Azul Magazine | Edição 30

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EM FOCO | M A Y A G A B E I R A

Desde então já subiu na prancha algumas vezes. Chegou a enfrentar grandes ondas em fevereiro. Mas nenhuma gigante. O retorno será onde tudo deu errado. A atleta carioca viaja para Nazaré neste mês, ao lado dos companheiros de loucura, Carlos Burle e Pedro Scooby. “É a melhor forma de voltar à ativa: no lugar onde você tem um trauma. Sei que vou ter medo, mas sempre tenho! E eu quero muito surfar essa onda”, declara a moça. A aventura ganhará um especial no canal SporTV e se transformará em um documentário produzido pela Red Bull, uma de suas patrocinadoras. Dependendo do tamanho das ondas, Maya pode realizar um antigo sonho: entrar para o Guinness Book. Informalmente, ela já é a mulher que surfou a maior onda, em 2009, quando

enfrentou uma de 45 pés (14 metros), na África do Sul. Fotos provam a façanha, mas o livro dos recordes exige um vídeo, que não foi feito. Desde então, todas as suas proezas são filmadas. Mesmo com tudo isso, a atleta – única mulher a surfar no Alasca e em Nazaré e uma das cinco do mundo a se aventurar em ondas dessas proporções, em meio a cerca de 100 homens – insiste que é medrosa. "Queria ser mais atirada, meio psicopata das ondas, como o Burle. Eu compenso com muita vontade. Sempre fui ambiciosa." Ela tinha 18 anos quando conheceu Burle, que se tornou seu mentor. Foi o big rider quem a salvou em Nazaré ao ser bem-sucedido na operação de resgate. Ele, a sorte e o preparo da surfista, que desde 2011 faz um treinamento de apneia, que permite maior resistência debaixo d'água.

Maya Gabeira durante ensaio fotográfico realizado no Posto 1 da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro Maya Gabeira at a photo shoot at Posto 1, in Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

LOOKS: ACERVO PESSOAL

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