empresa faz toda a diferença

sionais terceirizados nos assessorando em marketing, TI, CRM e IA”, conta Anderson, com merecida satisfação. A tecnologia, ressalta o corretor, é a base de apoio aos colaboradores e clientes da empresa, o que exige constante aperfeiçoamento profissional seu e da equipe, tanto por meio dos treinamentos oferecidos pelas seguradoras quanto por meio de investimentos em uma agenda anual de treinamento da própria corretora. “Além desta agenda foi criado em 2018 uma política de incentivo à continuidade do estudo, o Plano de Formação Continuada que,


dentro de algumas regras, oferece custeio de até 100% do curso ao colaborador”, ressalta Anderson Cardoso. Para ele, o maior desafio do corretor de seguros é a gestão da sua empresa no aspecto financeiro e jurídico, um lado muitas vezes esquecido pelos empreendedores. “Acredito muito em competências e cada um tem que buscar ser melhor no que faz, ou seja, se sou um excelente facilitador de negócios, tenho facilidade em relacionamentos, tenho que juntar-me com quem é excelente em administrar. Fazer as duas coisas dará certo em um curto espaço de tempo”, defende. A pandemia, obviamente, trouxe impactos no cotidiano da empresa. Adequar a estrutura física para dar segurança aos nossos colaboradores, conta Anderson, foi bem mais fácil do que adequar os contratos de trabalho aos vários decretos publicados (Federal, Estadual e Munici-

pal), uma vez que um decreto influenciava diretamente em outro. “Buscamos ajuda de profissionais externos para nos respaldar e garantir a segurança dos nossos colaboradores. Criamos um protocolo de condutas, divulgamos e treinamos nossos colaboradores, cobrando dos mesmos o cumprimento de todas as etiquetas de higiene e segurança, para que fosse adotada com os clientes a mesma preocupação que temos com eles”. Diretor Suplente no Conselho de Ética do SINCOR-GO, Anderson Cardoso é sindicalizado desde 2010. “Eu sou filiado ao sindicato desde o primeiro dia de vida da corretora. Minha relação com o sindicato é excelente e, aliás, vem de antes de ser corretor e da minha filiação, pois já era do mercado segurador e a entidade sempre me acolheu muito bem, em todas as suas gestões. Aqui tenho grandes amigos”, conclui.

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Espaço do corretor

Carreira de lutas e vitórias

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Persistência e amor ao trabalho nunca faltaram para o corretor de seguros Demerson Gonçalves de Melo. Natural de Anápolis, onde viveu até a adolescência, antes de se mudar para Goiânia ele trabalhou como leiteiro, vendedor de picolé, artesão e açougueiro. Na década de 90, as dificuldades financeiras trouxeram toda a sua família para Goiânia em busca de melhores opções e, em 1996, aos 16 anos, ele começou a trabalhar na corretora do tio. “Lá entrei fazendo de tudo. Eu era uma espécie de boy do boy (risos). Passei em todas as áreas que se pode ter em uma corretora -- inclusive protocolar propostas nas seguradoras, mas o que eu mais gostava era ir para a rua conversar com gente e conhecer pessoas diferentes”, recorda-se. Em 2000 ele ingressou na Escola Nacional de Seguros e, seis anos depois, montou a própria corretora junto com o pai e o irmão, a Triatto Corretora de Seguros. “Foi a realização de um sonho de família. Em 2018, entramos para a Goiás Forte, uma holding de corretores de Seguros, uma das maiores corretoras de seguros do Centro-Oeste”, orgulha-se Demerson. “Meu estilo de trabalho é baseado na ética e no profissionalismo. Nunca tive um sinistro negado e nunca tive um processo sequer contra mim ou minha empresa. Para mim, fazer o correto no seguro é obrigação. Às vezes deixo de fazer um seguro quando sei que o 24 | Sincor-GO

