JORNAL VIDA BRASIL TEXAS SEGUNDA EDIÇÃO ESPECIAL DO ANIVERSÁRIO DE 27 ANOS

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Ano- Edição 27 - Edição Março2019 - 2019Texas: Houston - Dallas - SãoRio Paulo: Campinas e ValinhosMexico: Guadalajara. Ano 27 Setembro - USA: Houston - Dallas - Brasil: de Janeiro, Campinas, Valinhos - México: Guadalajara.

Nesta Edição Nesta Edição -------------------Brazil-Texas Chamber of Notícias Commerce – BRATECC –

incentiva a vinda de negócios brasileiros paramovimento o Texas Carnaval: cresce

Polícia investiga mortes durante operação no Complexo da Maré Fonte - Agência Brasil

em estradas e rodoviárias de São Paulo

A BRATECC – Brazil-Texas Chamber of Commerce, juntamente com a AMCHAM - American Chamber of Commerce for Brazil, está mais uma vez promovendo e incentivando a expansão de negócios brasileiros no estado do Texas. Pg.3

Dr. Alexandre Almeida

O feriado prolongado de Carnaval prevê que 2,5 milhões de veículos deixem a Grande São Paulo com destino ao interior e litoral paulistas, de acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). O trânsito deve se intensificar a partir das 11h de hoje (1º). Pg. 6

Janeiro registra criação de 34,3 mil empregos formais

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7 de setembro 1992 - Nasceu o nosso Jornal Vida Brasil Texas, começamos a celebrar hoje 27 anos na luta. Abaixo, alguns dos nossos A criação de empregosde com carteira assie patrocinadores semJornal eles seria continuar o nosso trabalhohoje, impresso e hoje em dia Digital,nossa em todo o Texas, 7eternos de setembro deo1992 - Nasceu Vida impossível Brasil Texas, começamos a celebrar 27 anos na luta, servindo comunidade. nada iniciou ofiéis ano amigos com segundo melhor o nosso nível para o mês alguns em seis anos. Segundoamigos, considerado um dos mais antigos de todas as comunidades brasileiras de todo Estados Unidos. Vejam abaixo, dos nossos eternos e fiéis patrocinadores, sem eles seria impossível continuar nosso trabalho impresso no Texas. dados divulgados pelo Cadastro Geral de Estamos entre os mais antigos Jornais da comunidades brasileira nos Estados Unidos. Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, 34.313 postos formais de trabalho foram criados no último mês. Pg. 6 Publicada prorrogação de crédito a produtores rurais de Brumadinho

Notícias

Fernanda Noronha

Is a Brazilian singer-song special guests celebrate the 12th Brazilian Carnaval

W.CosmeticSmiles.com

O Diário Oficial da União traz hoje (1º) a resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) que prorroga operações de crédito para produtores rurais de Brumadinho, em Minas Gerais.De acordo com a resolução, os produtores rurais e os agricultores familiares de regiões atingidas pelo rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, ficarão seis meses sem pagar parcelas do crédito rural.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou na última quarta-feira (27) a prorrogação do vencimento das operações para o início de julho. Com a medida, as parcelas que vencem entre janeiro e julho poderão ser pagas até 1º de julho. Segundo o Ministério da Economia, o adiamento tem como objetivo evitar a inadimplência dos produtores afetados pela tragédia de Brumadinho.

Houston Texas

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Fernando Alvares

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Editorial

Jornal Vida Brasil Texas – 27 anos de muita luta.

Editor Sergio Lima Diretor de Arte e Diagramação Sergio Lima Colaboradores Claudio Teixeira Valter Aleixo Osvaldo Tetaze Mario Araujo Maria Luiza Rosalen

Sergio Lima começou há vinte e sete anos uma luta solitária. A luta de informar, integrar, agregar e construir. Seu jornal, que hoje completa 27 anos, é o retrato da perseverança e dedicação. Um caminho que ele caminhou quase só e sempre contou com o que ele tem de melhor: determinação. Hoje, minha homenagem ao Jornal Vida Brasil Texas, vem ao encontro do que o Brasil precisa mais: liberdade de imprensa e democracia. Irmãs gêmeas que precisam caminhar juntas. Na era dos ´´Fake News´´, da notícia distribuída por mídia social sem responsabilidade, o trabalho do Sergio Lima aparece na contra corrente. Sempre preciso, sempre rigoroso e sempre educado no trato da informação. Outro dia um amigo me contou uma boa: - Ariel, você sabe qual é o único dia do ano que as pessoas desconfiam das notícias que saem na internet? - Não sei. - Dia primeiro de abril. O dia da mentira. No tempo atual todo o dia tem que ser primeiro de abril. Todo o dia é dia de desconfiar da informação na internet. As ações, como as do Sergio Lima que há vinte sete anos se obriga a levar a correta e isenta informação para seus leitores, me fazem acreditar que não importa o governo, não importa o partido, não importa a pessoa. No Brasil de hoje o que realmente importa é a informação de qualidade (com liberdade) e democracia (com eleições honestas, livres e periódicas). Essas são as bússolas que levaram o Brasil no rumo certo. Parabéns Sergio. Parabéns leitores do Jornal Vida Brasil Texas. Texto - Ariel Seleme

vidabrasil@hotmal. com

19- 991754473

Vice Consul do Brasil em Honduras Escritor e colaborador do Vida Brasil Texas vários anos.


Brazil-Texas Chamber of Commerce – BRATECC – incentiva a vinda de negócios brasileiros para o Texas A BRATECC – Brazil-Texas Chamber of Commerce, juntamente com a AMCHAM - American Chamber of Commerce for Brazil, está mais uma vez promovendo e incentivando a expansão de negócios brasileiros no estado do Texas. Seu novo projeto, o TEXAS HIGHLIGHTS BUSINESS GUIDE 2ª Edição é uma publicação que busca apresentar o estado do Texas como opção número 1 para o empresariado brasileiro para internacionalização de suas empresas e abertura de novos negócios.

Os eventos acontecem em todas regiões do Brasil e atendem a nichos específicos como Energia, Agricultura, Saúde, Compliance, Logística, etc. O TEXAS HIGHLIGHTS BUSINESS GUIDE apresenta os pontos fortes do Texas e mostra porque o Lone Star State deve ser escolhido pelo empresariado brasileiro, e suas familias como destino de seus investimentos empresariais e, por que não, para a continuação de sua Educação Superior e carreira. Além disso, o Guia é um ótimo meio de divulgação para empresas brasileiras já instaladas no Texas e que buscam ser reconhecidas institucionalmente pela Comunidade Brasileira. Empresas, instituições de Ensino, profissionais, brasileiros ou americanos que prestam serviços diversos à Comunidade Brasileira no Texas, também têm a chance de beneficiar-se grandemente do patrocínio e publicidade na publicação. A Rice University e o Porto de Houston já garantiram seu lugar na publicação!

