Foto: Comunicação METROPLAN (Ago/2017)
ESTUDOS DE CONCEPÇÃO E ANTEPROJETOS DE ENGENHARIA DE PROTEÇÃO CONTRA CHEIAS DO RIO GRAVATAÍ E AFLUENTES EM ALVORADA E PORTO ALEGRE/RS
PLANO NACIONAL DE GESTÃO DE RISCOS E RESPOSTAS A DESASTRES NATURAIS PLANO METROPOLITANO DE PROTEÇÃO CONTRA CHEIAS
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, GOVERNANÇA E GESTÃO
1
ÍNDICE
EQUIPE TÉCNICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02 EDITORIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03 ALVORADA E PORTO ALEGRE. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 HISTÓRICO DAS ENCHENTES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05 ÁREA DE ESTUDO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 LEVANTAMENTOS DE CAMPO – SERVIÇOS EXECUTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 LEVANTAMENTOS DE CAMPO – LEVANTAMENTO TOPOBATIMÉTRICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 LEVANTAMENTOS DE CAMPO – LEVANTAMENTO AEROFOTOGRÁFICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 LEVANTAMENTOS DE CAMPO – LEVANTAMENTO GEOTÉCNICO – DIQUES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 LEVANTAMENTOS DE CAMPO – LEVANTAMENTO GEOTÉCNICO – JAZIDAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 LEVANTAMENTOS DE CAMPO – LEVANTAMENTO CADASTRAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 LEVANTAMENTOS DE CAMPO – PLANO SOCIOAMBINETAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11 LEVANTAMENTOS DE CAMPO – ANÁLISE DA QUALIDADE DE ÁGUA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 DIAGNÓSTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13 O SISTEMA DE PROTEÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16 DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO DE PROTEÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 CONSULTAS PÚBLICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 FATORES CONDICIONANTES DA CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
EDITORIAL
PLANO NACIONAL DE GESTÃO DE RISCOS E RESPOSTAS A DESASTRES NATURAIS PLANO METROPOLITANO DE PROTEÇÃO CONTRA CHEIAS O governo federal lançou em 2012 o Plano Nacional
O Plano tem como objetivo preservar vidas huma-
de Gestão de Riscos e Resposta a Desastres Natu-
nas e a segurança das pessoas, minimizar os danos
rais que prevê investimentos em ações articuladas
e os prejuízos decorrentes dos desastres naturais
de prevenção e redução do tempo de resposta às
e, ainda, preservar o meio ambiente. São quatro os
ocorrências.
eixos de ação do Governo:
1
EQUIPE TÉCNICA SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, GOVERNANÇA E GESTÃO
ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS
2
• STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A.: Eng. Civil Adriano Peixoto Panazzolo Geólogo Alexandre Mangoni Galves Biol. Andrea Pedron Eng. Amb. Andressa Krewer Facin Eng Civil Athos Roberto Albernaz Cordeiro Eng. Agr. Aurélio Alves Amaral Chaves Eng. Civil Carlos Alfredo Türck Júnior Eng. Civil Carol Seger Geog. Chaiana Teixeira da Silva Geog. Ciane Fochesatto Economista Clóvis Souza Eng. Civil Daniel Irigoyen Bolsoni Geog. Daniela Viegas Eng. Ftal. Débora Bortoli Sartori Economista Eugênio Miguel Cánepa Eng. Amb. Fernanda Lemos Costa Eng. Civil Glauber Candia Silveira Designer Gráfico Greici Lameirão de Lima Eng. Civil Jaime Gomes Eng. Civil João Paulo Abreu Lima da Rosa Eng. Agr. Lauro Bassi Eng. Civil Leticia Coradini Frantz Eng. Amb. Luis Adriel Pereira Eng. Amb. Maicon Rizzon T.O. Marcela Nascimento Sternick Geog. Matias Pacheco Arq. Roberto Lins Portella Nunes Eng. Amb. Rogério Luis Casagrande
Secretário Carlos Búrigo Secretário-Adjunto Josué Barbosa
METROPLAN • Executivo METROPLAN: Superintendente Pedro Bisch Neto Diretor Enio Jose Horlle Meneghetti • Equipe Técnica METROPLAN: Eng. Civil Paula Branco Pinto Eng. Civil Hariane Machado Marmitt Arq. Jayme Ricardo Machado Keunecke Junior Gest. Amb. Caroline Adorne da Silva Economista Clarisse C. Faria Bittencourt
CONSULTORIA Rhama Consultoria Ambiental
GRUPO DE ACOMPANHAMENTO • Prefeitura de Alvorada: Eng. Civil Marco Aurélio Martins Neto • Prefeitura de Porto Alegre: Eng. Civil Augusto Damiani Eng. Civil Daniela Bemfica Eng. Civil Magda Carmona • Comitê Gravatahy: Norine Paloski • Ministério Público Estadual: Geólogo Nilo Barbosa
02
PREVENÇÃO Contempla obras voltadas à redução do risco de desastres naturais, entre elas, obras estruturantes de prevenção de inundações e deslizamentos, como drenagens, contenção de encostas e cheias em bacias hidrográficas prioritárias;
MAPEAMENTO Identificação de áreas de risco de deslizamentos e enxurradas e mapeamento de risco hidrológico. O eixo engloba ações voltadas aos municípios mais atingidos e com maior histórico de danos humanos causados por desastres, envolvendo deslizamentos, enxurradas e inundações;
MONITORAMENTO E ALERTA
3
Estruturação, integração e manutenção de rede nacional de monitoramento, previsão e alerta, com a operação integrada do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden), coordenado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e do Cenad, vinculado ao Ministério da Integração;
4
RESPOSTA Ações coordenadas de planejamento e resposta a ocorrências, que contam com profissionais da Força Nacional do SUS, além de estoque de medicamentos e materiais de primeiros socorros.
