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É PRECISO REAVALIAR UMA ROTINA, SE NELA NÃO SOBRA TEMPO PARA UMA ATIVIDADE FÍSICA, PARA O LAZER, PARA O CUIDADO DE SI E O CONVÍVIO COM OUTRAS PESSOAS

Ricardo Rodrigues Teixeira, professor do Departamento de Medicina Preventiva da USP

Hoje, esse estudo, que é fruto de uma parceria entre o Centro de Pesquisa e Formação do Sesc São Paulo e o Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP mostra, segundo Teixeira, que a saúde mental está diretamente relacionada à forma como as pessoas lidam com o tempo, “algo que, para mim, é sinônimo de vida”, diz o pesquisador. Ou seja, “é preciso reavaliar uma rotina, se nela não sobra tempo para uma atividade física, para o lazer, para o cuidado de si e o convívio com outras pessoas”, ressalta Teixeira.

Para o cientista social Luís Mauro Sá Martino, questionar a naturalização de crenças como “a vida é corrida mesmo” e a glamourização do excesso de atividades é outro caminho para pisarmos no freio dessa lógica. “Primeiro, como você usa seu tempo? Saber disso ajuda a pensar como dirigir melhor as horas, poucas, talvez, que você tem. Segundo, lembrar que o tempo não é só quantidade, é qualidade: você pode definir a importância de cada momento e restaurar a hierarquia do tempo – se você só tem uma hora livre por dia, como vai usá-la? Acessando redes sociais? Brincando com seu filho? Falando com alguém de quem você gosta? Terceiro, respeitar os ritmos do corpo, porque um dia ele manda a conta, e geralmente é alta”, arremata.

*Ilustrações de Nicole Bustamante criadas originalmente para a programação reAlices: narrativas artevisuais, projeto híbrido realizado pelo Sesc Santo André em 2021, composto por ações online e mostra com obras de outros sete artistas. Acesse o catálogo da exposição em: sesc.digital/ colecao/exposicao-realices