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Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo 13 a 19 de outubro de 2022


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Pluralidades suíças Sesc São Paulo

Nos últimos dois anos – em virtude dos necessários cuidados em relação à pandemia –, as experiências culturais ficaram, em grande medida, restritas ao universo doméstico, privando os cidadãos daquilo que, no mais das vezes, mobiliza paixões: a possibilidade do encontro, das trocas e da catarse provocada pela fruição presencial. Uma das alternativas encontradas foi ampliar a disponibilização de eventos à distância, em formato digital e/ou híbrido, conciliando vivências ao vivo e sob demanda. No campo das linguagens cinematográficas, tratou-se também de atentar para as pontes e as cooperações estabelecidas entre entidades e organismos supranacionais que viabilizam a circulação de mostras e festivais. Exemplo disso reside na aproximação com a produção contemporânea da Suíça – um país multicultural e cosmopolita, fruto da coexistência das culturas alemã, francesa e italiana –, efetivada pela colaboração de valiosos agentes parceiros.

Atentos ao contexto de retomada, o Sesc acolhe, em sua unidade dedicada à sétima arte, o CineSesc, a programação do 9º. Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo, realizado em parceria com o Consulado Geral da Suíça em São Paulo, a Swiss Films e apoio do festival de Locarno e Mostra Pont.E. A programação é composta por criações em longa e curta-metragem, que abordam temáticas emergentes que vão da imigração ao feminismo, passando por problemáticas de relevância global. O propósito de um filme é ser visto e, quando possível, debatido em diversas instâncias da sociedade. O trabalho que o Sesc desenvolve nesse campo está ancorado na ideia de cinema expandido, ou seja: ampliar repertórios acerca dos modos de fazer, assim como alargar as possibilidades de difusão, mediação e apreciação de tais obras por seus diferentes públicos.

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Cinema em Diálogo Consulado Geral da Suíça em São Paulo

O Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo chega à sua nona edição. A longevidade desta mostra se deve a um diálogo vivo com a cultura brasileira, graças à cooperação fundamental com o Sesc São Paulo. A presente edição foi correalizada com a Swiss Films, uma das principais entidades suíças de difusão internacional de cinema, a quem agradecemos calorosamente. Em 2022, uma parceria inédita com o 75º Festival de Locarno e com a mostra Pont.E, de Lausanne, possibilitou reunir e apresentar ao público brasileiro uma importante seleção de longas e curtas-metragens suíços.

Desde a criação do Panorama em 2009, a equipe de curadoria suíço-brasileira, formada por representantes do Sesc São Paulo e Consulado Geral da Suíça em São Paulo, participa dos principais festivais de cinema suíços, uma experiência que tem estreitado os laços institucionais e permitido uma troca permanente de conteúdos e vivência cultural bilateral. Agradecemos imensamente ao apoio de toda equipe do Sesc que sempre manteve abertas as portas para a cinematografia contemporânea suíça. Ao público brasileiro, desejamos uma excelente mostra!

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Apresentação Equipe de curadoria

O cinema, como arte do mundo, traduz experiências humanas, ao mesmo tempo que as inspira. O Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo se insere neste universo criativo como um território de encontros, onde confluem expressões, culturas e narrativas. Em 2022, a curadoria do Panorama ampliou o diálogo com festivais suíços de cinema e estabeleceu uma importante interlocução com o 75º Festival de Locarno, num ano em que o cinema brasileiro alcançou grande destaque. O Leopardo de Ouro, maior prêmio do festival, foi entregue à cineasta Julia Murat, por seu filme “Regra 34”. Em sua 9ª edição, o Panorama prolonga a comemoração e abre com 2 filmes que foram laureados em Locarno, “Última Dança”, filme suíço ganhador do prêmio de público, e “Big Bang”, curta-metragem brasileiro, que levou o prêmio de melhor curta de autor do festival. Visando expandir ainda mais o diálogo suíço-brasileiro, as cineastas Tila Chitunda e Cristina

