Crise e desenvolvimento

2015 Crise e Desenvolvimento MOTO PERPETUO: A BUSCA SEM FIM Será que é possível construir uma máquina que funcionaria eternamente? Os alunos Cesar Alvarez e Thomas Beting tentam realizar a façanha e descrevem seus resultados!

As máquinas de movimento perpétuo propostas por Leonardo da Vinci

A POLUIÇÃO DOS MANANCIAIS NA RMSP Como a ocupação urbana ao longo dos mananciais gera um impacto social, econômico e ambiental em relação a questão da água nos centros urbanos? Os alunos Thomas Peebles e Bernardo Capoferri apresentam suas reflexões sobre a discussão.

A ocupação da represa Billings E mais: O Projeto Manhattan e a bomba nuclear soviética.

Chernobyl e os ataques a Hiroshima e Nagazaki.

As diferentes matrizes energéticas no Brasil.

Discussões políticas sobre a questão da água.

Desmatamento e a poluição das águas.

Crise e Desenvolvimento

1

Crise e Desenvolvimento

Índice Projeto: Crise Nuclear do século XX. (Prof. Renan Milnitsky) Chernobyl: O lado negro da energia nuclear. ........................................................... 4

Thomas Mujica Peebles e Bernardo Cunha Capoferri Nagazaki, Japão .......................................................................................................... 6

Giulia Ré e Vyctória Shahini O Projeto Manhattan e os segredos de Oak Ridge................................................... 8

Milagros e Leonardo Os vários tipos de energia ....................................................................................... 10

Annamaria Reis e Manuela Lima A Primeira Bomba Nuclear Soviética ...................................................................... 12

Lucca Tosto e Vinicius Marques Importância da bomba atômica ............................................................................... 14

Lucas Pedroso e Alex Moussali Projeto Manhattan .................................................................................................... 16

Ricardo Reis e Rodrigo Kuano Moto Perpetuo, a Busca Sem Fim: .......................................................................... 18

Cesar Alvarez e Thomas Beting Um destruidor chamado Little boy .......................................................................... 21

Isabella M. Salerno e Stella L. Nielsen Não existe moto perpetuo ........................................................................................ 23

Maria Victoria, Gabriela e Yoon Seo

2

Crise e Desenvolvimento

Projeto: A questão da água no Brasil (Prof. Vinícius Hilário) Belo Monte: da história ao conflito ......................................................................... 24

Cesar Bassi Alvarez e Ricardo Gargalak Peres Reis Transposição do Rio São Francisco ....................................................................... 26

Vyctória Shaini, Giulia Ré, Manuela L. de Sá e Yoonseo C. Exposições de Mercúrio em populações ribeirinhas do alto Madeira .................. 28

Rodrigo Kuano Soares e Alex Augusto Simões Moussalli Estudos Aplicados em São João de Meriti ............................................................. 29

Vinicius Peres Marques Desmatamento na Amazônia: dinâmica, impactos e controle............................... 31

Lucas Pedroso e Lucca Tosto Água na região Nordeste: desperdício e escassez ................................................ 32

Milagros Bugallo e Thomas Beting Agrotóxicos contaminam águas superficiais e chuvas do Mato Grosso ............. 35

Maria Victoria Cincurá e Leonardo Amaral Por trás da política da seca no Nordeste brasileiro ............................................... 39

Isabella Salerno e Gabriela Danielides A poluição dos mananciais e rios na RMSP ........................................................... 40

Thomas Mujica Peebles e Bernardo Cunha Capoferri

3

Crise e Desenvolvimento

Chernobyl: O lado negro da energia nuclear.

Thomas Mujica Peebles e Bernardo Cunha Capoferri Chernobyl é o local do maior acidente nuclear da história da humanidade.

Atualmente a região está menos contaminada do que antigamente, porém ela não estará no estado original por diversos séculos. A região virou um local de mumificação já que bactérias, fungos e insetos foram afetados negativamente pela radiação, mas também há espécies que se beneficiaram da tragédia a maioria aracnídeos já que com a redução de seus predadores floresceram causando um desequilíbrio ecológico.

Foto da cidade de Chernobyl em frente da área demarcada para a segurança da população

O desastre foi causado por uma falha durante um teste de segurança do reator 4. Na situação eles estavam testando o uso do reator nuclear com baixo consumo de energia que quebrou diversas regras de segurança causando a fusão e consequentemente explosão do quarto reator. Foi recentemente descoberto que um dos funcionários chamado Anatoly Dyatlov ordenou que as valas de controle fossem erguidas para gerar mais energia, porem desta forma é mais difícil controlar a reação nuclear. As decisões deste individuo causaram um aumento de temperatura no reator até o ponto que não havia volta. Também pela colocação das valas a radiação se concentrou no fundo do reator onde os sensores não podiam detectá-la. As pontas das valas possuíam grafite para evitar o aumento da radiação, mas a substancia só amplificava o poder radioativo. A pressão aumentou com a tampa que agindo como uma panela de pressão e estourou provocando uma explosão. Também foi mostrado que a estrutura do reator era de má qualidade. O concreto havia erodido, as valas eram poucas e o teto era feito de material inflamável. Os fizeram o projeto às pressas, para obter vantagens no governo soviético.

A radiação se espalhou com imensa rapidez atingindo milhares de famílias ao redor da usina e diversos países Europeus mais distantes como por exemplo a Suécia. As ações para a evacuação do lugar só foram executadas um dia depois, o governo mandou vários ônibus para a retirar a população. A cidade ficou desértica e deu início a operação para reter a radiação que começou porque o reator 4 ainda estava em chamas e poderia chegar na piscina do reator que poderia criar uma explosão devastadora.

4

Crise e Desenvolvimento A primeira tentativa foi mandar areia e ácido bórico para neutralizar a radiação, mas, a tentativa não deu certo porque a areia e o fogo só criavam mais pressão que causava mais rachaduras. Outras tentativas foram drenar a água da piscina onde se encontrava mergulhado o reator, jogar chumbo para reter a radiação. A tarefa foi executada por bombeiros e cientistas que enfrentaram extremos níveis de radiação. Segundo algumas pesquisas, a radioatividade era 10 vezes maior do que a bomba de Hiroshima. Além disso a radiação era tão forte que robôs que foram utilizados para construção do “sarcófago” pifaram e o trabalho teve que ser manual.

Os danos foram imensos não só danos ambientais, mas também danos econômicos e consequências graves na saúde dos seres humanos. Várias pessoas passaram a ter tendência de contrair leucemia e câncer na tiroide, estas doenças tinham a tendência de ser passada hereditariamente, principalmente na Ucrânia, Belarus e Na Rússia Ocidental. Em termos econômicos foi gastado 18 bilhões de Rublos para reparar os danos causados. Já na natureza, 5% dos Pássaros tem o cérebro menor do que seus parentes e filhotes de vacas tem 50% chance de ter anomalia genética.

Hoje em dia Chernobyl é controlada por policiais e cientistas que tendem a fazer projetos para diminuir cada vez mais a radiação e fazer pesquisas sobre a alteração do ambiente. Atualmente o “sarcófago” que é uma estrutura feita de concreto e estruturas metálicas com a finalidade de tampar o reator 4, está muito corroído por dentro e está preste a ultrapassar a seu prazo de 30 anos. O governo está trabalhando em uma nova estrutura para reter a radiação que estará pronto em 2015.

O novo “Sarcófago” que estará pronto em 2015

Foto tirada após um dia da explosão do Reator 4.

O acidente de Chernobyl poderia ter sido evitado se houvesse um melhor planejamento para a construção e manejamento. Os funcionários deveriam ter respeitado as regras de segurança para o primeiro teste do reator 4 o que fez danos irreparáveis na natureza e na vida lá um o total de aproximadamente 5 milhões de pessoas que moram ou moraram em lugares de risco com problemas de saúde. Além disso há uma lição a ser aprendida: Energia nuclear deve ser tratada com respeito e um certo medo para que as decisões mais seguras sejam tomadas.

5

Crise e Desenvolvimento

Nagazaki, Japão Giulia Ré e Vyctória Shahini O bombardeamento das cidades japonesas de Hiroshima e Nagasaki pode ser considerado o maior atentado terrorista da história da humanidade, já que o objetivo do governo e do exército dos Estados Unidos era aterrorizar a população japonesa e, assim, evitar uma invasão ao país para pôr fim à Guerra Mundial II. Em agosto de 1945, o Projeto Manhattan dos Aliados tinha testado com sucesso um artefato atômico. Em 9 de agosto, às 11h02m, houve a explosão da bomba nuclear de plutônio (Fat Man) sobre a cidade de Nagasaki. Cerca de 900 gramas dos seis quilos de plutônio contidos na bomba sofreram fissão nuclear no momento da detonação a 500 metros acima de Nagasaki, liberando 21 quilotons de força explosiva. A bomba explodiu acima de um vale, diminuindo o impacto sobre a cidade. Dentro dos primeiros 2-4 meses após o ataque atômico, os efeitos agudos das explosões mataram 74 mil seres humanos e um número igual de feridos; cerca de metade das mortes ocorreu no primeiro dia. Durante os meses seguintes, vários morreram por causa do efeito de queimaduras, envenenamento radioativo e outras lesões, que foram agravadas pelos efeitos da radiação. A maioria dos mortos eram civis.

6

Crise e Desenvolvimento As pessoas que não morreram, foram expostas a uma devastadora radiação, a qual gerou lesões genéticas que foram transmitidas para os seus filhos. "As medições mais recentes indicam níveis de radiação compatíveis com os de outras cidades. Não há mais riscos à saúde", afirma a física Emico Okuno, da USP, especialista no assunto. Os solos não estão mais contaminados, sendo seguro consumir os alimentos ali cultivados. Nas décadas seguintes após a explosão da bomba, uma pesquisa feita pelo instituto nipo-americano Radiation Effects Research Foundation (Fundação de Pesquisa dos Efeitos da Radiação) revelou que a radiação fez aumentar a incidência de câncer entre os sobreviventes. Dos 50 mil sobreviventes estudados entre 1950 e 1990, 176 morreram de leucemia. Desses casos, 51% foram causados pela radiação. Entre as pessoas que estavam a menos de um quilômetro do centro das explosões, as bombas foram responsáveis por 100% das mortes por leucemia.

