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Imprensa


O espírito espontâneo da arte Principalmente para quem como muitos de nós - tem se dedicado à reflexão sobre a contemporaneidade das artes no

Nossos agradecimentos ao corpo de jurados, composto pelo crítico de arte Frederico Morais, pela museóloga Jacqueline

Brasil, é imperdoável não se conhecer com mais propriedade a

Finkelstein e pelo artista plástico JoséTarcísio Ramos. Eles contribuíram, com razão e generosos sentimentos, com essa face competitiva da Bienal Naifs do Brasil 2004.

produção espontânea, também chamada de ingénua, de art

premier ou primitiva, najf ou fnsita do país, sempre tomando cuidado com a limitação dos rótulos fáceis e gencralizantcs. Óbvio que o termo najff ou nárve não é de fácil interpretação. Desde que surgiu como definição de um estilo, o termo usado primeiramente por Atfred Jarry (1873-1907) para identificar o universo ingênuo e harmonioso de Henry“Douanier” Rousseau (1844-1910), artista admirado por Picasso (1881 -1973), Matisse (1869-1954),Kandinsky (1866-1944) e outros,o universo nátf se

ampliou e se deixou contaminar de inúmeras formas, por onde passou, foi adotado e angariou entusiastas ingênuos e hábeis comerciantes,intelectuais de vanguarda e leigos apaixonados. Por isso é que, com satisfação e desejo de sacudir o pacato cenário cultural brasileiro, atendemos ao convite do SESC para assumir a curadoria da Bienal Naifs 2004, sétima edição do evento já consagrado. A presente bienal afirma o que já se percebia em eventos anteriores, mas não perde a chance de acrescentar elementos de inquietude, de ampliação conceituai, de reflexão dinâmica e criativa. A opção da curadoria foi a de manter o aspecto competitivo da mostra, permitindo a inserção de mídias heterodoxas, sugerindo um eixo conceituai - O Pénsamento Mestiço para essa arte espontânea e de inspiração popular. ínsitos, primitivos, ingênuos, espontâneos ou incomuns

Mistura Fina - A Arte da Necessidade, em continuidade, é o título da exposição preparada especialmente para esta ocasião.

Ocorre em um espaço devidamente adequado para abrigar coleções importantes,e em diversas áreas do SESC Piracicaba. A‘‘mistura” do título remete à mistura étnica que caracteriza o Brasil, mas sugere claramente o mix de mídias e expressões que se desenvolvem sob o espírito e o pensamento ingênuo, espontâneo, popular. Nesse esforço em traçar os passos dessa mistura, salientando valores, técnicas, revelações e mestiçagens subterrâneas,contamos com o importante apoio de instituições e colecionadores privados, que confiaram ao SESC Piracicaba peças importantes de seus acervos A todos os que contribuíram neste processo nossos agradecimentos. Além das exposições, a Bienal Náifs do Brasil 2004 conta com variada programação paralela que inclui atividades artísticas, programa educativo, oficinas, workshops e um círculo de palestras e debates.Tudo para encantar ao público em geral, fazer pensar, formar olhares atento, sensíveis e questionadores. Aproveitem, portanto, esta saudável festa da cultura brasileira e, por favor.misturem com moderação.

tiveram a oportunidade de serem avaliados por um júri com capacidade acumulada em anos de atividade nas artes plásticas em geral e nestes segmentos periféricos especificamente.

PAULO KLBN Critico de Arte / Curador da Bienal Natfj do Brasd SESC Pradcaba


Bienal Naifs do Brasil 2004: Uma Bienal que evidência as raízes da Arte Popular Brasileira, destacando talentos

desconhecidos garimpados de norte a sul do país. O Sesc São Paulo com o objetivo de valorizar cada vez mais a arte espontânea do nosso país apresenta no Sesc Piracicaba a partir de 28 de Setembro, uma exposição de 215 obras realizadas por 90 artistas selecionados

por uma curadoria de críticos e pesquisadores especializados.

Bienal Naifs do Brasil 2004 Coordenação: Flávia Carvalho

Curadoria geral: Paulo Klein Curadores Adjuntos: Osmar Pisani, Zé Tarcísio, Janete Costa Local: Sesc Piracicaba - Rua Ipiranga. 155 - (19) 3434.4022 - ramal 250

Abertura: 28 de setembro, 3’ feira, às 20 hs Período: 29 de setembro a 12 de dezembro de 2004

Horário: 3* a 6*. das 13h às 22 h - sábados, domingos e feriados, das 9h às 18h N°.de obras: 215

Técnica: pintura, escultura, gravura, instalação, cerâmica, tapeçaria

Informações Gerais: Flávia Carvalho - (19) 3434.4022 - ramal 206 Curadoria: Paulo Klein -(II) 3085.1933/ 9418-9100

Realização: Sesc São Paulo

Ass. Imprensa: MGM Comunicação Márcia Marcondes/ Carla Regina (II) 3667.7167 / 3825.7165 / 8105.8835

mgm.tom@uol.com.br


O Pensamento mestiço Considerado um país de múltiplas faces, o Brasil ao longo dos séculos tem recebido influências culturais de diversos povos, tendo como consequência uma importante manifestação de arte popular.Como uma forma de disseminar e valorizar esse estilo

o SESC São Paulo (Serviço Social do Comércio) mais uma vez impulsiona a cultura do nosso país através do Sesc Piracicaba e apresenta entre os dias 28 de setembro e 12 de dezembro, a sétima edição da Bienal Naífs do Brasil - O

Pensamento Mestiço.

Diferente das outras mostras bienais, o regulamento da Bienal Naifs do Brasil 2004 permitiu a livre participação de artistas brasileiros ou residentes há mais de três anos no país, cuja expressão artística consolidasse a forma de arte espontânea. A

seleção dos trabalhos, enviados pelos artistas ao SESC Piracicaba, foi feita no início do mês de agosto por um júri formado pelo crítico de arte Frederico de Morais,a museóloga Jacqueline Finkelstein e o artista plástico e pesquisador ZéTarcísio.Os jurados

avaliaram as 849 obras inscritas e selecionaram 106 trabalhos (anexo lista geral de todos os participantes) que serão exibidos na

exposição Bienal Naifs 2004 apresentada no Sesc Piracicaba. O júri premiou os seguintes artistas: Prêmio Destaque Deraldo Clemente de São José do Rio Preto, com a obra"Fome Zero", R$ 4.000,00.

