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Hospital Irmã Dulce realiza ação de orientação sobre o teste do pezinho

Objetivo é reforçar as boas práticas junto à equipe da Maternidade

Como forma de reforçar a importância do teste do pezinho, a Maternidade do Complexo Hospitalar Irmã Dulce realizou na terça-feira (6), em alusão ao Dia Nacional do Teste do Pezinho, uma ação de orientação aos profissionais. O objetivo é reforçar as boas práticas e conscientizar a equipe sobre a importância do teste do pezinho, que detecta diversas doenças de maneira precoce e pode salvar vidas.

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Auxiliares, técnicos de enfermagem e enfermeiros da Maternidade receberam as orientações da enfermeira-obstetra Camila Geraldino, coordenadora de enfermagem do setor materno-infantil do Hospital Irmã Dulce. Também foi realizada durante a ação uma coleta do exame de um recém-nascido.

“Essa orientação acontece com frequência e tem como objetivo repassar as técnicas de coleta para manter a equipe atualizada e evitar quaisquer erros na hora do exame. Reforçamos também o preenchimento completo dos documentos que vão para o Instituto Jô Clemente, responsável pela análise do teste do pezinho”, explica a enfermeira Camila Geraldino.

Exame – Em Praia Grande, o teste do pezinho é realizado pela Maternidade do Complexo Hospitalar Irmã Dulce (CHID). As Unidades de Saúde da Família (Usafas) do Município também oferecem o exame às crianças que, por ventura, não tenham feito após o nascimento.

O teste do pezinho é importante por diagnosticar doenças antes ainda do surgimento dos primeiros sintomas, impedindo o desenvolvimento de doenças genéticas ou metabólicas. Essas enfermidades podem causar deficiência intelectual, por exemplo, e provocar inúmeros prejuízos à qualidade de vida da criança.

“O teste do pezinho é importante porque ele detecta patologias que necessitam de uma intervenção precoce e imediata e, assim que se sabe o diagnóstico, dá tempo de intervir e cuidar daquele bebê. O exame ocorre no pé, pois dói muito menos e é muito menos invasivo do que se fosse furar uma veia, por exemplo. O bebê pode fazer o exame enquanto estiver amamentando”, explica a pediatra da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) de Praia Grande, Rosane Ferreira Muniz.

O teste do pezinho é feito na Maternidade do CHID em todos os bebês com 48 horas de vida, exceto os recém-nascidos internados na UTI Neonatal. Nesse caso, o médico neonatologista determina o momento mais adequado para a coleta do exame. São retiradas algumas gotinhas do calcanhar do bebê e o material é encaminhado para o Instituto Jô Clemente, que faz a análise. O resultado pode ser retirado cerca de 30 dias depois no site do Instituto, na Maternidade ou na Usafa.

Se por algum motivo a criança ainda não fez o teste do pezinho, basta que a família procure a Usafa onde está cadastrada, pois o exame também é disponibilizado pelas unidades. “O Município é bem atento a essa questão e atua fortemente para proporcionar todas as condições para que os bebês estejam saudáveis. Nós temos uma parceria muito importante com o Instituto Jô Clemente nesse sentido. Além disso, o Departamento de Vigilância em Saúde intervém rapidamente em qualquer caso que haja problema para que seja solucionado precocemente, evitando sequelas para a criança”, declara a subsecretária de Atenção à Saúde de Praia Grande, Bruna Renó.

Demais cuidados – Outro exame muito importante e que também é realizado pela equipe de Maternidade do Hospital é o teste do coraçãozinho, que possibilita o diagnóstico de doenças cardíacas logo nos primeiros dias de vida da criança. Esse teste, inclusive, é obrigatório nas maternidades da rede pública e particular da Cidade, atendendo a lei estadual 15.302/2014.

“Nós fazemos no Hospital em todos os bebês com 24 horas de vida. Caso exista alguma alteração no resultado, o pediatra solicita um ultrassom ecodoppler. O médico faz o exame na presença dos pais e explica, porque às vezes os bebês têm um sopro que é fisiológico, é um espacinho que pode ter, mas que com o tempo vai fechando. E com o eco é possível identificar de forma precoce se é uma cardiopatia congênita e direcionar melhor os recursos para tratamento”, destaca a enfermeira-obstetra Camila Geraldino.