Alinhado com as ações do Governo Federal, o Governo
ais (Alvorada/Porto Alegre e Eldorado do Sul). Esta re-
do Estado do Rio Grande do Sul, por meio da METRO-
vista sintetiza as atividades e estudos realizados pela
PLAN, apresentou as suas propostas de intervenções
Empresa STE - Serviços Técnicos de Engenharia S.A., a
para a Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA),
qual corresponde a 1ª Etapa do Termo de Compromis-
através do Plano Metropolitano de Proteção contra
so nº 0402.492-52 (Estudos de Concepção e Antepro-
cheias. A proposta do Plano Metropolitano de Prote-
jetos de Engenharia de Proteção contra Cheias do Rio
ção contra cheias em linhas gerais é atuar em dois ho-
Gravataí e Afluentes em Alvorada e Porto Alegre- RS),
rizontes de planejamento: no médio/longo prazo, com
ou seja, a elaboração do anteprojeto de engenharia de
estudos e projetos em um nível de bacia hidrográfica
um sistema de proteção contra cheias para município
(Sinos e Gravataí) e no curto prazo, com obras pontu-
de Alvorada e Porto Alegre.
Este Termo de Compromisso foi dividido em etapas, sendo elas: 1ª Etapa
2ª Etapa
3ª Etapa
Estudos e Anteprojeto de Engenharia
Estudos e Relatórios de Impacto Ambiental (EIA-RIMA)
Projetos Básico/Executivo e Execução de Obras
03
ALVORADA E PORTO ALEGRE
A Bacia do Rio Gravataí caracteriza-se fisicamente
Bacias hidrográficas do RS
por apresentar maiores elevações ao norte, meno-
HISTÓRICO DAS ENCHENTES
ALVORADA E PORTO ALEGRE
res ao sul. O rio Gravataí, principal curso d’água da
A Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) en-
dações, agravando ainda mais as suas condições
bacia, forma-se no município de Santo Antônio da
contra-se dentro de uma área de grande frequência
sociais e econômicas, mantendo ainda mais distante
Patrulha, junto a uma extensa área alagadiça conhe-
de inundações ribeirinhas onde vivem 40% da popu-
do padrão econômico e social do restante da RMPA.
cida como Banhado Grande, percorrendo a bacia
lação do Estado do Rio Grande do Sul, que represen-
no sentido oeste-leste, desaguando no Delta do Rio
ta cerca 48% do PIB do Estado. O município de Alvo-
Jacuí, onde se forma o Lago Guaíba (SEMA, 2011).
rada, vizinho a Porto Alegre, possui população com renda inferior a grande parte das cidades da RMPA e
A área de interesse está inserida na RMPA e inter-
está exposto a frequentes inundações na área ribei-
cepta os municípios de Porto Alegre, Viamão e Al-
rinha do rio Gravataí e distribuídas em seu território,
vorada. No contexto hidrográfico, está inserida na
principalmente na sub-bacia do arroio Feijó.
taí (G010), situada na porção nordeste do Rio Gran-
O dique de proteção de inundações ribeirinhas exis-
de do Sul.
tente cobre apenas Porto Alegre. Alvorada, onde parte importante da cidade encontra-se em áreas de risco de inundação, está desprotegida. Esta popula-
Área de estudo
ção, de baixo poder aquisitivo e grande vulnerabili-
Marca da inundação, bairro Sumaré/Alvorada (29/07/2015)
dade, é afetada com grande frequência pelas inun-
Mancha de inundação em 2015
04
05
Foto: STE S.A.
Região Hidrográfica do Guaíba, Bacia do Rio Grava-
ÁREA DE ESTUDO
A área de estudo é compreendida pela região na-
LEVANTAMENTO DE CAMPO
extremo da região estudada. O relevo nesta região da bacia é plano, caracterís-
nho, Feijó, São João e Águas Belas, e, Rio Gravataí,
tica de várzea de rios de planícies, com fortes ten-
dentro dos municípios de Porto Alegre, Alvorada
dências a inundações. Grande parte dessa várzea é
e Viamão. O sul da bacia é caracterizado pelas ca-
ocupada pelas áreas urbanas de Alvorada e Porto
beceiras dos referidos arroios. O Lago Guaíba, foz
Alegre, com registros de desastres dessa natureza.
do rio Gravataí, limita a oeste o trecho de interes-
Ainda são desenvolvidas atividades de agricultura
se da área de estudo, e, a leste, 9 km montante da
irrigada que imprimiram ao sistema hidrográfico
ERS-118, o município de Gravataí delimita oposto
uma malha de canais de irrigação artificiais.
LEVANTAMENTO DE CAMPO Levantamento topográfico
LEVANTAMENTO TOPOBATIMÉTRICO
SERVIÇOS EXECUTADOS
Foram realizados levantamentos de seções topo-
Para subsidiar a elaboração dos estudos de concepção do sistema de proteção contra cheias do rio Gravataí e afluentes foram realizados diversos levantamentos e estudos específicos das características físicas e socioeconômicas da área em estudo.