Prêmio Revelação

Sheila MariaTeixeira,SRcom a obra “Através dos tempos”,R$ 3.000,00. Prêmio Aquisição

Ana Amélia de Souza Carmelo "Namoro na janela";Aparecida Rodrigues Azedo “Miscigenação" e Ermelinda de Almeida “O Pintor", todas do Rio de Janeiro. Do Ceará, Gerardo Domingos da Silva“O circo da serrinha" e João Bosco Lisboa de Morais,

s/título. E ainda, Luiz Natal de Souza "Um dia de verão”, Espírito Santo:Marcelo lvanhezi“Os grandes sucessos do cinema". Mato

Grosso Sul e Rodrigo Alves Borges de Goiânia com a obra“Engenhoca Mágica II".

Para complementar o acervo deArte Popular do SESC,o valor total deste Prêmio é de R$ 8.000.00.


Prêmio Menção Especial Durante a seleção dos trabalhos quatro artistas de São Paulo receberam como estímulo um certificado com menções especiais, são eles: Geraldo Amaral do Nascimento com a obra “Cotidiano”, Maria Leonarda Botelho Lascalla com“ltsakumalu”, Mônica da Silva Santana com“Diferença" e Renata Cerchi Kesselring com o trabalho"Pássaros na chuva”.

A exposição com as obras selecionadas e a Sala Especial “Mistura Fina" vão ser inauguradas no dia 28 de setembro no SESC Piracicaba à Rua Ipiranga, 155 no Centro de Piracicaba. Mais informações poderão ser obtidas pelo telefone (19) 3434.4022, ramal 2S0.

Sala especial “Mistura Fina - A arte da necessidade** A mostra especial da Bienal de Piracicaba recebeu o título de “Mistura Fina”, alusão ao teor mestiço de nossa cultura e, particularmente, da produção ínsita do País. Numa fusão que valoriza a versatilidade, o diverso e o espontâneo nas artes plásticas,a curadoria incluiu na exibição artistas pontuais que trabalham com a Pintura (Cardosinho, Heitor dos Prazeres.José Antonio da Silva,Julio Martins, Mirian, Ranchinho e Descartes Gadelha, entre outros), a Escultura (Nilo, Nino, Manoel e Francisco Gradano), Desenho (Maria Lira e Zica Bergami). Formas Tecidas (Formiguinha, Marieta Ramos, Vila Mariquinha), Cerâmica (Isabel Mendes da Cunha e Maria de Lourdes Cândido).além de um amplo painel sobre a xilogravura nordestina 0. Costa Leite,J. Borges, J. Miguel Gevanildo, Nena, Amara Francisco, Stênio Dias, entre outros) e uma instalação aérea da convidada especial Cecília Stelini.

O curador da Bienal Naifs do Brasil, o crítico de arte Paulo Klein enfatiza o grande interesse que a arte brasileira de origem espontânea tem despertado tanto no Brasil como no exterior, especialmente entre colecionadores, críticos e pesquisadores.

"Optamos realizar um evento que oferecesse, em seu segmento competitivo, a possibilidade de participação para artistas que

trabalham com o viés da arte dita ingênua ou nãíf. Na mostra “Mistura Fina -AArte da Necessidade” estão reunidos criadores

pontuais, de várias épocas e procedências, que trabalham ou trabalharam com esse tipo de produção. Para dar mais tempero a esta fina mistura estão presentes nomes consagrados, revelações e alguns talentos pouco divulgados, casos de Lorenzato,Vila Mariquinha.Marieta Ramos e Descartes Gadelha.


Arte Popular Brasileira x Arte Naíf A denominada arte ingênua de caráter simples, espontâneo e autodidata tem cada vez mais se desenvolvido nas raízes da consciência coletiva das camadas populares. No Brasil, de norte a sul do país verdadeiros talentos originários deste segmento

cultural sem sofisticação está cada vez mais se aperfeiçoando tornando o nosso país num celeiro de grande riqueza para a

disseminação da arte popular.

De origem francesa a palavra NAIF significa, ingênuo, simples e é usada para classificar o trabalho de pintores que desenvolvem um trabalho espontâneo e autodidata sem se preocuparem com as regras impostas pelas academias e críticos de

arte.Sem modelos, os artistas naífs enfocam temas variados, predominando cenas da vida cotidiana, geralmente com minuciosas

descrições. O primeiro a receber a denominação de arte náif foi o pintor francês Douanier Rousseau, na segunda metade do século

XIX O autor do batismo foi o escritor Alfredjarry, que se fascinou com a obra daquele alfandegário autodidata, capaz de criar imagens fantásticas como A dgana adormecida. No Brasil podemos destacar artistas como Heitor dos Prazeres, premiado na I

Bienal Internacional de São Paulo, José Antonio da Silva, Ranchinho, Dona Romana do Tocantins e Artur Bispo do Rosário, que

representou, postumamente,o Brasil na Bienal deVeneza.


SESC Serviço Social do Comércio: Um forte apoio à criatividade brasileira O Serviço Social do Comércio, criado em 1946 é uma entidade voltada para a melhoria da qualidade de vida dos

trabalhadores e da sociedade,oferecendo a população serviços na área de educação, cultura, lazer, saúde e assistência. Hoje está presente em todo o Brasil e em 2002 cerca de 3,6 milhões de pessoas beneficiaram-se com as ações sociais da entidade.

O SESC é mantido pelos empresários do comércio de bens e serviços e desde o inicio contribui para a criação de importantes incentivos que reconhecem o valor artístico de muitos brasileiros.Tem como uma de suas missões, favorecer a

distribuição de cultura e proporcionar a valorização de práticas individuais e coletivas.

A realização da Bienal Naífc do Brasil feita há 14 anos no SESC Piracicaba vem objetivar um incentivo a uma geração de pessoas dedicadas às artes plásticas.além de fortalecer de maneira contundente a missão do SESC junto à sociedade brasileira.


ARTISTAS PREMIADOS BIENAL NAÍFS 2004

Prêmio destaque Deraldo São José do Rio Preto, SP Fome Zero acrílico s/ tela 60 x 90 cm

Prêmio revelação Sheila Teixeira São Pedro, SP Através dos Tempos óleo e acrílico s/ tela 60 x 100 cm

O


Prêmio aquisição

Ana Camelo

Aparecida R. Azedo

Rio de Janeiro, RJ Namoro na Janela óleo s/ tela 55 x 46 cm

Itaguaí, RJ Miscigenação acrílico s/ tela 57 x 82 cm

E/Linda Rio de Janeiro, RJ O Pintor óleo $/ tela 46 x 38 cm

Gerardo da Silva Fortaleza, CE O Circo da Serrinha acrílico s/ toalha s/ tela 100 x 150 cm