O TEXAS HIGHLIGHTS BUSINESS GUIDE integra o projeto How To Do Business In the US, da AMCHAM, e visa apresentar regiões, estados e cidades americanas que estão abertas e incentivam a vinda de negócios brasileiros para a Terra do Tio Sam. A 1ª Edição do TEXAS HIGHLIGHTS BUSINESS GUIDE foi lançada em 2016 no Brasil e nos EUA. O projeto conta com o paoio do Consulado do Brasil em Houston e do Texas Economic Development Corporation. Dados demográficos, econômicos, financeiros e de incentivos fiscais são apresentados no GUIA, que é distribuido em mais de 250 eventos anuais da AMCHAM no Brasil, junto ao público de empresários brasileiros que já opera no exterior ou está em fase de preparação de expansão de ses negócios.

A 2ª Edição do TEXAS HIGHLIGHTS BUSINESS GUIDE será lançada em Dezembro de 2019 em Houston, Texas. Quer saber mais sobre o O TEXAS HIGHLIGHTS BUSINESS GUIDE 2ª Edição e as Oportunidades de Patrocínio? Entre em contato através do e-mail texashighlightsbusinessguide@braziltexas. org

Notícias Polícia investiga mortes durante operação no Complexo da Maré De acordo com a Polícia Civil, a delegacia busca testemunhas e imagens que possam ajudar a esclarecer as circunstâncias das mortes. A Delegacia de Homicídios, no Rio de Janeiro, instaurou inquérito policial para apurar as circunstâncias de duas mortes ocorridas durante operação no Complexo da Maré, na zona norte do Rio, nesta sexta-feira (6). Um dos mortos foi Pedro Sousa, baleado dentro de casa. A outra vítima foi o jovem Lucas Rodrigues Melo. De acordo com a Polícia Civil, a delegacia busca testemunhas e imagens que possam ajudar a esclarecer as circunstâncias das mortes. A PM não se pronunciou sobre as mortes. Por meio de nota, a corporação informou que o Comando de Operações Especiais entrou na comunidade para apoiar uma operação da Polícia Federal para fechar uma rádio clandestina e reprimir o tráfico de drogas e o roubo de cargas. O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse hoje (7), durante o desfile da Independência, que as mortes serão investigadas como todas as outras. “Nós não temos bandido de estimação. Quem quer que seja que possa ter causado a morte vai ser investigado e punido. Todas as pessoas que têm sofrido com a violência estão tendo atendimento do estado.” Ainda de acordo com a PM, três pessoas foram presas e duas armas foram apreendidas durante a operação no Complexo da Maré. Também foram encontrados 200 quilos de maconha e 500 munições de calibre .40. Vila Kennedy Na última terça-feira (3), outra pessoa foi morta durante operação policial na comunidade A Delegacia de Homicídios, no Rio de Janeiro, instaurou inquérito policial para apurar da Vila Kennedy, na zona oeste do Rio de Janeiro. O pedreiro José Baía trabalhava em as circunstâncias de duas mortes ocorridas durante operação no Complexo da Maré, na uma laje da comunidade quando foi baleado. A Polícia Civil informou que fará a reconstizona norte do Rio, nesta sexta-feira (6). Um dos mortos foi Pedro Sousa, baleado dentro tuição do crime. de casa. A outra vítima foi o jovem Lucas Rodrigues Melo. Fonte - Agência Brasil


O feriado prolongado de Carnaval prevê que 2,5 milhões de veículos deixem a Grande São Paulo com destino ao interior e litoral paulistas, de acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp). O trânsito deve se intensificar a partir das 11h de hoje (1º). Pg. 6

Janeiro registra criação de 34,3 mil empregos formais

A criação de empregos com carteira assinada iniciou o ano com o segundo melhor nível para o mês em seis anos. Segundo dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria de Trabalho do Ministério da Economia, 34.313 postos formais de trabalho foram criados no último mês. Pg. 6

Fernanda Noronha

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Houston Texas

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O Diário Oficial resolução do Co (CMN) que pror para produtores Minas Gerais.D os produtores r miliares de reg mento da barra em Brumadinho de Belo Horizon pagar parcelas


Dirigir até o trabalho aumenta os risco de ataque cardíaco, segundo estudos

Patrik Wennberg da Universidade Umeå na Suécia resolveu escrever uma dissertação e nesta concluiu que pessoas que dirigem até o local de trabalho são mais vulneráveis a um ataque cardíaco do que as que usariam outros meios como caminhadas, bicicleta ou até mesmo o ônibus. O ataque cardíaco está ligado a quantidade de exercício físico, resumindo, quanto maior a quantidade e qualidade desses exercícios menores são as chances de sofrer a um ataque. Os níveis de sangue dos marcadores para suscetibilidade de coágulos e inflamação são associados com o risco de ataque de coração. Adicionando-se oito desses marcadores aumenta a habilidade de prever quem será afetado. Atividades recreativas e até mesmo trabalhos que exigem atividade física também podem contribuir. Fumar, idade avançada, pressão alta, diabetes e peso alto, além do sedentarismo, podem contribuir com doenças cardiovasculares. Por isso, exercite-se!

Porque Tubarão-Martelo tem esse nome?

CURIOSIDADES Por que tossimos sem estarmos doente?

tosse é uma forma que nosso organismo encontra para eliminar substâncias estranhas das vias respiratórias e/ou do pulmão. Ao contrário do que acontece quando estamos resfriadas ou gripadas que é comum a tosse se manifestar como uma forma de proteção. O ato de tossir é um reflexo por estimulação da faringe, laringe, a traqueia e os brônquios. A origem da tosse como reação à um resfriado está na estrutura celular. Estes canais são como sensores de tosse no nosso organismo que funcionam sob uma lógica de ação e reação. Assim, alguns tipos de alterações ambientais tais como ar poluído, mudanças de temperatura, fumaça, inalação de substâncias tóxicas são reconhecidos por estes canais que ativam o mecanismo de tosse. E quando tomamos xarope, o medicamento inibe os receptores que geram a tosse acalmando essa reação do organismo. A tosse nem sempre é uma reação ruim, algumas vezes, ser um mecanismo de defesa contra qualquer problema que afete as vias respiratórias. Quando engasgamos, a tosse evita o líquido ingerido que deveria ir para o esôfago, seja desviado para o aparelho respiratório.