Seções Topobatimétricas
batimétricas transversais no rio Gravataí e nos rios e canais internos da área de estudo. A largura das seções no rio Gravataí foi de 2.500 metros (2,5 km) cada. Já o levantamento das seções dos arroios internos tiveram espaçamento médio de 50 metros, com largura estimada de até 50 metros. Foi realizado o cadastro de todas as obstruções ao fluxo, como pontes e barreiras, e representadas mudanças bruscas em declividade e também estreitamento de seções, totalizando 435 (quatrocentos e trinta e cinco) seções transversais nos arroios e ca-
Registro da inundação, bairro Industrial/Alvorada (29/07/2015)
Foto: STE S.A.
nais internos.
06
CURSO HÍDRICO
QUANTITATIVO DE SEÇÕES
Rio Gravataí
12
Arroio Santo Agostinho
36
Arroio Feijó
11
Arroio São João
116
Arroio Águas Belas
260
07
Levantamento topográfico
Foto: STE S.A.
é, bacias hidrográficas, do Arroio Santo Agosti-
Foto: STE S.A.
tural de convergência das águas das chuvas, isto
LEVANTAMENTO DE CAMPO
LEVANTAMENTO AEROFOTOGRÁFICO
Área de Restituição Aerofotogramétrica
A Restituição Aerofotogramétrica é um processo de
LEVANTAMENTO DE CAMPO
LEVANTAMENTO GEOTÉCNICO – DIQUES Considerando o aspecto linear do projeto dos di-
tares de consistência mole), as prospecções geo-
ques, bem como a perspectiva de ocorrência de
técnicas foram executadas da seguinte forma:
solos típicos de várzeas inundáveis (solos sedimen-
mapeamento digital que contém dados planimétricos e altimétricos a partir de fotografias aéreas digitais e de dados de controle geodésico, por meio
SONDAGENS SISTEMÁTICAS
de instrumentos ou sistemas fotogramétricos, consistindo na transferência dos elementos da imagem
Furos à Percussão (SP), com espaçamento entre furos da ordem de aproximadamente 200m (em mé-
fotográfica para um original de restituição sob a for-
dia) ao longo do eixo do Dique Principal e espaçamento variável até 1km nos demais diques;
ma de vetores (mapa de traço). O recobrimento da área envolvida no projeto foi realizado a partir de 163 (cento e sessenta e três) fotografias aéreas digitalizadas, em escala de vôo aproximada de 1:6.000
SONDAGENS EM LOCAIS ESPECIAIS
e com distância focal de 151,98 mm, com uma área
Furos à Percussão (SPT) em todos os locais com possibilidade de Obras Especiais, tais como Casa
total de restituição de, aproximadamente, 37,17 km².
de Bombas e/ou Estruturas de Concreto, o que provavelmente ocorrerá nos cruzamentos dos arroios existentes com o traçado dos diques;
Foram gerados arquivos vetoriais com a edição da toponímia, o fechamento de todos os polígonos e a estruturação em pranchas. A restituição foi elabo-
SONDAGENS E ENSAIOS GEOTÉCNICOS ESPECIAIS
rada nos níveis temáticos, por exemplo, edificação,
Os aluviões da várzea do rio Gravataí são reconhecidamente caracterizados pela ocorrência de solos
hidrografia, via, poste, muro, cerca, vegetação, cur-
moles, de espessura e características variáveis, alternados com camadas de solos mais resistentes.
va de nível, linha de transmissão, entre outros.
Como as sondagens SPT são precárias para determinação de parâmetros geotécnicos confiáveis de solos moles (resistência e compressibilidade), para o estudo destes solos foram executados ensaios mais específicos, tais como CPTu (piezocone), ensaios de dissipação de poropressão e Ensaios de
08
09
Cravação do trado helicoidal
Foto: STE S.A.
Acompanhamento em tempo real da resistência do solo não drenada aplicando torque a uma rotação de 6 graus/minuto
Foto: STE S.A.
Palheta (Vane Test).
LEVANTAMENTO DE CAMPO
LEVANTAMENTO DE CAMPO
LEVANTAMENTO GEOTÉCNICO – JAZIDAS
LEVANTAMENTO CADASTRAL
Com base nas investigações geotécnicas dos di-
Nos locais foram colhidas amostras de solo inde-
Essa etapa do estudo corresponde ao cadastramen-
ques, foi possível verificar a demanda por material
formada e deformada para ensaios geotécnicos em
to das edificações existentes na área de abrangên-
para composição do maciço terroso. Desta forma
laboratório, com ênfase para identificação das po-
cia partindo da premissa de que o conhecimento
foram considerados os possíveis locais de jazidas.
tencialidades de solos para uso em aterros.
da realidade social, cultural e econômica da popu-
LOCAL
lação é fundamental para as intervenções do poder Foram executadas sondagens a trado com o intuito
Os critérios básicos definidos para os estudos preli-
público. A finalidade é identificar todas as famílias
de descrever os estratos in loco verificando a mor-
minares das jazidas de solo foram os seguintes (em
que habitam a área de abrangência do projeto, bem
cada local):
como subsidiar o desenvolvimento de projetos de
fologia das camadas.
urbanização de proteção as cheias do Rio Gravataí e afluentes que afligem os municípios envolvidos
EDIFICAÇÕES QUESTIONÁRIOS IDENTIFICADAS APLICADOS
Arroio Feijó
261
243
Arroio São João
464
416
Arroio Águas Belas
454
415
nesse projeto.