Em Nagasaki, os estaleiros e docas do sudoeste da cidade, ficaram devastados, várias pessoas, principalmente crianças da escola, por uma questão de segurança, foram evacuadas para áreas rurais reduzindo assim a população da cidade por altura do ataque nuclear.

Agora, comparando as explosões de Chernobyl, Hiroshima e Nagasaki, sabemos que atualmente não é possível habitar a área de Chernobyl, porém Hiroshima e Nagasaki são ocupadas por seres humanos, e não sofrem nenhuma alteração. A explosão de Chernobyl foi em terra firme, o que deixou um ambiente totalmente inadequado para a habitação humana com contaminação no ar e, principalmente, no solo. Como as bombas de Hiroshima e Nagasaki explodiram algumas centenas de metros acima das cidades, essas regiões não sofreram uma contaminação tão profunda, e no decorrer dos anos, foi dissipada mais rapidamente. Além disso, o reator de Chernobyl tinha muito mais combustível nuclear, o qual detonou de forma mais eficiente nas reações.

No dia 02 de setembro de 1945, o Imperador japonês assinou a rendição do país. No saldo de mortos realizado pelo presidente dos EUA, a utilização das bombas atômicas pode ter sido lucrativa. Mas o que ficava para a população japonesa e a mundial, era o terror frente a esse novo instrumento militar.

7

Crise e Desenvolvimento

O Projeto Manhattan e os segredos de Oak Ridge Milagros e Leonardo O 16 de julho de 1945, os Estados Unidos explodiram a primeira bomba atômica da história. Esse foi o objetivo atingido pelo Projeto Manhattan: desenvolver e construir armas nucleares durante a Segunda Guerra Mundial.

Apesar dos processos principais e mais importantes, como a criação dos materiais necessários, ocorrerem em um grande território escondido do povo dentro da cidade de Oak Ridge localizada em Tennessee, nos Alamos no Novo México e em Hanford localizado em Washington, as pesquisas para criar a bomba e desenvolver ela, ocorreram em vários lugares diferentes, na Inglaterra, Estados Unidos e Canadá. Após da bomba finalmente ser desenvolvida elas foram “testadas” nos ataques de Hiroshima e Nagasaki. Essas cidades foram elegidas por que tinha que ter: alvos maiores de que 4,8 km de diâmetro, ser um alvo muito importante em uma área urbana, o lugar teria que ser um problema por sofrer ataques e a explosão teria que causar dano efeito. As consequências foram que teve muita radiação no solo de essas cidades e causaram que milhares de pessoas morreram por essa radiações e crianças nasceram com problemas genéticos causados pela radiação das bombas. No fatídico dia 6 de agosto de 1945, o americano Paul Tibbets, piloto do avião B-29, então titulado de Enola Gay, foi o responsável pelo lançamento de uma bomba atômica na cidade de Hiroshima, a primeira arma desse porte produzida pela humanidade.

Cidade secreta de Oak Ridge

8

Crise e Desenvolvimento O motivo pelo qual essas cidades foram as escolhidas era porque sua população era relativamente baixa, as cidades eram “desconhecidas”, que os ajudava a manter isso em segredo. Foram estabelecidos perto das áreas secretas vários checkpoints para verificar se as pessoas eram quem realmente diziam, o que carregavam E se tinham o próprio nível de autorização para entrar na área. Não podiam falar onde trabalhavam ou porque iam para essas cidades não povoadas. Com tantos segredos, a Alemanha começou a trabalhar para desenvolver sua própria bomba atômica, e começaram a espionar e infiltrar as áreas, para obterem mais informações e desacelere o projeto. As áreas eram acessíveis por rodovia e ferrovia, água e eletricidade estavam disponíveis em grandes quantidades.

O que é mais interessante ainda sobre esse “projeto” é como foi possível esconder o que estava acontecendo de todo mundo até de quem estava envolvido. A revista “Life” em 1945 estimou que um pouco menos de uma dúzia das pessoas sabiam a significância do trabalho, e pouco mais de mil sabiam o que estavam criando. Todos os funcionários tinham que manter tudo o que viam e faziam em segredo, havia punição de 10 anos de prisão ou multa de 10 mil dólares, ou seja 128 mil dólares hoje. Uma funcionária relata que trabalhava numa lavanderia e todos os dias segurava uma máquina e escutava um estalo, e todos tinham que usar um uniforme especial. Porém na realidade seu trabalho era de extrema importância para o projeto todo, ela estava na verdade operando um contador Geiger. Mesmo após das bombas de Hiroshima e Nagasaki serem lançadas não sabiam que as estruturas bem Oak Ridge eram as principais por sua construção.

Fabrica de Oak Ridge

9

Crise e Desenvolvimento

Os vários tipos de energia Annamaria Reis e Manuela Lima Os seres humanos dependem por completo de energia e de suas várias fontes. A modernidade criada e desenvolvida pelo ser humano nos fez depender de instrumentos tecnológicos que moldam nossa cultura e nossa maneira de viver por séculos, até os dias atuais. A nossa cultura foi se modernizando até chegar aos veículos que dependem de combustível, a luz elétrica, e principalmente aos aparelhos que dependem da internet. Em resumo, energia está em todos os pontos da nossa vida e vai continuar se desenvolvendo até nos tornarmos uma sociedade superdesenvolvida e tecnológica.

Com a modernidade, o ser humano desenvolveu várias fontes e tipos de energia ao longo dos anos. Como, por exemplo, a energia elétrica é aquela que é gerada em uma usina hidrelétrica e tem como fonte de produção a força da água em movimento, é uma das mais utilizadas nos dias atuais. A energia eólica é produzida pela força dos ventos para movimentar enormes aero geradores que são conectados a turbinas para a geração da energia elétrica. A energia nuclear é produzida a partir da fissão do núcleo de um átomo que provoca uma reação em cadeia, ocasionando o rompimento dos núcleos, gerando grandes quantidades de energia. O Sol é um grande produtor de calor e potência, proporcionadas pela radiação eletromagnética que ele libera, assim o Sol, através de processos distintos, é responsável pela geração de dois tipos de energia elétrica, a energia térmica e a energia fotovoltaica.

10

Crise e Desenvolvimento Todos os tipos de energia têm seus aspectos positivos e negativos.

Como por exemplo a usina hidrelétrica utiliza uma fonte renovável, porém, com a sua construção, é preciso a inundação de um grande terreno, causando assim morte de vários animais, a perda significativa de florestas e a desapropriação social. A energia solar também tem suas vantagens e desvantagens, ela é renovável e é uma forma limpa de produzir energia, porém, depende das condições climáticas e para produção das placas solares é necessária uma grande extração de minérios e. Já a energia eólica, é inesgotável, não emite gases poluentes nem produz resíduos, ou seja, diminui a emissão de gases de efeito estufa, por outro lado provoca impacto sonoro e sobre as aves da região que tem seus comportamentos de migração alterados. Uma das piores fontes de energia não renovável é a termoelétrica, que utiliza a queima de materiais como petróleo, gás natural e carvão mineral na produção de energia elétrica. Na queima dessas matérias são produzidos CO2 e outros gases prejudiciais para o ambiente e para saúde. Outra fonte de energia que causa prejuízo para o meio ambiente e para a saúde é a energia nuclear pois o resultado do processo é extremamente tóxico.

Em conclusão, as energias que utilizam recursos renováveis, são menos poluentes, ou seja, são melhores em relação ao ambiente, porem nem sempre são as formas mais baratas e mais produtivas, por isso muitos países ainda optam por fontes de energia não renováveis e mais poluentes.

11

Crise e Desenvolvimento

A Primeira Bomba Nuclear Soviética Lucca Tosto e Vinicius Marques Durante a Segunda Guerra Mundial os Estados Unidos se dispôs de uma arma de destruição em massa para ganhar a guerra, a bomba nuclear. Os Estados Unidos não contavam que seu inimigo, a URSS, (apesar de aliado durante a guerra) teria capacidade de criar uma arma potente como a sua. A CIA e cientistas americanos disseram que a Rússia só poderia criar sua própria bomba atômica dez anos depois deles, porém os EUA não contaram que a URSS tinha espiões em solo americano trabalhando com o Projeto Manhattan e conversando diretamente com os soviéticos.

A bomba soviética foi criada na instalação militar secreta, conhecida como Polígono de Nº2 do Ministério das Forças Armadas onde o grupo militar 52 605 ficou responsável pela criação da bomba. O nome do projeto da criação da bomba foi chamado de Artigo 501.

Após a confirmação que a bomba nuclear americana funcionava, uma conferência entre URSS, EUA e Inglaterra foi feita em Potsdam na Alemanha.

Nessa conferência, Truman afirmou que os EUA tinham uma arma que poderia mudar o rumo da história. Apenas Churchill e Truman sabiam do Projeto Manhattan (que era para ter sido feito na Inglaterra, porém, por causa dos bombardeios frequentes, acabou sendo realocado para os EUA). A princípio, os americanos e ingleses achavam que Stalin não havia entendido, mas na realidade, ele estava muito bem informado.

Cratera feita pela bomba

A bomba hoje em dia

Como Stalin sabia do projeto ultrassecreto americano? Após a dominação na Alemanha, três cientistas se destacaram: Albert Einstein, Klaus Fuchs e Otto Hahn. Albert Einstein desde o começo foi para o lado americano e ainda escreveu uma carta para Truman falando do perigo das pesquisas de fissão nuclear feitas pela Alemanha. Essa foi uma das causas da criação da bomba nuclear. Klaus Fuchs fazia parte do partido comunista alemão motivo pelo qual teve relações com a URSS e quando foi chamado para participar do Projeto Manhattan fez um relatório completo e detalhado da criação da bomba e dos testes da mesma. Otto Hahn, ganhador do Prêmio Nobel de Química em 1944,

12

Crise e Desenvolvimento obteve provas irrefutáveis da fissão nuclear de urânio em 1938, que permitia desenvolver novos tipos de armas. Por conta da importância de seus estudos e da carta de Einstein que previa o uso de armas nucleares por parte da Alemanha, os EUA o trouxeram para seu lado.

