Revista 08 - SBOT-ES - jul/ago 2010

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Revista 08 jul/ago ano 2010

AO Trauma Um dos cursos mais importantes de tratamento cirúrgico de fraturas do mundo esteve em Vitória

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Carta do Presidente

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Matéria Especial

Artigo SBOT-ES

3 Raio X 4 12 20

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Entrevista

Dicas SBOT-ES

Artigo SBOT-ES


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COMBINAÇÃO COM EXCELENTE PERFIL DE SEGURANÇA.1,2

Diminuição da dor1

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• Ajuda na recuperação da mobilidade articular.1

glicosamina

• Estimula a síntese de proteoglicanos.3 • Efeito anti-inflamatório.3

condroitina

• Estimula a síntese de hialuronato e proteoglicanos.3 Posologia indicada:

X

ao dia

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Artrolive é contraindicado em pacientes que apresentem hipersensibilidade a quaisquer componentes de sua fórmula.4 É recomendável que pacientes diabéticos monitorem seus níveis sanguíneos de glicose mais frequentemente durante o tratamento com Artrolive.4 INFORMAÇÕES PARA PRESCRIÇÃO: ARTROLIVE. sulfato de glicosamina + sulfato de condroitina. MS – 1.0573.0286. INDICAÇÕES: ARTROLIVE é indicado para osteoartrite, osteoartrose ou artrose em todas as suas manifestações. CONTRA-INDICAÇÕES: ARTROLIVE É CONTRA-INDICADO EM PACIENTES QUE APRESENTEM HIPERSENSIBILIDADE A QUAISQUER DOS COMPONENTES DE SUA FÓRMULA; GRAVIDEZ E LACTAÇÃO. PRECAUÇÕES E ADVERTÊNCIAS: SÃO NECESSÁRIOS O DIAGNÓSTICO PRECISO E O ACOMPANHAMENTO CUIDADOSO DE PACIENTES COM SINTOMAS INDICATIVOS DE AFECÇÃO GASTRINTESTINAL, HISTÓRIA PREGRESSA DE ÚLCERA GÁSTRICA OU INTESTINAL, DIABETES MELLITUS, OU A CONSTATAÇÃO DE DISTÚRBIOS DO SISTEMA HEMATOPOIÉTICO OU DA COAGULAÇÃO SANGUÍNEA ASSIM COMO PORTADORES DE INSUFICIÊNCIA DAS FUNÇÕES RENAL, HEPÁTICA OU CARDÍACA. SE OCORRER EVENTUALMENTE ULCERAÇÃO PÉPTICA OU SANGRAMENTO GASTRINTESTINAL EM PACIENTES SOB TRATAMENTO, A MEDICAÇÃO DEVERÁ SER SUSPENSA IMEDIATAMENTE. DEVIDO À INEXISTÊNCIA DE INFORMAÇÕES TOXICOLÓGICAS DURANTE O PERÍODO GESTACIONAL, ARTROLIVE NÃO ESTÁ INDICADO PARA SER UTILIZADO DURANTE A GRAVIDEZ. NÃO EXISTEM INFORMAÇÕES SOBRE A PASSAGEM DO MEDICAMENTO PARA O LEITE MATERNO SENDO DESACONSELHADO SEU USO NESSAS CONDIÇÕES E AS LACTANTES SOB TRATAMENTO NÃO DEVEM AMAMENTAR. PODE OCORRER FOTOSSENSIBILIZAÇÃO EM PACIENTES SUSCETÍVEIS, PORTANTO PACIENTES COM HISTÓRICO DE FOTOSSENSIBILIDADE A OUTROS MEDICAMENTOS DEVEM EVITAR SE EXPOR À LUZ SOLAR. FORAM DESCRITOS NA LITERATURA, ALGUNS CASOS DE HIPERTENSÃO SISTÓLICA REVERSÍVEL, EM PACIENTES NÃO PREVIAMENTE HIPERTENSOS, NA VIGÊNCIA DO TRATAMENTO COM GLICOSAMINA E CONDROITINA. PORTANTO, A PRESSÃO ARTERIAL DEVE SER VERIFICADA PERIODICAMENTE DURANTE O TRATAMENTO COM ARTROLIVE. FORAM RELATADOS POUCOS CASOS DE PROTEINÚRIA LEVE E AUMENTO DA CREATINO-FOSFOQUINASE (CPK) DURANTE TRATAMENTO COM GLICOSAMINA E CONDROITINA, QUE VOLTARAM AOS NÍVEIS NORMAIS APÓS INTERRUPÇÃO DO TRATAMENTO. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: O tratamento concomitante com antiinflamatórios não-esteroidais pode incorrer no agravamento de reações adversas do sistema gastrintestinal, sendo recomendado um acompanhamento médico mais rigoroso nesses casos. Alguns autores da literatura médica descrevem que o uso de glicosamina e condroitina pode incorrer em um aumento da resistência à insulina, porém, esses estudos foram realizados com doses muito superiores às indicadas na terapêutica clínica normal e sua validade ainda é discutida por vários outros autores. Estudos recentes demonstraram que a associação condroitina e glicosamina, quando empregada em pacientes portadores de diabetes mellitus tipo II, não levou a alterações no metabolismo da glicose. Os resultados destes estudos não podem ser extrapolados para pacientes com diabetes mellitus descompensado ou não-controlado. É recomendável que pacientes diabéticos monitorem seus níveis sanguíneos de glicose mais freqüentemente durante o tratamento com ARTROLIVE. O uso concomitante de ARTROLIVE com os inibidores da topoisomerase II (etoposídeo, teniposídeo e doxorrubicina) deve ser evitado, uma vez que a glicosamina induziu resistência in vitro a estes medicamentos em células humanas cancerosas de cólon e de ovário. O tratamento concomitante de ARTROLIVE com anticoagulantes como o acenocoumarol, dicumarol, heparina e varfarina, pode levar ao aumento das chances de sangramento, devido a alterações nos valores de INR (International Normalized Ratio). Há relato de um caso na literatura de potencialização do efeito da varfarina, com conseqüente aumento dos valores sanguíneos de INR. Portanto, o uso concomitante de ARTROLIVE com anticoagulantes orais deve levar em conta avaliações rigorosas do INR. Reações adversas: SISTEMA CARDIOVASCULAR: EDEMA PERIFÉRICO E TAQUICARDIA JÁ FORAM RELATADOS COM O USO DA GLICOSAMINA, PORÉM NÃO FOI ESTABELECIDA UMA RELAÇÃO CAUSAL. FORAM DESCRITOS NA LITERATURA, ALGUNS CASOS DE HIPERTENSÃO SISTÓLICA REVERSÍVEL, EM PACIENTES NÃO PREVIAMENTE HIPERTENSOS, NA VIGÊNCIA DO TRATAMENTO COM GLICOSAMINA E CONDROITINA. PORTANTO, A PRESSÃO ARTERIAL DEVE SER VERIFICADA PERIODICAMENTE DURANTE O TRATAMENTO COM ARTROLIVE. SISTEMA NERVOSO CENTRAL: MENOS DE 1% DOS PACIENTES EM ESTUDOS CLÍNICOS APRESENTARAM CEFALÉIA, INSÔNIA E SONOLÊNCIA NA VIGÊNCIA DO TRATAMENTO COM A GLICOSAMINA. ENDÓCRINO-METABÓLICO: ESTUDOS RECENTES DEMONSTRARAM QUE A ASSOCIAÇÃO CONDROITINA E GLICOSAMINA, QUANDO EMPREGADA EM PACIENTES PORTADORES DE DIABETES MELLITUS TIPO II, NÃO LEVOU A ALTERAÇÕES NO METABOLISMO DA GLICOSE. OS RESULTADOS DESTES ESTUDOS NÃO PODEM SER EXTRAPOLADOS PARA PACIENTES COM DIABETES MELLITUS DESCOMPENSADO OU NÃO-CONTROLADO. É RECOMENDÁVEL QUE PACIENTES DIABÉTICOS MONITOREM SEUS NÍVEIS SANGUÍNEOS DE GLICOSE MAIS FREQUENTEMENTE DURANTE O TRATAMENTO COM ARTROLIVE. GASTRINTESTINAL: NÁUSEA, DISPEPSIA, VÔMITO, DOR ABDOMINAL OU EPIGÁSTRICA, CONSTIPAÇÃO, DIARRÉIA, QUEIMAÇÃO E ANOREXIA TÊM SIDO RARAMENTE DESCRITOS NA LITERATURA NA VIGÊNCIA DE TRATAMENTO COM GLICOSAMINA E CONDROITINA. PELE: ERITEMA, PRURIDO, ERUPÇÕES CUTÂNEAS E OUTRAS MANIFESTAÇÕES ALÉRGICAS DE PELE FORAM REPORTADAS EM ENSAIOS CLÍNICOS COM GLICOSAMINA. PODE OCORRER FOTOSSENSIBILIZAÇÃO EM PACIENTES SUSCETÍVEIS, PORTANTO PACIENTES COM HISTÓRICO DE FOTOSSENSIBILIDADE A OUTROS MEDICAMENTOS DEVEM EVITAR SE EXPOR À LUZ SOLAR. POSOLOGIA: Adultos: Recomenda-se iniciar a terapêutica com a prescrição de 1 cápsula via oral 3 vezes ao dia. Como os efeitos do medicamento se iniciam em média após a terceira semana de tratamento deve-se ter em mente que a continuidade e a não-interrupção do tratamento são fundamentais para se alcançar os benefícios analgésicos e de mobilidade articular. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. MB 08 SAP 4056603(A) 03/10 - MB 08 SAP 4056801(D) 03/10 Agosto/2010 Referências Bibliográficas: 1. Rich F, Bruyere O, Ethgen O, Cucherat M, Henrotin Y, Reginster JY. Structural and symptomatic efficacy of glucosamine and chondroitin in knee osteoarthritis: a comprehensive meta-analysis . Arch Intern Me d. 163(13):1514-22, 2003. 2. HUNGEFORD DS. Treating Osteoarthritis with Chondroprotective Agents. Disponível em: <http://www.aboutjoints. com/physicianinfo/topics/osteoarthritisknee/chondro.htm>. Acesso em: 29 Out 2004. 3. SEDA H & SEDA AC. Osteoartrite. In: MOREIRA, C. & CARVALHO, M.A.P. (Eds). ReumatologiaDiagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: MEDSI, 2001. p. 289-307. 4. BULA DO PRODUTO. Artrolive (sulgato de glicosamina + sulfato de condroitina). MS – 1.0573.0286. 5.