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Müller, brasileiras que residem na Suíça, foram convidadas para curar os curtas-metragens que integram a programação. Criadoras da Mostra Pont.E de Lausanne/Suíça, as realizadoras apresentam uma seleção de curtas dentro da temática das identidades, pertencimentos, limites e diversidades nas cinematografias suíça e brasileira. Entre ficções e documentários, os longas-metragens selecionados nos levam de um território a outro, alternando cenários e culturas. No filme “Através dos Seus Olhos”, passamos da Ceilândia, em Brasília, a um campo de refugiados na Grécia, e podemos subitamente estar entre “Vizinhos” judeus e árabes em um vilarejo na fronteira da Síria e da Turquia. Já no documentário “Mahatah”, o trem que sai da estação central de Zurique desembarca na estação central do Cairo, e logo, em Ala Kachuu, deparamo-nos com a jovem Sezim, nos confins do Quirguistão, em luta pela independência e resistência feminina.


A partir de histórias como a de “Semret”, vinda da Eritreia e que tenta fazer de Zurique seu lar, ou ainda de Samir, em “O Amor Virá Depois”, que faz do casamento uma via de fuga para a Europa, vivenciamos o tema da imigração, questão recorrente nas produções suíças e central no mundo contemporâneo. A Suíça multicultural é revelada através de documentários biográficos como “Amando Patricia Highsmith”, que retoma a trajetória de vida e obra da escritora, novelista e roteirista americana, e “A Arte do Silêncio”, dedicado ao aclamado mímico Marcel Marceau, nomes que estabeleceram vínculos com o país, tornando-se parte de sua história. O cinema histórico está presente em “A Salamandra”, filme de Alain Tanner, diretor homenageado no 9º Panorama, que juntamente com Jean-Luc Godard são os principais expoentes da Nouvelle Vague suíça e mundial, ambos falecidos em setembro deste ano.

Por outro viés, encontramos narrativas atuais que registram o cotidiano da Suíça moderna, destacando a singularidade dos sujeitos, com seus desejos e medos, frente aos desafios dos nossos tempos, como em “Os Cuidadores”, “Última Dança” e “Youth Topia”. O conjunto de filmes reunidos neste Panorama representam a diversidade da produção do cinema suíço contemporâneo. São criações nas quais os cineastas fazem uso de suas câmeras para romper fronteiras e manifestar seu inconformismo diante das desigualdades que testemunham. Uma filmografia que não se desvia de argumentos contundentes, revelando uma sociedade complexa e um cinema vivo, que investiga sua própria realidade.

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75º Festival de Locarno, 2022 Giona A. Nazzaro Diretora Artística

Markus Duffner Diretor Locarno Pro

O Festival de Locarno tem como principal foco a difusão do cinema autoral e independente em todas as suas expressões. Fundamentado na liberdade de expressão e criação, o Festival de Locarno - que lançou numerosos e numerosas protagonistas do cinema contemporâneo acredita na multiplicidade de formas e línguas, abraçando o prazer do risco e da descoberta. Uma estratégia que adoptou desde a sua fundação em 1946. A preservação do património cinematográfico e a descoberta do cinema dos países emergentes são dois outros importantes eixos da sua atividade.

O cinema jovem e o diálogo multidisciplinar recebem especial atenção, sem nunca esquecer as grandes audiências que, noite após noite, se reúnem na Piazza Grande, uma das maiores salas de cinema ao ar livre do mundo, que pode acolher até 8.000 pessoas por sessão. Uma das missões do festival é iniciar a carreira dos filmes selecionados. Nesta perspectiva, colaborações como esta instaurada com o 9º Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo são fundamentais para promover os filmes mundialmente, sobretudo num território importante como o Brasil.

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Longas-metragens



A Arte do Silêncio Maurizius Staerkle Drux L’art du silence. Suíça e Alemanha. 2022. 81 minutos. 12 anos.

Apenas com seus gestos e expressões faciais, o mímico Marcel Marceau conquistou por décadas públicos do mundo todo. Mas a tragédia por trás de sua obra permaneceu oculta por muito tempo. A Arte do Silêncio joga nova luz sobre a vida de Marceau, cuja arte a família e amigos mantêm viva até hoje.