Os testes da primeira bomba nuclear soviética aconteceram em 29 de agosto de 1949. Efetivamente, a primeira bomba soviética em muitos aspectos tinha as características da primeira bomba americana. A notícia sobre a detonação de um artefato nuclear na União Soviética foi um duro golpe para Truman, a CIA e seu serviço secreto haviam assegurado que demoraria 10 anos para a URSS criar seus próprios artefatos nucleares. Mas Truman recebeu um segundo golpe e muito mais forte quando os especialistas lhe disseram pouco tempo depois que todos os parâmetros da bomba soviética coincidiam a primeira bomba atômica americana, seus mecanismos e aspectos eram muito parecidos.

A conclusão era evidente: os soviéticos haviam roubado informação ultrassecreta. A bomba soviética aconteceu na margem esquerda do rio Irtysh, a 130 km da cidade de Semipalatinsk, a noroeste da República Soviética do Cazaquistão.

Cientista russo ao lado da bomba

Localização de Semipalatinsk.

Os espiões soviéticos e o relatório de 33 páginas detalhado de Fuchs permitiram que gastos excessivos e mortes fossem evitados além de o tempo de construção da bomba foi diminuído. Graças a Fusch, um ataque nuclear preventivo contra a URSS feito pelos EUA foi evitado, o ataque consistia em 300 bombas nucleares e 250 mil bombas normais em 200 alvos e 100 cidades diferentes. “Se não tivéssemos atrasados em um ano ou um ano e maio, nós haveríamos sido vítimas do plano”, disse Stalin.

A carta de Einstein diz: “Eu não sei como que armas se lutará na Terceira Guerra Mundial, mas eu sei como farão na Quarta Guerra Mundial: com paus e pedras. ” Precisamos repensar nossas ações pois as pessoas que viveram antes de nos, fizeram muitas coisas erradas então, cabe a nova geração e as próximas salvar o mundo para que o que Einstein disse não aconteça.

13

Crise e Desenvolvimento

Importância da bomba atômica Lucas Pedroso e Alex Moussali A bomba atômica é uma bomba de destruição em massa criada na década de 40 e também conhecida por bomba nuclear, pois é uma arma explosiva cuja energia vem de uma reação nuclear. Em cima das ideias de Einstein eles imaginavam que se um átomo se colidisse com outro átomo iria gerar uma grande quantidade de energia, que seria suficiente para uma explosão atômica que teria a capacidade de aniquilar uma população inteira, então desenvolveram a bomba atômica criada por um grupo de cientistas pelos Estados Unidos com a reação de fissão nuclear recém-descoberta no trabalho da física australiana Lise Meitner.

Os primeiros testes da bomba foram realizados no deserto do Novo México e como obtiveram sucesso os Estados Unidos usaram-na na Segunda Guerra Mundial contra o Japão, onde mataram aproximadamente 350.000 de pessoas em Hiroshima e Nagasaki, que foi considerado o maior ataque a população civil da história.

Hiroshima após o ataque nuclear em agosto de 1945

Com a Segunda Guerra Mundial, países como os Estados Unidos e a Alemanha estavam competindo para ver quem conseguiria construir primeiro a bomba atômica. Aquele que construísse levaria a vitória. Os Estados Unidos através do projeto Manhattan conseguiram construir a primeira bomba atômica que, porém, não foi utilizada na Alemanha e sim em Hiroshima e Nagasaki no Japão.

Durante o projeto Manhattan, cidades fantasma foram criadas com laboratorios de pesquisa e grandes edificios para extração de uranio para que a bomba pudesse ser criada. Os Estados Unidos para conseguir um sigilo em seu trabalho, ou seja, que ninguem descobrisse esses lugares, dizia que eles não existiam dai vem o nome cidade fantasma.

14

Crise e Desenvolvimento A bomba atomica foi uma arma muito importante na historia não so porque foi uma grande descoberta e uma grande construção humana mais sim um grande fator para que não começasse uma nova guerra. Einstein dizia: ‘’ Se houvesse uma terceira guerra, a quarta seria de paus e pedras. ’’ Hoje em dia muitos paises possuem armamentos nucleares que levariam a destruição do nosso planeta Terra, porém nenhum destes paises usaram-a sem motivo, ou seja, so irão usar se outro usar. Se alguém usar esta bomba não so levaria a uma Terceira Guerra Mundial mais sim como dito o fim do planeta Terra.

Uma carta escrita por Einstein e Russell foi muito importante na compreensão sobre a bomba, ela dizia como a bomba poderia levar a morte de todos na Terra, como a bomba é desumana, pois é uma bomba que extinguiria a raça humana então seria totalmente contra ela.

Ocorreram na década de 60 uma série de conferências que ficaram conhecidas como: conferências de Pugwash, onde um acordo foi feito entre todos os paises, esse acordo tinha como objetivo o desarmamento mundial de bombas nucleares, muito dos paises que possuiam a bomba não concordaram no desarme, pois perderiam a vantagem em caso de guerra. Mas um acordo foi feito dizendo que não a ultilizaria.

Little Boy – Bomba atômica usada no Japão

A conclusão obtida é que a bomba atomica pode extinguir a raça humana e causar a destruição do planeta Terra. A bomba na Segunda Guerra Mundial teve um papel de terminar a guerra, mas para conseguir o fim da guerra precisaram morrer 350.000 pessoas nos ataques ao Japão, nas cidades de Hiroshima e Nagasaki. Einstein teve uma grande importancia nessa bomba, criou teorias e a partir dessas teorias foi iniciada formas de se criar a bomba, que no projeto Manhattan foi enfim criada a primeira bomba de tamanha destruição. Einstein e Russell descobriram a tamanha destruição que a bomba causa e então atraves de Pugwash conseguiram um ‘’cessar fogo’’ hoje em dia.

15

Crise e Desenvolvimento

Projeto Manhattan Ricardo Reis e Rodrigo Kuano O Projeto Manhattan foi um protejo de pesquisa e desenvolvimento que aconteceu durante a 2a Guerra Mundial, e foi liderado pelos Estados Unidos, que recebeu o apoio do Canadá e do Reino Unido. O projeto esteve sob a direção do major-general Leslie Groves e sua pesquisa foi dirigida pelo físico norteamericano judeu Robert Oppenheimer, após ter ficado claro que uma arma de fissão nuclear era possível e que a Alemanha Nazista estava Esse projeto era o codinome de um plano secreto dos Estados para a construção de bomba atômicas para o uso bélico e para dar uma vantagem para os Estados Unidos durante a 2a Guerra Mundial. Além de ser um dos maiores segredos dos Estados Unidos, esse foi o projeto de engenharia mais complexo, caro e trabalhoso da história no qual 400.000 norte-americanos faziam parte, porém poucos deles sabiam a verdade. Ocupando ao todo 202.000 hectares de terra, foi o maior projeto de construção civil do mundo.

O Projeto Manhattan teve duas fases: O Projeto X que ocorreu em Oak Ridge, Tennessee e o Projeto Y que ocorreu em Los Alamos e em Alamosgordo no Novo México.

Einstein advertiu o presidente Roosevelt que a Alemanha Nazista estaria tentando criar armas nucleares, então o presidente concedeu verba ilimitada a Leslie Groves para que ele começasse o Projeto Manhattan. Para começar o projeto, Groves escolheu uma área chamada Oak Ridge, essa área era perfeita porque oferecia proteção. Pois a elevação do terreno formaria um escudo contra os olhares dos curiosos também se acontecesse algo catastrófico as elevações protegeriam a população local contra os efeitos da bomba.

O trabalho das usinas demandava muitas pessoas, então Groves transformou Oak Ridge em uma cidade secreta e assim os trabalhadores das usinas teriam um local para morar. Nessa cidade secreta tinham moradias, lojas, cinema, shopping centers e parques mas também tinham 9 prédios para o enriquecimento do urânio e entre eles a imensa usina Y-12. Para o processamento do urânio foram utilizados os Calutrons que eram imensos campos magnéticos em construídos sob estruturas de prata. Essas máquinas eram operadas por colegiais, “as garotas Calutron“. 2000 garotas trabalharam por 6 meses, mais só foi produzido 3 kilos de urânio enriquecido e Groves precisava de 45 kilos.

Vendo que estava ficando sem tempo Groves deu início a construção de uma segunda usina chamada K-25. Essa usina foi projetada para suprir a imensa demanda de urânio enriquecido e para isso foi usado o método de divisão

16

Crise e Desenvolvimento gasosa, porém esse método era razoavelmente ineficiente pois o processo deveria ser refeito milhares de vezes. Por essa razão que o K-25 foi feito em forma de “U” e era o maior prédio do mundo. Para que os trabalhadores pudessem trabalhar nessa usina foi feita outra cidade secreta denominada Happy Valley pelos moradores.

Então com o urânio pronto a primeira parte do Projeto Manhattan terminou e a segunda parte do projeto deu início. O Projeto Y aconteceu em Los Alamos pois era onde a maioria dos cientistas se encontravam, essa segunda parte do projeto era a mais importante pois o seu objetivo era montar e testar a bomba. E essa era a parte mais difícil pois teoricamente a fusão nuclear era possível mais os cientistas não tinham a menor ideia como fazer que a bomba funcionasse.

Essa área foi escolhida pelo mesmo motivo que Oak Ridge, o terreno acidentado oferecia proteção. Em Los Alamos foi feita uma outra cidade secreta e nela havia o prédio mais importante de todo o Projeto Manhattan, o Casamanta de Periscópio onde o seu objetivo era produzir uma bomba de urânio e testa-la.

