Revista Conexão Bahia 216 - Sebrae

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A ideia de processar e distribuir o leite, que era produzido no local onde hoje está a sede da fábrica de Laticínios Dengo, surgiu há muitos anos, quando o leite “cru”, produzido na fazenda localizada em São Sebastião do Passé na Região Metropolitana de Salvador, era transportado para a capital baiana em latões de alumínio por intermediários. Somente em 1984 foi instalada uma usina de beneficiamento de leite. Na época, o empreendimento nasceu através do produtor rural, Antônio Francisco Teixeira, que falecera em janeiro de 2007. “A fazenda produzia cerca de 800 litros de leite por dia. Antes da fábrica, este leite era vendido a intermediários que, muitas vezes, o transportava até a cidade de Salvador, para revendê-lo, sem a devida preocupação com as questões sanitárias. A criação da usina permitiu a certificação da origem do leite, entre outras questões de segurança alimentar”, explicou Caio Teixeira, que herdou do pai a empresa familiar, e passou a administrar os negócios com o irmão, Rafael Bruno Teixeira. A grande mudança veio mesmo em 2015, quando os irmãos decidiram procurar o Sebrae, com o objetivo de expandir o leque de produtos e oferecer muito mais que leite pasteurizado integral, passando a investir em derivados, como iogurtes e creme de leite. “Decidimos procurar o Sebrae para nos apoiar nas decisões. Já tínhamos decidido expandir, porém não estávamos muito seguros sobre qual caminho tomar.” De acordo com o empresário, “o apoio do Sebrae foi fundamental, desde a pesquisa de mercado, pla-

Após um longo período de preparação, que começou em 2015, os novos produtos foram inseridos no mercado este ano

nejamento, design de embalagem e posicionamento no mercado. Foi um apoio decisivo. Posso dizer que mudei muita coisa no meio do caminho, conforme vinham os resultados das consultorias”, contou Caio Teixeira, um dos proprietários da fábrica.

Consultorias Além da consultoria sobre registro da marca, os irmãos empresários também fizeram consultoria de mercado, para entender melhor o público-alvo e investiram no desenvolvimento do design da embalagem. “A consultoria me fez rever a ideia que eu tinha sobre a colocação do produto no mercado e o novo design de embalagem me rendeu muitos elogios”, disse Caio. Segundo a técnica do Sebrae, Shirlei Santos, em 2015, quando os sócios da fábrica procuraram o Sebrae, a pesquisa de mercado foi a primeira orientação dada. “Nós orientamos a realização de uma pesquisa de mercado em duas etapas: nos atuais clientes deles que compravam leite e no mercado de varejo em Sal-

vador. A pesquisa orientou sobre os tipos de iogurte, embalagens, preços praticados e oportunidades para o produto no mercado, definindo estratégias de inserção do produto no mercado”, explicou Shirlei. “Tudo isso agregou mais valor ao produto, dando possibilidade de maiores resultados financeiros e crescimento”, ressaltou. Após um longo período de preparação, no início de 2017, os novos produtos foram inseridos no mercado. Caio disse que o mercado ainda é muito competitivo no varejo para o iogurte, mas foi bastante receptivo para o creme de leite. A empresa, que começou com apenas dois funcionários, hoje conta com 15 colaboradores e tem na cartela de clientes grandes hotéis, hospitais, cantinas, indústrias e delicatessens. “Fazemos principalmente vendas ‘business to business’ [comércio estabelecido de empresa para empresa]. A busca do mercado varejista é um novo desafio, o que já era previsto e planejado, desde que contratamos uma pesquisa de mercado junto ao Sebrae”, comemorou o empresário.

SEBRAE BAHIA

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