II SIMPECAL- Alimentos e Sociedade

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INFLUÊNCIA DO CONFINAMENTO DEVIDO À PANDEMIA DE COVID-19 NO PESO CORPORAL DA POPULAÇÃOAutores E NA PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS Marcos Vinicius Gust GUND; Isis Gois de SOUZA; Sarah Souza de MATTOS; Toni Jeferson LOPES; Kessiane Silva de MORAES Universidade Federal do Rio Grande - FURG, Campus Santo Antônio da Patrulha (FURG-SAP), kessianemoraes@furg.br

INTRODUÇÃO

RESULTADOS E DISCUSSÃO

A crise de saúde pública provocada pelo novo coronavírus Tabela 1. Avaliação do peso corporal durante a pandemia de COVID-19. resultou na adoção de medidas de urgência para conter a Você notou alguma alteração no seu peso corporal durante a quarentena? propagação da pandemia, impactando nos padrões de Variáveis Aumentou Nenhuma alteração Diminuiu Não verificou comportamento dos brasileiros. O país enfrenta um significativo % (IC95%) % (IC95%) % (IC95%) % (IC95%) aumento do sobrepeso e da obesidade em todas as faixas etárias. Total 46,8 (43,8;49,8) 28,4 (25,7;31,1) 14,1 (12,0;16,1) 10,7 (8,8;12,5) Segundo a Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Sexo Síndrome Metabólica, cerca de 19,8% dos brasileiros são obesos e 55,7% apresentam excesso de peso (ABESO, 2018). Diante deste Masculino 46,8 (40,3;53,4) 32,9 (26,7;39,1) 13,1 (8,6;17,5) 7,2 (3,8;10,6) 46,8 (43,5;50,2) 27,2 (24,2;30,3) 14,3 (12,0;16,7) 11,6 (9,4;13,8) cenário, a pesquisa teve como objetivo avaliar a percepção dos Feminino IC : intervalo de confiança de 95%. 95% brasileiros em relação ao peso corporal e a prática de atividades físicas durante o período de confinamento causado pela pandemia de COVID-19. Tabela 2. Avaliação da atividade física durante a pandemia de COVID-19. Você modificou sua atividade física durante a quarentena?

MATERIAL E MÉTODOS

Estudo Observacional Transversal

Aumentou

Permanece como sempre

Diminuiu

Não pratica atividade física

% (IC95%)

% (IC95%)

% (IC95%)

% (IC95%)

17,5 (15,2;19,7)

15,2 (13,0;17,3)

45,4 (42,4;48,4)

21,9 (19,4;24,4)

Masculino

19,4 (14,2;24,6)

17,1 (12,2;22,1)

50,9 (44,3;57,5)

12,6 (8,2;17,0)

Feminino

17,0 (14,4;19,5)

14,7 (12,3;17,1)

44,0 (40,6;47,3)

24,4 (21,5;27,3)

Variáveis

Total Sexo

Criação do Formulário

Google Forms

IC95%: intervalo de confiança de 95%.

Apreciação Ética

Divulgação do Formulário

Coleta de Dados

Computação de Dados

Comitê de Ética em Pesquisa da FURG (CEP-FURG) CAAE: 34243920.2.0000.5324

Redes de contato, e-mails institucionais e Redes sociais

07 a 21 de agosto de 2020

1.060 participantes

CONCLUSÃO

Com base nos resultados obtidos nesta pesquisa foi possível avaliar a percepção dos brasileiros em relação ao peso corporal e a prática de atividades físicas durante o período de confinamento causado pela pandemia de COVID-19. Os resultados confirmaram a hipótese de que o isolamento social induziu ao aumento do peso corporal (46,8% - IC95% 43,8;49,8) e à diminuição da atividade física habitual (45,4% - IC95% 42,4;48,4) para a maioria dos brasileiros entrevistados, o que pode contribuir para a prevalência de excesso de peso e obesidade. REFERÊNCIAS

Análise de Dados

Microsoft Excel®, versão 2013

Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica. 2018. Disponível em: <https://abeso.org.br/obesidade-e-sindromemetabolica/mapa-da-obesidade/>.

Análise Estatística

Obtenção de Resultados

Intervalo de 95% de confiança (IC95%) e prevalência

AGRADECIMENTOS Os autores agradecem pelo auxílio dentro da Chamada MCTIC/MAPA/MEC/SEAD-Casa Civil/CNPq Nº 21/2016 e à Universidade Federal do Rio Grande - FURG, assim como os avaliadores dos trabalhos científicos do II SIMPECAL por sua disponibilidade voluntária.