Natal

R. Godá

Unhares, ES Um Dia deVerão mista 100 x 80 cm

Goiânia, GO Engenhoca Mágica II acrílico $/ tela 69 x 69 cm

Bosco Lisboa Fortaleza. CE sl título escultura em cerâmica

Maree Campo Grande, MS Os Grandes Sucessos do Cinema óleo s/ tela 50 x 60 cm


Menções especiais

Mônica Santana Piracicaba, SP Diferença I acrílico s/ tela 40 x 50 cm


ARTISTAS SELECIONADOS BIENAL NAÍFS 2004

Adison

Alex

Cuiabá, MT Braçal Trabalhadores

Jaboticabal, SP O Casamento pintura sobre tela 100x70 cm

acrílico sobre tela 42x51 cm

Adison

Alex

Cuiabá, MT Pescadores acrílico sobre tela 46 x 57 cm

Jaboticabal, SP As Três Ciganas eucatex 100 x 87 cm

Adriana da Conceição

Altamira

Campinas, SP Série Um Quarto Velado

Penápolis, SP Festa São Pedro acrílico sobre tela 40 x 50 cm

objeto de arte 190 x 85 cm


Altamira

Antonio de Olinda

Pcnápolis, SP Capela da Sagrada Família acrílico sobre tela 40 x 50 cm

São Paulo, SP O Triciclo acrílico sobre tela 80 x 100 cm

Anabea Florianópolis, SC Bordando o Mundo bordado sobre retalhos 28 x 43 cm

Aparecida R. Azedo Itaguaí, RJ Fundo de Quintal acrílico sobre tela 60 x 60 cm

Ana Camelo Rio dc Janeiro, RJ Flores para Amada óleo sobre tela 40x50 cm

Augusto Recife, PE Ata

acrílico sobre adaflex 29 x 43 cm


Augusto Japiá Recife, PE King Kong acrílico sobre adaflex 29 x 43 cm

Augusto Japiá Recife, PE Sexta-feira 13 Acrílico sobre adaflex 29 x 43 cm

Bebeth Rio de Janeiro, RJ

Dia na Praia acrílico sobre tela

SO x 60 cm

Carmela Pereira Piracicaba, SP A Transformação óleo sobre tela 100 x 70 cm


Celinha Caju ru, SP Festa de São Pedro mista 46 x 69 cm

Claudimar Pereira Pirenópolis, GO Cavalheiros Cristãos óleo sobre tela 60 x 70 cm

Clovis Junior João Pessoa, PB Lampião papel, papelão e tinta 70 x 50 cm

Clovis Junior João Pessoa, PB Sereia do Bessa papel, papelão e tinta 70 x 50 cm

Claudimar Pereira

Clovis Junior

Pirenópolis. GO Mascarados óleo sobre tela 60 x 70 cm

João Pessoa, PB Brincando de Criança papel, papelão e tinta 50 x 70 cm


Coimbra Mococa,SP Grande Greo Brasil óleo sobre tela 54 x 69 cm

Cristina Ferreira Cuiabá, MT Colheita do Cacau acrílico sobre tela 44 x 55 cm

Coimbra

Darcy Cruz

Mococa.SP Utópica Fome Zero óleo sobre tela 69 x 60 cm

Mogi das Cruzes, SP Baile na Fazenda acrílico sobre tela 50 x 70 cm

Cristina Ferreira

Da Silva

Cuiabá, MT As Lavadeiras acrílico sobre tela 47 x 66 cm

Rondonópolis, MT História de Amor I óleo sobre tela 80x41 cm


David Sobral São Paulo, SP No Rio que tem Piranha, jacaré Nada de Costas acrílico sobre tela 30 x 50 cm

Deraldo São José do Rio Preto, SP Luta pela Terra acrílico sobre tela

60 x 90 cm

E/Linda Rio de Janeiro, RJ A Grávida óleo sobre tela 46x38 cm

E/Linda Rio de Janeiro, RJ As Mulheres óleo sobre tela 46 x 38 cm

Deraldo

Escapulário

São José do Rio Preto, SP Colheita do Café acrílico sobre tela 60 x 90 cm

Mococa,SP Piscina Para To dos óleo sobre tela 50 x 69 cm


Fuzinelli

Gilvan

São José do Rio Preto, SP Homenagem aAntonio Nascimento mista 40 x 50 cm

Rio de Janaro, RJ O Barquinho esmalte e acrilex 46 x 60 cm

Fuzinelli São José do Rio Preto, SP Ditado Popular mista 40 x 60 cm

Graciete São Paulo, SP Casamento do Saci óleo sobre tela 60 x 80 cm

Gerardo da Silva

Helena C. Rodrigues

Fortaleza, CE Todos em Festa acrílico sobre toalha sobre tela 100 x 150 cm

Rio de Janeiro, RJ Poupourie dos Esportes acrílico sobre tela 60 x 50 cm


Henry Vitor

José Carlos Monteiro

São Paulo, SP Vilarejo do Sul óleo sobre tela 50 x 60 cm

São Luis do Paraitinga, SP Afogado no Mercado acrílico sobre tela 80 x 100 cm

Jerônimo Miranda

José Luiz

Maceió.AL Divino Espírito Santo bordado sobre jeans 90 x 150 cm

Belo Horizonte O Presépio óleo sobre tela 40 x 60 cm

Jerônimo Miranda

José Pereira

Maceió.AL Mãe D’Água

Cuiabá, MT Rodoviária I acrílico sobre tela 15x25 cm

bordado sobre lona 96 x 170 cm


r-------

José Pereira

José Raimundo

Cuiabá, MT Rodoviária I! acrílico sobre tela 15 x 25 cm

Pouso Alegre, MG O Colhedor de Frutas acrílico sobre tela 50 x 60 cm

José Pereira Cuiabá, MT Rodoviária III acrílico sobre tela 15x25 cm

Lombas Osasco, SP Piracema óleo sobre tela 50 x 60 cm

José Raimundo

Lombas

Pouso Alegre, MG Fazenda Grande acrílico sobre tela 50 x 60 cm

Osasco, SP Mulher Girafa óleo sobre tela 50 x 60 cm


Lourdes de Deus Goiânia, GO Genealogia acrílico sobre tela 80 x 90 cm

Manoel Neto Maracanaú, CE Histórias, Costumes,Tradições I acrílico sobre tela 60 x 60 cm

Lula Nogueira

Maracajá

Maceió,AL Oráculo de seu Solón acrílico sobre tela 60 x 70 cm

São Paulo, SP O Acocho na Avenida Paulistana acrílico sobre tela 90 x 70 cm

Lula Nogueira

Maracajá

Maceió,AL O Cartomante Odu Tenório acrílico sobre tela 60 x 70 cm

São Paulo, SP Os Plaqueiros no Centro de São Paulo

acrílico sobre tela 70 x 70 cm


Maracajá São Paulo, SP Esperando o Sinal Abrir no Trânsito de São Paulo acrílico sobre tela 50x40 cm

Maria Brandão Jaú, SP Frutos do Brasil acrílico sobre tela 80 x 100 cm

Maree Campo Grande, MS A Cultura e a Beleza Brasileira óleo sobre tela 50 x 70 cm

