Tutorial de Pesquisa NP405

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ReferĂŞncias BibliogrĂĄficas: NP 405 Universidade Fernando Pessoa Maria da Costa


Introdução O objectivo deste tutorial é apoiar a elaboração de trabalhos científicos, através da explicitação na Norma Portuguesa 405 (NP 405). Para compreender os esquemas e exemplos de referências bibliográficas, é necessário esclarecer alguns conceitos da NP 405.


Recolha da Informação Para a elaboração de referências bibliográficas, devem ser consultados os seguintes elementos: •

Capa (monografia, publicação em série e alguns materiais não-livro).

Folha de rosto (monografia).

Verso da folha de rosto (monografia).

Ficha técnica (publicação em série, alguns materiais não-livro).

Suporte da informação (materiais não livro).

Caixa (monografia, publicações em série, materiais não-livro).


Conceitos • • •

• • •

ISBN: número normalizado que permite identificar inequivocamente uma monografia. Apesar de ser obrigatório constar na referência bibliográfica, nem todas as monografias possuem esta indicação, não podendo então ser especificada. ISSN: número normalizado que permite identificar inequivocamente uma publicação em série. Aplica-se ao ISSN a mesma regra aplicada ao ISBN. Parte: capítulo, ou conjunto de capítulos, com relação entre si, pertencentes à mesma obra. Pode ainda ser referente a um volume específico de uma obra publicada em série. Referência bibliográfica: conjunto de elementos que permitem identificar uma obra. [Sine loco] ou [S. l.]: quando não se conhece o local da publicação, deve utilizar-se esta terminologia, entre parêntesis rectos. [Sine nomine] ou [S. n.]: quando não se conhece o nome do editor, deve utilizar-se esta terminologia, entre parêntesis rectos.


Conceitos

• •

Título: denominação de uma obra ou publicação. O título deve ser sempre transcrito conforme se encontra na obra. Complemento de título: enquanto o título é a denominação da publicação, o complemento de título é uma palavra ou frase que ajudam a identificar a obra. O complemento de título surge após o título, e é precedido de o sinal de dois pontos (:). Elementos de data: a data é um elemento obrigatório em qualquer referência bibliográfica. Se o referenciador conhecer a data, mas ela não estiver explicita na publicação, esta deve ser dada entre parêntesis rectos. Quando não é possível determinar uma data com exactidão, esta deve ser referida entre parêntesis rectos, e interrogada. Exemplo: – – –

[1990] [1866?] [175-?]

Título indicado pelo catalogador: sempre que não existe um título atribuído a um documento, este deve ser dado pelo catalogador. Este título deve ser conciso, traduzindo o conteúdo documental, e deve estar entre parêntesis rectos.


Monografia Monografia com um só autor Estrutura: APELIDO, Nome – Título. Local de Publicação: Nome do Editor, Data de Publicação. ISBN Exemplos: • MAMEDE, Henrique São – Segurança Informática nas Organizações. Lisboa: Editora de Informática Lda, 2006. ISBN 978972-722-411-8 • SILVA, Armando Malheiro da – A informação: Da compreensão do fenómeno e construção do objecto científico. Porto: Edições Afrontamento, 2006. ISBN 972-36-0859-6 Existe, contudo, uma excepção a esta regra: os nomes espanhóis são referenciados pelos dois últimos apelidos. Exemplo: • CRUZ MUNDET, José Ramón – Manual de Archivística. 4ª ed. Madrid: Fundación Germán Sánchez Ruipérez, 2001. ISBN 84-8938431-2


Monografia Monografia até três autores O primeiro autor a ser mencionado na referência bibliográfica deve ser o primeiro mencionado ou o mais destacado na obra. Estrutura: APELIDO, Nome; APELIDO, Nome; APELIDO, Nome – Título. Local de Publicação: Nome do Editor, Data de Publicação. ISBN Exemplos: • ROUSSEAU, Jean-Yves; COUTURE, Carol – Os fundamentos da disciplina Arquivística. Lisboa: Publicações D. Quixote, 1998. ISBN 972-20-1428-5 • SILVA, Armando Malheiro da; RIBEIRO, Fernanda – Das «ciências» documentais à ciência da informação: Ensaio epistemológico para um novo modelo curricular. 2ª ed. Porto: Edições Afrontamento, 2008. ISBN 978-972-36-0622-5