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Carta do Presidente

Um pequeno balanço até então Alceuleir Cardoso de Souza Presidente da SBOT-ES

Caros associados, Há sete meses à frente de nossa Sociedade, aproveito este espaço para fazer um pequeno balanço das ações empreendidas até o momento. Ações que demandaram um grande envolvimento de nossa diretoria para poder colocarmos em prática as ideias que defendemos e que nos alçaram à direção da entidade. Neste primeiro semestre, além de solucionarmos uma série de questões burocráticas com relação à área administrativa - como ratificação de atas de posse das diretorias anteriores que nos impedia de cumprir alguns deveres legais - firmamos parcerias que possibilitaram fomentar atividades importantes em nossa gestão, o que muito nos orgulha pela compreensão e a ajuda dispensada por esses parceiros em tempos tão difíceis. Sem o envolvimento dessas pessoas, não conseguiríamos realizar as duas Jornadas programadas para este semestre, além da institucionalização de aulas quinzenais do Curso de Reciclagem e Preparativo para o TEOT - evento coordenado com extrema competência pelos membros da Comissão de Ensino e Treinamento, os especialistas Nelson Elias e Rodrigo Rezende. Outra atribuição de nossa Sociedade, que é lutar pela solução de problemas médicosprofissionais, foi realizada a contento por meio de efetiva participação ao lado da Cootes, da difícil negociação com o Governo do Estado que resultou na assinatura do novo

contrato de prestação de serviços para o Estado. Ressalta-se também, neste período, a atuação do Departamento de Defesa Profissional, na figura dos associados Marcelo Soneghetti e Eduardo Pombo, que fizeram várias visitas técnicas para a implementação da tabela de videoartroscopias junto aos convênios da Vale e do Banco do Brasil. Neste novo número da Revista SBOTES, agora na versão eletrônica, trazemos a cobertura de outra importante realização da Sociedade neste primeiro semestre: O Curso AO Trauma, um dos mais importantes cursos sobre princípios de tratamentos cirúrgicos de fraturas do mundo, realizado em Vitória. Além dessa matéria, a Revista SBOT-ES traz uma entrevista especial com o presidente da Comissão de Defesa Profissional da SBOT, o médico Robson Azevedo; e muito mais. Finalizando, aproveito para convidar todos os associados a participarem, no dia do Ortopedista, 19 de setembro, de um fórum de debates sobre remuneração, com os planos de saúde e entidades médicas. O evento - que acontecerá no Cerimonial Oásis, em Vitória – será uma ótima oportunidade de conhecer e debater os nossos direitos.

Rua Abiail do Amaral Carneiro, 191, Ed. Arábica, Sala 607, Enseada do Suá. Vitória-ES. CEP 29055-220 Telefone: 3325-3183 | www.sbotes.org.br | sbotes@sbotes.org.br

Gestão 2010

Diretoria

Presidente: Dr. Alceuleir Cardoso de Souza Primeiro Vice-Presidente: Dr. Adelmo Rezende F. da Costa Segundo Vice-Presidente: Dr. Marcelo Rezende da Silva Primeiro Secretário: Dr. Carlos Henrique O. Carvalho Segundo Secretário: Dr. Janeilson Roberto Mattos Primeiro Tesoureiro: Dr. Rui Rocha Gusman Segundo Tesoureiro: Dra. Roberta Ramos Silveira

Conselho Fiscal

Dr. Alexandre André Ciriaco Dr. Massimo Caliman Gurgel Dr. Luiz Augusto N. Maciel Dr. Jovani Torres Dr. Sander Amorim Daleprani Dr. Eduardo Ferri

Delegados

Dr. Akel Nicolau Akel Júnior Dr. Geraldo Lopes da Silveira Dr. José Lorenzo Solino

Comissão Executiva

Dr. Alceuleir Cardoso de Souza Dr. Carlos Henrique O. Carvalho

Dr. Jair Simmer Filho Dr. Nelson Elias Dr. Rui Rocha Gusman

Comissão de Estatuto e Regimento

Comissão de Ensino e Treinamento

Comissão de Campanhas Públicas e Ações Sociais

Dr. Nelson Elias Dr. Jorge Luiz Kriger Dr. Rodrigo Rezende Dr. Luiz Augusto B. Campinhos