MAURIZIUS STAERKLE DRUX Nasceu em 1988, em Colônia, Alemanha, e tem a cidadania suíça. Maurizius Staerkle Drux estudou direção de cinema na ZHdK - Escola Superior de Artes de Zurique. Seu primeiro filme, “Concrete Love - The Böhm Family” (2014), foi apresentado ao redor do mundo, ganhando muitos prêmios e esteve entre os 5 documentários de maior sucesso na Alemanha em 2015. Trabalha como designer de som e diretor de documentários entre Colônia e Zurique. ”A Arte do Silêncio” estreou no Festival de Cinema Max Ophüls Preis em 2022.

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A Salamandra Alain Tanner La Salamandre. Suíça. 1971. 130 minutos. 14 anos.

Rosemonde, uma jovem que vive de bicos e trabalhos mal remunerados, torna-se suspeita de tentar matar o tio com quem mora. Um jornalista e um escritor são contratados para desvendar o mistério e escrever para a TV a história dessa moça que passa a ser conhecida como a Salamandra. Porém, eles não parecem capazes de solucionar o caso e a verdade sobre Rosemonde e seu gosto peculiar pela vida, continuará a ser uma incógnita.

ALAIN TANNER 1929-2022. Nasceu em Genebra, Suíça. Estudou Economia na Universidade de Genebra. Integrou a equipe do cineclube da Universidade de Genebra, fundado por Claude Goretta. Trabalhou no Instituto do Filme Britânico. Em 1957, realizou seu primeiro filme com Claudio Goretta. Entre 1960 e 1968, volta para a Suíça, dirige vários filmes e documentários para a televisão. Foi um dos fundadores da Associação dos diretores suíços. Em 1969, dirigiu seu primeiro longa-metragem. Nos anos seguintes, Alain Tanner realizou seminários em universidades em Nova Iorque, Boston, Harvard, Chicago, Toronto Berkeley e Los Angeles. Foi membro do júri de inúmeros festivais, como Cannes, Veneza, Festival de Locarno e San Sebastian.

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Ala Kachuu – Pegue e Corra Maria Brendle Ala Kachuu – Take and run. Suíça. 2020. 38 minutos. 14 anos.

A jovem Sezim, de 19 anos, quer realizar seu sonho de estudar na capital do Quirguistão, mas é raptada por um grupo de rapazes e levada para o Interior. Lá, é forçada a se casar com um estranho. Caso se recuse, ela será difamada e excluída socialmente. Dividida entre seu anseio de se libertar e as limitações da cultura quirguiz, Sezim procura desesperadamente uma saída.

MARIA BRENDLE Nasceu em 1983, em Singen, Alemanha. Estudou design gráfico e design de informação em Ravensburg. Trabalhou como editora em uma agência de publicidade. Estudou Cinema na ZHdK (Escola Superior de Artes de Zurique). É diretora de filmes publicitários e filmes para televisão. Formou-se em Cinema pela ZHdK, em 2013. Trabalha como diretora independente na Alemanha e na Suíça.

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Amando Patricia Highsmith Eva Vitija Loving Highsmith. Suíça e Alemanha. 2022. 83 minutos. 14 anos.

Baseado nos escritos pessoais de Patricia Highsmith e nos relatos de sua família e amantes, o filme traz outro olhar sobre a vida e obra da famosa escritora de suspense, que teve sua literatura atravessada pela temática amorosa e pelas questões de identidade.

EVA VITIJA Nasceu em 1973 em Basel, Suíça. Eva Vitija estudou roteiro na Academia Alemã de Cinema e Televisão de Berlim (DFFB). Trabalha como roteirista para o cinema e televisão, incluindo roteiros para Meier Marilyn, Madly in Love e Little Paradise. Seu primeiro longametragem foi o documentário Das Leben Drehen (My Life as a Film - 2015) que foi indicado ao Prêmio Suíço de Cinema e ao prêmio da Associação Internacional de Documentários em Los Angeles. O filme recebeu várias premiações, dentre eles o Prix de Soleure, no festival Journées de Soleure, um dos mais consagrados festivais de filmes da Suíça.

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Através dos Seus Olhos Sonia Guggisberg Através dos seus olhos. Brasil. 2021. 96 minutos. 14 anos.