Logo depois de um longo trabalho uma bomba atômica de urânio foi feita.

Porém algumas semanas depois os cientistas descobriram que era possível produzir uma de plutônio, e o seu poder seria mais destrutivo. Então Groves autorizou a produção de uma bomba de plutônio, e a produção dessa bomba foi feita. E em menos de 27 meses duas bombas estavam prontas.

A comunidade de cientistas de trabalhou na bomba convenceu o exército a deixar que eles testassem uma das bombas, e sem a tentativa de recuperar o plutônio caso a bomba não desse certo. Então para o dia 16 de julho de 1945 foi marcado o primeiro teste de bomba atômica, na cidade de Alamosgordo. A bomba causou um clarão enorme no céu que saiu em todos os jornais americanos, e o exército deu a desculpa que foi um galpão de munição que havia explodido e todos acreditaram e foi assim que saiu nos jornais.

Provada que a bomba era um sucesso, 3 semanas depois uma bomba atômica de plutónio com a codinome Little Boy foi jogada sobre a cidade japonesa Hioshima, pelo avião Enola Gay.

17

Crise e Desenvolvimento

Moto Perpetuo, a Busca Sem Fim: Cesar Alvarez e Thomas Beting Desde séculos passados até os dias de hoje o moto perpetuo é um assunto muito discutido. Ele parte de princípio de uma máquina que uma vez iniciada poderia funcionar eternamente sem consumir qualquer combustível, funcionaria independentemente. O problema é que na teoria ela funciona perfeitamente, porém, na pratica, não. Esse tema se tornou tão popular por ser intrigante e a mesmo tempo muito importante, se conseguíssemos chegar a uma máquina de moto perpetuo muitas coisas seriam facilitadas, com isso um grande passo para a humanidade. Ao longo de texto faremos uma jornada pela história para entender o surgimento desse conceito e sua importância.

Para entender essa enigmática ideia é preciso voltar na história. A ideia de uma máquina que funcionaria eternamente já se propagada por vários e vários anos. Os primeiros sinais desse sonho milenar surgiram como um manuscrito de mais de 2500 anos intitulado por Siddhanta Ciromani. Nele havia descrições de diversos aparelhos fantásticos, entre eles uma roda de movimento perpétuo. Esta foi melhor detalhada tempos depois, no século XII pelo matemático indiano Bhaskara. Bhaskara descreveu uma roda provida de diversos recipientes de mercúrio ao longo de sua extremidade. O princípio de funcionamento era bastante simples: fazer com que um lado da roda sempre estivesse mais pesado que o outro, garantindo eternas quedas que fariam a máquina girar.

Representação de moto perpetuo feito por Bhaskara

Já no século XIII, o mesmo princípio apareceria na Europa. O francês Villard de Honnecourt desenhou uma variação da roda desequilibrada de Bhaskara provida de um número ímpar de martelos articulados. Esse é o mais antigo diagrama conhecido de um moto perpetuo, por esse motivo ele é tão importante. A ideia possivelmente era que sempre houvesse mais martelos de um lado da roda, mas infelizmente nenhuma destas rodas desequilibradas funciona com o esperado. Mesmo com o fracasso o francês ainda acreditava que

18

Crise e Desenvolvimento havia alguma imperfeição na construção e não no princípio pelo qual pensavam.

Desenho do moto perpetuo feito por Honnecourt

Depois do século XIII e de Villard de Honnecourt, essa ideia começou a se tornar cada vez mais popular intrigando cada vez mais pessoa da comunidade cientifica que passaram a se questionar e tentar achar uma solução para tornar a a ideia do moto perpetuo em realidade. Para chegar na tão desejada máquina, cientistas como George Linton, Pierre Richard, Johannes Taisnerius, saíram na construção de maquinas de moto perpetuo, porém com um conceito um pouco diferente. A máquina de Bhaskara e Honnecourt tinha como base a roda e esse, junto a outros cientistas começaram a pensar motos perpétuos com bases diferentes. Foram construídas uma variedade enorme de protótipos, desde de máquinas simples até complexas, de máquinas com base na roda e outras usando outras bases com a queda d’água, porém mesmo com tanto esforço, até os dias de hoje não foi possível construir nada que funcionasse independentemente e eternamente.

Existem dois problemas que impossibilitam a construção do moto perpetuo, que fazem com que o projeto não passe de um sonho, e talvez assim permaneça. O primeiro problema é que com o tempo essas maquinas acabam perdendo energia para som. Além disso, acaba gerando atrito, mais um fator que faz com que perca ainda mais energia, impossibilitando que funcione eternamente. O segundo problema do moto perpetuo, é o fato deles violarem as leis da termodinâmica. Existem três leis da termodinâmica. A primeira é que a energia não pode ser criada ou destruída, apenas transformada, a segunda que a energia de um sistema sempre tende a um estado de maior desordem e a terceira e última que todos os processos tendem a cessar perto do zero absoluto.

Porém por que essas leis seriam um problema para o moto perpetuo? Elas são um problema porque geralmente todas as maquinas de moto perpetuo violam a primeira e a segunda lei da termodinâmica, uma lei muito aceitada e respeitada pela comunidade cientifica. Esse é um dos motivos para que se acredite que é ''impossível'' a construção de uma máquina que funcione eternamente.

Intrigados pela ideia do moto perpetuo decidimos desafiar a ciência e construir a

19

Crise e Desenvolvimento nossa própria máquina. Inicialmente inspirados por maquinas que vimos durante nossas pesquisas, começamos com a ideia de construir uma máquina que despejaríamos a água em um funil ligado a uma mangueira (de jardim). A força gerada pela queda d'agua faria com que ela subisse pela mangueira e retornasse ao funil onde o processo se repetiria por muitas vezes. Porém a água não reagiu como o desejado, ela não passava do nível da água presente no funil e com isso tornava impossível o nosso experimento.

Apresentação do nosso primeiro moto perpetuo

Mesmo com o fracasso da primeira máquina decidimos continuar tentando. A ideia para nossa segunda tentativa era ter um recipiente maior, logo com mais água e com uma mangueira mais fina, para o percurso ser feito precisando de menos pressão. Para transformar a ideia em realidade, utilizamos uma bacia de 14 litros, com um furo na parte inferior onde encaixamos um flange (material usado para vedar caixas d’água, mas que foi adaptado para o projeto).

Conectado com o flange, na parte exterior da bacia, colocamos um nível com a finalidade de encaixe para a mangueira. Depois de pronta, testamos diversas vezes e mais uma vez não foi possível chegar no resultado desejado. Novamente a água da mangueira ficou no mesmo nível da água da bacia, com isso impossibilitando que ela retornasse. Ainda com a esperança que pudéssemos fazer o moto perpetuo, tivemos outra ideia. Nós decidimos prender a mangueira na parte interior da bacia, assim a água da mangueira ficaria a baixado do nível da água da bacia, possibilitando o funcionamento adequado. Porém mesmo com essa nova modificação não foi possível obter o resultado desejado.

Após nossas tentativas de construção de uma máquina de moto perpetuo, percebemos que apesar da ideia ser muito coerente ela só funciona na teoria. A água presente na mangueira sempre ficará no mesmo nível ou abaixo do nível da água presente na bacia devido a teoria de vasos comunicantes, impossibilitando o funcionamento.

Para finalizar o texto, o moto perpetuo apesar de atualmente ser apenas uma ideia que tem uma remota possibilidade de ser realidade é muito importante para a ciência. O que se acredita é que é impossível construir uma máquina de moto perpetuo, não existe até o momento uma máquina que funciona independentemente e eternamente.

20

Crise e Desenvolvimento

Um destruidor chamado Little boy Isabella M. Salerno e Stella L. Nielsen 2:45 AM, segunda-feira, 6 de agosto. Foi nesse momento, que o futuro de Hiroshima já estava traçado: o Enola Gay decolou de Tinian, a 1500 milhas do Sul do Japão. A aeronave, que recebe esse nome pois o piloto decidiu homenagear sua mãe; teve de ser modificada e adaptada para que conseguisse carregar todo o peso da bomba, porém, o processo de decolagem foi bem arriscado, e a nave só levantou voo no fim da pista, bem perto da água. Três aviões já haviam tomado conta de checar o clima, para que o alvo fosse decidido.

Após 15 minutos a bordo do Enola Gay, Parsons; que estava encarregado de armar a “Little Boy” começou a exercer o seu trabalho, que demorou mais 15 minutos para ser finalizado. Às 8:15am do dia 6 de agosto, a porta do Enola Gay foi aberta, e a “Little Boy” foi lançado; e o mesmo explodiu 1900 pés acima da cidade, errando o alvo exato (a ponte Aioi) por 800 pés. A nuvem de fumaça formada, é estimada a ter atingido 40 000 pés de altura.

Dessa vez, o objetivo dos a americanos era atingir uma cidade inteira; não apenas uma instalação militar.

Segundo um sobrevivente da bomba, a pele das pessoas estava preta das queimaduras; as pessoas não tinham cabelo, pois ele havia queimado; você não conseguia distinguir se uma pessoa estava de costas ou não e elas pareciam zumbis, pois suas peles estavam caindo, e elas erguiam os braços pois amenizava a dor. Isso aconteceu com todos, e não apenas com uma ou duas pessoas.

A bomba nuclear é a maior fonte de energia testemunhada pelo ser humano, mas pelo outro lado, pode acabar com a humanidade. A explosão requer muito trabalho, mas em suma, uma explosão nuclear ocorre quando um átomo radioativo, geralmente o urânio-235 ou o plutônio-239, entra em contato com nêutrons livres. Ao entrar em contato com esses nêutrons, cria uma reação em cadeia. Junto com a explosão, são lançadas também partículas radioativas.

Leo Szilard é considerado o pai da bomba atômica porque, a princípio, ele vislumbrou a possibilidade de uma reação nuclear em cadeia em 1932. Depois, ele concebeu uma possibilidade de reação em cadeia em 1933 e, em 1939, ele descobriu, junto com outro professor, que o urânio seria capaz de gerar essa reação em cadeia e mantê-la.