Monografia Monografia Colectividade Quando o autor da monografia não é uma pessoa individual, mas sim uma colectividade ou organização. Estrutura: ENTIDADE - Título. Local de Publicação: Nome do Editor, Data de Publicação. ISBN. Exemplos: • ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE APOIO À VÍTIMA - Manual Alcipe: para o atendimento de mulheres vítimias de violência. Lisboa: APAV, 1998. ISBN 978-972-8852-35-1 • UNIVERSIDADE DE COIMBRA - Memórias e Notícias. Coimbra: UC, 1989.


Monografia Monografia com mais de três autores Quando uma monografia tem mais do que três autores, assume-se como autor principal aquele que aparece mencionado primeiro ou em maior destaque, seguindo-se depois a expressão latina et alli, podendo ser abreviada para et al. Estrutura: APELIDO, Nome, et al. – Título. Local de Publicação: Nome do Editor, Data de Publicação. ISBN Exemplos: • SILVA, Armando Malheiro da, et al. – Arquivística: Teoria e prática de uma ciência da informação. 3ª ed. Porto: Edições Afrontamento, 2009. ISBN 978-972-36-0483-2 • LOURENÇO, Eduardo, et al. – Retratos de Álvaro Cunhal. Porto, Edições Afrontamento, 2009. ISBN 978-972-36-1027-7


Monografia Monografias com coordenação editorial Numa monografia com um ou vários autores, em que exista uma coordenação editorial destacada ou de importância maior, indica-se o nome do coordenador editorial a seguir ao título. O mesmo acontece para tradutores ou ilustradores. A menção de responsabilidade é indicada antes do nome, por extenso, ou abreviada Estrutura: APELIDO, Nome – Título. Coordenador Editorial Nome Apelido. Local de Publicação: Nome do Editor, Data de Publicação. ISBN Exemplos: • RIBEIRO, Agostinho, et al. – Psicologia do Desenvolvimento e Educação de Jovens. Coord. Ed. Bártolo Paiva Campos. Lisboa: Universidade Aberta, 1990. ISBN 972-674-031-2 • JORGE, Vitor Oliveira – Novo Florilégio. Contributos para uma Extática Botância. Ilustrações Guida Casella. Porto: Edições Afrontamento, 2007. ISBN 978-972-36-0912-7


Monografia Contribuições em monografias Quando apenas uma parte da monografia é referenciada. Estrutura: APELIDO, Nome – Título da parte. In Título da Monografia. Local de Publicação: Nome do Editor, Data de Publicação. ISBN. Exemplos: • COELHO, Maria Helena da Cruz – A Diplomática em Portugal. Caminhos mais antigos e mais recentes. In Estudos de Diplomática Portuguesa. Lisboa: Edições Colibri, 2001. ISBN 972-772-182-6 • CARATÃO, Joaquim Dias – Evolução e revolução em psiquiatria. In Arte(s) de Cuidar: Ciclo de Colóquios. Loures: Lusociência, 2006. ISBN 972-8930-18-6


Publicação em série Publicação em série

Estrutura: Título. Edição. Número, (data da publicação – data de término da publicação). Ano. ISSN. Exemplos: • Science & Vie. Larousse. Nº 217, (2001 - ). 2001. • Psiquiatria Clínica. Universidade de Coimbra. Especial (2000 - ). 2000.


Publicação em Série Artigos em Publicações em Série Estrutura: APELIDO, Nome – Título. In Título da Publicação em Série. ISSN. Localização na Publicação em Série. Exemplos: • SERRÃO, Daniel – O médico e os limites da vida humana. In ser saúde. ISSN 1646-5229. pp. 14 – 27 • RIBEIRO, José Luís Pais – A intervenção psicológica na promoção da saúde. In Jornal de Psicolologia. ISSN 0870-4783. pp. 19 – 22