FUROS A TRADO Execução de Sondagens Manuais (Poço/Trado), com pelo menos 4 furos em cada Jazida que permita estudo de perfil geológico-geotécnico representativo. A profundidade de cada furo foi de 4,00m/ furo. A cubagem de cada ocorrência será estimada pelo reconhecimento de campo, com apoio da cartografia existente, bem como imagens do Google Earth;
COLETA DE AMOSTRAS PARA ENSAIOS GEOTÉCNICOS COMPLETOS Específico Natural (determinado em campo); Análise Granulométrica por Peneiramento e Sedimentação; Limites de Plasticidade e Liquidez, bem como ensaios de compactação Proctor Normal e inter-
Cadastramento das edificações: Arroio Feijó
mediário e de ISC. Estes ensaios geotécnicos possibilitaram o uso de correlações geotécnicas para
Cadastramento das edificações: Arroio São João
Foto: STE S.A.
execução dos seguintes ensaios geotécnicos: Determinação do Teor de Umidade Natural e do Peso
Foto: STE S.A.
Em cada furo foram coletadas amostras representativas nas profundidades pré-estabelecidas, para
estimativa preliminar de propriedades tais como a compressibilidade, permeabilidade, etc., ademais
Equipe realizando o cadastramento das edificações
10
Perfuração com trado mecânico
Foto: STE S.A.
Primeiro metro com diâmetro maior para coleta de amostra indeformada para determinar densidade e umidade natura
Foto: STE S.A.
PLANO SOCIOAMBIENTAL O Projeto de Trabalho Socioambiental abrange um
tação e manutenção do processo de desapropriação
conjunto de ações que visam promover a autono-
(Indenização/Reassentamento/Compra Assistida),
mia e o protagonismo social, planejadas para criar
adequando as necessidades e a realidade dos grupos
mecanismos capazes de fomentar a participação da
sociais atendidos, além de incentivar a gestão parti-
comunidade nos procedimentos de decisão, implan-
cipativa para a sustentabilidade do empreendimento.
11
Foto: STE S.A.
Cadastramento das edificações: Arroio Águas Belas
Foto: STE S.A.
da Classificação Geotécnica pelo Sistema Unificado de Solos (SUCS).
LEVANTAMENTO DE CAMPO
DIAGNÓSTICO
LOCAL PH
Para a avaliação de campo da qua-
CE (μS/ CM)
OD TURBI(MG/L DEZ (NTU) O2)
CLASSE (CONAMA Nº 357/05) PH
OD
TURBIDEZ
de perdas de oportunidades econômicas. A conso-
mica demonstraram a fragilidade às inundações
lidação das áreas factíveis de inundação totalizam
na região, haja vista o elevado número de edifica-
uma área de 53.300.000 m².
ções dentro das Áreas de Preservação Permanente (APPs) dos cursos de água e várzea de inundações.
Um dos fatores que agrava as enchentes é a deposição inadequada de resíduos sólidos nos corpos
Alvorada
6,78
83
4,19
20
1
3
1
SN1-2
Alvorada
6,93
104
7,49
23
1
1
1
prejuízos elevados, sendo alguns não quantificáveis
hídricos, pois diminuem a seção de escoamento
AB-01
Viamão
6,75
97
6,82
17
1
1
1
economicamente, pela sua natureza intrínseca rela-
nos arroios, traz consequências diretas a drenagem
AB-02
Porto Alegre/Viamão
6,41
181
6,01
17
1
1
1
cionados a danos psicológicos, de saúde pública e
pluvial urbana.
AB-03
Porto Alegre/Viamão
6,83
19
7,71
53
1
1
2
Através dessas, constatou-se que
AB-04
Alvorada
6,97
174
7,22
112
1
1
4
independente da vazão dos ar-
AB-05
Alvorada
6,94
331
2,62
15,1
1
4
1
roios os impactos sobre a qualida-
SJ-01
Alvorada
6,04
393
3,8
0,6
1
4
1
de da água na rede de drenagem
SJ-02
Alvorada
7,08
732
1,72
20
1
4
1
da área em estudo são primor-
SJ-03
Alvorada
6,91
719
1,75
30
1
4
1
dialmente de origem orgânica, ou
AF-01
Viamão
6,26
424
5,07
13,6
1
2
1
seja, derivados do aporte direto
AF-02
Porto Alegre/Viamão
7,27
47
8,03
3,9
1
1
1
AF-03
Alvorada
6,61
326
4,9
14,7
1
3
1
AF-04
Porto Alegre/Alvorada
6,27
422
3,18
19,4
1
4
1
AF-05
Porto Alegre/Alvorada
7,03
406
3,75
12
1
4
1
perficial, ou jogados diretamente
SA-01
Porto Alegre
7,61
539
1,4
22
1
4
1
nos arroios.
SA-02
Porto Alegre
6,99
722
1,42
21
1
4
1
locais de amostragem que representassem as diferentes situações de ocupação das microbacias.
de esgoto sanitário não tratado e de resíduos sólidos dispostos nas bacias que alcançam os corpos d’água através do escoamento su-
Coleta de água
Foto: STE S.A.