21

Crise e Desenvolvimento Einstein mandou uma carta a Roosevelt, relatando que não seria interessante fazer a bomba, pois seria um passo enorme para a ciência, mas vários atrás para a humanidade. Roosevelt respondeu que continuaria com as operações secretas e não deu ouvidos nem a Leo Szilard, que também mandou uma carta como uma espécie de aviso.

O primeiro teste da bomba nuclear foi a operação Trinity. Em 15 de julho de 1945, 150 cientistas se reuniram de Alamogordo para testarem a nova arma nuclear, tudo em segredo. A bomba foi lançada às 5 horas da manhã, e todos os cientistas tiveram a mesma reação: um passo à frente para a ciência e vários para trás na Humanidade. Oppenheimer, um dos cientistas, se lembrou de uma citação que dizia: “agora, me transformei num companheiro da morte, um destruidor de mundos. Estas palavras me vieram à memória instintivamente e fui dominado por sentimentos de uma profunda piedade” (Oppenheimer, 1945).

Nos relatos existentes de Hiroshima, é contado que primeiramente o que aconteceu foi uma grande explosão, transformando o ar em uma bola de fogo e matando ou queimando toda a população. Num raio de 8 km, pessoas foram atingidas com queimaduras de 3º grau. Depois do calor, ocorreu uma onda de choque, transformando tudo em pó. O efeito da bomba resultou também em outras doenças que foram aparecendo depois da explosão, como câncer, leucemia e outras doenças, causadas pela radioatividade da bomba.

Truman ainda, em seu discurso ao povo americano, depois do lançamento dessa arma mortal, que a bomba foi feita para salvar vidas, para o bem. Ele usou como desculpa a corrida armamentista contra a Alemanha, que depois da bomba, acabaria, e consequentemente, a Guerra também. “Acabamos de lançar sobre o Japão a força de onde o Sol tira o seu poder. ” (Harry Truman, 1945).

22

Crise e Desenvolvimento

Não existe moto perpetuo Maria Victoria, Gabriela e Yoon Seo Moto perpétuo seria um movimento infinito onde o ser humano construiria uma máquina que se movimentasse eternamente, uma máquina que funcionasse em ciclos, com movimentos que se repetem em intervalos com o mesmo tempo. O moto perpétuo funcionaria através da conservação da energia, por isso nunca pararia. Ele utilizaria a energia sem consumi-la, pois, só a renovaria.

A ideia de moto perpétuo existe desde a idade média com Honnecourt e Leonardo da Vinci, onde os dois planejavam máquinas de moto perpétuo com rodas. Porém Stevin foi o primeiro a pensar em um moto perpétuo com bolas que com a força de um imã e da gravidade funcionaria para sempre. Mas pelo fato de a bola gerar atrito com a máquina, ela perdia sua energia para o som e atrito, o que a fazia parar depois de um tempo.

Nesse moto perpétuo o impulso humano faz com que o peso das bolas faça a máquina girar e impulsione as outras bolas.

Uma máquina de movimento perpétuo teria que ter a mesma energia durante todo o seu movimento. Mas isso não é possível pois para que o movimento inicie é preciso um impulso humano que é mais forte que o resto do movimento. Além de que quando o moto perpétuo vai perdendo sua energia para o atrito, ela vai diminuindo a velocidade.

O moto perpétuo não é infinito pois ele viola a segunda lei da termodinâmica. Essa lei diz que o universo tende a ser desordenado, e se houvesse um real moto perpétuo ele seria ordenado, pois a energia seria controlada. Como por exemplo um cubo de gelo na água, ele derrete e vira líquido, equilibrando as temperaturas, e desordenando o sistema uma vez que os elementos são diferentes. No moto perpétuo, a energia seria transferida de um lugar para outro de um modo controlado, onde ela não se perderia, nem se misturaria com outros elementos, ela seria ordenada.

O movimento perpétuo seria um movimento infinito. Porém, conforme a segunda lei da termodinâmica, nenhum movimento pode ser infinito, pois por conta do atrito, o movimento perde sua energia para o som ou calor.

23

Crise e Desenvolvimento

Belo Monte: da história ao conflito Cesar Bassi Alvarez e Ricardo Gargalak Peres Reis A Usina Hidrelétrica Belo Monte está prevista para ser a terceira maior do mundo. Desde de 1975, quando se iniciou o projeto, tem tido uma série de protestos e manifestos contra a sua construção, gerando muitos conflitos entre diferentes povos brasileiros.

Imagem de projeção da usina de Belo Monte

Belo Monte é de fato um grande projeto no qual traz um conflito muito mais além de material e simbólico pelo uso de recursos, estão em jogo nas experiências da relação sociedade-natureza atravessadas pela noção de desenvolvimento. E então tem tido uma luta entre os manifestantes sociais e os índios contra o governo que quer continuar o projeto de Belo Monte. Assim foram marcados encontros para discutir o projeto. Os índios e manifestantes estão por enquanto ganhando a discussão e retardando a construção da Usina.

Entre os encontros mais importantes teve o encontro dos Povos indígenas do Xingu realizado em Altamira, em fevereiro de 1989. Alguns anos depois aconteceu a Campanha Nacional de defesa aos Povos e da Floresta Amazônica, depois a chamada Rio-92, um dos mais importantes encontros, que fez com que as pessoas refletisses sobre o adjetivo sustentável. O Rio-92 levou a Conferência das Nações sobre Desenvolvimento Sustentável.

A Usina de Belo Monte vai trazer um certo desenvolvimento para a Amazônia, pois a usina tem um grande poder de energia gerando lucro para todo o estado. Por outro lado vai inundar uma grande área do rio Xingu, destruindo a vegetação e com ela todos os habitats dos animais, obrigando os índios do Xingu a se mudarem de seu local de origem causando um grande impacto ambientalecológico e social.

24

Crise e Desenvolvimento Causas e fatores influentes neste conflito Uma das principais causas do conflito gerado por Belo Monte são os diferentes interesses dos povos. Existem muitas pessoas contra e outras a favor da construção. Por exemplo, O FortXingu visa os interesses regionais e as oportunidades de negócios que Belo Monte geraria. Por outro lado, o Movimento Xingu Vivo para Sempre, juntamente com o Movimento dos Atingidos por Barragens são contra a construção. Agricultores familiares, ribeirinhos, pescadores e indígenas oscilam de opinião influenciados por uma serie de fatores.

Campanha contra a construção de Belo Monte Além disso, um fator fundamental no direcionamento do conflito é o Ministério Público Federal que fortalecesse o debate desse processo e ainda, solicitou a suspensão das obras de Belo Monte. Outra grande influencia são os pesquisadores e professores, responsáveis por produzirem análises técnicas.

Existe uma enorme diferença de interesses, porém além dessa diferença de interesses, existe a diferença dos tempos. O tempo do projeto é visando estratégias geopolíticas, já o tempo dos ribeirinhos, por exemplo, é um tempo lento. Isso acaba intensificando o conflito, por isso é uma causa importante a ser destacada.

O conceito de desenvolvimento O desenvolvimento é um tema bastante polemico que está presente nas discussões. Atualmente esse conceito vem sendo repensado no sentido de aumentar o papel das comunidades locais, além de ser visto como unanimidade.

Um ótimo exemplo é o Brasil, que vem crescendo economicamente e estabilizando sua política porém ninguém afirma que o Brasil está em desenvolvimento. O grande problema é o fato que nem todos vão sair beneficiados. No caso da de Belo Monte, pode se observar a incompatibilidade entre a concepção modernizante de desenvolvimento e a concepção de comunidades locais e socioambientais.

O mais importante é definir o lugar da natureza no desenvolvimento, o que a sociedade pretende construir e principalmente qual o significado de desenvolvimento para a sociedade.

25

Crise e Desenvolvimento

Transposição do Rio São Francisco Vyctória Helena Meira Shaini, Giulia Franzini Dias Rodrigues Ré, Manuela Lima de Sá Pereira e Yoonseo Choi César Castro Nunes expõe de outra perspectiva a atual situação do nordeste brasileiro. A região que mais convive com a seca é chamada de semiárido. Ela representa 57% do nordeste brasileiro e abriga 40% da população. O semiárido sempre foi um alvo de atração governamental, por isso várias obras ocorreram, porém nunca conseguiram melhorar a situação da região. Vários projetos têm sido criados e outros resgatados para tentar solucionar os problemas da região, como por exemplo, o projeto da transposição do rio São Francisco, um dos projetos mais comentado atualmente.

O Projeto de Integração do Rio São Francisco com as Bacias Hidrográficas do Nordeste Setentrional foi comentado diversas vezes ao longo da história brasileira. Foi mencionado pela primeira vez em 1847, pelo deputado cearense Marcos de Macedo. Depois em 1856, foi recomendado por uma comissão cientifica. O projeto foi reestudado diversas vezes, porém novamente arquivado. O projeto foi estudado pela DNOCS, que aprimorou o projeto, contudo, foi arquivado de novo. Em 1993 foi proposta uma nova versão e em 1994 foi anunciado que tinham a intenção de começar o projeto, entretanto nada foi feito.

Entre 2003 e 2006, no governo do presidente Lula começou-se a execução do projeto. As justificativas utilizadas são dados como a região do nordeste tem 3% da disponibilidade de água mal distribuída e 28% da população brasileira, também ha desigualdade da densidade demográfica que leva o semiárido a ser dividido em dois, o Semiárido da Bacia do São Francisco e o semiárido do Nordeste Setentrional. A intenção do projeto é interligar a bacia hidrográfica dos semiáridos, assim tentando diminuir o impacto da má distribuição da água.

