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educação DEMOCRACIA E

Espelho de uma comunidade, a escola reflete tanto as aspirações quanto as contradições que acompanham a vida de crianças e jovens do lado de fora de instituições de ensino. Casos recentes de violência física e moral a professores e alunos seriam, portanto, reflexos do autoritarismo, da intolerância e de radicalismos em diferentes esferas da sociedade brasileira. Diante disso, de que forma seria possível restabelecer a relação intrínseca entre educação e democracia para a mudança desse cenário?

Para o pedagogo e filósofo Fernando José de Almeida, precisamos fazer alguns questionamentos.

“Qual o papel social da escola quando ela exerce seu caráter democrático por meio dos currículos escolares, dos equipamentos arquitetônicos, de seus profissionais formadores e de sua força de rede? É possível explicitá-lo e, a partir da clareza de seu conceito, formar pessoas e instituições para a vivência da democracia? À escola e ao seu aparato pedagógico e científico cabem, sim, propor a vivência crítica dos valores da democracia, durante toda a trajetória educativa das crianças e jovens”, defende.

Coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, o cientista social Daniel Cara acredita que “se as injustiças e as desigualdades permanecerem como as principais marcas da educação nacional, diferenciando as condições de acesso e permanência dos estudantes por local de moradia, renda, questões étnico-raciais, de identidade de gênero e de orientação sexual, entre outras, jamais as políticas de educação conseguirão colaborar com o fortalecimento da democracia”.

A fim de trazer novos contornos para a relação entre educação e democracia, os professores Fernando José de Almeida e Daniel Cara levantam reflexões e propostas neste Em Pauta