Publicação em Série Artigos não assinados em Publicações em Série Este tipo de artigos são mais comuns quando existe a necessidade de citar jornais diários. Por norma, nas publicações científicas, todos os artigos se encontram identificados. Estrutura: Título. In título da Publicação em Série. ISSN. Localização na Publicação em Série. Exemplo: • Bomba de gasolina assaltada. In Jornal de Notícias. Ano 124, Nº 221 (2012 ). P. 13


Actas de Congressos Com título próprio. Estrutura: NOME DO CONGRESSO, Nº da edição, Local, Ano – Título : actas. Local de Publicação: Nome do Editor, Data. Exemplo: • CONGRESSO DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE ANTROPOLOGIA, 3º, Lisboa, 2006. Colonianismo: actas. Lisboa: Associação Portuguesa de Antropologia, 2006.

Sem título próprio Estrutura: NOME DO CONGRESSO, Nº da edição, Local, Ano – Nome do Congresso. Local de Publicação: Nome do Editor, Data. Exemplo: • CONGRESSO NACIONAL DE BIBLIOTECÁRIOS, ARQUIVISTAS E DOCUMENTALISTAS, 9º, Ponta Delgada, 2007 – 9º Congresso de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas. Lisboa: APBAD, 2007.


Leis, Decretos, Normas

Estrutura: NOME DO DOCUMENTO nº. Nome da Publicação. Nº da Publicação (dia, mês, ano da publicação). Localização na Publicação. Exemplos: •

DECRETO-LEI nº 220/2008. Diário da República I Série. Nº 220 (1211-2008). P. 7903

PORTARIA nº 622/2008. Diário da República I Série. Nº 622 (18-072008). P. 4467


Teses e Provas Académicas Estrutura: APELIDO, Nome – Título. Local de Publicação: Nome do Editor, Data de Publicação. Nota suplementar (indicação do tipo de trabalho e instituição em que é apresentado). Exemplos: •

GUERRA, António Joaquim Ribeiro – Os diplomas privados em Portugal dos séculos IX a XII: Gestos e atitudes de rotina dos seus autores materiais. Lisboa: Centro de História, 2003. Dissertação de Doutoramento em Letras na área de Paleografia e Diplomática apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

RIBEIRO, Cremilde – Dinâmica relacional entre pares de alunos. Lisboa: Universidade Nova de Lisboa, 1995. Dissertação de Mestrado em Ciências da Educação apresentada à Universidade Nova de Lisboa.


Material não-livro Visual gráfico Este material caracteriza-se pela apresentação de imagens, com ou sem texto, impressas, a duas dimensões. Gravuras, Postais Estrutura: APELIDO, Nome – Título Designação genérica do material. Local de Publicação: Nome do Editor, Data de Publicação. Designação específica: outras indicações físicas, dimensão do documento. Exemplos: •

A vida portuguesa desde sempre Documento icónico. Porto: A vida portuguesa desde sempre, 201-?. 1 postal: colorido, 10cm x 5cm.

CHARDIN, Jean Baptiste-Simeon – A Enfermeira Dedicada Documento icónico. Lisboa: Lusodidacta, 1993. 1 gravura: colorida, 9cm x 8cm.


Material não-livro Fotografia Salvo excepções de álbuns artísticos, as fotografias não têm indicação de nome ou data. Trata-se de material que não se destinava, como primeiro objectivo, a publicação. Assim sendo, o mais frequente é terem de ser atribuídos um nome e data por parte do referenciador. Esta indicação deve ser sempre dada entre parêntesis rectos. Estrutura: APELIDO, Nome – Título Designação genérica. Local de Publicação: Nome do Editor, Data de Publicação. Designação específica: outras indicações, dimensões do documento. Exemplos:

• •

MERCER, Lance - Stone Gossard Smoking Visual gráfico. S. l.: S. n., 20--?. 1 fotografia: p. & b., 10cm x 15cm. Enfermeira a embalar bebé Visual gráfico. S. l.: S. n., 1906?. 1 fotografia: p. & b., 20 cm x 15cm.