26

Crise e Desenvolvimento Dados sobre a transposição prometem a construção de dois eixos, sendo que: os sertões de Pernambuco, Ceará, Paraíba, e Rio Grande do Norte serão beneficiados em grande escala pelo chamado Eixo Norte ao qual estão atribuídas grandes obras. Já o denominado Eixo Leste, beneficiará regiões agrestes de Pernambuco e da Paraíba. No caso do Eixo Norte, será necessário 400km de construção maciça considerando que para o consumo humano eficiente dessa água haverá uma vazão continua de 16,4m3/s. A transposição atenderá as necessidades básicas de consumo humano em enorme escala, prevendo-se que de cinco pessoas que vivem em regiões com stress hídrico predominante, quatro serão atendidas. O relatório ambiental feito a respeito da transposição afirma que a porcentagem de água que será disponibilizada para o consumo humano será de 4%, considerando que 70% será utilizado para fins de plantio, em maior parte para irrigação. Enquanto os outros 26% destinam-se á fins industriais. Prevê-se que após quinze ou vinte anos do término da obra, o sistema se encontrará em plena operação.

Agricultores nordestinos, que somam 30% da população brasileira, são muitíssimos afetados pela seca. Ou vendem seu gado, ou os deixam morrer devido à falta de água. Com a transposição do Rio São Francisco, isso pode ser evitado.

A transposição também abastecerá a área rural com água potável, o que melhorará a qualidade de vida da população. Ela gerará cerca de cinco mil empregos, o que causará o desenvolvimento econômico da região. E também diminuirá os casos de doenças gerados pela falta de água. A transposição é uma das saídas possíveis para acabar com a má qualidade de vida no nordeste brasileiro, melhorando na economia e na saúde.

Esta grande empreitada também pode gerar impactos negativos. Com a mudança no ambiente, haverá alteração no ecossistema, talvez causando a extinção de espécies de animais típicos da região. Com o desvio no curso do rio, o sistema da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) terá uma redução de 2,4% na sua produção de energia. Tudo têm seu lado negativo, porém é preciso parar e pensar se realmente vale à pena.

Em conclusão, a transposição do Rio São Francisco terá grande impacto na vida da população, alguns para melhor, outros para pior. Esse projeto promove o desenvolvimento socioeconômico da região. César Castro Nunes mostra a história e o caminho que o projeto de transposição do Rio São Francisco percorreu, e também nos dá uma ideia de quais serão as consequências no futuro.

27

Crise e Desenvolvimento

Exposições de Mercúrio orgânico em populações ribeirinhas do alto Madeira, Rondônia, 1991: Resultados preliminares Rodrigo Kuano Soares e Alex Augusto Simões Moussalli Além da crise hídrica que estamos passando a água que temos, os rios, estão muito poluídos. E isso afeta a população ribeirinha, um exemplo é a população do alto madeira Rondônia. Para provar esse argumento uma pesquisa foi feita, e descobriram que a atividade garimpeira esta prejudicando a população ribeirinha.

A atividade garimpeira da região joga mercúrio orgânico no rio, ele juntou os micros pedaços de ouro, mas no processo uma substância tóxica é criada.

Quando o funcionário recolhe o ouro essa substância não tem utilidade, então ele joga de volta para o rio. Essa substância viaja pelo rio até chegar numa população ribeirinha, onde eles pegam a água intoxicada e consomem ou eles comem peixes que foram contaminados pelo mercúrio.

Para a pesquisa várias amostras de cabelo de pessoas que vivem ao lado do rio foram analisadas. Essas amostras passam por dois processos, o primeiro mostra quanto de mercúrio havia na amostra, já no segundo mostra quanto de mercúrio inorgânico havia na amostra. Com uma simples conta de subtração é possível ver quanto de mercúrio orgânico havia na amostra, e com isso cientistas viram o quanto a atividade garimpeira afetava a população.

A pesquisa conclui que a média de mercúrio orgânico no corpo das pessoas é bem maior do que se deveria ter, mas quatro pessoas tiveram um nível de mercúrio muito maior do que o resto da população, todas essas quatro pessoas são da mesma família. Uma parte da população tinha o nível de mercúrio mais baixo, essas pessoas moravam numa região chamada Porto Velho. Outro fato interessante é que bebes de 2 meses que não consumiam peixe, que é a fonte de mercúrio mais alta de mercúrio, tinham níveis elevados de mercúrio porque o ele é transmitido pelo leite da mãe que estava contaminado.

Essa pesquisa foi feita para mostrar e alertar as populações ribeirinhas sobre esse problema. Além disso alertar também todas as pessoas sobre esse problema que pode agravar com o tempo. Como conclusão providencias urgentes devem ser tomadas para melhorar a situação das populações ribeirinhas afetadas por esse problema.

28

Crise e Desenvolvimento

Estudos Aplicados em São João de Meriti Vinicius Peres Marques Um estudo foi aplicado ao município de São João de Meriti que visava estudar os impactos da urbanização no município e seus arredores. Para que o estudo pudesse ocorre, foi necessário estudar os rios e bacias do município e outros na sua proximidade, os dois principais rios que alimentam as bacias da região são: os rios Sarapuí e Pavuna-Meriti que abastecem, respectivamente, as bacias de do Sarapuí e bacia Pavuna-Meriti. A situação dos rios esta péssima, desde 1930 quando foram completamente retilinizados.

A bacia do Sarapuí possui uma extensão de 168 km² abrangendo os municípios de Nilópolis, São João de Meriti, Nova Iguaçu e Duque de Caxias e ao redor dela vivem 8 milhões de pessoas porém, com intensa impermeabilização das áreas ao seu redor devido à urbanização. A situação da bacia Pavuna-Meriti não é muito diferente. Esta possui uma extensão de 160 Km² abrangendo os municípios de Nilópolis, São João de Meriti, Duque de Caxias e Rio de Janeiro vivendo nela mais de 600 mil habitantes. A intensa impermeabilização, devido à urbanização, aumentou o escoamento superficial.

Como já dito, no ano de 1930 os rios Sarapuí e Pavuna-Meriti foram retilinizados, isso acelerou o processo do assoreamento das margens. Este processo está totalmente ligado com o processo de urbanização da região, principalmente do município de São João de Meriti. O crescimento acelerado e com falta de planejamento causou a invasão das planícies de inundação dos rios e desrespeitando o limite das margens.

Rio Pavuna Meriti

São João de Meriti é um município totalmente urbano e se adicionarmos mais uma parte urbanizada de Duque de Caxias e Nilópolis, causa uma impermeabilização imensa no solo além de assorear os rios que causa as enchentes já que as chuvas são mais concentradas. O problema dessas enchentes é agravado pela poluição nos rios. As principais fontes poluidoras são

29

Crise e Desenvolvimento os esgotos domésticos, um problema facilmente solucionado com saneamento básico, outra causa das enchentes no município de São João de Meriti, a maior parte do lixo é depositada nos rios e córregos, nos terrenos baldios e nos logradouros públicos. Além da perda de vidas humanas, as enchentes trazem muitas doenças, fazendo gastos com saúde mais alto do que deveria.

Naquela região, a falta d’água é frequente, na Baixada Fluminense, muitos domicílios não são abastecidos e os que têm, muitas vezes usam instalações clandestinas. No caso de São João de Meriti, as casas são abastecidas por poços comuns que causa uma situação alarmante, pois levando em consideração qualidade dos esgotos, os lençóis freáticos são penalizados por conta disso, constatou-se que para a gestão dos recursos hídricos é de suma importância analisar o processo de urbanização e o grau de alterações espaciais ambientais. Não se pode desconsiderar o fator humano uma vez que o homem muda o espaço para agradar a si mesmo e assim muda o ambiente de modo que pode trazer problemas a sociedade.

A situação dos rios Sarapuí e Pavuna-Meriti é um exemplo do que ocorre em outros rios brasileiros. Possuíam uma importância econômica para região, com a urbanização sem uma infraestrutura adequada, passaram a ser um escoadouro de lixo e esgoto agravando as enchentes e afetando a saúde da população. Uma solução possível para que isso não aconteça é investir em programas de Educação Ambiental para população que as pessoas se conscientizem de que alguns de seus hábitos também são responsáveis pelos problemas das enchentes.

São João de Meriti e arredores

30

Crise e Desenvolvimento

Desmatamento na Amazônia: dinâmica, impactos e controle.

Lucas Pedroso e Lucca Tosto Impactos do desmatamento afetam uma serie de fatores na floresta Amazônica.

O desmatamento vem sendo um grande problema para o Norte do Brasil não causando somente perda da fauna e da flora mais também gerando problemas com a questão da água, o desmatamento também afeta o clima e as condições de vida dos moradores desse local.

A floresta é desmatada principalmente pelo governo e grandes latifundiários. Os meios utilizados para desmatar são a derruba das árvores e por meio do incêndio que é um meio muito arriscado e perigoso, pois não pode ser controlado. Porém existem outros problemas como o gás carbono e a mudança climática. O clima afeta a floresta porque a seca trás o fogo que desmata a floresta. O gás carbono pode contaminar o solo e todos esses problemas juntos afetam muito a floresta Amazônica que é a principal produtora de carbono do mundo, quando queimada.

Um dos fatores que faz com quem o governo desmate essa área é a criação de rodovias nestas áreas, quando ocorre o desmatamento os indígenas e pequenos agricultores são afetados, este problema pode se agravar mais ainda. Esses pequenos agricultores são os produtores de madeiras e de vários outros produtos que seriam vendidos para nós, ou seja, pode ocorrer a falta de matéria prima.

A água da Amazônia ajuda muitas cidades. Depois que a água evapora e chove ela pode ser distribuída para as cidades. Essa água levada tem uma grande porcentagem e corre por varias regiões, não só brasileiras mais de fora também (muitos países colados a Amazônia recebem grande parte da água).

Muitas usinas hidrelétricas utilizam esta água na produção de energia e reservatórios também aproveitam água do maior rio do mundo, o Rio Amazonas.