Comissão de Ética, Defesa Profissional e Honorários Médicos

Dr. Eduardo H. Pombo Dr. José Eduardo G. R. Filho Marcelo Augusto S. Pimentel Marcelo G. Martins

Comissão de Educação Continuada

Dr. Bruno Barreira Campagnoli Dr. Cid Pereira Moura Júnior Dr. Everaldo José Marchezini Dr. Flávio Vieira Simões Dr. Jair Simmer Filho Dr. Marcelo Nogueira Silva

Uma publicação Balaio Comunicação e Design www.balaiodesign.com.br

Dr. Alceuleir Cardoso de Souza Dr. Clark M. Yazaki

Dr. José Fernando Duarte Dr. Roberto Casoti Lora Dr. Francisley Gomes Barradas Dr. Antônio Carlos P. Resende Dr. Sérgio Ragi Eis

Comissão de Presidentes

Dr. Pedro Nelson Pretti Dr. Roberto Casotti Lora Dr. José Fernando Duarte Dr. Eduardo Antônio B. Uvo Dr. Geraldo Lopes da Silveira Dr. Hélio Barroso dos Reis Dr. Jorge Luiz Kriger Dr. José Lorenzo Solino Dr. Akel Nicolau Akel Júnior Dr. Clark M. Yazaki Dr. Anderson De Nadai Dr. João Carlos Medeiro Teixeira

Comissão de Publicação, Divulgação e Marketing

Dr. Jorge Luiz Kriger Dr. Júlio Claider G. Moura Dr. João Carlos Medeiros Teixeira Dr. Edmar Simões da Silva Júnior

Jornalista reponsável Wallace Capucho MTB 1934/ES

Redação jornalismo@balaiodesign.com.br Editor Wallace Capucho Repórter Yollanda Gomes Diretor de Arte Felipe Gama Diagramação e Arte Willi Piske Júnior Maíra Calegário Revisão Marcos Alves

Publicidade SBOT-ES (27) 3325-3183 Periodicidade Bimestral

As matérias e anúncios publicitários, bem como todo o seu conteúdo de texto e imagens, são aqui publicadas sob direito de liberdade de expressão, sendo total e exclusiva responsabilidade de seus autores/ anunciantes. É expressamente proibida a reprodução integral ou parcial desta publicação ou de qualquer um de seus componentes (texto, imagens, etc.), sem a prévia e expressa autorização da SBOT-ES.


Defesa Profissional No dia 19 de setembro, a partir das 9h, a SBOT-ES promoverá um Fórum de debates relacionado à Defesa Profissional, tendo como tema principal a Remuneração da Classe Médica. Já confirmaram presença representantes dos planos de saúde Unimed e São Bernardo, além de entidades médicas como a Ames, o CRM-ES e o Sindicato dos Médicos do Espírito Santo. O fórum será no cerimonial Oásis, localizado em Santa Lúcia, Vitória. Logo após, haverá almoço de confraternização para comemorar o Dia do Ortopedista.

De olho na regra Desde o dia 1° de setembro tornou-se obrigatório o uso de cadeirinhas para transporte de crianças de até sete anos e meio em carros de passeio, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). No entanto, o produto ainda está em falta no mercado, mas a previsão é de que a distribuição seja normalizada em 2011. Fique atento, pois quem descumprir a norma será multado em R$ 191,54, além de ter sete pontos registrados na carteira de motorista e o veículo será retido.

42° CBOT A SBOT-ES firmou uma parceria com a Etérea Turismo e Eventos, que elaborou um pacote de viagem para quem se dispuser a participar do 42° Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia (CBOT), que acontecerá no mês de novembro em Brasília. O valor do pacote é de R$ 1.020,00 e o prazo para a confirmação das reservas é até o dia 3 de setembro. Entre no site www.eterea.com.br ou mande um e-mail para eventos@eterea.com.br para fazer a sua reserva ou obter mais informações.

TEOT 2011

Foram abertas as inscrições para o exame que permite a obtenção do Título de Especialista em Ortopedia e Traumatologia (TEOT). Ortopedistas de várias partes do Brasil interessados em participar da avaliação, que acontecerá entre os dias 13 e 15 de janeiro de 2012, no The Royal Palm Plaza, em Campinas, São Paulo, devem se inscrever até 30 de setembro, diretamente no site da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) - www.sbot.org.br.

3ª Jornada

A 3ª Jornada realizada pela SBOT-ES, que será no dia 16 de outubro, já tem tema definido: Traumas no idoso. Na ocasião, os especialistas convidados irão discutir doenças como a osteoporose e outras fraturas mais comuns na terceira idade, além de técnicas de tratamento e de reabilitação. O evento, que está sendo coordenado pelo membro da Comissão de Educação Continuada da SBOT-ES, o especialista Jair Simmer Filho, acontecerá no Auditório da Unimed Bento Ferreira, em Vitória.

Calendário de eventos SBOT-ES (Set/Out) Curso TEOT 21 de setembro Tema: Radiologia do Punho, Fraturas do Carpo e Sd Túnel do Carpo e Sd Quervain Local: Auditório Cootes/SBOT-ES – Vitória Hora: 19h30 Curso TEOT 5 de Outubro Tema: Fraturas do punho e Lesão Plexo Braquial Local: Auditório Cootes/SBOT-ES – Vitória Hora: 19h30 Curso TEOT 19 de Outubro Tema: Paralisia cerebral e Mielomeningocele Local: Auditório Cootes/SBOT-ES – Vitória Hora: 19h30

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Raio x


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Entrevista Entrevista SBOT-ES Sbotes

ROBSON AZEVEDO Questionametos sobre defesa profissional


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Entrevista Entrevista SBOT-ES Sbotes Assuntos relacionados à Defesa Profissional Médica como os planos de cargos e salários, honorários e contratos com as prestadoras - estão sempre em pauta nas reuniões dos profissionais de medicina, que anseiam pelo reconhecimento de sua importância social e seu espaço profissional. Pensando nisso, a SBOT pretende realizar, no Dia do Ortopedista, 19 de setembro, o 1° Fórum Nacional de Defesa Profissional da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, cujo objetivo é de resgatar a força da especialidade e garantir melhores condições de trabalho que, segundo o presidente da comissão de defesa profissional da SBOT, Robson Azevedo, só será alcançada por meio de união da classe. Enquanto o Fórum não acontece, Robson, que é pro-

ras de saúde elevaram em 136,65%

fessor da PUC de Goiás; membro do Conselho Regional

os valores das mensalidades para os

de Medicina de Goiás (CRM-GO); atual diretor-técnico do Hospital Geral de Goiânia; e preceptor da Residência Médica do Hospital Ortopédico de Goiânia, fez

usuários enquanto os médicos receberam, em média, 60% de reajuste nos honorários. Qual a posição da DP com relação a essa questão?

uma pausa em sua vida atribulada e concedeu uma entrevista para o informativo SBOT-ES. Nela, ele esclareceu algumas dúvidas de especialistas capixabas sobre questões relacionadas à Defesa Profissional (DP). Uma reivindicação muito recorrente da classe médica é um Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), para que o Estado valorize, assim como o INSS, o conhecimento adquirido pela competência, pelo interesse e pelo desempenho do médico. A Defesa Profissional (DP) tem discutido isso? A maioria das prefeituras e dos estados não valorizam o trabalho do médico. Principalmente no interior, os contratos são feitos de forma verbal, não há estabilidade e os salários são irrisórios. Pensando nisso, a Federação Nacional dos Médicos (Fenam), que é a entidade nacional responsável por essa questão, elaborou um plano de cargos e salários que foi enviado a todas as federadas para apreciação. Porém, nós achamos que as regionais devem encabeçar essa luta e levar essa ideia aos sindicatos e entidades para que eles cobrem do legislativo discussões a cerca de um PCCS para a nossa categoria.

