MUSEU DO DOURO | NEWSLETTER OUT 2020

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MUSEU DO DOURO

NEWS. 4 /OUT.20

DOURO: UMA MEMÓRIA COLETIVA A PRESERVAR EDITORIAL

Na sua relação total e simbiótica com a Região Demarcada do Douro (RDD), o Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P. (IVDP) e a Fundação Museu do Douro (FMD) exercitam o que de mais importante se pode pedir a quem ama o Douro: que o conserve vivo, que lhe multiplique o valor, que lhe dê sentido sustentável e que o preserve indemne para as gerações vindouras. Guardiões de tradições e de memórias, abraçam ambos a modernidade dos meios, abertos ao progresso, inovação e desenvolvimento. O IVDP assegura a presidência do Conselho Consultivo da Fundação Museu do Douro desde a sua criação em 2006, numa permanência no cargo que não se estranha por ser natural, que se assemelha a um caminhar a par de alguém a quem se mostram caminhos, conhecidos por saber trilhá-los de há muito nos vales do Douro singulares. O Douro é um dos expoentes de Portugal enquanto paisagem do vinho, constituindo a sua dimensão cultural multifacetada um ativo de valor e significado incalculáveis. Importa acautelar, por conseguinte, todo o património relacionado com as culturas, materiais e imateriais, do vinho e da gastronomia autóctone dos seus territórios. Aí sobressai a atuação dos museus presentes na Região que bem têm sabido integrar a Cultura na oferta turística, complementando a dimensão enoturística instalada no território, agregando-a nas demais atividades e recursos turísticos disponíveis. Na construção da sua história, que é também história do Douro, o IVDP tem o Museu do Douro como lugar de eleição para guardar as suas memórias. Cumprindo o seu propósito perante a sociedade enquanto protetor das fontes históricas, o Museu do Douro tem vindo a assegurar, de forma exímia, a sua mostra ao público, dando a conhecer todo o largo património da Região do Douro que lhe está confiado. Principiou-se esta cooperação por confiar ao Museu do Douro os arquivos históricos do Instituto do Vinho do Porto (IVP) e da Comissão Interprofissional da Região Demarcada do Douro (CIRDD), de inegável valor histórico, cultural e de

memória. Seguiu-se uma mais recente etapa de transferência de inúmeros bens do IVDP para o Museu do Douro. Assim, desde há cerca de um ano, para aí estar convenientemente preservado, um espólio vastíssimo integrando alguns milhares de itens foi confiado ao Museu do Douro. Identifica-se, muito em especial, com memórias de imagem em vários suportes materiais, sobressaindo os trabalhos fotográficos com a assinatura da Casa Alvão, além de cartazes que ilustraram campanhas de publicidade ao Vinho do Porto, o acervo tipográfico de ilustração de muitas publicações do IVP editadas até à década de 80 do século passado, para além de recortes de imprensa nacional e internacional referentes a Vinho do Porto, o material arqueológico das escavações da Fonte do Milho, entre muitas outras peças. Trata-se de um esforço museológico incalculável, que poderá ocupar mais do que uma geração, pela minúcia que exige o trabalho de identificação, documentação, investigação, preservação e conservação de tantos artigos, muitos deles a exigirem intervenção rápida. Pela importância de que se reveste esta cooperação, será em breve assinado um protocolo entre ambas as instituições que traçará os procedimentos conjuntos na preservação da lembrança coletiva de tão valioso património. Tudo faremos para prosseguir o caminho que encetámos de colaboração estreita com o Museu do Douro. É um parceiro incontornável no nosso Douro, estrutura competente e fundamental para o estudo e para o conhecimento de todo o vasto património que lhe está confiado. É, assim, com muito gosto, que dou a conhecer o esforço conjunto que o IVDP e Museu do Douro desenvolvem na preservação destas memórias coletivas, que assim se tornam marcas vivas, disponíveis para fazer perdurar, no futuro, a vivência que constitui a nossa passagem pela Região Demarcada do Douro. Gilberto Igrejas Presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P.


FAZ FALTA SABER

RESIDENTES da Região Demarcada do Douro com entradas GRATUITAS AOS SÁBADOS!

Curso da História da Fotografia e Identificação de Processos Fotográficos, de José Pessoa 2.ª sessão > Presencialmente a 26 de outubro > Museu do Douro (inscrições encerradas)

_ Rui Pires na coleção Museu do Douro. Exposição de fotografia com cubos retro iluminados no exterior do Museu do Douro outubro 2020 > Vários locais da cidade de Peso da Régua


ATIVIDADES

EXPOSIÇÃO PERMANENTE DOURO: MATÉRIA E ESPÍRITO //

“Douro: Matéria e Espírito” foi concebida como uma síntese temporal e geográfica da Região Demarcada do Douro (RDD). Estruturada como a grande porta de entrada no Douro apresenta as singulares características da geomorfologia da região, determinantes fatores históricos e o engenho do Homem que fundaram os alicerces da especialização deste território na produção vinícola. É a combinação de fatores naturais e humanos que Douro: Matéria e Espírito expõe. Todos os dias das 10h00 às 18h00.

EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA

10 BIENAL INTERNACIONAL DE GRAVURA DO DOURO 2020 // [ DE 10 DE AGOSTO A 31 DE OUTUBRO ]

Alijó > Bragança > Celeiros > Chaves > Favaios > Foz Côa > Gaia > Régua > S. Martinho de Anta > Vila Real.