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cliente quer colocar alguma coisa errada no perfil para que o seguro fique mais barato -- então deixo de fazer para não fazer errado”, conta o corretor ao explicar as diretrizes de sua vida profissional. Para ele, o segredo do sucesso nesta carreira vem, sobretudo, de gostar da profissão. “Eu amo o que eu faço! Sinto a mesma alegria em vender um seguro


para eu ganhar 10 reais ou 100 reais, pois gosto é da venda e o dinheiro é consequência!”, defende Demerson. Em sua opinião, o maior desafio do corretor de seguros é justamente inovar e manter-se atualizado em um mercado tão competitivo e agressivo. “Não falo de outros corretores, mas do mercado marginal e também de bancos, financeiras, lojas de departamentos e até mesmo as insurtechs. O corretor precisa de muito mais conhecimento hoje para se manter atualizado, com bons produtos e condições para conseguir vender nesse mercado”, destaca. A pandemia tem sido um desafio encarado sem pessimismo. A maior dificuldade, conta ele, foi a adaptação ao home office. “Sinto que não rendi tão bem e voltei assim que foi liberado para o escritório, onde consigo ter mais

foco”, revela Demerson. As renovações de seguro, comemora, chegaram a praticamente 100%. “E também aumentou a cotação por seguro de vida. É um momento muito difícil, delicado para vários setores. O mercado de seguros também foi impactado por essa situação, mas é preciso otimismo para enfrentar as adversidades”, aponta. Para Demerson, o convite para integrar o quadro de diretores do SINCOR-GO é um dos pontos altos de sua carreira. “Fiquei extremamente honrado e feliz. Minha vida no seguro sempre foi de muita luta, sacrifício, suor e, às vezes, lágrimas. Porém, há também um sentimento de vitória. Estar junto ao SINCOR para promover nossa categoria, lutando por nossos direitos ao lado de colegas e tanta gente comprometida com o crescimento da nossa profissão é muito satisfatório”, conclui.

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Especial

Perspectivas para o mundo do seguro pós-pandemia Players da indústria do seguro apostam na resiliência do setor que tem tudo para ajudar a economia a crescer

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Quais as perspectivas para o mundo do seguro pós-pandemia? A pergunta, claro, tem sido feita por todos e não admite respostas simples e muito menos extremas. Num cenário de perdas econômicas e redução da expectativas do PIB, analistas econômicos e os players desta indústria, como corretores e suas entidades representativas, assim como as seguradoras, concordam que o setor de seguros tem reagido, desde o início da pandemia, com a responsabilidade de quem está acostumado a contribuir para a proteção do patrimônio das famílias e das empresas e maduro e forte o bastante para enfrentar as maiores turbulências e adversidades. Os prognósticos para o setor em um futuro próximo divergem, condicionados que são por fatores econômicos, políticos e sociais, mas todos apostam na capacidade de resiliência e adaptação dos players deste mercado que, mesmo diante dos fortes impactos sofridos, tem demonstrado sua força com inúmeros exemplos.

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Capacidade de adaptação

da vida e do patrimônio que só o seguro pode proporcionar”, destaca o presidente do SINCOR-GO.

“Historicamente, o seguro tem se mostrado como um elemento impulsionador da economia em cenários pós-crise. Um sinal de que nesse caso não será diferente é que as perdas do setor foram menores do que em outros setores da economia nesta pandemia”, defende Lucas Vergilio, deputado federal e presidente do SINCOR-GO.

Para ele, a proatividade das entidades representativas como a Fenacor e Sincor’s de todo o país ao encabeçarem o movimento para que as seguradoras retirassem a cláusula de risco em caso de pandemia foi, além de uma ação louvável, mais um ato que mostrou à sociedade a responsabilidade social desta instituição e o quanto ela é estratégica econômica e socialmente.

A capacidade de adaptação de toda a cadeia do seguro a esse período de excepcionalidade, observa Vergilio, é mais um fator que contribui para as boas expectativas no pós-pandemia. “A boa resposta dos corretores de todo o Brasil, que mantiveram sua responsabilidade para com os segurados, sem dúvida foi determinante para que a população se atentasse para a importância da proteção

“Iniciativas assim demonstram a maturidade do setor e sua relevância na sociedade. No entanto, a flexibilização da claúsula de risco para pandemias no futuro é um tema que, com certeza, vai merecer muitas reflexões e debates. Nós, das entidades representativas dos corretores de seguros, estamos atentos para proteger os interesses da população e da categoria”, afirma Lucas Vergilio.