Nos últimos onze anos, as operado-

Estamos trabalhando junto às entidades médicas e a Agência Nacional de Saúde (ANS), para que o órgão regulamente e passe a interferir nessa relação prestadorplano de saúde. A agência tem que exigir do plano de saúde, por exemplo, que se estabeleça um contrato correto e adequado, que prevê reajustes anuais, data do pagamento e multas para o caso de atrasos. Para isso, a SBOT tem uma parceria muito forte tanto com o Conselho Federal de Medicina (CFM) quanto com a Associação Médica Brasileira (AMB) no sentido de participar dessa discussão, acompanhando e levando subsídios para que realmente consigam esse feito.

A Emenda Constitucional (EC) 29, aprovada em 2000, prevê, entre outras coisas, a aplicação de porcentagem fixa na saúde, porém não é o que vem acontecendo. A regulamentação da EC, em tramitação no legislativo, pode impedir que os recursos aplicados na saúde não sofram “desvio de finalidade”? Sem dúvida. A SBOT espera que essa regulamentação seja aprovada ainda este ano porque somente assim vamos ter a garantia de que o Governo Federal, os


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Entrevista SBOT-ES Estados e os municípios irão aplicar essas porcentagens na saúde como manda a lei. Não vai ser possível destinar esse dinheiro para o bolsa família, “bolsa isso” e “bolsa aquilo”, como alguns querem fazer. Se a lei for respeitada, certamente o serviço público de saúde irá melhorar muito.

A Proposta de Emenda Constitucio-

a CBHPM, ou sua nomenclatura ou sua codificação, para falarmos uma linguagem só. Isso será um avanço muito grande, pois muniria o governo de estatísticas reais.

nal (PEC) 454, que tramita há algum tempo na Câmara, propõe, entre ou-

E sobre a segurança nos pronto-socor-

tras coisas, a criação de uma Carreira

ros? Há discussão a esse respeito?

de Estado para o médico. Nesse caso, quem sai ganhando além do médico? A população. Assim como o direito a educação, a saúde também é um bem social. Então, nós acreditamos que o médico merece uma carreira de Estado como outros profissionais já possuem. Dessa forma, o médico ingressaria por concurso com o atrativo salarial de 25 mil reais, por exem-

A falta de segurança em nossa profissão é um problema sério. Há muitos casos de assalto, roubo e sequestro de médicos, muitas vezes dentro dos consultórios, em várias partes do País. Primeiramente, todo o servidor público é resguardado por lei contra agressões, verbal ou física, em seu local de trabalho, seja ele um porteiro, um segurança, um médico ou um enfermeiro.

“Nós acreditamos que o médico merece uma carreira de Estado como outros profissionais já possuem.” plo, e ainda teria garantias de estabilidade. Essa seria uma grande oportunidade e incentivo inclusive para interiorização do profissional de medicina. Se a gente conseguir a aprovação desse projeto, com certeza poderemos oferecer um atendimento de maior qualidade à população e inaugurar uma nova fase da saúde pública no Brasil.

Qual a possibilidade do governo utilizar no SUS a codificação da CBHPM (Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos)? A CBHPM é uma tabela de codificação de todos os procedimentos que o médico faz. Já existe um entendimento, por parte das entidades funcionais, que o SUS deveria adotá-la. Nós estamos trabalhando junto a essas entidades para que o SUS adote

É obrigação da direção das unidades médicas implementar ações de segurança como o controle de acesso à área do consultório, ao ambulatório, ao pronto-socorro, câmeras, porteiros etc. Isso também vale para o serviço privado. Caso a direção dessas empresas não tome nenhuma atitude com relação à segurança do local de trabalho de nossos profissionais, cabe a nós mesmos denunciarmos ao CRM o diretor técnico da unidade. O CRM vai fazer a fiscalização no local e cobrará dos responsáveis as devidas providências. Se o Conselho entender que não existe condição mínima de segurança e de trabalho para os seus associados, ele solicita a interdição da unidade.

E o que a DP tem feito para motivar o médico a ir atrás dos seus direitos? Nos últimos anos, a SBOT e a comissão da DP nacional tem focado em estimular, valorizar e implementar ações em cada uma de suas regionais com o objetivo de conscientizá-las da necessidade de uma melhor estruturação que envolve compreender como funcionam os contratos e as dificuldades que os ortopedistas se deparam no seu dia a dia. A ideia é fazer com que eles se unam localmente e criem forças para lutar contra as ingerências dos planos de saúde, do SUS, dos compradores de serviços do Estado, municípios e outros problemas regionais. A partir daí poderíamos tirar soluções práticas e específicas para cada local. Sendo assim, no mês de setembro faremos um grande Fórum Nacional em forma de workshop. Serão vários encontros regionais, mais ou menos na mesma data, em que os colegas irão chamar as autoridades locais, os planos de saúde e, juntos, analisar nossa realidade e necessidades. No final, teremos propostas para que a SBOT possa fazer uma cartilha de orientação direcionada a todos os ortopedistas brasileiros, mostrando como eles podem enfrentar as suas dificuldades, principalmente com relação à remuneração.


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Matéria Especial

Responsabilidade civil e penal dos médicos Em um ambiente marcado por cobranças e pressões de caráter judicial, estar precavido e bem informado sobre suas responsabilidades civis e penais não é apenas um diferencial do médico; atualmente é uma obrigação.

A

o longo dos tempos, percebemos que a relação médico-paciente sofreu intensas modificações, decorrentes, principalmente, das transformações sociais e econômicas que o mundo viveu. Hoje, por exemplo, é comum as pessoas irem atrás de seus direitos, obter compensação por prejuízos sofridos e não se calarem perante à injustiça o que, para elas, nada mais é do que exercer a cidadania. Uma das consequências disso é o expressivo aumento das demandas judiciais, dos mais baixos aos mais elevados valores, que os médicos estão sendo alvos. Infelizmente, há pessoas que se aproveitam dessa situação e querem discutir toda e qualquer conduta que entenda danosa, mesmo que isso não esteja devidamente comprovado. A ganância, a avidez de lucros, a ânsia de tirar proveito, assim como a secreta inclinação humana

para apontar um responsável pelos erros, mesmo quando eles decorram de acontecimentos imprevisíveis ou inevitáveis, são fatores que contribuem para aparição desse mau costume que vai se enraizando na mentalidade popular: o demandismo. A medicina é, sem sombra de dúvidas, uma atividade de risco pois cuida da saúde do ser humano. Sendo assim, o médico deve estar preparado para responder por suas consequências como a deformidade, restrição da capacidade física ou mental do paciente, ou até com a sua morte. Alguns desses atos constituem os tão temíveis erros médicos. O sensível aumento nas demandas judiciais contra os profissionais da área da saúde como um todo, e mais especificamente contra o médico que age culposamente, deveria fazer com que as entidades passassem a tomar precauções quanto a isso, pois no final das contas, todos saem perdendo. Sofre o paciente, o hospital,

o plano de saúde e o médico, que pode sair perdendo duas vezes se o hospital se achar no direito de processá-lo pelo dano ocorrido. Segundo o advogado da SBOT-ES e da Cootes, Alexandre de Lacerda Rossoni, os médicos passam por isso pelo simples motivo de não conhecerem a lei. As dúvidas mais comuns desses profissionais são sobre o que caracteriza a infração civil e penal; como se aplica a penalidade; quais são os casos que levam a prisão; casos de suspensão da atividade do médico; como se quantifica as indenizações; ou seja, o que é crime e o que não é.

