Mulher
A pioneira
Daiana quer abrir espaço para maior participação das mulheres
O jeito meigo de falar e tratar as pessoas esconde uma guerreira. Daiana Freitas de Oliveira entrou para a história do Sindicato Nacional dos Cegonheiros como a primeira mulher a integrar a diretoria da entidade. De cara, ela já assume dois grandes desafios: abrir espaço para maior participação das mulheres e mostrar a força e a determinação da nova geração de cegonheiros – que luta por tornar a categoria ainda mais representativa no desenvolvimento do Brasil. Filha de um dos profissionais mais respeitados entre os cegonheiros, Antônio de Souza Oliveira, mais conhecido como Treis, Daiana cresceu entre Revista Cegonheiro
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caminhões e carretas. Ela conta que o pai, com ajuda da mãe, Cida, sempre arrumava o caminhão na porta de casa. As férias escolares eram curtidas na boleia. “Eu, minha mãe e minha irmã, Débora, viajávamos com ele. Quando voltava para a escola, a professora pedia que desenhássemos o que tínhamos feito durante as férias. Eu costumava desenhar o caminhão cegonha”, relembra. Dessa época, ela guarda com carinho a lembrança dos banhos numa bica. “Não recordo o local, mas havia um posto com uma bica. Eu e a Débora pedíamos a nosso pai que nos levasse até lá”, conta.
Embora vivesse num mundo ligado às quatro rodas e às estradas, Daiana seguiu outros caminhos. Formou-se em Farmácia e trabalhou durante quase dois anos no setor. O destino, porém, a trouxe de volta. “Durante um período em que meu pai foi hospitalizado, comecei a administrar os negócios da família. Afinal, ele conquistou tudo com muito suor e garantiu nosso sustento. Aos poucos, fui me envolvendo e gostei. Acho que é uma coisa que está no sangue, no DNA”, diz. A garra e a determinação de Daiana foram decisivos para ela se impor e conquistar o respeito de todos. “Quando comecei, por volta de 2010,