Maria Dalila Tremembé,SP Carolina Negra Mina modelagem com papel 81 x57 cm

Maria Dalila Tremembé, SP Beá modelagem com papel 82 x 60 cm


Neri Andrade

MC Florianópolis, SC Praça da Alfândega mista 49 x 37 cm

Florianópolis, SC Farinhada acrílico sobre tela 40 x 60 cm

Mônica Santana

Nilson Pimenta

Piracicaba, SP Diferença II acrílico sobre tela 40 x 50 cm

Cuiabá, MT Fogão Lenha giz de cera 40 x 53 cm

Mônica Santana Piracicaba, SP Indiferença acrílico sobre tela 40 x 50 cm

Nilson Pimenta Cuiabá, MT Festa Junina giz de cera 40 x 53 cm


Nilson Pimenta

Olinda da Silva

Cuiabá, MT Pamonha giz de cera 40 x 53 cm

São José do Rio Preto, SP Paisagem Brasileira óleo sobre tela 60 x 80 cm

Nonato Araújo Fortaleza, CE Belezas do Nordeste I xilo 15x25 cm

Olinda da Silva São José do Rio Preto, SP Os Chineses Também Preservam a Natureza óleo sobre tela 40 x 60 cm

Nonato Araújo

R. Godá

Fortaleza, CE Belezas do Nordeste II xilo 30x30 cm

Goiânia, GO Engenhoca III acrílico sobre tela 74 x 75 cm


Ricardo Pinto

Tadeu de Lira

São Lourenço, MG Monacrespa acrílico sobre tela 50 x 70 cm

João Pessoa, PB Corrida de São Silvestre acrílico sobre tela 60 x 105 cm

Sônia Pacheco Belo Horizonte, MG Rasta Pé aquarela nanquim 42 x 55 cm

Tercília São José, SC Jardim Alice acrílico sobre tela 80 x 100 cm

Sônia Pacheco

Tercília

Belo Horizonte, MG Corpus Christi aquarela nanquim 42 x 55 cm

São José, SC Esporte na Roça acrílico sobre tela 80 x 120 cm


Tonico Scarelli Sales de Oliveira, SP Árvore da Vida óleo sobre tela 50 x 70 cm

Viviane Zeni Curitiba, PR Devoção mista 20 x 20 cm

Tonico Scarelli

Viviane Zeni

Sales de Oliveira, SP Árvore da Morte óleo sobre tela 50 x 70 cm

Curitiba, PR Devoção mista 20 x 20 cm

Vera Simoh Cascavel, PR Mãe de Todos acrílico sobre tela 40x61 cm

Viviane Zeni Curitiba, PR Devoção mista 20 x 20 cm


Mistura Fina - A Arte da Necessidade Espontaneidade transbordante Ao recebermos o convite para assumir a curadoria da Bienal Natfs 2004, acrescentamos a esta honrosa tarefa elementos que ampliassem as possibilidades da ação que, há dezoito anos, cumpre o importante papel de divulgar e de refletir sobre a produção artística espontânea do país. A questão basilar foi: se o termo náif - hoje incorporado ao nosso idioma- abriga, cada vez mais, a diversidade artística brasileira excluída do contexto da chamada alta cultura, a par as muitas inovações ocorridas na arte contemporânea nas últimas décadas, porque não apresentarmos criativa e criticamente as fusões ocorridas entre essa arte dita ingênua e situações de hibridismo na arte denominada contemporânea? A arte contemporânea brasileira, aquela que é assim chamada por um segmento dos especialistas, tem repetido ciclicamente este processo de se imbricar com a produção originada nas camadas populares, num fenômeno já pontuado, de maneira lúcida,por Lélia Coelho Frota. Ao optarmos por uma idéia central - O Pensamento Mestiço - o objetivo foi observar não só a mestiçagem étnica, fato incontestável em toda a América Latina, como a mestiçagem cultural, que resulta numa produção artística matizada com contornos de saudável diversidade. Daí sugerirmos a exibição desta mistura fina que caracteriza a produção natf-caipira ou pop nativa tropical, refletindo sobre esta arte que enriquece e ilustra.no melhor sentido, a cultura brasileira. Mistura Fina -Arte da Necessidade é o módulo especial que visa contribuir com o debate em torno da inclusão e exclusão dos ingênuos, ínsitos e espontâneos nos circuitos da visualidade atual.A arte considerada náif deve, em nossa ótica, ser definitivamente assumida como arte contemporânea, assim como alguns contemporâneos podem ser identificados como neo-na'ifs. Fique claro tratarmos aqui da realidade brasileira, na qual o espírito de Macunaíma paira como símbolo da dubiedade antropofagicaio tupi tangendo o alaúde. COELHO fROT*. ULa ClrcuUrldade entre erudito e popular; CatUojo da Bienal Naifi do Brasl 2001 pfOI2 a 015. SESC Slo Pada GRUZJNSKLSerp O Pensamento Mestiço; Companhia dat Letras - Slo Pado 2001. MELLO E SOUZA G4da dcOTupi E O Alaúde - Duas Qdades e GStoea M.Slo Pado 2003.


Para esta sétima edição da Bienal Naifs do Brasil optamos, outrossim, pela idéia já proposta por Mário deAndrade.de um novo paradigma entre o erudito e o popular. Essa preocupação já havia sido manifestada na exposição Pop Brasil - A Arte Popular e o Popular na Arte e ganha nova leitura na mostra Mistura Rna Arte da Necessidade, segmento que reúne exemplos pontuais dessa espontaneidade aflorada da cultura brasileira, com sutis inclinações para a produção plástica contemporânea de inspiração popular. Em tempos como os atuais, distintos daqueles que reconheciam, inclusive nas bienais de arte, talentos como Heitor dos Prazeres (1898-1966),José Antonio da Silva (1909-1996) e Chico da Silva (1910-1985),assumimos as farpas existentes na terra arrasada da produção artística popular que ainda resiste,apesar da extinção preconizada. Com o objetivo de ampliar esta visão selecionamos, além da pintura (Cardosinho, Paulo Pedro Leal, Heitor dos Prazeres e, entre outros, Mirian e Descartes Gadelha) e da escultura em madeira (Nino João Cosmo Félix, Manoel e Francisco Gradano Cardoso e Nilo) técnicas pouco prestigiadas nos espaços da cultura contemporânea, como a xilogravura (J.BorgesJ.Miguel, Manasses, Francisco de Almeida e, entre outros, Stenio Diniz),acerâmica(lsabel Mendes da Cunha e Maria de Lourdes Cândido), a tapeçaria e outras formas tecidas encontradas na produção nativa de muitas regiões do país. No caso das artes tecidas cabe frisar, que não é por acaso que nas das últimas décadas despontaram expressões incomuns, como a de Artur Bispo do Rosário ou das bordadeiras de estórias da Vila Mariquinhass.de Minas Gerais,além das executadas por Marieta Ramos (1907-1992) ou Formiguinha (Francisca Alves da Silva),ambas do Ceará. As três últimas estão presentes nesta exposição, num contraponto possível de se imaginar com artistas costureiros ou bordadeiros“cultos",como a paulista Leda Catunda e o também cearense José Leonilson (1957-1993). Na recente expedição que realizamos pelos territórios da arte espontânea brasileira, somada às várias décadas de viagens por diversas regiões do país,investigamos coleções particulares e públicasAlém de Rio dejaneiro e São Paulo, por onde passam ou passaram, em algum momento, a produção mais significativa do país, revisitamos a produção de Minas Gerais (particularmente do Vale do Jequitinhonha), Goiás, Pará, Ceará e Pernambuco (principalmente Bezerros). A limitação de tempo e de espaço expositivo não permitiu que chegássemos desta vez a outras localidades igualmente ricas em arte ínsita«,espontânea,popular.