“Seu direito termina onde começa o meu” É preciso lembrar que o erro médico nem sempre se traduz numa atitude criminosa. Na verdade, todos pensam que o médico é milionário e ganha dinheiro fácil. Então, quando a denúncia acontece, ela tem que ser apurada, e o médico, seguro de sua inocência, deve entrar com um procedimento chamado reconvenção, para que ele passe de acusado para acusa-


dor, explica o advogado da Cootes. “Na prática não vejo isso ocorrer e acho que isso acontece porque os médicos são e estão completamente desamparados e vulneráveis. Por não saber de seus direitos, acham que serão presos, que pagarão indenizações milionárias e serão cassados, e temerários, querem se livrar do problema pagando a indenização mesmo sem apuração fática e julgamento final. O ideal seria que as entidades patrocinassem esses direitos e advertências para eles porque esse demandismo é uma industria que cresce cada vez mais”, adverte Alexandre. Para elucidar e prevenir os seus profissionais das suas responsabilidades civis e penais, a SBOT-ES e a Cootes vêm promovendo aulas sobre a responsabilidade civil e criminal dos médicos. Para Alceuleir, “esse problema que afeta muitos médicos só será resolvido no momento em que eles tiverem consciência, e essa consciência só vem com informação, pois muitos não sabem, por exemplo, o que é crime e o que não é”. O presidente da SBOT-ES conta que, após os colóquios, muitos médicos têm ligado para a Sociedade fazendo reclamações das unidades em que trabalham. “É muito comum um médico ir para um hospital público que não tem condições nenhuma de trabalho e se virar como pode, só que, agora, essa mentalidade está

mudando. O médico agora sabe que vai ser responsabilizado se algum problema resultar das más condições de trabalho, e a obrigação legal de conceder condições dignas de trabalho ao médico e de atendimento à população é do Governo, de acordo com a lei e a Constituição Federal”, explica Alexandre Rossoni. As unidades hospitalares que não possuem condição técnica de trabalho já estão sendo denunciadas. Segundo Alexandre, à medida que os médicos oficializam essas reclamações na Cooperativa ou na Sociedade, os hospitais são notificados e, se preciso, o Ministério Público, que pode até fechar a unidade. Com base neste cenário, a proposta da SBOT-ES é de manter essas aulas sobre as responsabilidades civis e penais a que os médicos estão sujeitos. As palestras estão abertas a membros da Sociedade e da Cootes, mas se algum médico de fora quiser participar, explica Alexandre, ele pode assistir sem nenhum problema. O importante é conscientizar o médico da responsabilidade que ele pode estar sujeito se cometer algo ilegal e, também, dos seus direitos para reivindicar, inclusive, melhores condições de trabalho.

Termo de consentimento Outra medida que o advogado da Cootes pensa ser cabível, é um termo de consentimento que deveria ser assinado pelo médico e pelo paciente. “O ato cirúrgico é fator de preocupação para todos, tanto para o paciente quanto para o médico. A cirurgia, por mais simples que possa ser, contém riscos previsíveis e imprevisíveis”, explica. Por isso Alexandre defende que o paciente, por meio de uma relação contratual, teria que estar ciente de todo proce-

dimento operatório. Dessa forma, o cirurgião faria a avaliação dos riscos antes de qualquer intervenção cirúrgica, informando o paciente sobre o grau de complexidade do procedimento, deixando tudo documentado em um “termo de consentimento” ou contrato, por exemplo. Dessa forma, explica Rossoni, o paciente optaria de forma consciente pela cirurgia, livre de ilusões e com conhecimento da natureza e dos riscos dos serviços que lhe foram ofertados. Isso minimizaria, certamente, a possibilidade de contendas posteriores, salvo, é claro, ocorrência de ato doloso do profissional. Lembrando que os direitos do paciente são resguardados pela Constituição Federal, Código Civil, Código de Defesa do Consumidor, Código Penal e Código de Processo Penal. Perguntado sobre a possibilidade da criação desse termo, o vice-presidente do CRM-ES, Oswaldo Luiz Pavan Júnior, disse que o Conselho está aberto a discussões com as entidades médicas para levar esse assunto adiante. Cobrar do Estado condições de trabalho e, por consequência lógica, propiciar à população melhor atendimento. Tudo na verdade é uma grande cadeia: se o médico não tem condições de fazer corretamente o seu trabalho, a população fica insatisfeita e muitas vezes o médico é que sai penalizado. “Denunciar condições de trabalhos impróprias quando elas existirem. Essa é a mentalidade que a SBOT-ES e Cootes querem que seus associados tenham, porque se eles não agirem dessa forma, muitos processos poderão ser revertido contra eles”, diz Rossoni A SBOT-ES e o advogado da Sociedade, Alexandre Rossoni, disponibilizaram seus telefones e e-mails para quaisquer dúvidas eventuais ou para marcar aulas em grupo sobre o assunto. Alexandre Rossoni (27) 9943-1265 alexandrerossoni@yahoo.com.br SBOT-ES (27) 3325-3183 sbotes@sbotes.com.br

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Dicas SBOT-ES

LESÕES GERADAS EM ACADEMIA:

É melhor prevenir do que remediar

É

muito comum em certas épocas do ano, como no verão, algumas pessoas procurarem academia somente com a intenção de melhorar o visual. A maioria leva uma vida sedentária e querem ganhar em dois meses a quantidade de massa muscular que só ganhariam com, no mínimo, um semestre de musculação. As conseqüências não são nada boas para a saúde desses praticantes. Segundo o especialista em ortopedia e traumas do esporte, Geraldo Lopes da Silveira, exercícios musculares intensos podem até causar hipertrofia com rapidez, porém, além de ser uma hipertrofia fragilizada, traz uma série de malefícios como a perda rápida da musculatura, após cessar as atividades, e principalmente lesões. Os danos mais comuns relatados pelos ortopedistas são extensão de panturrilha, dor no joelho, dor na coluna lombar, cervical e dores articulares. “O paciente chega aqui com dor articular, examino e não

acho nada. Enquanto vamos conversando, descubro que ele está fazendo exercício em excesso e quando eu recomendo a diminuição da carga de exercício, ou suspensão total deles, a dor desaparece”, conta Geraldo. Para Geraldo, o excesso de carga, muitas vezes, é por negligência dos instrutores. O Personal Fitness e professor de Educação Física, Cláudio Silva, concorda em parte. “O profissional de educação física precisa analisar bem a estrutura de cada aluno, como a resistência e seu histórico, para não prescrever exercícios que possam prejudicá-lo. Mas, mesmo que o professor faça a orientação corretamente, o aluno é dono do seu juízo. Às vezes, mesmo sendo corrigido, ele adquire lesões por usar

os aparelhos de forma incorreta e também por excesso de carga para obter resultados mais rápidos”, explica. O personal defende que o correto é o aluno, seja qual for sua idade, procurar um médico antes de se matricular em uma academia. Ele irá medir o grau de aptidão física do indivíduo, fazer uma bateria de exames e depois prescrever o tipo de exercício adequado para ocasião, mesmo que o objetivo da pessoa seja somente chegar em boa forma ao verão. Geraldo também defende a necessidade de um profissional para instruir o aluno. Se ainda assim o aluno insistir em exce-


Movimento é vida e vida é movimento. Está mais que provado que todos nós devemos fazer uma atividade física, mas sem exageros. Confira algumas dicas para manter ou ganhar uma boa forma sem correr riscos. Primeiro você deve consultar o seu médico para saber se pode submeter-se àquela atividade física que pretende fazer. Ele saberá orientá-lo.