CÓDIGO PONTO
RESULTADOS 2ª CAMPANHA (CHUVA) (29/08/2016) LOCAL
CLASSE (CONAMA Nº 357/05)
PH
CE (μS/ CM)
OD TURBI(MG/L DEZ (NTU) O2)
PH
OD
TURBIDEZ
SN1-1
Alvorada
7,18
57
6,59
1011
1
1
4
SN1-2
Alvorada
7,34
95
6,81
52
1
1
2
AB-01
Viamão
7,01
81
6,42
28
1
1
1
AB-02
Porto Alegre/Viamão
6,93
135
5,84
71
1
2
2
AB-03
Porto Alegre/Viamão
7,43
24
7,22
56
1
1
2
AB-04
Alvorada
7,23
179
6,33
156
1
1
4
AB-05
Alvorada
7,21
254
3,76
110
1
4
4
SJ-01
Alvorada
6,27
316
4,99
1,44
1
3
1
SJ-02
Alvorada
7,27
292
4,35
259
1
3
4
SJ-03
Alvorada
7,18
328
4,31
147
1
3
4
AF-01
Viamão
6,71
269
4,68
169
1
3
4
AF-02
Porto Alegre/Viamão
7,24
44
7,11
13,8
1
1
1
AF-03
Alvorada
6,73
178
6,11
66,2
1
1
2
AF-04
Porto Alegre/Alvorada
6,25
276
5,34
160
1
2
4
AF-05
Porto Alegre/Alvorada
7,39
290
4,98
55
1
3
2
SA-01
Porto Alegre
7,65
297
4,82
118
1
3
4
SA-02
Porto Alegre
6,32
357
4,76
51
1
3
2
12
Residências irregulares junto ao arroio Feijó Alvorada (17/07/2015)
Resíduos na APP do arroio Águas Belas Alvorada (17/08/2015)
Foto: STE S.A.
lidade da água foram selecionados
Foto: STE S.A.
SN1-1
Essas têm caráter sazonais e vem proporcionando
13
Residências junto a APP do arroio Águas Belas Alvorada (17/07/2015)
Resíduos depositados junto às margens do arroio São João Alvorada (17/08/2015)
Foto: STE S.A.
CÓDIGO PONTO
RESULTADOS 1ª CAMPANHA (SECO) (04/09/2015)
O histórico de cheias e a modelagem hidrodinâ-
Foto: STE S.A.
Resultados das campanhas realizadas
ANÁLISE DA QUALIDADE DA ÁGUA
DIAGNÓSTICO
Além dos resíduos, o assoreamento dos cursos de
A fim de consolidar os elementos estudados foi
água aliado ao comprometimento da rede de dre-
elaborado um mapa unificando as áreas de conflito
nagem pluvial contribui para o agravamento das
oriundas dos temas de planejamento urbano (uso
enchentes, limitando o escoamento das águas plu-
do solo sobre planejado), legislação ambiental (uso
viais internas, causando transbordamento nas bo-
do solo sobre APP), processos erosivos (áreas de-
cas de lobo. Soma-se a isso o crescente estado de
gradadas) e aglomerados subnormais (sobre APP e
impermeabilização do terreno, causando aumento
zonas de preservação dos planos diretores). Esses
da velocidade e volume do escoamento superficial.
locais, aqui denominados de área geral de conflito,
DIAGNÓSTICO
totalizaram aproximadamente 1.040 ha e represenVerifica-se ainda o lançamento de esgoto de for-
tam 7% da área de estudo.
ma inapropriada, que deteriora a qualidade dos recursos hídricos, inserindo e proliferando focos
Face ao exposto, os impactos ambientais negativos
de doenças de veiculação hídrica a população. As
sem o empreendimento são os que levaram à pro-
análises de qualidade de água realizadas em campo
posição deste projeto de construção do dique.
EROSÃO, TRANSPORTE E DEPOSIÇÃO DE SEDIMENTOS
Registro da inundação, bairro Sumaré/Alvorada (29/07/2015)
As cheias exacerbam a energia das águas pluviais e provocam erosão, transporte e deposição de sedimentos, os quais interferem diretamente na qualidade das águas e na vida aquática;
Áreas de pressão social
CONTAMINAÇÃO DO SOLO Embora haja o aporte de sedimentos que podem levar a maiores níveis de fertilidade aos solos, estes podem também trazer (adsorvidos) elementos que contaminam o solo, tais como metais pesados e outros elementos tóxicos em geral;
DESTRUIÇÃO DA VEGETAÇÃO E FAUNA Como consequência da invasão das áreas ribeirinhas pela água das cheias, pode haver a destruição da vegetação, derivada da submersão e de danos da força das águas, bem como de elementos tóxicos adsorvidos aos sedimentos depositados nestas áreas, e ainda impactar a fauna que depende dela para o ciclo de vida;
DEGRADAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA A degradação das águas, conforme anteriormente destacado, dá-se em especial pelo processo erosivo gerado nas ondas de cheias e a consequente geração de sedimentos e seu transporte até os cursos d’água junto com material orgânico de origens diversas.
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Foto: STE S.A.
demonstram a degradação dos cursos de água.