bpotiçlo aob ondorta do PaUo Kloin para o Centro GJnnl Banco do Brad S3o Pado, ocorrida entro 0« do Jidbo a 25 do Agotto do 2002. Prtmlo Hirta EyjínU Franco daAsaocia^oBntielndo Crttim de Arte. SBordaddru de Eitórlu da Vila MariqUnhai Catllojo da cxpodfSo na Galaria Qrto Bonfim - Belo Hortzocu >Jlho do 2001. *a Frederico Morak: Do btim In aicj. qu« rlfrôca hataconttnlta Denominado adotada pelor realizadoru daTrteral do Bnthlava (do Arto Primrtrra) a partir do 1972.


Compensamos essa situação com a consulta a vários especialistas, além dos curadores adjuntos que contribuiram para que situássemos as expressões de interesse em todos os cantos do país. De qualquer modo foi necessário rigor nesse recorte, utilizando para isso a pendular oscilação do gosto. Estabelecemos, em texto complementar, uma abordagem esquemática das técnicas e dos artistas apresentados na exibição,enumerando-os conforme os meios utilizados. Pode-se assim apreciar e analisar as expressões em mídias como a pintura, o desenho, a gravura xilográfica e, por conseqüência, a sugestiva produção da literatura de cordel, além da

cerâmica e das formas tecidas. A conclusão é que, por mais que se defenda uma pureza nas produções plásticas tanto de cunho popular, como erudito ou "contemporâneo” tem sido inevitável um transbordamento, uma contaminação de idéias, materiais e ideais, uma inter-relação entre esses dois mundos, em nossa opinião, fator positivo que deve ser explorado e estudado devidamente. A inserção ousada, neste contexto.da artista Cecília Stelini.de formação erudita porém com proposta de inspiração popular, exemplifica a presença destes vestígios espontâneos nas artes plásticas da atualidade. Pretendeu-se assim acrescentar massa crítica ao interminável interregno entre o culto e o popular, entre o sacro e o profano, o naif e o primitivo, entre o saber erudito e o saber periférico, caipira, caboclo ou interiorano. O resultado, que surpreende e

transborda, é o da mútua influência,da íntima mestiçagem entre os mundos da ingenuidade e da erudição. A ousadia, o destemor e a transgressão são elementos fundamentais para o desenvolvimento humano, tanto na vida como nas ciências e nas idéias artísticas. Preferimos assumir o risco de voar alto, agarrando-nos com paixão à oportunidade oferedda pelo SESC, na intenção de contribuir para uma integração entre as várias maneiras de se desenvolver objetos e idéias ligadas à cultura visual, à sensibilidade das formas e dos materiais. Isso, certamente, exige uma nova nomenclatura no âmbito das artes visuais da hipermodernidade, que na ausência de um termo específico chamamos, naturalmente.de neo-naif.

Paulo Klein Crítico de Arte / Curador Assodation Intemationale des Critiques D'Art/Associação Brasileira de Críticos de Arte / Associação Paulista de Críticos de Arte CÂNDIDO AnerJo O> Paraán» do Rio tonto Uvrarta Dua« Cküdo.Slo PíUo 1987. UPOVEnKYGflorChTtmpOTHíxmodwTO, Edton BarorolU. Slo Pldo JOO<


Artistas Mistura Fina

Pinturas Bajado O frevo é nosso óleo s/ eucatex 53 X 60 cm Coleção Particular

As Virgens de Olinda óleo s/ eucatex 40X60 cm Coleção Particular Cardosinho (José Bernardo Cardoso Junior) Sem título 1942 guache s/ compensado 533X71.7 cm Coleção Gilberto Chatcaubriand MAM RJ

Descartes Gadelha Sem título Série: De Um Alguém Para Outro Alguém 1990 pintura cm óleo $/ tela 39 X 64 cm Coleção do Artista Coruja na Paisagem Série: De Um Alguém Para Outro Alguém 1990 pintura em óleo s/ tela 39 X 64 cm Coleção Particular Heitor dos Prazeres Samba óleo s/ tela 53 X 72cm Coleção Genevieve e Jean Boghici

Horas de Ódo óleo s/ cartão 57 cm X 78 cm Coleção Gencvieve e Jean Boghici

José Antônio da Silva Riacho e Ponte 1948 óleo s/ tela 31X43 cm Coleção Orandi Momesso

Chico da Silva O Dragão guache s/ cartão 56X77 cm Coleção Particular

Médico na Roça 1948 óleo s/ tela 39X49 cm Coleção Orandi Momesso


José Rodrigues do Miranda A Praia 1983 óleo s/ eucatex 68 x 100 cm Acervo MIAN - Museu Internacional de Arte Narf do Brasil A Colheita de Jaca 1983 óleo s/ eucatex 68.3x100 cm Acervo MIAN - Museu Internacional de Arte Naif do Brasil

Lorenzato 16 Fragmentos - Ancestrais óleo s/ eucatex 73 X 60 cm Coleção Manoel Macedo Fauna e Flora Tropical Óleo s/ eucatex 42 X 59 cm Coleção Leo Bahia eArlindo Porto

Julio Martins Quiosque óleo s/ chapa 60X46 cm Coleção Lélia Coelho Frota

Marinaldo Santos Açaí da Terra acrílico s/ tela 70 X 70 cm Coleção do Artista

Voltando para Casa óleo s/ chapa 64X44 cm Coleção Lélia Coelho Frota

Pensando em Voar acrílico s/ tela 70 X 70 cm Coleção do Artista


Mirian Cabaré 1993 óleo $/ madeira 29 X 50 cm Coleção Sofia Cerqueira Ciranda 1976 óleo s/ madeira 32X50 cm Coleção Sofia Cerqueira