Curiosidades Sobre a Floresta

A vazão do Amazonas corresponde a 20% da vazão conjunta de todos os rios da terra. Recentemente foi realizado um novo estudo para se entender o formatado da cabeça do tubarão-martelo e porquê ele tem este nome.

. O maior peixe de água doce do mundo é encontrado no Amazonas. Trata-se do pirarucu, que atinge até 2,5 metros de comprimento, pesando 250 quilos.

Tem este nome pois ser muito parecido com o martelo, ou seja, pelas projeções existentes em ambos os lados da cabeça, onde se localizam os olhos e as narinas.

. Aproximadamente 15% da floresta amazônica original já foi destruída e o Governo estima que esse percentual chegue a 25% até 2020. . O Parque Nacionaldo Jaú, criado em 1986, é o terceiro maior parque de floresta tropical do mundo, com área total superior à do estado de Sergipe (22.720 km2).

Sugerem então que o tubarão-martelo tem evoluído com a sua estranha cabeça para aumentar a sua visão, além de melhorar a sua habilidade como caçador. Anteriormente, mais exato em 1942 o pesquisador Gordon Walls, concluiu que a forma da cabeça e a posição dos olhos do tubarão fazia com que ele não tivesse uma visão binocular, mas outros pesquisadores afirmavam o exato oposto, dizendo que o animal teria uma visão extraordinária. Para tirar essa dúvida, os pesquisadores da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, estabeleceram que os tubarões com as cabeças mais largas têm uma melhor visão binocular, melhor para localizar presas que se movem rapidamente, assim como também têm uma visão de 360 graus, que permite que eles enxerguem presas acima e abaixo deles.

Fonte: New Scientist

VIDA BRASIL 832 206 8419 vidabrasil@hotmai.com

Por que os mineiros falam “uai”?

. Os métodos tradicionais de extração de madeira causam grande desperdício de árvores com valor comercial para cada árvore extraída. O manejo florestal reduz a perda em quase 50%. . A regeneração da floresta é mais rápida nas áreas manejadas; há evidências de que o manejo reduz pela metade o tempo necessário para uma segunda extração em florestas já exploradas. . A vitória-régia (victoria amazonica) é um dos símbolos da Amazônia. Algumas chegam a medir 2 metros de diâmetro. . O maior animal da Amazônia é o peixe-boi, que pode atingir o peso de meia tonelada, com 3 metros de comprimento. . A sucuri da Amazônia chega a medir 10 metros de comprimento. . Em comparação com os demais biomas brasileiros, a Amazônia é o que detém o maior número de áreas de proteção integral (26) e também o maior percentual de florestas oficialmente protegidas (3,2% da área total do bioma). No entanto, apenas 0,38% da área dos parques e reservas hoje existentes na Amazônia está minimamente protegida de fato, pois não foram implementados ou encontram-se muito próximos a cidades. Vida Brasil Abril 2013 Pagina 6

Os nascidos no Estado de Minas Gerais são famosos por utilizarem a expressão “uai” no final das frases. Em especial os habitantes do interior do Estado utilizam-se dela com maior frequência. Mas, de onde será que surgiu isso? Depois de muitas pesquisas feitas pela professora Dorália Galesso a pedido do então presidente Juscelino Kubitschek, finalmente foi encontrada a explicação. Na época da Inconfidência Mineira, seus partidários, embora considerados patriotas, não eram bem vistos pela Coroa Portuguesa. Para que não tivessem problemas, criaram códigos para se comunicar e não serem pegos pela polícia lusitana. Esses códigos serviam para receber os companheiros nos porões onde se reuniam e como eram quase todos integrantes da Maçonaria, davam três batidas na porta e respondiam a uma senha que os permitiam entrar: UAI (que eram as iniciais de União, Amor e Independência). Mesmo finalizada a revolta, a senha permaneceu espalhando-se entre os hábitos dos locais, sendo até hoje utilizada no vocabulário cotidiano mineiro.

Água Na Lua Existe água gelada em grandes quantidades no pólo sul da Lua, confirma aNASA. A agência espacial norte-americana analisou os últimos dados da missão que levou o satélite LCROSS a despenhar-se a grande velocidade na grande cratera Cabeus, no dia 9 de Outubro. Esta depressão localizada no pólo sul da Lua está permanentemente na sombra, numa região onde a temperatura nunca sobe acima dos 170 graus negativos. O violento impacto do LCROSSna Cabeus provocou um jato de vapor de 1,6 km de altura equivalente a mais de cem litros de água. Antes de deixarem de funcionar, os sensores da nave (espectrometros de infravermelhos e ultravioletas) detectaram vapor de água e gelo. “Não encontramos apenas um pouco de água mas umaquantidade significativa”, afirmou Anthony Colaprete, cientistachefe desta missão. Em todo o caso, Colaprete ressalvou que“a concentração e distribuição da água no solo lunar requer mais análises e a plena compreensão dos dados da LCROSSvai levar algum tempo”. A nave Lunar Reconnaissance Orbiter, que acompanhou esta missão,vai aliás continuar em órbita à volta da Lua a fotografar e enviar dados sobre o impacto na cratera Cabeus. A primeira evidência de água gelada na Lua veio da missão norte-americana da nave Clementine,em 1994, que calculou que a área do nosso único satélite natural sempre à sombra no pólo sul devia atingir os 14 mil km2. Com os novosdados da nave Lunar Prospector, lançada em 1998, os cientistas da NASAestimaram que a quantidade de gelo no solo lunar se poderia situar entre um e três quilometros cúbicos, com uma concentração de 900 gramas por tonelada de solo. Missões posteriores dos EUA, Europa, Japão e China analisaram também a presença de água na Lua. Mas foram os dados da nave indiana Chandrayaan-1 e da sua Moon Impact Probe, lançada sobre a cratera Shackleton no pólo sul da Lua em 14 de Novembro de 2008, que trouxeram mais novidades. Com efeito, esses dados foram analisados pela NASA, que confirmou a 25 de Setembro de 2009 a existência de água em vastas áreas da superfície da Lua, embora em concentrações reduzidas. A confirmação da presença de água na Lua em quantidades apreciáveis é fundamental para tornar viável, no futuro, a existência de uma ou mais bases permanentes no único satélite natural da Terra. A água poderia ser usada para consumo humano e para o fabrico de combustível.