O filme registra um sonho de amor vivido à distância entre uma brasileira moradora da Ceilândia (DF), filha de um pastor evangélico e um iraquiano de origem curda islâmica que mora em um campo de refugiados na Grécia. Conectados via telefone 24 horas por dia, os dois protagonizam uma história de sensibilidades entre a esperança de uma vida melhor e o pesadelo de um futuro com bases desconhecidas.

SONIA GUGGISBERG Nasceu em 1964, em São Paulo, Brasil. Suíço-brasileira. Pós-doutoranda em Artes Visuais pela ECA-USP; Doutora em Comunicação e Semiótica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e Mestre em Artes pela Universidade Estadual de Campinas . Atua como artista, videomaker e pesquisadora participando de mostras coletivas e Individuais, palestras e workshops no Brasil e em outros países desde a década de 90. Com o foco em questões do documentário artístico seus trabalhos são em cinema fotografia, site specific, instalação em vídeo e som. Artista premiada no Brasil e internacionalmente. Artista premiada no Brasil e internacionalmente.

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Mahatah – Histórias Paralelas nas Estações Sandra Gysi e Ahmed Abdel Mohsen Mahatah - Side stories from train stations. Suíça. 2022. 79 minutos. 14 anos.

Estações de trem são como ilhas, suspensas entre o espaço e o tempo. No calor do Cairo, manter a calma ajuda, enquanto em Zurique, o ar-condicionado ou dançar. Em ambos os lugares, as pessoas vivem apaixonadamente suas vidas nas estações de trem, seus pequenos cosmos. Capítulo a capítulo, o filme se consolida no ritmo coletivo da vida cotidiana, revelando histórias de dois países cuja poesia compartilhada se transforma em energia humana universal.

SANDRA GYSI Nasceu em 1969, em Aarau, Suíça. É mestre em Etnologia, Estudos cinematográficos e Estudos Alemães pela Universidade de Zurique. Tem formação em direção, cinematografia e edição de filmes. Atua como produtora e gestora de projetos. Desde 2003, trabalha como cineasta independente. AHMED ABDEL MOHSEN Nasceu em 1974 em Assuã, Egito. Estudou Mídia e Jornalismo na Faculdade de Arte, South Valley University, Egito. Frequentou F+F Escola de Arte e Design de Mídia, em Zurique. Como cineasta independente realiza longametragens e documentários.

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O Amor Virá Depois Julia Furer Love will come later. Suíça. 2021. 81 minutos. 14 anos.

Dentro da movimentada Medina de Marrakech, Samir procura por amor e um futuro melhor. Mas, no aeroporto, suas aventuras de verão chegam a um triste desfecho e ele sempre é deixado para trás, em um país com possibilidades limitadas. Quando Samir se apaixona de verdade, ele se depara com uma importante decisão: deveria ouvir suas irmãs e concordar com um casamento arranjado em Marrocos ou deveria seguir seu coração e seu sonho de um futuro melhor na Europa?

JULIA FURER Nasceu em 1990 em Riggisberg, Suíça. Em 2015, concluiu a graduação na HSLU/Departamento de Vídeo (Escola Superior de Design e Arte de Lucerna) e recebeu o prêmio de “work in progress” da Fundação Zeugindesign. Trabalha em projetos de sonoplastia e como diretora de documentários. Em 2021, conclui seu mestrado em direção de cinema pela ZHdK (Escola Superior de Arte de Zurique).

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Os Cuidadores Marie-Eve Hildbrand Les guériseurs. Suíça. 2021. 80 minutos. 14 anos.

Auscultando corpos, sondando o íntimo da psique humana, o filme esboça os limites da medicina do futuro, a partir do momento presente. Por meio das personagens, traça o retrato de um sistema de saúde em plena transformação e nos coloca uma pergunta: estamos preparados para nos tornar imortais?