Famese passeia com seu Mário de Andrade ao Luar 1977 óleo s/ madeira 21X16.7 cm Coleção Orandi Momesso O Grco Voador 1983 óleo s/ madeira 43.7 X 65 X 1.8 cm Coleção Orandi Momesso

Quadro Crianças Brincando óleo s/ madeira 40 X 28 cm Acervo Sesc São Paulo

Samba no Alecrim 1977 óleo s/ duratex 21X165 cm Coleção Orandi Momesso

Sejais bem vindo Padre Augusto Rrmindo 1976 óleo s/ madeira 20cmX40cm Coleção Particular

Sem título 1968 óleo s/ duratex 24.8 X 34,7 cm Coleção Orandi Momesso Paulo Pedro Leal Naufrágio óleos/tela 74 cm X 94 cm Coleção Gcncvieve ejean Boghici A Briga 1965 Óleo s/ cartão e eucatex 64.20 cm X 91,10 cm Acervo MIAN - Museu Internacional de Arte NaiT do Brasil


Desenhos Maria Lira Marques Sem Título areia s/ papel de embrulho 33X48 cm Coleção AM Galeria de Arte

Ranchinho Cerca Branca 1981 óleo s/ cartão 33.5 X 48 cm Coleção Orandi Momesso

Zica Bergami Cena de Bar 1998 bico de pena s/ papel 48,5 X 59.5 cm Coleção Particular

Domadora 1991 óleo s/ eucatex 40.5 X 60,3 cm Coleção Particular

Curtindo a Natureza 1999 Bico de pena s/ papel 53 X 64.5 cm Coleção Particular


Esculturas

Francisco Graciano Cardoso Bichos e Galinha escultura em madeira de umburana de cambio 1.30 X 0,60 m Centro de Cultura Popular Mestre Noza de Juazeiro do Norte/CE Isabel Mendes da Cunha A Noiva escultura cerâmica SSX 20 X 20 cm Coleção Particular Aura Maria da Costa Arunã Arte Popular Manoel Graciano Cardoso Bichos escultura em madeira de umburana de cambão 1.20 X 0.60 m Centro de Cultura Popular Mestre Noza de Juazeiro do Norte/CE

Maria de Lourdes Cândido Festa de Casamento na Floresta escultura cerâmica I2X9X7on Coleção Particular

Procissão do Divino escultura cerâmica l6X7X6cm Coleção Particular

Nilo (José Marcionilo Pereira Filho) Figuras do reisado (10) Conjunto de esculturas em madeira policromada 39X12X13 cm Coleção José Tarcísio

Nino Sem Título escultura em madeira policromada 94 X 20 cm Coleção JoséTarcísio

Sem Título escultura em madeira policromada 116X38 cm Coleção JoséTarcísio


Xilogravuras

Formas tecidas Formiguinha A Família conjunto de Bonecos Tecidos Coleção José Tarcísio

A Sereia ao Telefone boneco tecido Coleção Particular Maneta Ramos Comendo Morangos patchwork/pancaux/tapeçaria com retalhos 144 X 76 cm Coleção JoséTarcísio Coração e ex-votos patchwork/pancaux/tapeçaria com retalhos 171 X86cm Coleção José Tarcísio

Vila Mariquinha Auto-retratos Bordado I7.SX28 cm Coleção Leo Bahia eArlindo Porto Bordado da Vovó Bordado 42X59 cm Coleção Leo Bahia eArlindo Porto

Abraão Batista O Toco da Nega 1985 xilogravura s/ papel 44 X 62 cm Coleção Particular Amaro Francisco Forró no Pé da Serra c outras impressões xilogravura s/ tecido 59X43.5 cm Coleção Particular

O Perdão É Para Todos xilogravura s/ papel 48 X 66 cm Coleção Particular

Nordestinos no Amazona xilogravura colorida obre papel 48X66 cm Coleção Particular Francisco Almeida Sem título xilogravura s/ papel Coleção do Artista Sem título xilogravura s/ papel Coleção do Artista


Givanildo Maracatu 2003 xilogravura sí papel 44X33,5 cm Coleção Particular

Sem Título xilogravura s/ papel 33X24,1 cm Coleção Particular

J. Borges A Ceia Larga 2004 xilogravura colorida s/ papel 48X66 cm Coleção Particular

A Psicanalista 2004 xilogravura colorida s/ papel 48X66 cm Coleção Particular

Retirantes xilogravura s/ papel 24,2X33,3 cm Coleção Particular

A Chegada da Prostituta no Céu 2004 xilogravura colorida s/ papel 66 X 48 cm Coleção Particular

Casal Sertanejo xilogravura s/ papel 33,3X24,5 cm Coleção Particular

O Balão xilogravura colorida s/ papel 63 X 465 cm Coleção Particular

Bumba Meu Boi xilogravura s/ papel 48 X 33 cm Coleção Particular

O Namoro na Floresta xilogravura s/ papel 465 X 63 cm Coleção Particular

Vitimas do Descaso xilogravura s/ papel 66 X 48 cm Coleção Particular

Côco de Roda xilogravura s/ pape! 465 X 63 cm Coleção Particular


O Dragão e a Serpente 46.5 X 63 cm xilogravura s/ papel Coleção Particular O Forró dos Bichos xilogravura s/ papel 48X66 cm Coleção Particular

J. Miguel O Namoro de Lampião com Maria Bonita xilogravura s/ papel 48X 66 cm Coleção Particular AVida dos Diabos xilogravura s/ papel 48X66 cm Coleção Particular

Os Artesãos xilogravura s/ papel 66X48m Coleção Particular Os Animais na Fazenda 2004 xilogravura s/ papel 66X48 cm Coleção Particular

Bichos Estranhos 2004 xilogravura s/ papel 66 X 48 cm Coleção Particular

A Briga dos Dragões 2004 xilogravura sJ papel 66X48 cm Coteção Particular

José Costa Leite A Feira de Mossoró xilogravura s/ papel 50X60 cm Coleção Giuseppe Baccaro A Feira de Caruaru xilogravura s/ papel 50X60 cm

A Feira de Caicó xilogravura s/ papel 50X60 cm Coleção Giuseppe Baccaro

O Homem da Meia Noite e A Mulher do Dia xilogravura s/ papel 50X60 cm Coleção Giuseppe Baccaro


A Garota da Capa xilogravura $/ papel 49X66 cm Coleção Giuseppe Baccaro Festival de Violeiros xilogravura s/ papel SSX66 cm Coleção Giuseppe Baccaro

Carnaval de Olinda xilogravura s/ papel 62.5X59 cm Coleção Giuseppe Baccaro Manasses Borges O Vendedor de Coco xilogravura s/ papel 2004 33X48 cm Coleção Particular

O Canto das Sereias xilogravura s/ papel 2004 48X66 cm Coleção Particular A Revoada xilogravura s/ papel 48 X 66 cm Coleção Particular