www.CosmeticSmiles.com Dra. Leticia Freire Perezous recebeu seu diploma de Cirurgiã-Dentista em 1992, pela Faculdade de Odontologia da PUC-RS, em Porto Alegre/RS, Brasil. Logo depois, ela realizou um curso de Extensão, na especialidade de Endodontia, na Faculdade de Odontologia da ULBRA – Universidade Luterana do Brasil, em Canoas/ RS, Brasil. Devido à sua determinação de aprimorar ainda mais seus conhecimentos dentro da Odontologia, realizou o curso de Especialização em Prótese, concomitante ao Mestrado em Ciência pela Faculdade de Odontologia da Universidade do Texas, em Houston, EUA, certificando-se a atuar plenamente dentro desta especialidade. Foi convidada a atuar como Professora Assistente Clínica, no Departamento de Prótese da Faculdade de Odontologia da Universidade do Texas, o que foi concretizado com sucesso. Dra. Perezous recebeu diversas honrarias e prêmios por seu excelente ensino clínico e trabalhos de pesquisa. Escreveu uma série de artigos, que foram publicados em periódicos americanos de odontologia. Em Outubro de 2004, foi selecionada pelo Colégio Americano de Prótese Dentária, como vencedora do John J. Sharry Research Award, o prêmio de pesquisa de prótese de maior prestígio no país. Também é membro ativo do Colégio Americano de Prótese Dentária, da Associação Americana de Educação Dental, da Associação Americana de Pesquisa Dental, da Associação Americana de Odontologia, da Associação de Odontologia do Texas e da Sociedade de Odontologia da Grande Houston. Dra. Perezous tem praticado odontologia de qualidade excepcional por mais de 20 anos. Atualmente, ela trabalha no seu consultório particular, chamado Cosmetic Smiles e tem um compromisso como Professora Adjunta no Departamento de Prótese e Dentística Restauradora da Faculdade de Odontologia, em Houston, na Universidade do Texas. Dra. Perezous e a equipe de competentes profissionais, que atuam na Cosmetic Smiles, tem o objetivo de fornecer assistência odontológica de alta qualidade com a mais moderna tecnologia disponível atualmente. Dentro da Cosmetic Smiles cada pessoa encontrará o tratamento odontológico adequado ao seu caso, realizado de forma cortês e atenciosa para todos os membros de sua família. É notório o comprometimento de todos os seus profissionais com a excelência, porque existe uma grande preocupação com cada paciente, a parte mais importante dentro deste processo.

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Em New York O Canal Globo Internacional Apresentou a programação de 2013 Na noite de ontem, dia 03, o canal internacional da Globo promoveu o evento ‘Vem Aí’, em Nova York, nos Estados Unidos. A festa de celebração da programação do canal aconteceu no The Paley Center for Media e contou com a presença do ator Thiago Fragoso, Raphael Corrêa Netto, diretor executivo de negócios internacionais do canal, e do apresentador do ‘Planeta Brasil’, João Mesquita. Correspondentes da Rede Globo, a imprensa comunitária e parceiros do mercado publicitário foram recebidos pelos mestres de cerimônia do evento, os jornalistas Pedro Andrade e Sandra Coutinho. No palco, Pedro e Sandra deram início à noite de celebrações. “A programação de 2013 vem aí e vem com tudo!”, antecipou o apresentador do Manhattan Connection. Logo após as boas vindas, a correspondente da Globo News chamou Raphael ao palco. “No Brasil, a campanha ‘Vem Aí’ ganhou as ruas e o coração de todo brasileiro. E, aqui fora, os eventos de lançamento acontecem pela primeira vez em Nova York, Lisboa e Luanda”, disse Raphael que também aproveitou para parabenizar o ‘Globo Notícia Américas’, noticiário semanal do canal comandado por Mila Burns, que em 2013 completa dois anos e o aniversário de dez anos do ‘Planeta Brasil’, além dos 20 anos do ‘Manhattan Connection’, o programa mais antigo da TV por assinatura no Brasil. Em seguida, o evento ganhou emoção com as palavras de Thiago Fragoso, que antecipou sua participação na próxima novela ‘Amor à Vida’, de Walcyr Carrasco. “Desde 1996, tenho tido o privilégio de dar vida a diferentes personagens de grandes produções da Globo. E este ano, trabalharei em uma das novidades da dramaturgia do canal”, disse o ator que viajou para Nova York especialmente para participar da festa. No telão, imagens dos melhores momentos da festa promovida pela Rede Globo em São Paulo, no último dia 27, foram apresentadas ao público presente. Eles tiveram oportunidade de conhecer os novos programas e novelas, quadros inéditos, temporadas renovadas e a transmissões de grandes eventos. A apresentação do programa, dirigido por Boninho, terminou com imagens do elenco reunido no palco ao som da música da campanha ‘Vem Aí’. Ao final, João Mesquita, que este ano inicia a sua segunda temporada à frente do ‘Planeta Brasil’, adiantou algumas novidades da atração. “Para celebrar os dez anos do programa, vamos revisitar alguns dos lugares que foram percorridos pelo ‘Planeta Brasil’ e conversar com pessoas que marcaram o programa com suas histórias de vida longe do Brasil”, adiantou. Em seguida, João convidou ao palco Adriana Bahia, responsável pela área comercial do canal internacional, e os representantes comerciais Joaquim e Yara Cavaignac, que anunciaram oportunidades comerciais aos convidados. O programa ‘Vem Aí’ será transmitido pelo canal internacional sábado, 06 de abril, nas Américas e Japão e no sábado seguinte, 13 de abril, na Europa e África.

Sandra Coutinho e Pedro Andrade

Adriana Bahia

Caio Blinder, Angelica Vieira e Pedro Andrade.

Paulo de Souza ( Jornal Nossa Gente, )Sergio Lima ( Brazilian Texas Magazine ) Rodrigo ( PFC)

Mariana Vaz e Thiago Fragoso

Joao Mesquita.

Sandra Coutinho, Alan Severiano, Elaine Bast, Julio Mosquera.


Dr. Alexandre Almeida Um Dentista negro, exemplo espetacular para todos

Dr. Alexandre Almeida é Cirurgião-Dentista em Passos, MG – Brasil – Possui graduação em odontologia pela UEMG-Lavras, 1998 – Atua como clínico geral. Faz parte do iDent, desde Novembro de 2013. A minha história não se difere muito da essência das histórias da maioria das pessoas negras , em um contexto de dificuldades que naquele momento, na minha primeira infância, mais que agora, me conduzia a um dado lugar no mundo normalmente destinado às vidas negras com condições extremamente limitadas que talvez se simbolizem da melhor forma nas condições de trabalho dadas às nossas famílias.