MARIE-EVE HILDBRAND Nasceu em 1978 em Lausanne. Estudou na ECAL (Escola Cantonal de Arte de Lausanne). Trabalhou como diretora de documentários, curtasmetragens de ficção e de publicidade. No Prêmio Suíço de Cinema 2017, ganhou o Prêmio Especial da Academia pela direção de elenco e de voz de “Minha Vida de Abobrinha” de Claude Barras. “Os Cuidadores” recebeu o prêmio Migros Culture Percentage do Concurso de Documentários Suíços em 2018.

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Semret Caterina Mona Semret. Suíça. 2022. 85 minutos. 14 anos.

Semret vive uma vida modesta e bastante isolada com sua filha adolescente Joe. Como refugiada ela tenta se adaptar à cultura europeia, enquanto trabalha em um hospital de Zurique e se candidata à um programa de treinamento para parteiras. Porém, quando a filha começa a se interessar por suas raízes na Eritreia, Semret não pode mais reprimir seu passado e precisa enfrentar seus traumas. Com a ajuda de Yemane, um novo funcionário do hospital que também é refugiado da Eritreia, ela finalmente consegue enfrentar as trágicas lembranças de sua fuga.

CATERINA MONA Nasceu em 1973, em Zurique. Suíça. Estudou literatura inglesa antes de estudar cinema na INSAS (Instituto Nacional Superior de Artes Cênicas) em Bruxelas. Graduou-se como editora em 2001. Paralelamente ao seu trabalho como editora de filmes, trabalhou para festivais de cinema em Locarno e Berlim. Seu curta-metragem Persi (Lost - 2015) foi premiado no Festival de Locarno.

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Última Dança Delphine Lehericey Last dance. Suíça e Bélgica. 2022. 84 minutos. 12 anos.

Aos 75 anos, Germain, um homem introspectivo e caseiro, fica viúvo e se vê tendo de lidar com a ansiedade invasiva dos filhos. Fiel a uma promessa que fez à esposa anos atrás, ele se compromete a participar de uma apresentação de dança contemporânea, em segredo de sua família.

DELPHINE LEHERICEY Nasceu em 1975, em Lausanne, Suíça. Estudou artes performativas na Universidade de Paris X e atuou em muitas produções teatrais antes de dirigir seus próprios filmes. Seu primeiro longa-metragem “Puppylove” (2013) conquistou o prêmio de Melhor LongaMetragem Belga no FIFF Namur. “Beyond the Horizon” (2019) recebeu quatro prêmios do Prêmio Suíço de Cinema e foi apresentado em vários festivais internacionais de cinema, dentre eles o 8º Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo (2020).

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Vizinhos Mano Khalil Nachbarn. Suíça e França. 2021. 124 minutos. 12 anos.

Em uma pequena aldeia na fronteira sírioturca, no início dos anos 1980, o menino curdo de seis anos, Sero, vive seu primeiro ano escolar em uma escola árabe e vê o pequeno mundo onde vive ser radicalmente modificado com o crescimento do nacionalismo extremo. Com momentos bem-humorados, mas igualmente sérios, o filme fala de uma infância que, entre a ditadura e a tragédia, também encontra seus momentos de leveza.

MANO KHALIL Cineasta curdo-suíço. Vive na Suíça. Estudou História e Direito na Universidade de Damasco, e Direção na Academia de Cinema na antiga Tchecoslováquia. Até 1955, trabalhou para a televisão da República Tcheca e Eslováquia. Trabalha como diretor e produtor. Em 2012, fundou a produtora Frame Film em Berna. Em 2018, durante sua participação no 7º Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo em São Paulo, conheceu a atriz brasileira Tuna Dwek, que integra o elenco do seu mais recente filme, “Vizinhos” (2021).

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Youth Topia Dennis Stormer Youth Topia. Suíça e Alemanha. 2021. 85 minutos. 16 anos.

Wanja não dava a mínima para essa modinha da auto-realização, até que o algoritmo arrumou um emprego perfeito para ela. Os novos privilégios e o reconhecimento no trabalho lhe fizeram bem, mas será que isso realmente a deixaria mais feliz do que se estivesse se drogando? Ela logo sente falta de seus amigos malucos de infância e começa a entender que os adolescentes têm algo que os adultos perderam: o senso de comunidade.