O SISTEMA DE PROTEÇÃO
O SISTEMA DE PROTEÇÃO
Sistema de proteção
O sistema de proteção é composto por diques de pro-
acima das águas verificadas pela inundação de ju-
um custo de R$ 1.300 bilhões para o sistema, sub-
teção contra cheias das águas do rio Gravataí e para
lho 2015, a mais crítica dos últimos 250 anos. Com
divididos nesses 07 (sete) polders. Mais de 1.500
seus afluentes arroios Santo Agostinho, Feijó, São
a implantação dos diques serão criados 07 (sete)
famílias serão removidas de áreas de risco e rece-
João e Águas Belas. Esse sistema protegerá e evitará
polders, conforme pode ser verificado na Figura.
berão nova estrutura adequada. Já está previsto a
danos as famílias ribeirinhas atingidas anualmente,
A seleção preliminar dos maciços de terra entre as alternativas possíveis levou em consideração as características geotécnicas e espessuras dos solos moles locais, além das premissas da NBR 6122 (Projeto e Execução de Fundações) e as diretrizes da norma DNER-PRO 381/98 (Projeto e Execução de Aterros sobre solos moles para obras viárias).
reserva de R$ 223 milhões que iniciará parte das
com probabilidades inferiores de 0,5% em relação
A drenagem das águas pluviais dos polders se dará
ao rio Gravataí e 4% aos seus afluentes, todo ano.
por estações de bombeamento estrategicamente
Estima-se que serão evitados danos da ordem de
posicionadas. Em função da implantação do dique
Ao longo do Dique Principal, foi prevista uma via
R$ 572 milhões e protegidas mais de 5.700 famílias.
serão construídas 19 (dezenove) pontes novas de
rodoviária, iniciando na Av. Assis Brasil em Porto
obras desse sistema de proteção.
acessos a região, dessassoreados cursos de águas,
Alegre até a Perimetral Metropolitana (em fase de
Os diques se estendem desde a várzea do rio Gra-
construídas 8,5 km estradas de acesso novas, bem
projeto), com 03 (três) pontes projetadas. Já nos
vataí até a Av. Getúlio Vargas perfazendo uma cota
como, interceptores novos de esgoto sanitário e
Diques Internos foi prevista uma estrada vicinal
de coroamento da elevação superior a EL 7,7 m,
27,7 km canais de macrodrenagem. Foi estimado
para acesso e manutenção dos obras.
16
17
O SISTEMA DE PROTEÇÃO
Quantitativos de pontes
Altura do Dique Principal e borda livre
ARROIO
N° DE PONTES
DIQUE PRINCIPAL
COTA DE COROAMENTO DO DIQUE
Águas Belas
06
Junto a Assis Brasil
6,7 m
Feijó
03
Arroio Santo Agostinho
7,0 m
Arroio Feijó
7,4 m
Arroio São João
7,7 m
Arroio Águas Belas
7,9 m
Junto a Ponte da ERS-118 (jusante)
8,7 m
Santo Agostinho
São João
Total
04
06
19
O SISTEMA DE PROTEÇÃO
CRITÉRIO ADOTADO
Tempo de retorno (Tr) 200 anos no rio Gravataí
Altura dos Diques internos e borda livre BORDA LIVRE ACIMA DO N.A. MÁXIMO MODELADO
2,2 m
Estações de bombeamento
DIQUES INTERNOS
COTA DE COROAMENTO DO DIQUE
CRITÉRIO ADOTADO
BORDA LIVRE EM N.A. MÁXIMO MODELADO
Foz do Feijó
7,4 m
Tr 200 anos no rio Gravataí
2,2 m
1,8 km da Foz do Feijó
7,4 m
Tr 25 anos
1,0 m
2,5 km da Foz do Feijó
7,8 m
Tr 25 anos
1,0 m
2,7 km da Foz do Feijó
8,1 m
Tr 25 anos
1,0 m
2,9 km da Foz do Feijó
8,5 m
Tr 25 anos
1,0 m
3,0 km da Foz do Feijó
8,6 m
Tr 25 anos
1,0 m
3,3 km da Foz do Feijó até Av. Presidente Getúlio Vargas
9,0 m (Nível do terreno)
Tr 25 anos
–
Foz do Santo Agostinho
7,4 m
Tr 200 anos no rio Gravataí
2,2 m
3 km da Foz do Santo Agostinho
7,5 m
Tr 25 anos
1,0 m
3,8 km da Foz do Santo Agostinho
7,8 m
Tr 25 anos
1,0 m
4 km da Foz do Santo Agostinho
8,0 m (nível do terreno)
Tr 25 anos
–
Foz do São João
7,7 m
Tr 200 anos no rio Gravataí
2,2 m
2,8 km da Foz do São João
8,0 m
Tr 25 anos
1,0 m
2,9 km da Foz do São João
8,5 m
Tr 25 anos
1,0 m
3,0 km da Foz do São João
8,7 m
Tr 25 anos
1,0 m
3,1 km da Foz do São João até o terreno natural
9,0 m
Tr 25 anos
–
Foz do Águas Belas
7,9 m
Tr 200 anos no rio Gravataí
2,2 m
3,5 km da Foz do Águas Belas
8,5 m
Tr 25 anos
1,0 m
3,7 km da Foz do Águas Belas
9,0 m
Tr 25 anos
1,0 m
4,0 km da Foz do Águas Belas
9,8 m
Tr 25 anos
1,0 m
4,1 km da Foz do Águas Belas
10,1 m
Tr 25 anos
1,0 m
4,2 km da Foz do Águas Belas
10,2 m
Tr 25 anos
1,0 m
4,4 km da Foz do Águas Belas
10,8 m
Tr 25 anos
1,0 m
4,5 km da Foz do Águas Belas até a Av. Presidente Getúlio Vargas
11,0 m (nível do terreno)
Tr 25 anos
–
ESTAÇÕES DE BOMBEAMENTO
BACIA HIDROGRÁFICA
Nº DE BOMBAS PREVISTAS
VAZÃO TOTAL (M3/S) DE BOMBEAMENTO
NOME DO RESERVATÓRIO
VOLUME DO RESERVATÓRIO (M3)
EBFJ01
Feijó
4
10,0
AF-06
70.000
EBFJ02
Feijó
4
6,0
SJ-01
310.000
EBFJ03
Feijó
4
6,0
AF-07
75.000
EBFJ04
Feijó
4
6,0
AF-08
135.000
EBFJ05
Feijó
3
4,5
AF-09J
100.000
EBFJ06
Feijó
4
6,0
-
-
Total
Feijó
23
38,5
-
690.000
EBSA01
Santo Agostinho
4
6,0
AF-09 m
150.000
EBSA02
Santo Agostinho
5
7,50
-
-
EBSA03
Santo Agostinho
4
6,0
-
-
Total
Santo Agostinho
13
19,5
EBSJ01
São João
3
4,5
SJ-01
220.000
EBSJ02
São João
2
3,0
-
-
EBSJ03
São João
2
3,0
-
-
EBSJ04
São João
4
10,0
Total
São João
11
20,5
EBAB02
Águas Belas
4
6,0
-
-
EBAB03
Águas Belas
4
10,0
-
-
• Pontes;
EBAB04
Águas Belas
3
13,5
-
-
• Casas de bombas;
EBAB05
Águas Belas
3
4,5
-
-
EBAB06
Águas Belas
3
7,5
-
-
EBAB07
Águas Belas
4
6,0
AB-07
120.000
Total
Águas Belas
21
47,5
18
150.000
220.000
120.000
• Dragagem; • Aterro;
• Bacias de reservação; • Readequação do sistema de drenagem pluvial e esgotamento sanitário; • Realocação; • Indenização.