Sou Alexandre de Almeida, filho do senhor Antônio Benedito de Almeida, conhecido como Tonicão, e da Sueli Almeida. Neste primeiro momento, estes dois se tornam para mim os meus primeiros sinais e exemplos de para aonde eu tocaria minha caminhada depois. Costumo frisar sempre como os meus genitores tiveram papel decisivo na minha formação intelectual, mesmo sem que eles tivessem tido ao longo de suas vidas a oportunidade de acesso integral à educação formal . Destaco isso por ter tido neles, na minha família, suporte e equilíbrio necessários para vislumbrar outras possibilidades para a vida, ou para mudar o destino tradicionalmente reservado a pessoas do nosso grupo social. Minha mãe Sueli era cozinheira, trabalhava em uma creche que atendia, como é até hoje, crianças de famílias de baixa renda, de um mesmo recorte social que o nosso. Das muitas coisas transmitidas por ela, estava a firmeza para buscar justiça diante de controvérsias e coragem para encarar os desajustes que se apresentaria a cada momento, como parte do processo natural de todos.

Já meu pai, Tonicão, externava em tudo a inconformidade com os problemas que nos afligiam e ao mesmo tempo apresentava uma exemplar inteligência, maturidade para lidar com o que nos deparávamos em cada dia. Astuto e perspicaz para transformar a própria realidade ainda quando empoderamento não era pauta comum. Foi assim, por exemplo, quando ao perceber que meu avô estava sendo explorado por ser patrões, se articulou com os irmãos para então perceberem que o rompimento daquele círculo de servidão era critério fundamental para que ele, seus irmãos, assim como para mim e meus irmãos a posteriores, enxergássemos outras possibilidades para além do sub-emprego, daquela situação que era um filme de cenas repetidas de tristes capítulos da nossa história de perseguição, exploração e morte de negros e pobres. Um fato real e comum para aquele momento era que os trabalhadores trocassem seu trabalho, o esforço de dias sob sol e chuva, por alimentos somente, sem a devida e justa remuneração, uma escravidão moderna, velada. Aos 22 anos, meu pai trabalhando como cortador de cana-de açúcar em uma usina que até hoje é a principal empresa de Passos, no sul de Minas, de onde sou natural, inquieto por buscar um novo momento, não titubeou em buscar formas para aumentar o ganho, melhorar a renda. Começou então a vender pães com manteiga no canavial onde já labutava todos os dias. Foi do corte de cana e da venda dos pães para seus companheiros “boias frias” da lavoura que foi possível ele adquirir uma casa própria , inclusive no único lugar do Bairro São Francisco onde havia asfalto na rua. Atitudes como essa do meu pai não se deram de forma isolada e talvez por este comportamento, de buscar o novo, o melhor, o conhecimento estar tão presente, absorvi isso para ser uma condição também para minha vida e as escolhas que eu pudesse fazer. Na infância, tive dois momentos em que acompanhando meu pai fomos morar na colônia de casas que existia na usina de açúcar em que ele trabalhava. Era comum que trabalhadores da usina morassem naquela vila ao redor do engenho, ficava também às margens do Rio Grande. Meu pai se tornou mecânico industrial, aprendeu pela observação, pelo talento para aprender que lhe era peculiar. O primeiro momento como moradores da vila na usina se deu quando eu tinha cerca de 5 anos, depois aos 11 uma segunda mudança para lá.Confesso

que da segunda vez eu não me via muito satisfeito, já que na cidade eu já estava querendo buscar trabalho, meu dinheiro, um rumo próprio.

Na colônia, na zona rural, eu me depararia novamente com situações como por enfrentar mais de uma hora e meia de ônibus para chegar à escola. Há uma percepção que sempre tive em relação ao meu pai, a de que ele estava constantemente preocupado com as possíveis e bem prováveis dificuldades que eu iria enfrentar ao longo da vida. O que era totalmente compreensível. Havia nele um receio sobre o nosso futuro, mas ao mesmo tempo nunca se ausentou ou nos transmitiu algo menos que coragem, cabeça erguida. Um pouco antes, por volta dos meus 8 anos, além da escola, fui para a rua, de porta em porta, ser engraxate. Comecei inclusive engraxando sapatos no bairro de classe média onde hoje eu resido. Não apenas, fui também nessa época a ajudante de reformas de sofás, ajudante em uma fábrica de ladrilhos, vendi algodão doce. Uma lembrança muito presente é de quando meu pai se sentava à mesa conosco para nos ensinar cálculos e noções que nos ajudavam nas nossas pequenas finanças. Eu guardava aquilo que eu ganhava por alimentar o sonho de ter uma Mobilete. Mas tinha um porém, já era quase que natural de que parte do pouco que ganhava deveria ajudar também nas despesas da casa, da nossa família, isso na adolescência. Na época da morada na usina, na segunda vez, a gente vendia bananas, pegava um carrinho de mão e ia rodar. Nossa mãe preparava um pudim feito com amido de milho, gelatina e refresco em pó, a gente vendia também. Aos domingos íamos para o campo de futebol, lá vendíamos pão com carne que meu pai preparava, na verdade era pão com um cheiro de carne, pouca, era o possível. Nessa história toda de criatividade para fazer o nosso sustento algo importante era o senso de justiça de meus pais, especialmente para nos dar o que era fruto da nossa dedicação no trabalho. No ambiente em que vivíamos , na comunidade usina, este espirito era muito presente, bem como a partilha, a coletividade. No retorno à cidade, fomos morar na nossa casa comprada lá atrás pelo meu pai, a mesma da venda de pães no canavial, mas na real na casa dos fundos, já que a casa principal, que ocupava a frente do terreno nós alugamos. Atrás, nossa morada se fazia por algumas características bem simbólicas, uma casa feita de blocos de cimento, as trancas das portas eram pedaços de madeira, banheiro não tinha, a privada era no quintal, telhas de amianto e banho de bacia.