Antes de qualquer exercício físico, recomenda-se fazer um aquecimento para alertar ao cérebro que você vai iniciar uma atividade física.

O alongamento é essencial após qualquer atividade. Essa atitude é primordial para evitar algumas lesões.

Hidratação e dormir bem é importante não só para o atleta, mas para todos que se preocupam com a saúde.

Para as pessoas que transpiram muito, é recomendável comer uma banana ou chupar uma laranja antes das atividades físicas, pois elas são frutas que possuem muito potássio, um dos minerais mais expelidos pelo suor.

Respeite a série que seu médico ou instrutor prescreve, pois se um iniciante, por exemplo, fizer um exercício impróprio, pode acarretar em lombalgias ou dores articulares em função de sobrecargas.

Não forçe a barra. Se houver dor, é sinal de que algo está acontecendo ou o músculo está exausto e então o exercício deve ser suspenso. A dor não deve acontecer nem na primeira semana de musculação e nem no aumento da carga. O processo de fortalecimento muscular é progressivo e sem dor.

der a carga, o instrutor deve registrar essa conduta errônea em seu acompanhamento, para se isentar de qualquer responsabilidade. “Há casos de indivíduos que inclusive morrem após sofrer parada cardíaca, no momento em que estavam se exercitando em academias”, relata o médico. O número de pessoas que estão se preocupando mais com a saúde e procurando exercícios para obter uma melhor condição física é cada vez maior. Para quem não gos-

ta de frequentar academias, há outras opções como as caminhadas, hidroginástica, subir e descer mais escadas, andar de bicicleta, dançar ou simplesmente passear com seu cachorro ou carrinho de bebê. “As pessoas não devem esperar ficar doentes para procurar fazer atividade física, ela deve

funcionar como prevenção. Todos nós devemos incorporar esse hábito em nosso dia a dia”, alerta Cláudio.

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AO Trauma Um dos cursos mais importantes de tratamento cirĂşrgico de fraturas do mundo esteve em VitĂłria


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roca de conhecimentos, experiências e técnicas. É assim que todos os participantes e envolvidos descreveram o curso AO Trauma - Princípios do Tratamento Cirúrgico das Fraturas, que ocorreu no início de julho, em Vitória. O evento, ministrado pelo Cursos AO Brasil, foi prestigiado por especialistas de Norte a Sul do Estado e só foi possível acontecer porque a SBOT-ES conseguiu uma data extra por meio de negociações que aconteceram no ano passado. A importância do curso é tamanha na área médica que, embora o valor fosse um pouco elevado, todas as 24 vagas oferecidas foram preenchidas na segunda semana de inscrição, demonstrando um grande interesse por parte dos especialistas capixabas. Segundo William Belangero, coordenador técnico do curso, a AO é uma espécie de escola de tratamento de fraturas que segue princípios que normatizam formas de procedimentos no mundo inteiro. Para ele, o curso que ainda não faz parte da formação dos residentes deveria fazer, pois auxilia muito no atendimento dos pacientes com fratura, trauma ou lesões tão frequentes nos prontos socorros. Concordando com Belangero, o presidente da SBOT-ES, Alceuleir Cardoso, diz que a entidade já discute a possibilidade de propor à Cootes que os seus cooperados, que trabalham no serviço de emergência e não têm esse treinamento, façam este curso. “Não se justifica mais termos profissionais na linha de frente de nossos hospitais sem esse tipo de treinamento. As técnicas estão evoluindo e nós precisamos evoluir também”, argumenta Alceuleir.


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Formado em 2008, o residente do Vitória Apart, David Hoffmann, viu no AO Trauma a oportunidade de aprender e praticar em um curso de respaldo internacional. Além de enfatizar os princípios da formação AO de tratamento de fraturas, a importância do curso está na troca de informações com profissionais mais experientes que também participam com o objetivo de se reciclar, como Lauro Evaristo Júnior, de Cachoeiro de Itapemirim, que fez o curso pela segunda vez.

Acidentes A preocupação dos especialistas com o aumento dos acidentes envolvendo motocicletas e automóveis é evidente. “Hoje, há um grande índice de acidente automobilístico e de motos, e é cada vez mais comum o paciente cobrar resultados, baseado em como ele era antes do acidente.

Então, é preciso saber conduzir os casos da melhor maneira possível”, declarou o especialista Massimino Nelson Caliman, de Vitória. O ortopedista Wendel Menelli, que atua em Linhares, concorda com seu colega e diz que a população acaba sendo a maior beneficiada com iniciativas como essa da SBOT-ES, pois há uma grande necessidade de aprimoramento nas cirurgias ortopédicas por causa desses acidentes.

O curso Foram apresentados 11 módulos com aulas teóricas sobre técnicas de tratamentos das mais variadas formas de lesões


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como planejamento pré-operatório, discussão de casos, classificação de materiais, entre outros. O curso também ofereceu aulas práticas, citadas como um de seus diferenciais pelos participantes. É a segunda vez que o Estado sedia um curso desse porte, que contou com a presença de renomados professores como Pedro Tucci (SP), Vicenzo Giordano (RJ), Pedro Labronici (RJ), Nelson Elias (ES), José Eduardo Grandi Ribeiro Filho (ES) e William Dias Belangero (SP), que também foi o coordenador técnico do curso. A AO promove apenas dez eventos como esse por ano, nos principais estados do País. Além do aplicado em Vitória, a entidade também ministra cursos sobre cirurgia minimamente invasiva, cirurgias de pé, mão, coluna e bucomaxilofacial.

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Em sua passagem pelo Estado, William Belangero deu uma rápida entrevista para a SBOT-ES. Nela, ele falou, entre outros assuntos, das novidades nos princípios de tratamento e sobre a conscientização dos médicos e pacientes em relação aos acidentes automobilísticos. Belangero conheceu o curso AO quando fez um estágio fora do Brasil, e teve a oportunidade de fazer seu primeiro curso em 1979, na Suíça. Atualmente, faz parte do conselho da AO e também é responsável pelas pesquisas. O que há de novidade nos princípios de tratamento que vocês estão apresentando neste curso? Um dos assuntos que abordaremos é sobre cirurgias minimamente invasivas que, de alguns anos pra cá, tem crescido muito. A concepção é de realizar o tratamento das lesões ou das fraturas com técnicas cada vez menos agressivas e eficientes, que favoreçam uma recuperação mais rápida do paciente.