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Especial

Distribuição e retomada O presidente do SindSeg MG/GO/MT/DF, Marco Antônio Neves, é realista quanto à inevitabilidade das perdas do setor que, assim como a esmagadora maioria dos setores industrial, comercial e de serviços no Brasil e no mundo, tem sofrido com este evento excepcional da pandemia. “As previsões de diminuição da renda da população como um todo já são suficientes para criar desafios a serem vencidos no setor segurador. Mas nosso setor é maduro, dinâmico e moderno. Saberemos superar. Gostamos de dizer que agora é a hora da distribuição, ou seja, poderemos ter queda na demanda e na transferência de recursos da sociedade para o segmento, porém com as grandes reservas técnicas que as seguradoras constituem por lei, estaremos injetando recursos de investimento na economia para ajudar o país a superar a crise e acionar seus motores”, avalia. Para ele, o crescimento do seguro de vida e pessoas é uma tendência que, como apontam especialistas, pode se prolongar no cenário pós-pandemia. “Não só acreditamos como constatamos ano a ano o fabuloso desenvolvimento deste segmento. Consumo alto de seguro de vida é sinônimo de sociedade desenvolvida econômica e culturalmente. A expansão dos seguros de pessoas vem acontecendo de forma firme e sistemática ao longo dos últimos anos”, observa Marco Antônio Neves. Ele acredita que, com a pandemia, a necessidade de gerar proteção para as famílias ficou mais latente, mais evidenciada, contribuindo ativamente para a melhor compreensão dos benefícios gerados em função das coberturas disponíveis no mercado. “Não há nada que nos permita ser pessimistas quanto ao futuro desta classe de produtos”, acrescenta o presidente do SindSeg MG/GO/MT/DF. 28 | Sincor-GO

Cautela e crescimento Ex-professor da Escola Nacional de Seguros e Diretor de Comunicação do SINCOR-GO, o empresário e corretor de seguros Hailton Costa observa que análises e, mais ainda, previsões sobre o comportamento do mercado de seguros no Brasil exige muita cautela, pois são muitas as variáveis que impactam o setor. Em relação especificamente ao seguro de vida, ele ressalta que, no viés dos seguros empresariais, como muitas empresas demitiram, consequentemente os seguros de vida em grupo diminuíram. “Ou seja, do ponto de vista do seguro de vida empresarial, houve queda, ainda que não tenha sido significativa. Já em relação ao seguro de vida individual houve realmente um aumento na procu-


ra”, aponta o diretor do SINCOR-GO. “As pessoas passaram a buscar mais informações sobre o que é o seguro de vida individual e a se informar melhor sobre o que tem cobertura ou não na apólice”, acrescenta. Ao ficarem mais confinados em seus lares em razão da quarentena, o que deve persistir após a pandemia, ainda que em grau bem menor, as pessoas tiveram mais oportunidades de perceber a importância de contratar seguro para as suas residências. “E não falo de seguros simples e sim de produtos mais elaborados, principalmente em relação a assistência”, aponta o diretor do SINCOR-GO. Analistas apontam que “o ficar em casa” decorrente das políticas de isolamento social na pandemia, também pode contribuir para o retorno da valorização do investimento no sonho da casa própria e, portanto, à retomada da construção civil,

o que levará por sua vez, ao aumento da procura pelo chamado seguro de obra. “Há motivos para otimismo também quando se analisa dados sobre os seguros para o setor do agro, ou ligados a este setor (como o transporte), que nunca estiveram tão aquecidos. Penso que haverá uma forte retomada da economia, o que vai trazer impactos positivos como seguros de vida coletivo (para empresas), seguro de obras e seguro saúde”, destaca Hailton Costa. Em sua avaliação, um dos fatores mais positivos da pandemia sobre o setor foi, sem dúvida, o posicionamento das companhias seguradoras que passaram a dar cobertura para pandemia, uma vez que os contratos não previam cobertura para tal. “Do ponto de vista técnico, essa postura, que foi também um movimento encampado pela Fenacor, foi uma avanço significativo”, avalia.