Em um dado momento da caminhada, minha mãe foi acometida por um quadro de depressão, se internou para o tratamento da doença e por isso fomos morar com minha avó paterna, em Ribeirão Preto, SP. Mais um momento especial, a situação inicialmente dramática pela condição de minha mãe, se tornou um marco para a minha relação com minha avó. Descobrimos uma afetividade e parceria até então inéditos nas nossas vivências. Ela era analfabeta, coisa que descobri recentemente, mas como principal atitude ao me acolher em sua casa, arrumou um amigo que me auxiliara no aprendizado, na educação. Em um novo retorno para Passos, passamos por mais um tempo difícil agravado pela demissão do meu pai. Eu estava no ensino fundamental. Com cerca de 14 anos, comecei a compreender que eu estava prestes a viver uma nova guinada que novamente se colocava no meu caminho pelas vias do conhecimento. Não poderia ser diferente, em uma visita à biblioteca ao ver uma senhora lendo “Navio Negreiro” de Castro Alves tomei gosto pela obra que me proporcionou outras dimensões sobre quem eu era de fato. Posso dizer que este foi o meu despertar mais significativo para a realidade, para compreender meu papel e espaço na sociedade. Não só isso, e tão importante quanto, tomei gosto pela leitura, antes minha familiaridade com os livros se limitava à “Coleção Vaga Lume”. Este despertar para o meu papel enquanto jovem negro me direcionou para outros espaços até então estranhos para a minha realidade. Neste momento, também tive o privilégio de conhecer e me tornar amigo de Dércio Andrade, uma grande liderança negra da história do município, reconhecido por suas lutas populares e pela liderança na organização do povo trabalhador. Era 1987. Por convicção escolhi inclusive me abdicar da juventude que a maioria de outros da minha idade estavam vivendo. Me descobrir e me aceitar enquanto negro me fez estabelecer a defesa dos direitos sociais como prioridade, passei a compreender que não haveria outro possível para a liberdade de fato, bem como para os meus iguais. Muita coisa mudou, desde minhas compreensões até mesmo as pessoas que normalmente conviviam comigo. Passei a ter amigos mais velhos que eu e ampliar a minha voz que naquela hora já contava com um certo acúmulo de vivências a partir da ótica da negritude consciente e de tudo que minha família viveu e testemunhou da história. Neste período, passei a também a trabalhar em uma marcenaria, serviço pesado, doenças respiratórias agravadas pelo pó de madeira, nada estranho para o correr da vida. Também uma nova escola, desta vez no meu bairro de origem. Nós , aqueles e aquelas que acreditavam na possibilidade de transformação social, intensificamos nossas intervenções e passamos a ocupar espaços públicos para transmitir o que tínhamos como mensagem. mais do que nunca isso se concretizava como uma tarefa e missão. No meu trabalho seguinte, em uma gráfica, assim como na ocupação anterior, tive a parceria e ajuda de muitas pessoas que contribuíram, por exemplo no caso da gráfica, para que eu aprofundasse meus conhecimentos, fosse me incentivando o hábito de ler ou até mesmo para ter noções básicas de educação e civilidade que ainda não haviam me alcançado. Sorte só acontece com trabalho, mas acredito que eu nasci predestinado a esse caminho e as muitas pessoas que fizeram parte disso não estiveram comigo por acaso. Repito por ser importante, talvez meu destino poderia ser a margem da sociedade, assim diziam aos nossos.

Em uma noite de muita chuva, cheguei todo molhado na faculdade e era o único por ali. Ao me encontrar com

Especialmente durante meu trabalho na gráfica fui intensamente motivado por meus companheiros. Além do

apreço pela leitura que já vinha sendo construído, tomei gosto por escrever poemas, me informar e por música, esta última outra ferramenta poderosa de transformação e formação cultural. Neste mesmo espaço de trabalho, fui convidado por um professor para participar de um processo seletivo e concorrer a uma vaga em um colégio de disciplina militar, isso por volta dos 15 anos. Não sei de onde, mas me veio o desejo de estudar processamento de dados, para isso deixei o super concorrido colégio militar para diariamente fazer um trajeto de bicicleta e ônibus para chegar a Itaú de Minas, cidade vizinha a minha, onde havia uma escola que oferecia o curso. Vários perrengues, um deles um tanto inusitado, um dia em que cheguei atrasado para a aula pulei o muro para entrar no prédio e fui surpreendido pela vice diretora que foi até a sala para que eu me retirasse, por ter infringido as regras. De imediato, a vice diretora foi contestada pelo professor que ministrava a aula, o docente argumentou que eu deveria permanecer lá, já que eu era, segundo ele, quem mais evoluía bem em sua disciplina. Me arrependi das últimas mudanças, retornei a Passos para então estudar no colégio estadual mais antídoto da cidade. Ao chegar na instituição, uma das primeiras coisas que me intrigaram foi a ausência do tema vestibular entre os alunos e professores, lá foi este o meu primeiro questionamento sobre o por que de este sonho, da universidade, não estar sendo alimentado entre os estudantes pobres da rede pública como era comum em colégios particulares e no militar por onde passei. Nesta mesma faixa etária, comecei a dar aulas particulares de física, química e matemática. Trabalhava e no intervalo estudava. Já fazia tempo que estava bem nítido no meu horizonte os possíveis resultados para aquela trajetória. Chegou a idade do serviço militar, fui prestar e a experiência foi mais uma para marcar positivamente o período, eternizado em letras de um poema escrito por mim e até hoje muito presente na memória, um trecho diz assim: “feliz o bom filho que podes contente ao beijo inocente a pobre mãe abraçar”, eu falava então sobre a importância das coisas da vida, das lutas e do afeto necessário para estar de pé, sempre. Esse foi um período intenso, me saltaram aos olhos muitos sonhos e o desejo de lutar, mais uma vez parecia ter chegado a hora de fazer escolhas, de buscar novos resultados. Após algumas poucas aventuras, pela primeira vez eu estava namorando sério, com a Lucelena, hoje minha esposa. Na cabeça várias dúvidas, sem muito saber concretamente o que viria. Neste mesmo tempo comecei a estudar matemática na Fundação de Ensino Superior de Passos, isso me remete também a um episódio que foi um impulso para uma nova fase fundamental.