PANORAMA DAS PERDAS E DESPERDÍCIO DE FRUTAS E HORTALIÇAS EM FEIRAS LIVRES DA REGIÃO OESTE DA BAHIA, BRASIL 1* ALMEIDA ,

2 COSTA ,

3 OLIVEIRA ,

Rafael Fernandes Tatielly de Jesus Tarine Matos de Josilene Rosa 3 3 3 de SOBRAL , Licymara Brianne Magalhães da SILVA , Alexandra Mara Goulart Nunes MAMEDE 1UNICAMP; 2USP; 3IFBA, *E-mail:

INTRODUÇÃO

Há um crescente desperdício de alimentos no Brasil estando, entre outros fatores, relacionado às perdas de frutas e hortaliças em feiras livres (Figura 1). Além disso, o descarte de cascas, sementes e talos, por serem tratados como rejeitos pela população e indústrias alimentícias, intensifica estas perdas, dificultando a erradicação da insegurança alimentar no país (Gandra, 2017; Embrapa, 2018). Diante disso, objetivou-se realizar um levantamento de informações sobre o comércio de frutas e hortaliças na região Oeste da Bahia, investigando as causas das perdas e o destino final dos resíduos nas feiras.

Figura 1. Resíduos descartados na feira livre de Luís Eduardo Magalhães , Oeste da Bahia, Brasil. MATERIAL E MÉTODOS

Locais de realização do estudo: Luís Eduardo Magalhães, Riachão das Neves e Barreiras, em feiras livres dos municípios.

r234206@dac.unicamp.br

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O índice de perdas nas feiras é grande, sendo provocado por: diferentes estágios de maturação dos produtos ainda na entrega pelo fornecedor, excesso de frutas e hortaliças compradas e falta de aplicação de condições adequadas de armazenamento das mesmas. Lixo, alimentação animal e produção de adubo estão entre os destinos dados pelos feirantes aos resíduos gerados. O acondicionamento ideal dos produtos em embalagens adequadas às suas características é o primeiro passo para minimizar perdas desses produtos; posteriormente, o transporte e o manuseio na hora da comercialização são aspectos básicos e fundamentais para evitar perdas, garantir a boa qualidade e consequentemente maximizar renda (Chaves e Furtado, 2016). A redução das perdas na cadeia produtiva, desde o campo até a residência do consumidor, pode melhorar a renda dos produtores, diminuir os custos para os intermediários e consumidores, além de propiciar a manutenção da qualidade do produto. Mas apesar da grande importância mundial, pesquisas sobre perdas de produção de frutas e hortaliças são escassas; pois, além da complexidade do tema há dificuldade na padronização de metodologias para o estudo. CONCLUSÃO

Número de entrevistados: 60 vendedores de frutas e hortaliças, Foi possível realizar o levantamento dos motivos que ocasionam as sendo 20 entrevistados de Barreiras, 20 de Riachão das Neves e 20 perdas de frutas e hortaliças nas feiras livres do Oeste da Bhaia, Brasil, bem como o seu destino final. No mais, para os próximos de Luís Eduardo Magalhães. estudos, é desejável quantificar as perdas que ocorrem por parte Questionário aplicado: dos feirantes que atuam nestas feiras da região Oeste da Bahia, - De qual(is) local(is) vem os produtos que você comercializa? Brasil. - Na hora da compra, você percebe se há diferentes graus de maturação dos produtos no transporte por parte dos REFERÊNCIAS fornecedores? - Com que frequência você compra os produtos que CHAVES A. A. C., FURTADO S. C. Avaliação das perdas de alimentos em feira livre de Manaus. IN: II CONGRESSO AMAZÔNICO DE MEIO AMBIENTE E ENERGIAS comercializa? Como você armazena as frutas e hortaliças? RENOVÁVEIS. Anais... Manaus, 2016. Disponível em: - Sabe informar como deve ser feito o armazenamento de frutas <https://www.even3.com.br/anais/camaer2016/31520-avaliacao-das-perdas-dee hortaliças? alimentos-em-feira-livre-de-manaus/>. Acesso em: 13 ago. 2021. - Você considera o seu índice de perdas de frutas e hortaliças EMBRAPA - EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Ciência que transforma, resultados e impactos positivos da pesquisa agropecuária na alto? economia, no meio ambiente e na mesa do brasileiro. 2018. Disponível em: - Qual(is) fruta(s) e hortaliça(s) você mais perde? <https://www.embrapa.br/grandes-contribuicoes-para-a-agricultura- O que faz com o que não consegue vender? brasileira/frutas-e-hortalicas>. Acesso em: 28 jul. 2021. - Sabe dar exemplos do que pode ser feito com cascas, sementes, GANDRA A. Brasil tem boas práticas contra desperdício de alimento, mas perdas chegam a 40%. 2017. Disponível talos, além de frutas e hortaliças que não consegue vender? em:<http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2017-10/brasil-tem-boas- O que você acha sobre a higienização da feira e de seu entorno, praticas-contra-desperdicio-de-alimento-mas-perdas-chegam>. Acesso em: 30 de onde você comercializa seus produtos? jul. de 2021.


PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ENTRE ADOLESCENTES POR MEIO DE RECURSOS DIGITAIS: UMA EXPERIÊNCIA EXTENSIONISTA DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 Luce Alves da Silva¹, Maria Goia de Carvalho Tavares Patrocinio², Cristiane Patrícia de Oliveira¹, Marcelo Franco³, Iasnaia Maria de Carvalho Tavares¹ ¹Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), ²EEEM Dom Daniel Comboni, ³Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) E-mail: Luce_as@hotmail.com

RESULTADOS E DISCUSSÃO

INTRODUÇÃO

O Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) é um dos Participação de 135 estudantes. A avaliação teórico-prático maiores e mais abrangentes programas de alimentação escolar do permitiu verificar o desempenho geral, como pode ser mundo (Brasil, 2017). O PNAE tem como objetivo atender às observado nas figuras 1 e 2: necessidades nutricionais dos alunos, durante sua permanência em sala de aula, contribuindo com seu desenvolvimento e com a formação de hábitos alimentares saudáveis (Brasil, 2004). Na perspectiva do PNAE, as ações de Educação Alimentar e Nutricional (EAN) constituem uma importante ferramenta de prevenção e controle de problemas alimentares e nutricionais e de formação de hábitos alimentares saudáveis. Entretanto, devido Figura 1. Desempenho da turma de acordo com as perguntas realizadas. a pandemia pela COVID-19 e a necessidade de isolamento social . houve uma descontinuidade do PNAE, o que refletiu na baixa cobertura populacional, acesso parcial a alimentação, redução do acesso aos produtos da agricultura familiar e uma fragilidade na execução do PNAE (Corrêa et al., 2020). Diante disso, esse trabalho teve o objetivo de realizar uma ação extensionista de promoção da alimentação saudável, através de recursos digitais, Figura 2. Classificação do desempenho dos alunos. com adolescentes de uma escola estadual de Nova Venécia-ES. Foi observada a participação dos alunos em todas as atividades propostas e a cartilha está em fase de finalização (figura 3): MATERIAL E MÉTODOS A

O projeto foi realizado por discentes do Programa de Pósgraduação em Engenharia e Ciência de Alimentos da UESB com alunos do 2° e 3° ano do EEEM Dom Daniel Comboni, do curso técnico em Análises Químicas (Nova Venécia-ES) Consistiu em três etapas: • Teórica - 2 encontros virtuais através da plataforma google meet: o primeiro tema abordado foi “alimentos saudáveis”, lançando uma atividade, a produção de “cupcake saudável”; o segundo tema foi “necessidades nutricionais”. • Prática - Desenvolvimento das receitas de cupcakes com posterior divulgação em redes sociais, compartilhamento e interação através do Google Drive e Padlet, para seleção e elaboração de uma cartilha. • Avaliação - questionário via Google Forms sobre o tema.

REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Educação. Programa Nacional de Alimentação Escolar. Brasília: Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, 2004. BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas. Brasília, DF: MDS; Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, 2012. 68 p. CORRÊA E.N., et al. School feeding in Covid-19 times: mapping of public policy execution strategies by state administration. Revista de Nutrição. v.33, e2000169, 2020.

B

C

D

Figura 3. Imagens de alguns cupcakes desenvolvidos.

CONCLUSÃO

O trabalho realizado permitiu a aquisição de conhecimento sobre alimentação saudável, com a obtenção de bom/excelente desempenho por 67,85% dos alunos, além de tornar possível a aplicação prática da aprendizagem. O uso de mídias digitais, como o Google Meet, Google Drive, Google Forms e Padlet foram eficientes para a realização do projeto e interação dos alunos, viabilizando a promoção de práticas alimentares saudáveis entre adolescentes de Nova Venécia-ES.

AGRADECIMENTOS Os autores agradecem à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e a escola do EEEM Dom Daniel Comboni.


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