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Especial

Respostas diferenciadas O presidente da CNseg, Marcio Coriolano, divide em etapas os impactos da pandemia no Brasil. A arrecadação do setor segurador no primeiro semestre de 2020 superou R$ 121 bilhões (sem Saúde e DPVAT), indicando redução de 3,5%, em relação ao obtido em igual período de 2019. O primeiro trimestre foi de resiliência do setor, que cresceu 7,8%, considerando que a pandemia foi declarada apenas em março. Já o segundo trimestre revelou impacto forte do regime de distanciamento social, levando à redução da arrecadação na ordem de 13,8%, comparada à obtida no mesmo período de 2019.

pessoas terão mais condições de retomar a compra de seguros, em um círculo virtuoso, porque a proteção de patrimônios, saúde e vida desonera o Estado, possibilitando que recupere a sua capacidade de investimento”, acredita. O presidente da CNseg observa que com a crise recessiva brasileira que estava terminando em 2019, e que voltou com a pandemia -- o setor de seguros, em termos de arrecadação, voltou ao patamar de 2013. Trata-se, ainda assim, de um

desempenho superior ao verificado na indústria, no comércio e nos serviços. “É por isso que estamos confiantes de que há muito espaço para voltar a crescer, tanto em seguros quanto em previdência privada e em capitalização”, justifica. “A resposta do setor segurador ao ambiente restritivo da pandemia do novo coronavírus tem sido diferenciada, seja em cada período comparado, seja em cada linha de negócios. O desempenho futuro dependerá das políticas econômicas e da atividade legislativa, sejam as que compensam perdas de empresas e cidadãos, sejam as que retomem as reformas que o Brasil precisa: tributária e administrativa, principalmente”, defende Coriolano. Para ele, aparentemente o pior período da pandemia, os meses de abril e maio, já passou. “Caso o ritmo da produção e do varejo melhorem, e as taxas de desemprego parem de subir, as empresas e as 30 | Sincor-GO

O segmento de seguros de pessoas, pólo dinâmico de crescimento do setor desde 2015, em sua análise deve crescer de forma mais lenta neste ano e contribuir menos para o resultado do setor, por causa da queda de renda agregada. No primeiro semestre, os planos de vida risco fecharam estáveis, ao passo que os de acumulação, tipo VGBL, apesar da reação ocorrida nos últimos meses, registram perdas de 7,2%, comparando-se ao mesmo período de 2019, aponta a CNseg. “Esse segmento depende muito da renda dos trabalhadores, taxa de desemprego reduzida e da saúde das empresas, que utilizam seguro de vida e planos


de previdência como atrativos para retenção de talentos. Mas acreditamos que a partir de 2021, com a retomada da economia plena e efeitos dos projetos de investimento públicos e privados, haverá folga de renda adicional que poderá alimentar a acumulação de renda através dos planos de previdência privada aberta”, acredita Coriolano. Entre as mudanças, de paradigmas ou técnicas, provocadas pela pandemia, ele destaca que a questão da exclusão de riscos, muito debatida nas primeiras semanas da pandemia, pode ser sintetizada da seguinte forma: o seguro não pode oferecer proteção ao que não foi pago nem calculado no prêmio, sob o risco de produzir danos irreparáveis ao setor e, em consequência, aos participantes do sistema. Coriolano ressalta que também merece destaque a guinada digital do mercado