um professor do curso, que eu já havia tido o prazer de conhece-lo no colégio, me questionou sobre o que eu fazia ali naquela situação, junto à pergunta ele me fez uma verdadeira exortação sobre minhas buscas e possibilidade, me disse sobre como eu podia mais, muito mais. Nesse momento, além da faculdade, eu era funcionário de um frigorífico de frangos. Outra vez mudei tudo e parti rumo a Ribeirão Preto, SP. Fiz um concurso de vagas em um renomado cursinho pré-vestibular e consegui entrar. Quando tudo parecia caminhar para calmaria, eu com 18 anos, recém mudado para outra cidade, recebo a notícia de que minha namorada, com 19, estava grávida do meu primeiro filho, Alexandre Junior. Ela e eu conversamos e combinamos de que eu assumiria os cuidados do bebê, mas não casaríamos.Aí meu pai me chamou para uma conversa e fazendo jus ao seu carácter de sempre me falou sobre minhas responsabilidades reais, que não era apenas cuidar do meu filho, mas que ali estava nascendo uma família. Voltei para Passos e já na busca por trabalho, ao ir fazer uma doação de sangue na Santa Casa de Misericórdia, vi anunciada uma vaga para técnico de nutrição, me candidatei ao posto. O detalhe disso é que eu não era técnico de nutrição, meu conhecimento do tema era limitado ao que aprendi em uns livros que um primo havia ganhado e compartilha o uso comigo. Sabia o básico mesmo, fui chamado e aproveitei da experiência adquirida no frigorífico, como almoxarife, para organizar o setor em que eu atuava no hospital. Comecei a transitar em várias alas de serviço por lá, portaria, cozinha e maqueiro, por exemplo. Na sequência, trabalhei como garçom em um dos setores do hospital e neste momento comecei a observar que algumas reivindicações eram muito presentes e comuns entre os trabalhadores. Havia a necessidade de um refeitório, plano de saúde, entre outras pautas. Isso me chamou a atenção para a contribuição que eu poderia dar visto que eu chagava àquele momento com um histórico de participação em causas coletivas e sociais.Em um dia específico, em meio ao dia a dia do hospital, fui questionado por oferecer comida a uma família que pedia o que comer. Na ocasião, eu estava como porteiro , fui até a cozinha e peguei marmitas que lá estavam, limpas, bem armazenadas, mas que seriam descartadas já que a reutilização era proibida no ambiente. Talvez naquele momento o corpo hospitalar tenha me percebido de outra maneira, até mesmo como uma liderança para iniciativas naquele espaço, bem como no que dizia respeito à organização dos trabalhadores e no questionamento sobre como uma instituição de “misericórdia” se baseava apenas no serviço pago pelos planos ou pelo estado sem humanidade nas relações entre a instituição e as pessoas que buscam socorro. A partir de fatos como este, da nossa organização, estabelecemos importantes parcerias com sindicatos, confederações, e avançamos nas conquistas, como o horário de amamentação para as mulheres com filhos recém-nascidos. Além do trabalho, da rotina de militância, eu saia do hospital após o expediente e ia para a biblioteca municipal, estudar, estudar.


Foi por aqui, nesse tempo, que eu me casei, no civil, igreja, com festa. Fomos morar na casa dos fundos dos meus pais. Foi aqui também que prestei vestibular para a UNIFENAS, em Alfenas, MG. Fiquei três meses por lá, minha morada consegui um dia pegando carona, moraria então na casa da mãe do meu parceiro de carona , onde nos conhecemos no trevo da cidade de Alterosa/ MG juntos pedindo carona com destino a Passos. Depois disso, ou durante esse período, consegui ajuda de um grupo de amigos do dentista que cuidava dos dentes do meu pai, eram R$50 de cada um dos quatro, já fazia toda a diferença. Contra a vontade da maioria das pessoas próximas, decide buscar novamente, fui para Belo Horizonte tentar vaga em mais um cursinho. Consegui passar e uma bolsa de 85% que viu 100% depois da minha insistência. O almoço de todos os dias na capital era no restaurante popular, naquela época custava R$1, e ainda com a triste escolha de comer ou no almoço ou no jantar. Em troca da estadia na casa de uma tia em Campinas, ganhei de amigos uma contribuição para que eu pudesse prestar vestibular para odontologia em Lavras, MG. Nos três dias de provas, dormi escondido na hospedagem de amigos, eles entraram com minha mala como se fosse deles e depois eu entrava como visita e dormia por lá. Para a volta para minha cidade consegui carona. Sem muita esperança de passar no vestibular, fui para Sertãozinho, SP, onde meu pai se encontrava, para procurar emprego. Passei em um processo seletivo das Lojas Americanas, mas juntamente com esta notícia eu soube que eu havia sim passado no vestibular de odontologia na UEMG, em Lavras. Passei mas ainda faltava ânimo, a situação era de aperto. Incentivado pela minha avó, fui. Ao voltar da inscrição na universidade, tive a surpresa de saber que minha esposa estava grávida do nosso segundo filho, o Túlio. Nessa hora entendi porque ela não queria que eu fizesse a matrícula. Apesar de tudo, a coragem que nunca me faltou. A preocupação dos meus pais quando eu era criança era de que eu tivesse o sustento, o trabalho, a carteira assina, isso já estava bom. Mas eu poderia mais. Por que não um dentista negro? Por que não negros médicos, engenheiros, cientistas? Inicialmente, no começo da universidade, passei 15 dias “morando” na rodoviária e onde eu fosse, inclusive para a sala de aula, minha mala me acompanhava, ali estava tudo o que eu tinha comigo, não conhecia ninguém. A mala chamava a atenção das pessoas, o que fez com que um dia os proprietários de uma pensão me perguntassem porque eu a carregava sempre. Ouviram minha história e a partir daí comecei a prestar serviços de limpeza e organização na pensão em troca de pouso. Ainda não dava, fui então trabalhar em um bar nas noites e madrugas, cenário desgastante para quem precisa depois se manter firme para estudar durante o dia. Fui convidado por amigos para morar em um porão que estava desocupado e me abrigaria, por lá fiquei um tempo.