16 Exposições | 64 Países | 625 Artistas | 1300 Obras.

Homenagem a Silvestre Pestana.

Todos os dias das 10h00 às 18h00.

Percursos pela Arquitetura Popular no Douro de António Menéres Mêda // Centro Cultural

Rostos do Douro de Gracinda Marques Mirandela // Museu Municipal Armindo Teixeira Lopes

[ 28.10 ] Via Estreita de Carlos Cardoso Vila Nova de Famalicão, // Museu Ferroviário de Lousado

ATÉ 19 DE JAN.

Tabuaço, // Museu do Imaginário Duriense

ATÉ 22 DE NOV.

Via Estreita de Carlos Cardoso

ATÉ 31 DE JAN.

ATÉ 25 DE JAN.

ATÉ 19 DE OUT.

EXPOSIÇÕES ITINERANTES [ 16.10 ] Concurso Internacional de Fotografia 2018 Vila Real // Museu de Arqueologia e Numismática


SERVIÇO EDUCATIVO

AS RUAS...

ÁRVORES

Percorremos as ruas dos lugares e fazemo-lo por muitos motivos, e estes levam-nos a fazer o mesmo trajeto de diferentes maneiras.

Que árvores existem no lugar onde vive, onde passa, onde passeia, onde está de férias?

Correr => Passar Devagar => Observar Passear => Experimentar // Este mês andamos nas ruas das cidades ou nas ruas das aldeias à procura dos NOMES que estes lugares escondem... nas placas, nos recados, nos anúncios, nas portas....

DIZER ALTO... DOURO I

Um socalco dois solcalcos três socalcos uma videira duas videiras três videiras, quatro videiras um cacho dois cachos três cachos quatro cachos cinco cachos um bago dois bagos três bagos quatro bagos cinco bagos seis bagos uma adega duas adegas três adegas uma pipa duas pipas três pipas um homem dois homens três homens uma ânsia duas alegrias três desesperos quatro cansaços suores dores lágrimas uma esperança um sorriso um hino um ah! um rio Douro. Joaquim Ribeiro Aires, Canto transmontano. -Vila Real: Livros Rosmaninho, 1998. // As palavras escritas nestas paisagens podem agora ecoar na voz de quem nos lê. Dizer alto... um verso, uma lengalenga, um trava-língua, receitas, mezinhas, a música que ouvimos na rádio, o livro que se está a ler no momento, ou um de que goste muito... Se quiser partilhe connosco em áudio os seus dizeres. Ouça o nosso vídeo em anexo.

Carvalho . Freixo . Tília...

Habitualmente não reparamos nos lugares que ocupam os nossos dias, as árvores são um elemento constante nas nossas paisagens. Que árvore está junto de casa? Que árvores ladeiam as estradas, avenidas, rios, caminhos? Que árvores vivem nas praças e parques das cidades? Que árvores fazem sombra? // Pare! Dê tempo... Escolha uma árvore, repare nos seus pormenores, que dimensão tem, como é a sua forma e a sua textura, a que cheira? Registe em fotografia, em vídeo, em palavras, em desenho... Aproveite para ler, dormir, ‘piquenicar’, abraçar...

CAFÉ CENTRAL

Baixo Corgo | Cima Corgo | Douro Superior Todas as terras têm um (ou mais) Café Central. Este é um programa para estar presente em diferentes concelhos deste extenso território, com as pessoas que nele estão. De cada estadia nos cafés centrais são lançados registos dos acontecimentos em suporte áudio, visual e audiovisual. // Este mês de outubro a fotógrafa Paula Preto e a equipa de educação do Museu do Douro está em Peso da Régua e Santa Marta de Penaguião a desenvolver este programa de presença e escuta.


DESAFIO

COLEÇÃO DE ELEMENTOS DE PAISAGEM //

Continuamos a interrogar a vida deste território e das pessoas que vivem nele. Que relações existem entre as pessoas e a paisagem? Há muitos elementos que constroem uma paisagem... Quantas cores encontramos? Durante o outono procuramos elementos vermelhos que fazem parte da (s) paisagem (ns) por onde andamos. Procure os elementos vermelhos nos seus percursos do dia-a-dia ou em viagem. [ Partilhe connosco as suas fotografias. Enviar para: educativo@museudodouro.pt ]

NOVIDADE

LOJA MD

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Da parceria entre a ceramista Sílvia Neves e o Museu do Douro nasceu a coleção Mesa Duriense. Um conjunto de faianças inspiradas na coleção do Museu, que recria objetos comuns nas cozinhas de lavoura desta Região. Malgas para servir o caldo ou a jarra com que se trazia o vinho do pipo à mesa, são peças do passado que reentram no nosso quotidiano.


PRISMA DOS VISITANTES RESTAURANTE

COMPANHIA

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Com a chegada dos meses mais frios passamos da esplanada exterior para o wine bar, com serviço de pequeno almoço e lanche disponíveis. [ Aberto todos os dias das 10h00 às 23h00. ]

Museu do Douro Rua Marques de Pombal 5050-282 Peso da Régua Geral: (351) 254 310 190 Loja: (351) 254 310 193 Email: geral@museudodouro.pt


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