segurador, cuja resposta à quarentena e restrições ao funcionamento das empresas, redime qualquer dúvida sobre sua modernidade e atualização tecnológica. “A era digital incorpora-se, portanto, à rotina do mercado. Os passos dados pelas empresas do setor, ao longo dos últimos anos, rumo à modernização de produtos e processos, agregando tecnologia e inovação no atendimento ao cliente, está sendo precioso na atual conjuntura de isolamento social, ao permitir que os serviços pudessem continuar a ser prestados por meio de aplicativos, chats e demais ferramentas de atendimento on line”, assinala. “A nova organização da sociedade, que se desenha para o pós-crise, deve exigir passos ainda mais rápidos na formatação de um novo ambiente de negócios, incluído o estratégico setor de seguros, cuja essência é garantir maior previsibilidade e organização financeira a empresas e consumidores individuais. Para isso, é urgente tornar o ambiente dos negócios que envolvem os seguros mais livre e com menos barreiras regulatórias”, avalia o presidente da CNseg.

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Imprensa

Prêmio de Jornalismo da Fenacor segue com Inscrições abertas até 16 de novembro

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Prêmio Nacional de Jornalismo da Fenacor está com inscrições abertas à imprensa de todo o País até 16 de novembro. Promovido em parceria com a Escola Nacional de Seguros e com apoio institucional da CNseg, a edição 2020 do Prêmio Nacional de Jornalismo contempla cinco categorias: “Mídia Impressa”; “Audiovisual” – incluindo Rádio e TV -; “Webjornalismo”; “Imprensa Especializada do Mercado de Seguros”; e “Formação e Qualificação Profissional”. Podem concorrer reportagens e matérias veiculadas entre os dias 11 de novembro de 2019 e 15 de novembro de 2020.

Cada categoria premiará os três melhores trabalhos com prêmios em dinheiro 1º Lugar R$ 15 mil

2º Lugar R$ 6 mil

3º Lugar R$ 3 mil

Inscrições aqui. Segundo o presidente da FENACOR, Armando Vergilio, mesmo diante do avanço da pandemia do coronavírus, optou-se por manter o prêmio, mas com alguns ajustes. “A informação com qualidade é fundamental. E é importante mostrar que o nosso setor é imprescindível neste momento para ajudar no combate à pandemia e, principalmente, na proteção e 32 | Sincor-GO

segurança jurídica. Precisamos ter a imprensa levando informação de qualidade para a população”, acentuou. Robert Bittar, presidente da CNseg, destacou o que o propósito do prêmio também é o de ajudar o público a entender melhor o seguro e as especificidades de cada modalidade. “Essa aproximação do setor com a sociedade só pode ser feita pelo trabalho brilhante da imprensa”, elogiou. Presidente do SINCOR-GO, o deputado federal Lucas Vergilio, reforça o valoroso papel da imprensa, especializada ou não, em levar a notícia imparcial à população em contraposição à desinformação gerada pelas fake news. “Somente a informação de qualidade, a notícia levantada e checada com responsabilidade é que pode contribuir efetivamente no esclarecimento à população sobre como oferecer segurança à sua família e ao seu patrimônio. Ambos, a imprensa de credibilidade e o mercado de seguros estão de parabéns pela seriedade com que estão atuando neste momento tão crítico em razão da pandemia”, destacou Lucas Vergilio. “O Prêmio é nacional, como nas edições anteriores. Assim, reportagens e matérias contextualizadas em diferentes regiões do País acabam por fornecer um painel da diversidade da realidade do mercado do seguro no Brasil. Goiás sempre foi referência na cobertura desses temas, inclusive já tendo tido veículos daqui premiado no concurso”, lembra o presidente do SINCOR-GO.


Recadastramento da Susep

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mbora a suspensão do recadastramento obrigatório dos corretores de seguro imposto pela Susep ainda seja objeto de luta na Justiça, a última orientação da Fenacor foi para que a categoria atendesse ao chamado do órgão regulador. Para evitar que o corretor fosse ainda mais prejudicado, a Federação recomendou a obediência ao prazo, encerrado em 31 de julho.

está sujeito a perder os dados ou, pior, vê-los ser apropriados por pessoas mal intencionadas”, advertiu a Fenacor em comunicado publicado pela entidade.