Em um grupo de mais de 400 alunos, eu era um dos únicos dois negros. Novamente a história me levava a compreender o meu lugar e o meu propósito enquanto homem negro com capacidade e preparo para intervir nos mais diversos espaços. Desde o primeiro ano, uma das minhas principais tarefas, além de conhecimento, era também adquirir equipamentos, essenciais para a profissão. Consegui o que era possível ser reutilizado, doação de colegas. Procurei a reitoria, falei sobre minhas condições e não me dei por satisfeito até que me providenciaram ajuda, um estojo de instrumentos. Antes não seria possível pra mim continuar, eles disseram. Comecei também a vender sanduicheiras, meias, camisetas personalizadas com os nomes de cursos da universidades, moletons, o que ajudava a melhorar meus rendimentos. As pessoas costumavam me questionar de onde vinha a força, a resistência, o carácter, e a única coisa que me vinha á cabeça eram minhas raízes. Meu histórico de militância, essa bagagem, me levaram a ser presidente do Diretório Central dos Estudantes da UEMG Lavras. Além de melhorias na estrutura para os estudantes, realizamos os primeiros jogos universitários. Quando já se aproximava do fim do curso, eu já tinha conseguido juntar equipamentos necessários para um consultório mínimo, tudo a partir das doações, dos objetos de segunda mão. Com o dinheiro dos bicos pude também comprar a metade de um terreno em Passos. Sentia já um sinal de mudanças na situação. Apesar de um início de estabilidade, o péssimo fato do falecimento do meu pai poucos meses antes da formatura. Mais tarde, no fim do ano, comprei alguns convites para a formatura, mas no dia da festa, o número de pessoas da minha família que foram para a celebração era maior do que eu tinha de convites. Eu não sabia o que fazer, meus amigos liberam o apartamento para que eu ficasse a vontade com minha família, mas o principal não tinha. Quando eu menos esperava, fui surpreendido por um amigo, proprietário de hotel, que comprou vários convites para a sua família, já que sua filha também se formava, mas ninguém compareceria ao evento.. Ganhei, 20 convites, a salvação da nossa noite, de um momento mais que especial para nós. Mas concluir o curso não bastava, até porque assim como nós negros já saímos atrás na corrida, a chegada também não igual para todos. A primeira oportunidade surge em Brasília, fui com a cara e a disposição. Fui chamado para ir até a clínica com a oportunidade anunciada, mas ao chegar, e quando o responsável me viu negro, disse que já tinha preenchido a vaga. Racismo. Agradeci, repudiei aquele comportamento e segui. Voltei para Passos, encontro um dentista que estava se desafazendo de seu consultório e me fez a proposta de assumir o espaço. Fui a Lavras buscar o que eu havia conseguido de equipamentos, consegui um sofá usado e comecei. O consultório começou a render, as coisas começaram a andar e comprei minha primeira casa, de Cohab, mas ainda com receio de nos mudarmos pra lá devido às várias responsabilidades que também viriam. Minha esposa já não aguentava mais morar nos fundos da mãe e um dia antes mesmo de eu chegar do trabalho ela já havia juntado as coisas e se mudado para a casa, mesmo sem a estrutura que a gente precisava. Comprei o primeiro carro, um Del Rey, montamos uma mini padaria, mercearia, rendeu.

O momento que eu achei que nunca chegaria acabou chegando, eu já entendia que a partir daquele momento eu conseguiria ampliar as conquistar e finalmente começar a viver uma nova vida em que eu pudesse ter e oferecer para minha família as coisas que nos foram negadas ou suprimidas durante a vida inteira. A casa que moramos hoje em dia, no bairro onde eu frequentava como engraxate, é um desses frutos. Mas é claro, nossa ascensão , nossas aquisições também custaram e custam a rejeição de uma sociedade que não suporta negros em todos os espaços, consumindo alimentação com qualidade, se vestindo bem e assim por diante, rejeição inclusive por parte de pessoas também negras Em Passos, me tornei presidente de uma creche que virou referência por passar de apenas um espaço onde crianças e rejeitos materiais eram deixados, para então se tornar um espaço humanizado e que oferecia dignidade para crianças expostas a situação de risco e vulnerabilidade social. Também após esse retorno, me consolidei como uma liderança. Junto com algumas outras pessoas, fundamos um curso pré-vestibular comunitário, um núcleo de estudos e um grupo de apoio mútuo, para a formação de jovens tendo a cidadania como principio. Meu principal desejo era que aqueles jovens, negros, pobres, periféricos, começassem a se formar em conteúdo e gradativamente ocupassem espaços de trabalho e crescimento. A caminhada, as vivências acumularam reconhecimento que me fizeram posteriormente, nas eleições municipais de 2004, o vereador mais votado do município de pessoas que em sua maioria tem histórias que se encontram com a minha pela identidade . No meu caso, me tornei uma exceção vitoriosa, nada por acaso. Fosse nos meus sonhos de criança, fosse na minha identificação enquanto negro, fosse nos exemplos tidos dentro de casa, talvez eu nunca imaginaria ser merecedor de um caminho assim, difícil, mas iluminado. homenagens as personalidades que trabalham ou militam na inclusão social, evento realizado pelo NEAB (núcleo de estudos afrobrasileiro) * Na fotografia se encontra o primeiro Marcio (integrante do projeto grupo SETAselecionando talentos afro’. oficial de justiça de Minas gerais) * Segundo – Alexandre de Almeida * Terceira – Raimunda representando sr. Dito Caetano da escola de Samba Malandro é o gato * Quarta – Dirce Andrade professora e enfermeira * Quinta – Lazara secretária executiva da usina açucareira do Grupo Itaiquara * Sexto – Télo ex jogador de futebol do clube Esportivo.Muito mais do que merecimento, essa história trata de resultados que só foram possíveis por em momento algum eu tirar os pés do chão e me desconectar do que sou, das raízes, e do motivo de ser. A gente é para o que nasce, não tenho dúvidas que, além de ser direito, protagonizar a história se tornou um compromisso irrecusável, pela minha vida, da minha família, dos meus, e dos que virão vendo na minha caminhada um exemplo de resistência em um mundo que deveria ser de todos.


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Amando Queiroga

Amando Queiroga Real Estate Agent-Realm Professionals Bio Amando Queiroga has been a very successful Realtor in Texas for 30 years! He specializes in relocation and expatriate services in the energy sector in the greater Houston area. His affiliation is with Ream Real Estate Professionals in Cinco Ranch La Centerra in the heart of Katy and other offices conveniently located in the Energy Corridor, Sugar Land, Galleria and the Northwest side of town near FM 249, His experience in the residential market extends to the foreclosures, short sales and new homes listings,leasing and resale market. His Commercial Real Estate experience is with the global energy industry with clients from all parts of the world handling commercial leases, subleases, buyouts and renegotiation of existing lease terms as well as purchase acquisitions. Amando is a Christian man; his faith in Jesus is everything to him! He is married and have four children. He is fluent in Portuguese, Spanish and English. Amando Queiroga, Residential and Commercial-Relocation Specialist Realm Realtors for the greater Houston, with offices in Tomball , Sugar Land, Energy Corridor, Galleria and Katy-Cinco Ranch -La Centerra 24044 Cinco Village Center, suite 150. Katy, TX 77494 Direct: 281-770-3596. email: amandotx@hotmail.com fax: 281-598-5381





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