A SBOT-ES está sempre realizando campanhas de conscientização com relação ao número de acidentes de carros e motos, que vêm crescendo a cada dia. Muitos ortopedistas também manifestaram sua preocu-

que está correndo, mostrar que isso traz um custo social não só para o individuo como para a sociedade. A cada pessoa que perde a vida em um acidente de moto, quatro ou cinco outras ficam com alguma sequela. Essas pessoas, em geral, são jovens que perdem a sua capacidade produtiva, onerando a família e a sociedade.

Como está a ortopedia e a traumatologia brasileira em relação a outros países? Estamos bem. Temos especialistas

pação com esse quadro. Qual é a que são expoentes não só aqui, mas também internacionalmente. Parte dessua opinião quanto a isso? É fundamental procurarmos envolver a opinião pública nesse assunto. Você tem que criar campanhas educacionais, alertar a população do risco

sa evolução é creditada à SBOT, que é extremamente atuante e procura, a todo o momento, proporcionar meios de atualização para que seus associados progridam cada vez mais.


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cirurgia de coluna vertebral ainda vive na contramão das cirurgias ortopédicas, isto, pelo fato de a artrodese ainda ser a principal cirurgia realizada na coluna vertebral. Esse método, considerado obsoleto, foi abandonado nas demais especialidades ortopédicas que preconizam o ganho de movimento precoce e a reconstrução articular o mais preciso possível, deixando a artrodese como última opção no arsenal terapêutico. Diversos novos procedimentos, como os sistemas dinâmicos de estabilização ou substituições discais através das artroplastias vertebrais, surgiram na tentativa de substituição da discectomia e da artrodese, porém, nenhum se tornou consenso. Eles ficaram restritos a uma pequena porção de pacientes que completam critérios rigorosos de indicação, necessitando, ainda, de maiores e melhores estudos. Seguindo uma tendência universal, existe um aumento no número de cirurgias minimamente invasiva da coluna vertebral, justificado pela menor agressão ao sistema nervoso e ao músculo esquelético, propiciando um tempo reduzido de internação, menor taxa de infecção e o retorno precoce ao trabalho e a prática de atividade física. Lembrando que essas técnicas necessitam de uma curva maior de aprendizado por parte do cirurgião, além de melhores estruturas do centro cirúrgico, por não serem procedimentos isentos de complicações, devendo ser indicado somente no insucesso do tratamento conservador. Em relação ao tratamento, a maioria das doenças degenerativas da coluna vertebral melhoram com a realização de fisioterapia associada à atividade física supervisionada. Sempre que possível, devemos esclarecer aos pacientes sobre os avanços que estão por vir com a terapia gênica e sobre a possibilidade de utilização de genes no tratamento das doenças degenerativas da coluna vertebral. O conceito de terapia gênica foi estabelecido em 1998, como sendo “o tratamento dirigido a curar uma doença genética introduzindo genes normais em

Cirurgia de Coluna: Possibilidades de tratamentos e avanços


pacientes que apresentavam genes defeituosos…”(Martin,EA). Recentemente, a terapia gênica vem tendo papel promissor na área de estudo dos tecidos músculo-esqueléticos pela melhor compreensão da ação dos fatores de crescimento, processo de cicatrização e regeneração de tecidos tais como o osso, a cartilagem e os ligamentos. A forma de aplicação da terapia gênica pode ser dividida em sistêmica ou local, sendo a forma local a mais utilizada, onde se injeta o vetor em um tecido específico por via direta ou indireta. Na abordagem direta, o vetor é injetado diretamente no tecido, e na indireta, as células-alvo são removidas do corpo e expostas ao vetor, escolhido in vitro, e então reinseridas no corpo. Chamamos o método direto de terapia gênica de in vivo e o indireto, ex vivo. Para a aplicação da terapia gênica ex vivo é necessário tecnologia mais apurada que o método in vivo, porque as células devem, primeiro, ser retiradas do paciente para manipulação. Tal técnica tem a vantagem de selecionar células, transferir os genes e também testá-las logo após manipulação, no sentido de verificar se essas células expressam as proteínas que os genes injetados em seu interior codificam. A terapia gênica in vivo tem a vantagem de ser de mais fácil implementação do que a terapia gênica indireta e pode ser efetivamente usada em estudos em joelho, tornozelo, músculos esqueléticos, coluna, osso, ligamento cruzado anterior, ligamento colateral medial, menisco, assim como tendões, ligamentos e outros. Especificamente na coluna vertebral, o mundo estuda a possibilidade de se aplicar terapia gênica no tratamento das doenças degenerativas da coluna, visando recuperar a biomecânica vertebral e o equilíbrio no plano sagital. Talvez com a conclusão destes estudos a cirurgia de coluna vertebral passe a estar na mesma mão que as cirurgias ortopédicas.

Rodrigo Rezende Mestre e Doutor em Medicina Especialista em Coluna Vertebral

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impacto fêmoro-acetabular (IFA) é uma condição clínica decorrente do atrito anormal entre o bordo anterior do acetábulo e a transição da cabeça com o colo femoral, podendo desencadear coxoartrose precoce. O conhecimento desta patologia e o seu diagnóstico e tratamento precoces, podem mudar a história de casos de coxartroses, que no passado eram considerados idiopáticos. Os pacientes geralmente tornam-se sintomáticos na segunda e terceira décadas, com queixas de diminuição da rotação interna e dor no quadril à flexão, adução e rotação interna. De acordo com a localização das alterações, o impacto fêmoro-acetabular pode ser dos tipos “pincer”, “cam” ou misto, quando presentes no acetábulo, na transição da cabeça com o colo ou em ambos respectivamente. O tipo “pincer” pode ser decorrente de acetábulos profundo, protruso ou de “os acetabular”. O tipo “cam” pode ser decorrente de abaulamentos ósseos ântero-superior ou lateral, na transição da cabeça com o colo femoral ou de coxa vara. A investigação diagnóstica deve ser iniciada com uma rotina radiológica específica, que poderá, junto à avaliação clínica, definir a conduta terapêutica ou ser prosseguida com Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética e/ou Artro-Ressonância/Artro-Tomografia. A rotina radiológica ideal para o IFA deve incluir as seguintes incidências: AP da bacia com rotação interna dos membros inferiores, falso perfil de Lequesne e perfil de Ducrocquet. Esta rotina permite detectar acetábulos profundo ou protruso, “os acetabular”, ângulo de cobertura acetábular (n=25 a 39º), ângulo cérvico-diafisário (n: 135 – 140º), retroversão acetabular (“cross-over” sinal), “bump” anterior ou lateral na transição da cabeça com o colo femoral (deformidade em cabo de pistola) com pequenos cistos contíguos, cisto na parede ântero-externa do acetábulo e horizontalização da fise femoral. A Tomografia computadorizada (TC) com reformatações multiplanares e em 3D, permite uma reprodução anatômica com alta definição destas alterações ósseas, assim como medidas de ângulos. A Ressonância Magnética tem como vantagens em relação a TC, melhor contraste entre as estruturas de partes moles (lábios, cartilagens, ligamentos, tendões e músculos), visualização de edema ósseo e, com o uso de contraste venoso, detectar alterações inflamatórias associadas. As Artro-Ressonância e Artro-Tomografia têm maiores sensibilidade para detectar alterações condrais, labiais e ligamentares, e são indicadas nos casos de suspeita clínica não confirmada na rotina precedente.