DENNIS STORMER Nasceu em 1990, em KIel, Alemanha. Na juventude cofundou um grupo de teatro de improvisação e criou instalações e performances. Mudou-se para Berlim para trabalhar como crítico de cinema para Negativ, enquanto realizava seu primeiro filme. Estudou direção de cinema na Universidade de Columbia/ Nova Iorque e na Filmakademie Baden-Württemberg, formando-se em 2019.

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Curtas-metragens



Águias Sobre a Cabeça Yann Gross Des aigles au-dessus de la tête. França. 2019. 18 minutos. 14 anos.

Mitch está beirando os cinquenta anos, mas manteve o espírito rebelde de sua adolescência. Em uma busca constante pela liberdade, ele prepara sua “moto da sobrevivência” e toca heavy metal no pé da montanha Grand Muveran, na região de Chablais. A percepção de seus arredores muda quando seu amigo Serge, um motociclista do Esquadrão de Deus, lhe mostra como tocar a flauta dos indígenas americanos.

Big Bang

Carlos Segundo Big Bang. Brasil e França. 2022. 14 minutos. 14 anos. Chico ganha sua vida consertando fornos, nos quais ele facilmente entra devido seu tamanho. Face a um sistema que lhe exclui, não lhe resta outra alternativa que não seja a de se colocar em resistência.

Bonobo

Zoel Aeschbacher Bonobo. Suíça e Alemanha. 2017. 20 minutos. 14 anos. Félix, Ana e Seydoux vivem na mesma habitação social sem se conhecerem. Os três personagens parecem ligados por um único elemento: o antigo elevador do edifício, uma máquina infernal que os conduz a um destino trágico e inescapável.

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Carne

Camila Kater Carne. Brasil. 2019. 12 minutos. 14 anos. Crua, Mal Passada, Ao Ponto, Passada e Bem Passada. Através de relatos íntimos e pessoais, cinco mulheres compartilham suas experiências em relação ao corpo desde a infância até a terceira idade.

Deslocamentos, Paraíso e Caos

Tila Chitunda Deslocamentos, Paraíso e Caos. Brasil e Suíça. 2020. 8 minutos. 14 anos. Os aviões voltaram a tomar conta do céu. Mas como a gente chegou até aqui?

Doosra

Keerthigan Sivakumar Doosra. Suíça. 2022. 29 minutos. 14 anos. Vinoth, um jovem refugiado do Sri Lanka, mora sozinho e trabalha na Suíça há um ano. Ele está procurando uma atividade voluntária para fugir da solidão, mas ninguém está querendo aceitar sua ajuda.

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Na Natureza

Marcel Barelli Dans la nature. Suíça. 2021. 5 minutos. 14 anos. Na natureza, um casal é composto por um macho e uma fêmea. Bem, nem sempre! Um casal também pode ser composto por duas fêmeas. Ou por dois machos. Talvez você não saiba, mas a homossexualidade não faz parte apenas da história humana.

O Canto do Pássaro

Sarah Imsand Le chant de l’oiseau. Suíça. 2019. 18 minutos. 14 anos. Ibrahim é recepcionista de uma escola de arte na Suíça. Um dia, uma estudante que procura por músicas da Etiópia pede sua ajuda. Sua insistência forçará Ibrahim a se reconectar com o seu passado e suas origens.

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Pessoas aos Sábados

Jonas Ulrich Menschem am Samstag. Suíça. 2020. 10 minutos. 14 anos. Uma tarde ensolarada de sábado em Zurique. Dez quadros mostram pessoas lutando com os pequenos e grandes desafios de seus cotidianos.

Sobre a Água

Jela Hasler Über wasser. Suíça. 2021. 12 minutos. 14 anos. Verão na cidade. O frescor de um mergulho matinal no rio rapidamente desaparece conforme o calor cobre a cidade como uma lupa sob a qual os incômodos cotidianos, supostamente triviais, de repente ganham peso. Eli tenta escapar das limitações e agitação da cidade grande, mas continua vivenciando agressões. E sua raiva começa a crescer.