“A Fenacor nunca foi contra o recadastramento, mas ao modo como ele foi conduzido, expondo os corretores a riscos e fraudes. Além disso, com a crise mundial em razão da pandemia, consideramos o momento inoportuno. Tentamos dialogar com a Susep para “O sistema criado pela autarquia, por ser que o prazo fosse prorrogado, mas não “muito frágil”, não oferece segurança e é tivemos sucesso, e também buscamos suscetível a fraudes, expondo os dados junto ao Poder Judiciário medidas legais dos corretores de seguros, pessoas que impedissem esse absurdo”, destafísicas e jurídicas. O corretor de seguros cou Armando Vergilio.

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Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de Goiás. Sincor - GO Rua C-145, 1.036, Qd 337, Lts 21/22, Jd. América, Goiânia-GO | CEP 74255-500

Lucas Vergilio presidente Henderson de Paula Rodrigues vice-presidente Financeiro Deivid Pereira vice-presidente Técnico Roney Almeida Macedo vice-presidente de Marketing e Relações com o Mercado Vera Lúcia Campos Fornari vice-presidente Social e de Benefícios Vinícius de Araújo Porto vice-presidente Institucional e de Relações com o Corretor de Seguros Wagner Paulo de Oliveira vice-presidente Administrativo Diretoria Admilson Alves de Castro Ana Maria Martins de Oliveira Andrade Carmen Lucy Silva Demerson Gonçalves de Melo Evanira Barbosa de Macedo Jairo Cirilo Amaral Juliana Pena de Paula Rios de Pina Liamar Geralda Martins Ferreira Lucas Paulo Garcia Bittencourt Marinho de Souza Oliveira Júnior Osmar dos Reis de Sousa Silvio Roberto de Sousa Rodrigues Thiago Perilo de Azevedo Silva Wallacy Luiz Silva Oliveira Diretoria Auxiliar Edmo Edmundo Pinheiro Neto Fausto Rodrigues de Godoy Isabella Petini de Oliveira Ludmilla de Mesquita Correira Ribeiro Luiz Olmando de Melo Mariana de Jesus Fonseca Paulo César Fernandes Rosa Renner Araújo Fidelis Ricardo Magalhães Ferreira Ronaldo de Amorim Chaveiro Sérgio José de Melo

Conselho Fiscal Efetivo Amaury Gonçalves da Cunha (presidente) José Sousa Rios Marcos Carneiro Martins Arruda Conselho Fiscal Suplente Gilson Antonio de Souza Inamar de Cássia Borges Samuel Azevedo Barros Sobrinho Delegados Representantes junto à Fenacor 1º Delegado: Lucas de Castro Santos 2º Delegado: Henderson de Paula Rodrigues 1º Suplente: Hailton Costa Neves 2º Suplente: Ozório Manuel da Silva Conselheiros Efetivos do Comitê de Ética Raimundo Dionísio Ribeiro (presidente) Antônio Oliveira Durães Cláudio Miguel de Paula Daniel Souza dos Santos Julio César Coelho Guilherme José Veríssimo da Silva Conselheiros Suplentes do Comitê de Ética Erasmo Pereira da Silva Isaias Fernandes de Paula Edson Costa Souza Reinaldo de Oliveira Batista Filho Anderson Pires Costa Cardoso Antônio Carlos Starling Cavalcanti Diretorias Territoriais Anápolis: Leonardo de Miranda Almeida Diretor territorial auxiliar: Ronaldo Luiz de Miranda Itumbiara: Antônio Aparecido de Almeida Diretor territorial auxiliar: Raimundo Nonato dos Santos Rio Verde: Francisco Rodrigues Pereira Neto Diretor territorial auxiliar: Giuliano Carlos Fernandes da Silva Catalão: Mário de Pádua Castro

Revista Sincor Projeto editorial e gráfico, redação e edição

Ampli Comunicação

Jornalista responsável: Deire Assis (GO 01197 JP) Impressão: Gráfica Art 3 Tiragem: 3 mil exemplares

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