Material não-livro

Registo vídeo Estrutura: APELIDO, Nome – Título Designação genérica do material. Realização, edição. Local de Publicação: Nome do Editor, Data de Publicação. Designação específica e duração: outras características. Exemplos: • COUSTEAU, Jacques – A Odisseia Submarina Registo vídeo. Realização de Jacques Cousteau. Lisboa: Lusomundo, 1991. 1 cassete (VHS) (ca. 60 min.): color. • Velhos são os trapos Registo vídeo. Realização de Monique Rutler. Lisboa: Imaginação Cinema, Vídeo e Televisão Lda, 1991. 1 cassete (VHS) (ca. 83 min.): color.


Material não- livro Registo sonoro – CD audio ou Vinil A designação de data nos registos sonoros é dada através do phonoright, ou seja, data em que o registo é publicado. Antes da data, utiliza-se a abreviatura p. Estrutura: APELIDO, Nome – Título Designação genérica do material. Local de Publicação: Nome do Editor, Data de Publicação. Designação específica e e duração: outras características. Exemplos: • DAVIS, Miles – Diggin’ with the Miles Davis sextet Registo sonoro. S. l.: DOXY Music, p. 2008. 1 disco (Vinil). • COLLINS, Phil – Love songs: a compilation… old and new Registo sonoro. S. l.: Atlantic Records, p. 2004. 2 discos (CD).


Recursos electrónicos Página web Estrutura: APELIDO, Nome – Título Em linha. Local de Publicação: Nome do Editor. Consultado em dia, mês, ano. Disponível em morada do site. Exemplos: • BIBLIOTECA DA FACULDADE DE BELAS ARTES DO PORTO – Área de Apoio à Investigação [Em linha]. Porto: FBAUP. [Consultado em 23 de Novembro de 2011]. Disponível em http://sigarra.up.pt/fbaup/web_base.gera_pagina?p_pagina=2458. • MUNDO LIVRO – Cartografia [Em linha]. Lisboa: Mundo Livro. [Consultado em 12 de Dezembro de 2011]. Disponível em http://www.mlivro.com/ml_cartografia.htm.


Recursos electrónicos Publicações em Série Estrutura: Título [Tipo de suporte]. Local de Publicação: Nome do Editor, Data de Publicação. [Consultado em dia, mês, ano]. Dísponível em endereço da publicação electrónica. ISSN. Exemplos: • Library Collections, Acquisitions, and Technical Services [Em linha]. Amesterdam: Elsevier Ldt, 2012 - . [Consultado em 13-082011]. Disponível em http://www.journals.elsevier.com/librarycollections-acquisitions-and-technical-services/#. • Procedia Computer Science [Em linha]. Amesterdam: Elsevier Ldt, 2009 .[Consultado em 12-09-2011]. Disponível em http://www.elsevier.com/wps/find/journaldescription.cws_home/719435 /description.


Recursos Electrónicos Artigos em Publicações em Série Electrónicas Estrutura: APELIDO, Nome – Título. Título da Publicação em Série [Tipo de suporte.]. Volume, Número, Ano. [Consultado em dia, mês, ano]. Disponível em endereço da Publicação Electrónica. Exemplos: • HJORLAND, Birger – Library and information science: practice, theory and philosophical basis. Information Processing and Management Em linha. Vol. 36, Nº 3, 2000. [Consultado em 16-03-2011]. Disponível em http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0306457399000382. • NISONGER, Thomas E. – Authorship in library aquisitions: Pratice & theory. Library Aquisitions: Practice & Theory Em linha. Vol. 20, Nº 4, 1996. [Consultado em 27-09-2001]. Disponível em http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0364640896000804


Referências Bibliográficas •

NP 405-1. 1994, Informação e Documentação. Referências bibliográficas: documentos impressos. Lisboa: Instituto Português da Qualidade, 1994.

NP 405-2. 1994, Informação e Documentação. Materiais não-livro. Lisboa: Instituto Português da Qualidade, 1994.

NP 405-4. 1994, Informação e Documentação. Documentos electrónicos. Lisboa: Instituto Português da Qualidade, 1994.

Universidade do Porto. Faculdade de Belas Artes – Área de Apoio à Investigação: Normas NP 405 [Em linha]. Porto: FBAUP. [Consultado em 23 de Novembro de 2011]. Disponível em http://sigarra.up.pt/fbaup/web_base.gera_pagina?p_pagina=2459#Normas Portuguesas.


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