Funcionamento do sistema
19
O SISTEMA DE PROTEÇÃO
O SISTEMA DE PROTEÇÃO
SEÇÃO TIPO 1 – DIQUE PRINCIPAL
SEÇÃO TIPO 1 – DIQUE DOS ARROIOS
Maciços a executar sobre aterros de diques existentes, já consolidados, mas que necessitam alarga-
Trechos sem a presença de edificações nas margens, onde serão realizadas escavações dos taludes
mentos para conformar às geometrias previstas em projeto (exemplo: trecho inicial do Dique Princi-
e dragagens e execução de dique de terra, com aterro compactado e reforço da base com emprego
pal nas proximidades da FIERGS).
de geogrelhas nas duas margens.
LADO RIO GRAVATAÍ COLCHÃO RENO
REFORÇO DA BASE COM GEOGRELHAS
1
MARGEM SEM EDIFICAÇÕES
LADO POLDER
ESTRADA
COLCHÃO RENO
GRAMA NATIVA
3
2
BERMA EXTERNA
ATERRO
MARGEM SEM EDIFICAÇÕES
GRAMA NATIVA
1
ATERRO EXISTENTE
1
(TRECHO FIERGS)
COLCHÃO RENO
GRAMA NATIVA
COLCHÃO RENO
2
2
ATERRO
COLCHÃO DE AREIA
ATERRO
ARROIO 2
GEOGRELHA
1
GEOGRELHA
1 DRAGAGEM
GEODRENOS CAMADA SOLOS MOLES
CAMADA SOLOS MOLES CAMADA RESISTENTE
CAMADA RESISTENTE SEÇÃO TIPO 1
SEÇÃO TIPO 2 – DIQUE DOS ARROIOS
SEÇÃO TIPO 2 – DIQUE PRINCIPAL
Trechos com presença de ocupações e/ou populações ribeirinhas em uma só margem, as
Maciços a executar em trechos de solos moles espessos (virgens), com necessidade obrigatória de
intervenções de estabilização com muros verticais poderão ser executadas somente na margem
aceleração de recalques e melhoria da estabilidade com o emprego de geossintéticos como reforço
ocupada, sendo a margem oposta conformada apenas com operações de terraplenagem. DIQUES INTERNOS - DI - SEÇÕES 1, 2 e 3
DIQUES INTERNOS - DI - SEÇÕES 1, 2 e 3
da base dos aterros (aterros Classe II).
MARGEM SEM EDIFICAÇÕES
MARGEM COM EDIFICAÇÕES
SECOES_DP_DI.dwg
SECOES_DP_DI.dwg
LADO RIO GRAVATAÍ COLCHÃO RENO
REFORÇO DA BASE COM GEOGRELHAS
LADO POLDER
COLCHÃO RENO
COLCHÃO RENO
GRAMA NATIVA 1
BERMA EXTERNA
GRAMA NATIVA
3
3
BERMA INTERNA
1
ATERRO
1
ESTRADA
GRAMA NATIVA
COLCHÃO RENO MURO CONCRETO
2
PRÉ-MOLDADO
ATERRO
COLCHÃO DE AREIA
2
GEOGRELHA
2
ATERRO
ARROIO
1
1
1,5
1
GEOGRELHA
DRAGAGEM GEODRENOS
ESCAVAÇÃO PROVISÓRIA COM REATERRO
CAMADA SOLOS MOLES
CAMADA SOLOS MOLES
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO CAMADA RESISTENTE
CAMADA RESISTENTE
SEÇÃO TIPO 2
SEÇÃO TIPO 3 – DIQUE PRINCIPAL Maciços a executar nas proximidades de estruturas sensíveis ou rígidas, para minimizar recalques diferenciais e/ou de interface (aterros Classe I).
SEÇÃO TIPO 3 – DIQUE DOS ARROIOS Trechos com ambas as margens ocupadas serão utilizados muros de concreto pré-moldado sobre estacas, na calha menor dos arroios, e dique de terra na parte superior em ambas as margens.
