Revistabang 11

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m Novembro, a Saída de Emergência faz oito anos. Não parece muito tempo mas, de 2003 até agora, praticamente nada está igual no mercado editorial. Quando começámos não existiam enormes grupos editoriais, mas sim muitas editoras de tamanho médio com catálogos diferenciados. À frente das editoras estavam os editores (com os seus gostos e manias) e não meros gestores à caça de números. Se entre os editores havia uma espécie de acordo de cavalheiros onde ninguém roubava ninguém, agora os gestores passam uns por cima dos outros na ânsia de cumprir objectivos que outros gestores lhes impuseram. O marketing era uma brincadeira mal compreendida, agora é uma ferramenta fundamental. Se quando começou, a Saída de Emergência tinha as melhores capas do mercado (o que foi muito útil para conquistar livreiros e leitores), agora é rara a editora que não tem excelentes designers. Entretanto, apareceu o fenómeno mega bestseller (aquele livro que vende tanto que, sozinho, aguenta uma editora anos a fio), as tiragens médias caíram (afinal, os leitores foram todos comprar o bestseller) e o preço dos livros praticamente que não subiu. A Saída de Emergência teve a sorte de nascer numa altura propícia a quem tinha projectos novos - se em vez de 2003 tivéssemos nascido em 2011 nunca conseguríamos crescer como crescemos. Passaram-se oito anos e não sei dizer-vos se o mercado está melhor ou pior. Mas que está irreconhecível, isso está.

A salvação para quem acabou “As Crónicas de Gelo e Fogo” de George R. R. Martin e não sabe o que ler... Sangue do Assassino Robin Hobb

Quando se chega ao fim de A Dança dos Dragões, nono volume de As Crónicas de Gelo e Fogo de George R. R. Martin, há uma pergunta que todos os leitores partilham: o que ler agora? Não é fácil sair das mãos hábeis de Martin para nos entregarmos a outro escritor. Poucos autores do género têm o seu talento para construir mundos, personagens, intrigas e diálogos tão conseguidos. Voltamos então à pergunta, o que ler agora? Talvez a solução seja perguntar ao próprio George R. R. Martin, e ele responde sempre da mesma maneira: se gostam de boa fantasia épica, leiam Robin Hobb. Agora que sabe-

Nas palavras da própria autora, para Fitz, “as magias do Talento e da Manha têm perigos e benefícios. Tem que trilhar o seu caminho com muito cuidado entre ambas as magias se quer sobreviver”.

BANG! /// 3


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