5 minute read

Figura 14 - Modelo composto integrado

O designer pode interagir com os três módulos, definindo os critérios de desempenho no módulo de desempenho, definindo a geração no módulo de geração e interagindo diretamente com a representação digital.

Forças externas podem ser consideradas como forças ambientais, acústica, local, entre outras.

Advertisement

Modelo composto integrado

Figura 14 -Figura 14 - Modelo composto integrado

Fonte: Própria, baseado em Conradt (2017, p.48), e Oxman (2006, p.261)

De acordo com Oxman (2006), os modelos compostos são baseados em processos integrados, incluindo formação, geração, avaliação e desempenho. Por ser um modelo muito abstrato desvinculado da prática de projeto digital contemporâneo, representa uma especulação de possível encaminhamento de um projeto digital no futuro (ANDRADE, 2012). É um modelo especulativo.

2.2. Papel do arquiteto

Com o avanço da tecnologia no projeto digital, constantes mudanças acontecem com as técnicas utilizadas para pensar e representar o projeto, mas o arquiteto continua sendo a figura central, e no comando dos processos.

Surge com o tempo, mais responsabilidades, como por exemplo, a preocupação com o compartilhamento de dados digitais, códigos de práticas legais e patentes entre as várias partes do processo projetual. Agora, dentro das definições de responsabilidade profissional, o arquiteto se tornaria responsável por qualquer resultado originado a partir dos dados de um modelo digital compartilhado com contratado ou fabricante. (KOLAREVIC, 2003)

A partir dessa preocupação, Kolarevic (2003) aponta que cada participante do projeto passa a criar seus dados a partir do zero, criando um processo ineficiente, com possível perda

de dados, por erros de interpretação e trocas de informações no papel. A tecnologia interfere novamente, trazendo lentamente a oportunidade de que vários participantes, com responsabilidades distintas, trabalhassem juntos. Por exemplo, no software Revit, da Autodesk, através de um sistema colaborativo, é possível que cada membro da equipe trabalhe no mesmo projeto, sem que se cruzem as responsabilidades. Cada membro acrescenta e extrai informações ao modelo compartilhado, conforme exigido por seus conhecimentos. (CONRADT, 2017)

Como aponta Oxman (2006), o arquiteto agora tem ainda mais funções, ou papéis, como por exemplo, um construtor de ferramentas. Como vemos nos modelos do design digital, o arquiteto é sempre a “ferramenta” central. Programa-se os computadores para representar ou criar formas, mas é o arquiteto que precisa buscar informações, para que possa configurar os parâmetros. Segundo Kolarevic (2003), embora o estilo estético se configure por geometrias expressivamente plásticas, precisa-se voltar para funcionalidade – arquitetura para as pessoas – e compartilhar responsabilidades e interpretar o processo completo das práticas digitais.

3

1 33 DESIGN GENERATIVO 3.1. Design baseado em performance 3.1.1. Conceitos-chave 3.2. Estudos de caso 3.2.1. Identificação e descrição 3.2.2. Classes do projeto 3.2.3. Classificação dos modelos Introdução Processo digital na arquitetura Estudos de caso 2 4

DESIGN GENERATIVO

3. Design Generativo

Uma característica que diferencia os modelos generativos dos outros modelos digitais, segundo Kolarevic (2003) é a quantidade mínima de informações para executar uma geometria completa. Definindo algoritmos e procedimentos paramétricos no software, é possível gerar vários padrões de formas geométricas.

Arquitetura generativa não é apenas a otimização da geometria topológica junto com seu banco de dados, mas avança além disso (CONRADT, 2017). Na modelagem CAD e outros modelos tradicionais, existe a preocupação com a representação do projeto, mas não se considera a fabricação. Na modelagem generativa, além de explorar múltiplas soluções funcionais para o projeto simultaneamente, o projetista também pode descobrir todo um quadro de fabricação. Dessa forma, se espera reduções no custo do projeto, consumo de material, e otimiza-se o tempo do profissional e projeto. arquitetônica. A arquitetura performativa consiste em ter a forma da edificação gerada a partir da simulação de sua performance. “A performance é, ao mesmo tempo, o determinante e o método para a criação da forma.” (CONRADT, 2017).

Segundo Oxman (2008), no ramo da arquitetura, o design digital contém três componentes que suportam o design, sendo eles:

o modelo geométrico é formulado de maneira a ser capaz de ser transformado e gerado de acordo com a entrada de processos de avaliação;

os processos de avaliações podem ser integrados com o modelo geométrico, podendo produzir processos de modificação/geração no modelo; podem ser avaliações de critérios únicos ou de multi-critério;

o sistema prevê a interatividade do designer como mediador dos processos envolvidos e/ou como um designer de modelos algoritmos para geração e/ou modificação de formas;

3.1. Design baseado em performance 3.1.1. Conceitos-chave

De acordo com Oxman (2008) o termo performativo é a integração de dois termos utilizados no design digital, sendo a geração de formas e modificação de formas. E implica que a performance em si, pode se tornar o determinante da forma

Ao falar sobre design baseado em performance, existem alguns conceitos-chaves que Oxman (2008) traz, para melhor entendimento.

Modelos topológicos em projeto arquitetônico

Os sistemas baseados em desempenho em arquitetura demonstraram ser dependente da forma e tecnologia dos modelos por trás do sistemas. O metamodelo de Burry (OXMAN, 2008) é um modelo topológico que mantém relações de dependência fundamentais constantes enquanto habilita as propriedades das transformações à estrutura de relacionamentos e qualidades que existem no contexto de problemas arquitetônicos. A técnica de modelagem topológica é um dos componentes imperativos do modelo baseado em desempenho.

Projeto paramétrico e modelagem associativa

No contexto emergente de geometria computacional dentro da arquitetura, os modelos paramétricos e associativos são ferramentas poderosas de design.

No design paramétrico, as relações entre os objetos são explicitamente descritas, estabelecendo interdependências entre os vários objetos. As variações, uma vez geradas, podem ser facilmente transformadas e manipuladas ao ativar esses atributos. Atribuições de valores diferentes podem gerar várias variações, mantendo as condições topológicas essenciais. Tecnologias de mídia paramétrica associativa hoje fornecem ambientes de design em que o projetista pode definir as propriedades genéricas de uma geometria dentro de uma estrutura definida pelo usuário. (OXMAN, 2008, tradução nossa).

Design interativo em design baseado em desempenho

As formas estáticas tradicionais da mídia digital são substituídas por componentes topológicos computacionais dinâmicos. A combinação de interação e transformabilidade paramétrica controla perturbações que geram variações estruturais discretas nos processos de formação do projeto. O corpo de conceitos teóricos relacionados com as formações paramétricas incluem: adaptabilidade e mudança, continuidade, proximidade e conectividade.

O designer hoje interage, controla e modera mecanismos dinâmicos de modelagem computacional, incluindo processos como os que existem atualmente em técnicas paramétricas e de animação.

Otimização

Malkawi, como aponta Oxman (2006), apresentou uma revisão abrangente dos atualmente disponíveis sistemas de avaliação de desempenho ambiental para arquitetura e engenharia. Ele afirma, “para mudar o uso convencional de tais