É realizado ainda o teste de triagem auditiva, mais conhecido como teste da orelhinha, um acompanhamento especializado com fonoaudióloga, que verifica se há alguma deficiência na audição do bebê. Caso a criança apresente alguma alteração no exame, ela é encaminhada para o Centro Especializado em Reabilitação (CER), no Bairro Mirim, que dá o prosseguimento no atendimento.

Outro cuidado fundamen- tal para a saúde dos recém-nascidos é o sistema de monitoramento neurológico de prematuros, implantado recentemente pela Prefeitura na Maternidade. O moderno aparelho monitora 24 horas os bebês com risco, com acompanhamento em tempo real de uma central de vigilância e inteligência, em São Paulo, que informa a equipe da Maternidade caso haja qualquer alteração no quadro neurológico da criança. Esse trabalho dá maior amplitude na avaliação e diagnóstico precoce dos pacientes internados na UTI Neonatal, evitando lesões cerebrais e sequelas para a vida dos bebês.

Além disso, todo recém-nascido recebe, antes da alta, a vacina da Hepatite B e a da BCG (indicada para prevenir a tuberculose), aumentando a proteção da criança. Além disso, todas as mães e bebês recebem encaminhamento para dar continuidade aos cuidados nas Usafas.

Mortalidade infantil – O trabalho realizado por Praia Grande em todos os níveis de atenção à Saúde tem proporcionado uma grande queda do índice de mortalidade infantil do Município. Em abril foi registrada uma taxa de 8,3 mortes para cada mil crianças nascidas vivas, uma das melhores da Região e a menor da história da Cidade, levando em conta os dados levantados desde 2006, quando se iniciou a coleta de dados.

Em Praia Grande, o acompanhamento da família é completo, desde a confirmação da gravidez até o nascimento, no parto e também nos primeiros anos de vida. Isso acontece, pois, além da estrutura oferecida na Maternidade do Hospital Irmã Dulce, o Município possui uma robusta estrutura de saúde voltada para a saúde preventiva, com foco na promoção da saúde e na prevenção de doenças. São 30 Usafas e cerca de 110 equipes do Programa de Saúde da Família, cobrindo 100% da população.

As unidades possuem uma equipe multiprofissional, com enfermeiros e médicos especialistas em saúde da família, que passam frequentemente por capacitação, proporcionando uma assistência à saúde continuada, integral e abrangente em todas as fases da vida. As Usafas recebem também o apoio do Núcleo Ampliado de Saúde da Família na Atenção Básica (Nasf-AB), composto por profissionais de diversas áreas, como ginecologista e pediatra, que dão suporte às unidades em casos que necessitam de maiores cuidados. Fortalecem ainda os atendimentos os profissionais dos Programas da Residência Médica e da Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade de Praia Grande. O Município conta também com o Ceas Mulher (Centro de Apoio à Saúde da Mulher), no Bairro Caiçara, que faz parte da Rede de Especialidades Médicas. Os ginecologistas do equipamento fazem todo o acompanhamento dos pré-natais de risco em parceria com as Usafas. Os casos de maior complexidade são encaminhados para atendimento referenciado no Hospital Guilherme Álvaro, em Santos, ou no Ambulatório Médico de Especialidades do Estado (AME) de Praia Grande.

Incentivo à Amamentação – A Sesap criou ainda outros serviços para proporcionar maior saúde à gestante e ao bebê e incentivar o aleitamento materno, responsável por prevenir inúmeras doenças e oferecer benefícios para a lactante após o parto. O Disque Amamentação, por exemplo, está disponível para as mulheres tirarem dúvidas com profissionais capacitados no assunto. O atendimento ocorre pelo Acolhe PG no telefone 3496-5262, de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, por ligação ou mensagem.

O Acolhe PG desenvolve ainda o projeto Abordagem Precoce, em que técnicos contatam as mães logo após a alta hospitalar para tirar dúvidas sobre a amamentação. Esse acompanhamento ocorre também em outros períodos até os três meses do parto, visando evitar o desmame precoce.

Outro serviço de destaque é o Posto de Coleta de Leite Humano, que recolhe doações de leite materno para bebês prematuros ou de baixo peso internados na UTI Neonatal do Complexo Hospitalar Irmã Dulce.

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