Guia para doentes com deficiencia de AAT

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Existem três modalidades clássicas de treino muscular: –– –– ––

o treino dos membros superiores o treino dos membros inferiores o treino dos músculos inspiratórios

Treino dos membros superiores: é importante, já que as atividades físicas que exigem o movimentos dos braços sem pontos de apoio (pentear-se, barbear-se, tomar banho) acabam produzindo uma alteração no padrão respiratório e dispneia. Este treino pode realizar-se com ajuda de um cicloergómetro desenhado para ser utilizado com os braços, bem como através da elevação dos braços (treino sem suporte) com halteres de diferentes pesos. Treino dos membros inferiores: é a medida de reabilitação mais eficaz, a que mais aumenta a capacidade e a tolerância ao exercício, reduz a sensação de dispneia e melhora a qualidade de vida. Existem várias opções para se realizar um treino adequado das pernas. Na primeira, denominada de exercício de alta intensidade, o doente exercita-se com uma bicicleta ou tapete rolante, realizando um esforço progressivo cuja intensidade deve ser quase a máxima possível. Na segunda, denominada de exercício submáximo, o doente exercita-se também com uma bicicleta ou tapete rolante mantendo um ritmo estável e uma intensidade mais moderada. Por último, a introdução dos programas de reabilitação domicilária tornou possível um treino simples que consiste em fazer caminhada durante 30-45 minutos, treinando o doente para adotar a maior velocidade que lhe permitir a sua limitação fisiológica, sem sentir um mal-estar importante- e com controlo através de um pedómetro. Treino dos músculos inspiratórios: o objetivo deste treino é melhorar a força e a resistência dos músculos respiratórios. Este objetivo pode ser atingido de duas maneiras: 1. Respirando através de uma boquilha colocada na boca que cria uma resistência à inspiração; com isso se consegue melhorar tanto a força como a resistência dos músculos inspiratórios. 2. Realizando manobras de hiperventilação, isto é, respirando de forma rápida e profunda, o que permite aumentar a resistência. No entanto, esta prática tem caído em desuso porque é necessário prevenir os efeitos adversos da hiperventilação (vertigem, cãibras, etc.). Lembre-se de que para realizar um programa de treino, deverá ir várias vezes por semana ao ginásio do hospital para realizar um programa adequado às suas características (tipo de doença, gravidade da mesma, doen-

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