DIQUES INTERNOS - DI - SEÇÕES 1, 2 e 3
LADO RIO GRAVATAÍ
LADO POLDER GRAMA NATIVA GRAMA NATIVA
COLCHÃO RENO LAJE DE CONCRETO ARMADO
MARGEM COM EDIFICAÇÕES
1
MARGEM COM EDIFICAÇÕES
DIQUES INTERNOS - DI - SEÇÕES 1, 2 e 3
SECOES_DP_DI.dwg
1,5
1,5
GRAMA NATIVA
1
ESTRADA
ATERRO
1
COLCHÃO DE AREIA GEOGRELHA
2
GRAMA NATIVA
COLCHÃO RENO
BERMA INTERNA
SECOES_DP_DI.dwg
MURO CONCRETO ATERRO 1,5
PRÉ-MOLDADO
ARROIO
2 ATERRO
1
1
1,5
1
GEOGRELHA
DRAGAGEM
ESTACAS DE CONCRETO PRÉ-MOLDADAS
CAMADA SOLOS MOLES
CAMADA SOLOS MOLES
ESCAVAÇÃO PROVISÓRIA COM REATERRO
ESCAVAÇÃO PROVISÓRIA COM REATERRO
COLCHÃO RENO
CAMADA RESISTENTE
ESTACAS PRÉ-MOLDADAS DE CONCRETO
CAMADA RESISTENTE
SEÇÃO TIPO 3
20
21
DESCRIÇÃO DO FUNCIONAMENTO DE PROTEÇÃO
O sistema de proteção contra cheias composto por
que os níveis dos arroios e rio Gravataí estejam bai-
diques de contenção, estações de bombeamento de
xos, o escoamento pluvial se dará sem o uso das
drenagem, reservatórios de detenção de cheias e rede
estações de bombeamento, condição atualmente
pluvial de macrodrenagem (galerias e canais abertos
verificada na região. O controle do uso das casas
de drenagem), terá um funcionamento conjunto e sín-
de bombas se dará pelos níveis de águas nos canais
crono de maneira a atender chuvas de Tr 25 anos e
de macrodrenagem pluviais.
CONSULTAS PÚBLICAS
3ª Reunião Pública
2ª Reunião Pública
enchente da ordem de Tr 200 anos do rio Gravataí. reservatórios de laminação de cheias, que estarão
que os níveis de água do rio Gravataí e/ou o níveis
cheios de águas toda vez que chover, podendo ou
de água dos afluentes ao referido rio estejam eleva-
não, manterem-se nesta condição por vários dias
dos, represando naturalmente o escoamento oriun-
consecutivos. Esses reservatórios foram projetados
dos dos canais de macrodrenagem pluvial projeta-
para minimizar o número de bombas e diminuir o
dos dentro dos polders. Na situação contrária, em
risco de alagamento por falta de energia elétrica.
Realizada em 14 de junho de 2017 92 participantes
Realizada em 08 de junho de 2016 77 participantes
FATORES CONDICIONANTES DA CONSTRUÇÃO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
CONSULTAS PÚBLICAS A elaboração dos estudos de concepção do sis-
A implantação do sistema de proteção contra
Famílias serão removidas de áreas de risco a inunda-
tema de proteção contra cheias do rio Gravataí e
cheias provoca a necessidade de alterações no Pla-
ção e áreas serão desapropriadas para construção de
Afluentes foi acompanhada pela comunidade, atra-
no Diretor de Desenvolvimento Urbano e Ambien-
bacias de reservação de águas pluviais. Haverá ne-
vés de reuniões públicas, que aconteceram em 03
tal de Alvorada, Porto Alegre e Viamão, sugerindo
cessidade de convívio ainda, até a completa implan-
(três) momentos distintos: o 1º no início dos estu-
áreas permanentes de proteção contra ocupação,
tação do sistema de proteção de cheias oriundas do
dos quando foi realizada a reunião para a apresen-
bem como, alteração dos valores atualmente prati-
rio Gravataí, visto que os recursos financeiros para
cados para taxa de ocupação do solo.
construção do dique estão limitados a 1 ou 2 polders.
1ª Reunião Pública
tação do plano de trabalho ocorrida em 01 de julho
Foto: STE S.A.
As casas de bombas funcionarão na situação em
Foto: STE S.A.
Aliada as casas de bombas, estão sendo previstos
de 2015; a 2ª reunião pública realizada em 08 de junho de 2016, quando foram apresentados os levantamentos de campo realizados, o diagnóstico das enchentes, as alternativas de traçado dos diques em estudo e as atividades previstas e em desenvolvimento e na 3ª reunião pública, realizada em 14 de junho de 2017, quando foi apresentada a concepção
A definição da data e local de todos os eventos aconteceu nas reuniões do Grupo de Trabalho, senRealizada em 01 de julho de 2015 150 participantes
do que os (03 (três) eventos foram realizados no município de Alvorada, na sede da Prefeitura Muni-
Foto: STE S.A.
final do sistema de proteção contra cheias.
cipal de Alvorada, localizada na rua Presidente
Registro da inundação, bairro Industrial/Alvorada (29/07/2015)
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Foto: STE S.A.
Vargas, nº 2266, Bairro Sumaré.
EXECUÇÃO:
APOIO:
REALIZAÇÃO:
SECRETARIA DE PLANEJAMENTO, GOVERNANÇA E GESTÃO
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