O gás carbono influência muito na vida das plantas, pois as plantas absorvem esse gás na fotossíntese e se este carbono estiver contaminado contaminará as plantas e isto terá um impacto ambiental muito grande. Outro fator é o clima que pode causar o incêndio se estiver muito seco essa queima é um tipo de desmatamento natural.

O controle do desmatamento é essencial para evitar os impactos da perda e do desmatamento de umas das maiores florestas do mundo. A maioria dos processos de desmatamento atual está fora do controle do governo.

31

Crise e Desenvolvimento

Água na região Nordeste: desperdício e escassez Milagros Bugallo e Thomas Beting AGUA É VIDA, água elemento vital, água purificadora, água recurso renovável, são alguns dos significados referidos em diferentes mitologias, religiões, povos e culturas, em todas as épocas.

Muitos incidentes ocorrem mundialmente por causa do ciclo da água, mas também ha uma parte humana envolvida neste processo. Na região semiárida do nordeste, é o lugar em que cai menos chuva em todo o Brasil. Entretanto, a ocorrência de secas ou enchentes em área onde não mora ninguém ou que não constitui objeto de vantagens socioeconômicas e políticas não passa de um fenômeno físico, isso torna a seca ou enchente um fato social, para além de sua marca física.

De fato, é de origem social o comportamento humano que agrava os efeitos da seca ou da enchente – pelo desmatamento, pela ocupação das várzeas dos rios, pela impermeabilização do solo no meio urbano, pelo lançamento de esgoto não-tratado nos rios, pelo desperdício da água disponível. É também de origem social a atitude político-científica diante da questão, na qual pode prevalecer ótica enviesada de unilaterização física ou social.

As condições físico-climáticas que predominam na região Nordeste do Brasil podem, relativamente, dificultar a vida, exigir maior empenho e maior racionalidade na gestão dos recursos naturais em geral e da água, em particular, mas não podem ser responsabilizadas pelo quadro de pobreza amplamente manipulado e sofridamente tolerado.

O Brasil apresenta em todos os quadrantes do seu território as condições necessárias ao desenvolvimento da vida, ou seja, ele tem agua e ar para todo o lado, mas a água esta em falta em alguns lugares.

O nordeste do Brasil é o lugar que chove menos volume de água por ano 90% do território brasileiro, uma altura média anual de chuva entre mil e mais de 3 mil mm. Apenas no contexto semiárido da região Nordeste, as alturas de chuva são relativamente inferiores – entre 300 e 800 mm/ano. Por sua vez, as temperaturas médias anuais ficam entre 17º e 27º c Efetivamente, a crise da água no Brasil, especialmente na região Nordeste, resulta da intervenção altamente predatória neste espaço, levando ao efeito perverso de aplicar, a um fenômeno marcadamente estrutural, políticas seladas pela visão conjuntural que induzem ao cultivo do problema. E há água nos rios mas muita dela esta poluída e não esta potável para a maioria da população.

32

Crise e Desenvolvimento A crise da água será a marca do século XXI, tanto em nível mundial quanto nacional. Conseguem transformar a escassez em vantagens, aproveitando-se sobretudo da pobreza política da sociedade em geral. As mudanças e as inovações que conduzem ao desenvolvimento sustentável se tornam distantes em muitos países e, em particular, na região Nordeste do Brasil.

Tem práticas de manejo solo/água e de cultivo em regiões onde tem um clima semiárido nordestino. É longa a trajetória de mudança e grande a responsabilidade dos formadores de opinião, em especial dos técnicos e cientistas. As secas de 1825, 1827 e 1830 marcaram o início da açudagem no Nordeste semiárido como fonte de água para abastecimento humano e animal durante tais períodos.

A açudagem pública apresenta um balanço de aproximadamente 1200 a 1500 reservatórios de capacidade superior a 100 mil m 3, com cerca de 450 barragens de mais de um milhão m3 e número menor de açudes entre 2 e 4 bilhões de m3. Alguns açudes públicos foram construídos ao longo de dezenas de anos, tal como o de Cedro, Quixada (CE), cujo projeto datava de 1884, mas só concluído em 1906, ou seja, 22 anos depois. Além disso, teve a criação da açudagem privada, de tal forma que se estima em 70 mil o número total de reservatórios com espelho de água de mais de mil m 2. Os açudes com capacidade entre 10 e 200 mil m3 representam aproximadamente 80% dos reservatórios do Nordeste semiárido. A falta de dimensionamento hidrológico dos açudes públicos e o pouco uso dos volumes estocados resultam em sérios riscos de salinação das suas águas. Muitos açudes têm coeficientes de salinação superiores ao Mar Morto. Por sua vez, a não operação engendra a salinação dos solos aluviais de jusante por falta de drenagem. Não há dúvida de que o melhor aproveitamento da açudagem passa pela interação com outras fontes de água, destacando-se os poços tubulares e as cisternas como os mais adequados – inclusive em termos sanitários – para o abastecimento doméstico.

Os primeiros estudos de previsão foram despois da Grande Seca de 187779, destacando-se o seu caráter cíclico em períodos aproximados de 10-11 anos.

A SUDENE foi criada na seca de 1957-58, que representava uma forma de abordagem técnico-econômica, à medida que a solução hidráulica A chuva representa a única fonte de realimentação da umidade do solo, do fluxo dos rios e dos aquíferos da região Nordeste, a umidade do solo constitui uma reserva localizada de água, à medida que é consumida onde ocorre a chuva que lhe dá origem. Seu maior ou menor aproveitamento socioeconômico depende das características edáficas do contexto em apreço, do regime de ocorrência das chuvas e fisiologia da vegetação natural ou cultivada.

Historicamente, verifica-se que o nordestino, nas diversas formas de ocupação do território, fundamentou a sua economia no aproveitamento do potencial hídrico localizado, explorando de forma extensiva tanto a agricultura quanto a

33

Crise e Desenvolvimento pecuária. Tais condições primitivas de uso e ocupação do meio físico muito têm contribuído para a destruição do solo, o empobrecimento das pastagens nativas e a redução das reservas de água localizada.

As disponibilidades hídricas subterrâneas referem-se à sua contribuição ao fluxo de base dos rios. As águas subterrâneas são relativamente abundantes sobre cerca de 50% da região Nordeste. As potencialidades – volume anual (disponibilidades atuais de água subterrânea) que poderia ser obtido dos poços que estariam presumidamente em operação, considerando-se as vazões dos testes de produção e regime de bombeamento contínuo. Salienta-se que os poços operam durante algumas horas por dia, à medida que se destinam basicamente ao abastecimento da população dispersa e de animais. Com base nos levantamentos realizados pela SUDENE estima-se em 50 mil o número poços existentes atualmente na região, dos quais apenas cerca de 20 mil estariam em operação por razões diversas, desde falta de recurso financeiro para a instalação de bombas, casos de obtenção de água de qualidade imprópria ao consumo, até razões de ordem político-eleitoreira.

34

Crise e Desenvolvimento

Agrotóxicos e outros químicos contaminam águas superficiais e chuvas do Mato Grosso Maria Victoria Cincurá e Leonardo Amaral O agronegócio é uma das principais atividades econômicas do Brasil. Contribui para 30%do PIB, e vem crescendo cada vez mais. Mato Grosso é um dos maiores produtores de grãos do Brasil. Porém todas as produções contam com a utilização de agrotóxicos que podem contaminar o solo e a água, como por exemplo o glifosato, menos tóxico, e o endosulfan, o mais tóxico que está sendo abolido. Esses agrotóxicos contaminam o ambiente, saúde humana e a biota (animais bioindicadores).

Por isso foi feita uma pesquisa em Lucas do Rio Verde e em Campo Verde, os maiores produtores agrícolas do estado (milho, soja e algodão), para alertar as pessoas sobre o risco de usar agrotóxicos. Com base na coleta de dados do uso de agrotóxicos, foram selecionados pontos de coleta nos dois municípios, em poços artesianos, córregos e rios. E também foram implantados nos municípios pontos de coleta de chuva, chamados de coletores de chuva. Além disso, foram coletadas amostras de sangue de anfíbios anuros em córregos de Lucas do Rio Verde, as espécies mais abundantes na área.

Com as coletas foi possível observar que há um enorme consumo de agrotóxicos, inclusive os que já são proibidos na Europa e EUA. O mais utilizado é o glifosato que não é muito tóxico, nem perigoso. Já o metamidófos e o endosulfan são os mais tóxicos e mais perigosos em relação ao ambiente.

O consumo de agrotóxicos aumentou muito nos dois municípios avaliados, apesar de que estão sendo menos usados os agrotóxicos mais tóxicos. Em Lucas do Rio Verde o consumo aumentou 70% e em Campo Verde aumentou 20%.

Mais da metade das amostras coletadas nos poços estavam contaminadas, o que afeta a distribuição de água potável pelas cidades, comprometendo a saúde humana. Os rios e córregos também mostraram alta contaminação. Como resultado dessa contaminação, as chuvas são contaminadas e podem contaminar outros locais do Brasil. A biota estava realmente continha resíduos de agrotóxicos o que poderia trazer, no futuro, mas formações apendiculares.

35

Crise e Desenvolvimento A água superficial dos municípios está também contaminada por agrotóxicos. Apesar de que a maioria dos agrotóxicos encontrados eram de baixa toxicidade de acordo com os limites legislação brasileira, a situação continua prejudicando o meio ambiente. Na União Europeia, um agrotóxico de baixa toxicidade aqui, equivale a um de alta toxicidade lá.

Algumas soluções para esse problema já estão sendo exercidos, como por exemplo a proibição do agrotóxico endosulfan que causa vários problemas de saúde. E ele está sendo substituído por agrotóxicos menos tóxicos, como o glifosato, mas que ainda causam prejuízos ambientais. Os impactos causados pelos usos desses químicos são extremamente grandes e necessita serem examinados se o prejuízo causado pelo seu uso vale a pena em comparação com seu benefício.

A ideal solução seria parar com o uso de agrotóxicos, porém as pessoas não parariam de usá-lo. Por isso são procurados agrotóxicos menos tóxicos.