Asa Branca Arrainha do Sertão 2004 xilogravura s/ papel 48X66 cm Coleção Particular Nena Capueira e Emboladores xilogravura colorida s/ papel 48X66 cm Coleção Particular

Pezão xilogravura colorida s/ papel 33X48 cm Coleção Particular Encontro de Dois xilogravura colorida s/ papel 33X48 cm Coleção Particular Museu do Cordel/Violas eVioleiros xilogravura sJ tecido 18 X 14 cm Coleção Particular


Matrizes J. Borges 213 X 14 cm

Stenio Diniz Segredo da Multiplicação dos Pães e Peixes:Juntar e Dividir xilogravura sJ papel 48 X 66 cm Coleção Particular

Quarto do Poeta xilogravura s/ papel 21 X293 cm Coleção Particular

Modelo xilogravura s/ papel 48X66 cm Coleção Particular Pavão Misterioso xilogravura sf papel 30X21 cm Coleção Particular

J. Miguel 20X I6cm Manasses 17 X 13,5 cm

Pablo Borges Duas Feras 113X22 cm Moça Elegante 183X9.3 cm

Instalação

Cecília Stelini O Tapete Voador Instalação IOX2m 2004


Oqueénail? NaTf quer dizer ingênuo, inocente em francês. Essa denominação nasceu no final do século XIX. quando os artistas modernos referiam-se às pinturas do alfandegário Henri Rousseau, que admiravam muito. Num momento histórico no qual se questionavam os caminhos da arte, Russeau apareceu para os modernos com aspirações românticas e imagens idealizadas

acerca da pintura. Daí vem a inocência e ingenuidade à qual se referiam.

Ser NàiT Ser naTf é um estado de espírito que leva a uma maneira toda pessoal de pintar. Podemos encontrar pintores naTfs entre

sapateiros, carteiros, donas de casa, médicos, jornalistas e diplomatas. O que une essas pessoas, sua característica comum, é a vontade de pintar como uma necessidade quase incontrolável de se expressar e se comunicar com o mundo.

As referências da arte narf Em linhas gerais, pode-se dizer que a arte naif brota de um repertório coletivo, mantém-se em constante renovação e se troca influências com a arte cru dita, embora conserve sua natureza própria.Sabedoria esonho se irmanam em obras difíceis de definir sob uma única denominação.

Estilo e marca pessoal Os ingênuos, naturalmente, desenvolvem estilos muito individuais e característicos, pois criam seu trabalho a partir de experiências e construções pessoais de conhecimento. Numa escola ou faculdade de arte, muitas soluções para problemas que surgem na pintura são dadas pelos professores ou pela pesquisa na história da arte. O artista naTf costuma lançar mão de seus próprios recursos para alcançar soluções por meio de experimentação e repetição, desenvolvendo seus próprios truques ou fórmulas para pintar. Uma vez encontrada a solução ou manha necessária para concretizar suas idéias,o artista náif dificilmente procura outras possibilidades Assim, depois que encontra seu estilo.a maioria dos artistas naTf passa a desenvolvê-lo ao longo de

sua produção.


Cores puras, figuras chapadas, letras grandes Olhe para uma pintura antiga, erudita, acadêmica. As cores, você vai notar, são muito misturadas. Um gramado verde tem pinceladas de amarelo, vermelho.verde claro, verde escuro,verde médio, marrom, branco, preto e azul. Na academia,os pintores aprendiam que há reflexos de todas as cores e utilizavam técnicas ensinadas pelos professores para simular esses espectros de luz.Olhe para o gramado de uma pintura popular,ou nalf.de um artista que quer pintar o mundo como ele o vê,mas pinta como ele o sabe, pensa, percebe.O gramado é verdeAs flores são amarelas.Ou vermelhas. Ou azuis.Cores puras: não misturadas. Lá na pintura acadêmica, uma infinidade de pinceladas de todas as cores usadas nos rostos das pessoas cria a ilusão de tridimensionalidade.Técnica aprendida na academia. Na pintura naif autodidata, a pessoa pintada com cores puras não parece tridimensional: figuras chapadas. Na pintura acadêmica, no canto, uma discreta assinatura, com nome e sobrenome. Nos ingênuos, muitas vezes,o título da tela escrito com letras garrafais e umaassinatura,algumas vezes, só o primeiro nome.

Arte Bruta Jean DubBuffet. artista plástico, interessou-se ao longo de sua vida no que ele batizou de arte bruta no sentido de estado bruto. DuBuffet pesquisava em especial o trabalho de crianças e loucos.Também em relativo estado bruto, se comparada a certas questões e anseios da arte erudita, a arte ingênua, no entanto se diferencia dos desenhos feitos por crianças ou loucos:a pintura naíf é uma afirmação estética espontânea e a arte do alienado, principalmente do esquizofrênico, é uma tentativa aberta de juntar o ego despedaçado de dentro de um sistema de formas.Como a criança,o louco não faz arte pela arteA criança faz arte entre os muitos processos que tem para entender e representar o mundo, e o louco que faz arte.a faz por uma necessidade vital.

Náif não é rural O principal atrativo da arte popular para seus apreciadores é fato de ser uma produção original de culturas regionais, imaculada pelas transformações tecnológicas:é a continuidade de uma tradição, muitas vezes da profissão dos pais.Já o pintor ingênuo não predsa conhecer fronteiras territoriais: se são mais raros os nalf urbanos, é porque a dinâmica dos grandes centros não dá margem a este tipo de atividade.


Pintura naft e contexto No Brasil, não existe uma pintura totalmente ingênua. Nossa sociedade é completamente aberta aos avanços tecnológicos e outras culturas. Aparatos eletrônicos, como TV, computador e Internet já existem na maioria dos lares, em diferentes graus. A arte popular, ainda mantém muitas características originais e poucas alterações porque é mesmo de natureza pouco alterável: temos como exemplo as bonecas de argila feitas noVale do Jequitinhonha, em MG A maneira de se fazer as bonecas é passada de mãe para filha, e pouco se altera de geração para geração.Já no caso da pintura naftas mudanças, transformações e temas atuais da sociedade são mais rapidamente incorporadas, já que essa produção nasce da necessidade de expressão pessoal de seus autores.

O aduaneiro que era amigo de Picasso Henri Russeau. le Douanier era um alfandegário aposentado que gostava de pintar, nas horas vagas e com muito afinco, cenas campestres, animais fantásticos e florestas tropicais. Expôs pela primeira vez no Salão dos independentes em 1886, sob a zombaria do público a única admiração de um pintor chamado Signac, que mais urde o apresentaria a Picasso, que se tomou grande admirador de seu trabalho. Os primeiros fas de Russeau foram justamente os artistas mais eruditos e vanguardistas de sua ^po<~a Admiravam sua esponuneidade criativa e a mistura do real e do absurdo em suas telas.Impulsionado pelos críticos e pintores de vanguarda, a partir de 1906, Russeau se torna o primeiro artisu ingênuo moderno a alcançar fama, reconhecimento e influenciar a arte erudita.

