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Comunicação ao Seminário Internacional
"Alterações Climáticas e suas repercussões sócio-ambientais" São Tomé, 20-23 de Agosto de 2012
ENGENHOS, ROÇAS E MATO. ECOLOGIA E CÂMBIO CLIMÁTICO NA GEOGRAFIA DE FRANCISCO TENREIRO Xavier Muñoz-Torrent, Geógrafo e mestre em gestão pública Associação Caué – Amigos de São Tomé e Príncipe - Barcelona
Retrato de geógrafo Francisco Tenreiro,junto à capa da sua obra A ilha de São Tomé (1961)
Francisco Tenreiro, o ecologista precoce As denúncias dos efeitos da ação antrópica sobre o clima não são novas. Quando se está a debater as causas do câmbio climático e a sustentabilidade das sociedades modernas, com freqüência há a imagem que isto é produto dos últimos tempos e que o paradigma ecologista é muito recente. E isso não é realmente assim, e vale a pena retroceder na história da ciência para achar as primeiras afirmações sobre o poder da mão do homem para alterar o clima e que efeitos tinha isso em relação ao desenvolvimento econômico e social. Na literatura geográfica sobre São Tomé e Príncipe, desde finais dos anos 50, há antecedentes da constatação de mudanças no clima em linha com os efeitos do desenvolvimento de modelos de aproveitamento dos férteis solos vulcânicos em agricultura intensiva, como é o sistema de roças (plantações).