36

Crise e Desenvolvimento

A seca começou a afetar a economia Stella Limena Stanzione e Annamaria Gargalak Peres Reis A região Sudeste é conhecida nacionalmente como um elevado índice populacional e pela importância econômica de sua indústria. A seca prolongada afeta diretamente esses aspectos, pesando na qualidade de vida e no bolso do brasileiro.

As águas subterrâneas são consideradas um meio de acelerar o desenvolvimento econômico e social do Sudeste. Cada vez mais órgãos públicos e privados consomem as águas subterrâneas. No Sudeste, as propriedades privadas usam mais poços artesianos e rasos, por ser uma opção econômica viável.

A economia é gravemente afetada pela crise da água e, consequentemente, pela produção agrícola e não há uma solução caso o problema se agrave ainda mais. A lei garante a prioridade ao abastecimento humano, portanto a agricultura e a indústria devem ser diretamente impactadas.

A queda da produção agrícola, que representa 23% do PIB nacional, deve comprometer futuros investimentos, levando à inflações, devido ao aumento dos preços de alimentos. O governo, para amenizar a situação da crise, não deu uma base para os empresários se prepararem para o agravamento desse stress hídrico.

A indústria é responsável por 60% do PIB nacional, e prevê queda na produção e redução de 30% nos investimentos. Muitas empresas temem o racionamento, e 54% não possuem fontes alternativas. Os setores mais afetados são: o alimentício, o farmacêutico e a indústria química, além do petróleo, que pode aumentar o preço do combustível.

37

Crise e Desenvolvimento A falta de água, e consequentemente de energia nas indústrias, vão diminuir o ritmo das obras para que não precise tomar medidas drásticas. De 487 companhias, 29,8% tiveram que interromper ou paralisar a produção, devido ao aumento de custos e 6% dessas empresas dispensaram a mão de obra.

As indústrias do Sudeste estão ameaçadas de racionamento, o que vai diminuir ainda mais o racionamento de energia.

Na agricultura, o cenário é catastrófico, fazendo com que o Banco Mundial emprestasse 30 milhões de reais para socorrer 13 mil produtores. Com a crise, a produção agrícola vai sofrer impactos imensuráveis, diminuendo ainda mais a colheita, aumentando o preço dos produtos. Se não chover, e se o consumo não cair, várias produções vão ter que ser racionalizadas.

Para melhorar o stress hídrico, o governo prevê a captação de água de outros rios e já disponibilizou 9,8 bilhões de reais para obras de infraestrutura hídrica no Sudeste. O problema é que esse conjunto de obras pode demorar anos para ficar pronto, agravando a crise em 2015. Wagner Soares Costa, gerente do meio ambiente da federação das indústrias de Minas Gerais diz ter alertado o governo sobre o agravamento da crise, mas pouco foi feito.

Pequenas e médias empresas urbanizadas serão as primeiras a sofrer o impacto da falta de água, pois as maiores empresas já implantaram sistemas de reaproveitamento de águas, como também haverá dificuldades para setores que fazem o uso intensivo de água, como mineração e siderurgia. O reuso de água na mineração é de 80%, enquanto na siderurgia, de 90%, mas se houver perda nos cursos de água explorados, essas indústrias também sofrerão.

Como uma conclusão se não chover nos próximos meses, haverá a redução ou interrupção de algumas atividades industriais, pois a legislação dá prioridade ao abastecimento humano. Como consequência, se faltar água, terá uma retração no PIB brasileiro em 2015.

38

Crise e Desenvolvimento

Por trás da política da seca no Nordeste brasileiro Isabella Salerno e Gabriela Danielides A água é o recurso natural mais básico e essencial para a vida. Sua escassez preocupa muitos, porém, no Nordeste, esse problema já vem sendo muito preocupante na vida de diversas pessoas, há tempos. Essa crise desencadeou pois essa região possui um baixo índice pluviométrico anual; baixa umidade no ar; clima semiárido; um solo caracterizado por ser seco e rachado; vegetação caatinga; temperaturas elevadas que fazem com que uma parte da água evapore; e o desmatamento da Zona da Mata (..). A política manipula a cabeça dos cidadãos em relação a melhoras na questão hídrica, com a finalidade de ganhar votos, e não resolver os problemas da seca.

Nessa região, ocorre a biopolítica, que é o termo que se refere ao ato de usar questões ambientais na política; como por exemplo para conseguir votos e a satisfação da população diante de certo partido. Para a manipulação do modo de pensar da população se põe em questão o bio poder, a biopolítica, e o racismo ambiental com a exclusão dos cidadãos (o termo "exclusão" dos cidadãos se refere á aqueles que pertencem á classe financeira baixa, na qual, o dinheiro não é suficiente para bancar recursos básicos, como a água na fase da escassez. Por isso se discute a justiça ambiental como meio de distribuir esse recurso para as pessoas) e os problemas da seca no Nordeste brasileiro. Na política, a manipulação e a gestão da vida se tornaram fatores fundamentais para o sistema contemporâneo da mesma.

Os brasileiros sedentos; aqueles que não têm o abastecimento de qualquer recurso hídrico, nem sequer para suas condições básicas e mínima a um ser humano, sofrem da exclusão. Além deles, existem "outsiders" ambientais, e quem faz parte dele não é visto como um cidadão que precisa de apoio para garantir seus direitos; e sim como um voto em potencial à um partido. Segundo informações da pesquisa, "O título de eleitor vale mais do que a identidade ou o cadastro de pessoa física.”, ou seja, os "subcidadãos" que passam sede, fome e não têm as mínimas condições de vida, correspondem a um número absurdamente alto de votos os candidatos que prometem colocar um ponto final nos problemas da região do sertão.

Os políticos acabam fazendo o que no fundo nós ainda tínhamos um pouco de esperança que não fizessem: contando mentiras. Eles usam a seca, que é um dos mais graves problemas do Nordeste brasileiro para chamar a atenção da população e convencer a mesma de que eles farão com que esse problema, não seja mais um obstáculo no cotidiano. Mesmo sabendo que nada mudará, os eleitores acabam se envolvendo com suas propostas, e dando seu voto à eles, mas por fim, acabam percebendo que eles haviam acreditado na historinha que os políticos lhes contaram e assim a política da seca continua.

39

Crise e Desenvolvimento

A poluição dos mananciais e rios na RMSP Thomas Mujica Peebles e Bernardo Cunha Capoferri O início do problema: A pesquisa se trata sobre a importância da água, e a ineficiência do sistema hídrico brasileiro. O problema se tornou evidente alguns anos atrás quando a exclusão social e os danos causados ao ambiente que passaram a diminuir a oferta de recursos hídricos. Esses problemas eram mais evidentes nos mananciais, e seus efeitos neste bioma ainda são amplamente estudados pelos biólogos. Algumas das causas são a falta de planejamento, fiscalização, políticas públicas e especulação mobiliaria. A represa Billings e um exemplo que perdura até hoje, tendo suas águas amplamente poluídas por falta de iniciativa do governo, forçando o estado procurar este recurso em terras mais distantes. A represa inicialmente tinha duas funções abastecimento de energia elétrica e receber o excesso de água do rio tiete para evitar enchentes na metrópole. Com o passar do tempo ela também recebeu a função de abastecer a cidade que ela protegia, o governo tomou medidas para evitar a sua poluição, por exemplo, a lei de proteção dos mananciais, e a instalação de saneamento básico para 250 mil pessoas.

O que não foi feito corretamente para acabar com a poluição: A pesquisa foi feita a partir da leitura sobre diversos livros, revistas e textos científicos como também dos resultados de pesquisas nas bacias hidrográficas do estado de São Paulo. A partir disso foi descoberto que a região sofre um verdadeiro risco de se tornar um local de grande estresse hídrico, assim como as tentativas fracassadas do governo de tentar evitar esta crise, algumas das tentativas foram a lei de proteção dos mananciais, que pensava em evitar que grandes centros urbanos se estabelecessem próximos a represa Billings evitando assim a poluição das águas. Porém ela teve o efeito oposto. A lei causou uma queda do preço da terra ao redor da represa incentivando a entrada de famílias pobres que por não terem saneamento básico passaram a poluir a represa até o estado atual. Outra ação de despoluição iria possibilitar que 250 mil moradores próximos a represa passem a ter saneamento básico que seria pronto para 2014, porem o prazo foi excedido. O maior exemplo da poluição sem rumo que o estado tomou é o rio Tietê que tem as águas mais poluídas do Brasil e uma das maiores do mundo. Culpa disso pode ser dada a população que mesmo vendo o rio se tornar um vazio sem vida, pressionou pouco o governo a tomar uma ação empenhada para a despoluição. A culpa pode também pode ser dada ao governo que falhou em não aceitar métodos que poderiam ter sido mais rápidos e ver que para o rio ser despoluído ele deveria tomar ações simples utilizadas com sucesso em outros países que sofriam de uma situação similar.

40

Crise e Desenvolvimento Como restaurar as águas: Os riscos da poluição dos mananciais em todas as regiões, em especial a de São Paulo foram ignorados até recentemente quando a falta da água passou a chegar as classes sociais mais altas, aumentando a pressão no governo para tomar ações contra o desperdício de água. As ações tomadas foram com as melhores intenções, porem pesquisas e agencias privadas foram as que vieram com as melhores soluções. Algumas dessas resoluções foram restaurar a mata ciliar próxima as represas garantindo assim que a água seria absorvida de volta ao lençol freático, assim como a proteção contra a poluição.

Também foi dito que a floresta amazônica deveria parar de ser desmatada já que ela fornece água para o continente inteiro, assim como a restauração do rio Tietê e seus afluentes.

A resposta para melhorar o sistema hídrico brasileiro seria uma colaboração geral da população e do governo. Por parte da população elas deveriam dar suporte e pressionar o governo para que as ações sejam concluídas e o governo deve tomar ações que evitem que a situação atual se agrave.

41

Crise e Desenvolvimento

42

Crise e Desenvolvimento

43