Livres e sem tendência Os artistas naft não se filiam a movimentos ou tendências artísticas. Embora em muitas obras de artistas populares ou ingênuos possamos identificar características da arte moderna ou contemporânea, a maioria dos naft trabalha sem considerar ou perseguir tais influências. Já o inverso é mais comum: muitos artistas modernos e contemporâneos buscaram e têm buscado inspiração e referência na arte popular e ingênua.


Cardosinho Descoberto por Cândido Portinarijosé Bernardo Cardoso Júnior é um marco na arte ingênua brasileira. Expondo desde 1937 no Salão do Palace Hotel do Rio de Janeiro, ao lado de artistas de tendência moderna da Sociedade dos Artistas Brasileiros, Cardosinho foi o primeiro ingênuo a ser reconhecido por crítica e público como artista profissional. Era funcionário público aposentado, ingênuo nas suas idéias sobre arte, mas com uma produção original, um desenho preciso e narrativo. Freqüentemente quadriculava e transpunha para as telas reproduções saídas em jornais contanto fatos do cotidiano. Cartões postais.com o Pão de Açúcar ao fundo, também o inspiravam.

Heitor dos Prazeres Em 1942, o circuito artístico brasileiro dá um lugar ao sol para a arte na’íf. No Salão nacional de Belas Artes, dentro da divisão especial de Arte Moderna, figuravam alguns pintores ingênuos. Heitor dos Prazeres foi o primeiro nome aparecer depois do mestre Cardosinho,que já há alguns anos começara a despontar junto aos artistas modernos.Sambista e compositor popular.o carioca Heitor começou a pintar autodidaticamente cenas de morro, favelas, motivos populares, sambas, capoeiras, lavadeiras, gente humilde da rua. Espontâneo, Heitor foi um pintor típico do cotidiano urbano:é um artista que não tendeu para o mito ou a fantasia, e sim para o realismo do dia-a-dia, pintando muitas vezes elementos estereotipados da época, como o malandro ou o vendedor de rua.


NaTf premiado Ao longo da história da pintura brasileira, poucos artistas tiveram suas obras expostas, publicadas, comentadas e citadas como são as dos pintores náífs.O único pintor brasileiro a ser premiado numa Bienal deVeneza foi um naTf,Chico da Silva,em 1966,na 33* BienaLGanhou menção honrosa com a sua pintura.

A ingenuidade pode revelar novos caminhos MárioTavares Chicó, em seu Dicionário da pintura universal, localiza os pintores nãífs "perto dos pintores amadores e confundindo-se, muitas vezes, com eles, relacionados também com os criadores de uma pintura popular, os primitivistas distinguem-se por uma posição estética definível à margem da arte erudita, tradicional ou inovadora. Esta é encarada por eles com alguma dose de ingenuidade, não apenas imitativa (caso comum nos amadores) mas capaz de revelar, por frescura de imaginação,novas possibilidades expressivas,influenciando assim a arte contemporânea". O artista naTf, segundo José Antônio da Silva,almeja ser Picasso.Ele busca informações técnicas na arte erudita. E o artista erudito moderno nutria-se do vigor, da alegria e da objetividade da arte naTf.


SESC Serviço Social do Comércio

Administração Regional no Estado de São Paulo

Abram Szajman Presidente do Conselho Regional Danilo Santos de Miranda Diretor do Departamento Regional Joel Naimayer Padula Superintendente Técnico Social Ivan Gianini Gerente de Ação Cultural

Celina de Almeida Neves Assistente

Sebastião E. C. Martins Gerente do SESC Piracicaba Flávia Andréa Carvalho Gerente Adjunta


Bienal Nalfs do Brasil 2004 Coordenação Flávia Carvalho

Curadoria Paulo Kltin

Júri de seleção e premlação Frederico de Morais, JacquelineAngelo Rnkelstein. José Tarcísio Curadores-adjuntos José Tarcísio. Osmar Pisani

Projeto educativo Vera Barros Programação Adriano Antônio da Costa. Cleusa Delgado.José Antônio L Borba, Luiz Antônio da Cruz. Magnólia M. de Araújo, Maria Teresa J.de Moraes, Milena Prva Carvalho, Patrícia M. Piazzo Apoio administrativo Agnatdo Pippa, Eliana Ap. B. R. Pereira. Leandro Souza Nascimento, Lourdes Ifa. MariiT. L Pizzol, Paulo Rafael da Silva Apoio operacional Antônio Carlos Andrade, Antonio Carios Borgonove, Daniela Cullen. Marcilio Crescãntio, Osvaldo Barbosa de Castro, Renato E Roncato. Robsom F. D. Bonilha,Veraldino Batista Santos

Secretaria Eliane Novello, Fernanda M. Molina


Monitoria Ana Paula Lima Valverde. Carla Regina Torrico, Daniel Travaina, Flavio Augusto Pinheiro Machado, Ludana Miguel Ferreira. Maria Angélica Cella. Maria Teresa Bemardino Cruz.Vanessa Godo/

Assessoria de Imprensa MGM Comunicação Versão inglês Regina Alfarano Versão espanhol Maria Dei Pilar Sacristán Martin

Identidade Visual e Catálogo Miran (Oswaldo Miranda) Produção Gráfica Eron Silva Fotos das obras Gal Oppido Fotolitos SESC/SP Projeto Cenográfico Camila Fabrini Agradecimentos Angela Martins. Diretoria de Ensino Região de Piracicaba. Fátima Simões, Giuseppe Baccaro, Guanamby Amazonas.Jean Boghid.Jones Bergamim. Lelia Coelho Frota. Leo Bahia. Manoel Macedo, Maria de Lourdes Silva Batista, MAM Museu de Arte Modema/RJ, Marinaldo Santos, Orandi Momesso, MIAN Museu Intemadonal de Arte NaJTdo Brasil, Sofia Cerqueira.


SESC Serviço Social do Comércio Administração Regional no Estado de São Paulo Av. Paulista, 119 Cep 01311 904 São Paulo SP T II 31793400 F 11 288 6206 http//www.sescsp.org.br SESC Piracicaba Rua Ipiranga, 155 Cep 13400 480 Piracicaba SP T 19 3434 4022 F 19 3434 4175 email@piracicaba.sescsp.org.br

Bienal Naifs do Brasil 2004 Informações: F. (19) 3434-4022 ramal 250 / 0800-7700445 bienalnaifs@piracicaba.sescsp.org.br www.sescsp.org.br


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