Impacto Fêmoro Acetabular (IFA): Aspectos por imagens

Zileide Barros Torres médica radiologista do grupo de músculo-esquelético da clínica Multiscan


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Prevenção de fraturas no quadril e na coluna vertebral1-4 Com uma dose semanal de vitamina D1 Em um único comprimido, administrado uma vez por semana1 Referências bibliográficas: 1. Circular aos Médicos (bula) de FOSAMAX D (alendronato de sódio, MSD /colecalciferol). Laboratório Merck Sharp & Dohme, São Paulo, 2010. 2. Black DM, Thompson DE, Bauer DC et al, for the FIT Research Group. Fracture risk reduction with alendronate in women with osteoporosis: the Fracture Intervention Trial. J Clin Endocrinol Metab. 2000;85(11):4118 -4124. 3. Black DM, Cummings SR, Karpf DB et al. Randomised trial of effect of alendronate on risk of fracture in women with existing vertebral fractures. Lancet. 1996;348:1535 -1541. 4. Black DM, Thompson DE. The effect of alendronate therapy on osteoporotic fracture in the vertebral fracture arm of the Fracture Intervention Trial. Int J Clin Pract Suppl. 1999;101:46 -50.

FOSAMAX D* (alendronato de sódio, MSD/colecalciferol). INDICAÇÃO: é indicado para o tratamento da osteoporose, para prevenir fraturas e para ajudar a garantir uma ingestão adequada de vitamina D em mulheres pós-menopáusicas e em homens. CONTRAINDICAÇÕES: anormalidades do esôfago que retardem o esvaziamento esofágico, tais como estenose ou acalásia; incapacidade de permanecer em pé ou na posição sentada durante, no mínimo, 30 minutos; hipersensibilidade a qualquer componente do produto; hipocalcemia. ADVERTÊNCIAS: FOSAMAX D, assim como outros produtos que contenham bisfosfonato, pode causar irritação da mucosa do trato gastrintestinal superior. Em alguns casos, essas ocorrências foram graves e requereram hospitalização. Os pacientes devem ser instruídos a descontinuar o uso de FOSAMAX D e a procurar orientação médica se apresentarem disfagia, odinofagia, dor retroesternal, pirose ou agravamento de pirose preexistente. Deve-se ter cautela ao administrar FOSAMAX D a pacientes com distúrbios ativos do trato gastrintestinal superior. Os pacientes devem ser especialmente instruídos a não tomar FOSAMAX D à noite, ao deitar, ou antes de se levantar. Os pacientes devem ser instruídos a interromper o uso de FOSAMAX D e a procurar um médico se desenvolverem sintomas de doença esofagiana (tais como dificuldade ou dor ao engolir, dor retroesternal, pirose ou agravamento de pirose preexistente). Caso o paciente se esqueça de tomar a dose semanal de FOSAMAX D, deverá ser instruído a tomá-la na manhã do dia seguinte em que se lembrou. FOSAMAX D não é recomendado para pacientes com depuração da creatinina plasmática <35 ml/min. A hipocalcemia deve ser corrigida antes do início da terapia com FOSAMAX D. Outros distúrbios do metabolismo mineral (tais como deficiência de vitamina D) também devem ser tratados. Em pacientes nestas condições, devem ser monitorados os níveis séricos de cálcio e os sintomas de hipocalcemia durante a terapia com FOSAMAX D. A vitamina D pode aumentar a magnitude da hipercalcemia e/ 3 exemplo, leucemia, linfoma, sarcoidose). Nestes ou da hipercalciúria quando administrada a pacientes com doenças associadas à superprodução desregulada de calcitriol (por pacientes deve ser realizado monitoramento do cálcio na urina e no soro. Os pacientes com má absorção podem não absorver adequadamente a vitamina D . FOSAMAX D inclui-se na categoria C de risco de gravidez e não deve ser administrado a mulheres grávidas nem a nutrizes por não ter sido estudado nesses grupos. FOSAMAX 3D não deve ser administrado a crianças por não ter sido estudado em grupos pediátricos. Não houve diferença nos perfis de eficácia e segurança do alendronato relacionada à idade. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: suplementos de cálcio, antiácidos e outros medicamentos podem interferir na absorção do alendronato. Deve-se esperar pelo menos meia hora após ter ingerido FOSAMAX D para tomar qualquer outra medicação por via oral. O uso combinado de TRH e FOSAMAX resultou em aumentos maiores da massa óssea e reduções maiores da reabsorção óssea do que o observado com cada terapia isoladamente. Olestra, óleos minerais, orlistate, e sequestrantes do ácido biliar (p. ex., colestiramina, colestipol) podem impedir a absorção da vitamina D. Os anticonvulsivantes, a cimetidina e as tiazidas podem aumentar o catabolismo da vitamina D. REAÇÕES ADVERSAS: em estudos clínicos, FOSAMAX foi geralmente bem tolerado. As seguintes experiências adversas foram relatadas pelos pesquisadores como possível, provável ou definitivamente relacionadas à medicação em ≥1% das pacientes tratadas com 10 mg/dia de FOSAMAX: dor abdominal, dispepsia, úlcera esofágica, disfagia, distensão abdominal, regurgitação ácida, gastrite, úlcera gástrica, náuseas, cãibras musculares, dores musculoesqueléticas; constipação, diarreia, flatulência; cefaleia. Após a comercialização, foram relatadas as seguintes reações adversas: reações de hipersensibilidade; náuseas, vômitos, esofagite, erosões e úlceras esofageanas; estenose esofageana, ulcerações orofaríngeas e úlceras gástricas e duodenais (raramente); erupções cutâneas (ocasionalmente com fotossensibilidade); uveíte (raramente). POSOLOGIA: a posologia recomendada é de um comprimido de 70 mg/2.800 UI uma vez por semana. FOSAMAX D deve ser ingerido pelo menos meia hora antes do primeiro alimento, bebida ou medicação do dia, somente com água. Outras bebidas (inclusive água mineral), alimentos e alguns medicamentos parecem poder reduzir a absorção de alendronato. FOSAMAX D deve ser tomado apenas pela manhã, ao despertar, com um copo cheio de água, e o paciente não deve se deitar por 30 minutos, no mínimo, após a ingestão, e até após a primeira refeição do dia. FOSAMAX D não deve ser ingerido à noite, ao deitar ou antes de se levantar. Caso a ingestão diária seja inadequada, os pacientes devem receber doses suplementares de cálcio e/ou vitamina D. Os médicos devem considerar a ingestão de vitamina D a partir de suplementos vitamínicos ou nutricionais. FOSAMAX D proporciona as necessidades semanais de vitamina D com base em uma dose diária de 400 UI. Não é necessário ajuste posológico para pacientes idosos ou para pacientes com insuficiência renal leve a moderada (depuração da creatinina plasmática de 35 a 60 ml/min). FOSAMAX D não é recomendado para pacientes com insuficiência renal mais grave (depuração da creatinina plasmática <35 ml/min). REGISTRO MS: 1.0029.0165.002-3. Dentre as informações citadas em bula, ressaltamos que este medicamento é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade a qualquer componente do produto, assim como a interação medicamentosa com suplementos de cálcio e óleos minerais. A PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. Nota: antes de prescrever, recomendamos a leitura da Circular aos Médicos (bula) completa para informações detalhadas sobre o produto.

* Marca registrada de Merck & Co., Inc., Whitehouse Station, NJ, EUA. MC 215/10 IMPRESSO EM MAIO/2010. 04-2012-FSM-10-BR-215-J


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