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Programação CineSesc 13/10 QUINTA

17/10 SEGUNDA

15h30 - Vizinhos 18h - Ala Kachuu - Pegue e Corra 20h - Big Bang | Última Dança

15h30 - Ala Kachuu - Pegue e Corra 18h - Sessão de Curtas 2

14/10 SEXTA

15h30 - Amando Patricia Highsmith 18h - Semret 20h - Vizinhos

15h30 - A Arte do Silêncio 18h - Youth Topia 20h - Através dos Seus Olhos 15/10 SÁBADO 15h30 - Youth Topia 18h - Os Cuidadores 20h - Amando Patricia Highsmith 16/10 DOMINGO 16h - Sessão de Curtas 1 18h - Última Dança 20h - A Arte do Silêncio

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18/10 TERÇA

19/10 QUARTA 15h30 - Através dos Seus Olhos 18h - Os Cuidadores 20h - Semret


Programação Sesc Digital De 13 a 19 de outubro de 2022. Assista gratuitamente em sescsp.org.br/panoramasuico Carne Na Natureza Águias Sobre a Cabeça Deslocamentos, Paraíso e Caos Doosra O Canto do Pássaro Pessoas aos Sábados

Sobre a Água Os Cuidadores Amando Patricia Highsmith A Salamandra O Amor Virá Depois Mahatah - Histórias Paralelas nas Estações Youth Topia

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SESC – SERVIÇO SOCIAL DO COMÉRCIO Administração Regional no Estado de São Paulo

PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL Abram Szajman DIRETOR DO DEPARTAMENTO REGIONAL Danilo Santos de Miranda

SUPERINTENDENTES Técnico-Social Joel Naimayer Padula Comunicação Social Ivan Giannini Administração Luiz Deoclécio Massaro Galina Assessoria Técnica e de Planejamento Sérgio José Battistelli GERENTES Ação Cultural Rosana Paulo da Cunha Estudos e Desenvolvimento Marta Raquel Colabone Artes Gráficas Rogério Ianelli Difusão e Promoção Marcos Ribeiro Carvalho Assessoria de Relações Internacionais Aurea Leszczynski Vieira Goncalves Centro de Produção Audiovisual Wagner Palazzi Perez Sesc Digital Fernando Amodeo Tuacek CineSesc Gilson Packer EQUIPE SESC André Coelho Mendes Queiroz, Bruno Corrente, Cecília De Nichile, Cesar Albornoz, Fernando Hugo Fialho, Gabriella Rocha, Graziela Marcheti, Heloisa Pisani, Humberto Mota, João Cotrim, João Paulo Leite Guadanucci, José Gonçalves Junior, Karina Camargo Leal Musumeci, Kelly Adriano de Oliveira, Leandro Nunes Coelho, Malu M. de Miranda, Mariana da Rosa Silva, Ricardo Tacioli, Rodrigo Gerace, Simone Yunes, Solange dos Santos Alves Nascimento, Tina Carvalho Da Silva, Ubiratan Nunes Rezende

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EMBAIXADA DA SUÍÇA NO BRASIL

EMBAIXADOR DA SUÍÇA NO BRASIL Pietro Lazzeri CONSULADO GERAL DA SUÍÇA EM SÃO PAULO Cônsul Geral Pierre Hagmann Cônsul Michael Schweizer Adida Cultural Célia Gambini Adido Político e Econômico Gonçalo Morais Cardoso EQUIPE 9º PANORAMA DO CINEMA SUÍÇO CONTEMPORÂNEO Curadoria Cecília Ferreira De Nichile, Célia Gambini, Cristina Müller, Tila Chitunda Produção Giscard Luccas Assistente de Produção Tati Mayumi Projeto Gráfico Humberto Mota Assessoria de Imprensa Flavia Miranda, Dinah Salles, Tania Bernucci Redes Sociais Dinah Salles, Guilherme Mesquita, Tania Bernucci Tradução e Legendagem Casarini/Aspecto Digital Vinheta José Aguiar AGRADECIMENTOS Consulado Geral da Suíça no Rio de Janeiro, Festival do Rio, Marcel Müller, Marco Solari, Markus Duffner

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CineSesc Rua Augusta 2075 São Paulo - SP Tel.: 11 3087 0500 /cinesescsp sescsp.org.br/cinesesc

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