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Amigos e Meus Senhores, minhas Senhoras:
De Sal pouco conhecimento tenho para além do seu ajuste ao tempero. Dizem ter mão pitosa. O sal materializado ou imaterilizado, está permanentemente presente na vida de cada um. Alguém que ame sem sal qb, não ama: vive de tédio. Alguém que sonhe sem sal q.b,não sonha: vive na glória da desiluzão... Ai de quem não dê pela sua presença. sal da vida, sal da alma, sal dos olhos. Sem o sal QB não há objectividade no sentir, não há clareza do mundo externo.
De sal observo as doutas palavras desse príncipe da letras portuguesas: P. António Vieira. Há sal que não salga.... Ou porque o sal não salga; ou porque a terra não se deixa salgar; ou porque quem prega diz uma coisa mas faz outra. Haveria pois, mil e uma maneiras de abordar ao que vim...ora o que me foi pedido é bem mais simples. Do sal que salga mesmo... Mas lembrei-me então Certo (e quem sabe ter sido esse o motivo) ter em tempo publicado o trabalho «O Homem e o Sal» E aí ter dito (permitam-me ...citar o dito, que faz parte de cerca de setenta títulos publicados ) (.....) Há varias milhares de anos caíram as célebres janelas do Palácio do Céu....Ficaram intactas as vidraças, nos respectivos caixilhos, porque as janelas caíram sobre terreno macio. Hoje são as Salinas.... (A-N). O Homem aqui venceu... Dele disse Unamuno: são de facto como que exemplares de uma espécie, em outras partes já extinta. Seja qual for o motivo porque estou aqui a perorar, espero não Vos maçar.
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Entremos(pois) na curiosa história de «A Janela para o Sal»