Revista ADEGA - 2ª Edição

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Adega O QUE É CERVEJA? Conheça as diversas variedades,receitas e suas origens

ALQUIMIA DE VERÃO Refrescantes, coloridos e deliciosamente sedutores, os drinques festejam a estãoção mais quente do ano

APLICATIVO FAZ CERVEJA CASEIRA Máquina busca financiamento para transformar qualquer um em mestre cervejeiro

Mendonza

A cidade que é destaque na produção de vinho argentino e mundial



EDITORIAL

Ele já estava havia muito tempo com a corda no pescoço. Álcool é seu nome de guerra e, desde os primórdios, tornou-se um fiel companheiro do homem — na alegria e na tristeza, na saúde e na doença. A amizade, porém, logo foi cercada de suspeitas. Afinal, o ser humano percebeu que, se alguns tragos o conduziam às nuvens, afogarse no vinho ou em qualquer outra bebida o levava facilmente à ruína. Na berlinda, o álcool que não costuma faltar às festas é o mesmo que tantas vezes foi condenado à forca. Se deixarmos a hipocrisia de lado, podemos degustar as recentes descobertas sobre o protagonista desta reportagem. Antes de revelá-las, pedimos ao leitor que segure por algumas linhas a sede e preste atenção no recado de Denise De Micheli, professora do Departamento de Psicobiologia da Universidade Federal de São Paulo, a Unifesp: “Uma pequena dose de álcool não é prejudicial, desde que não haja gravidez nem problemas como o diabete e doenças do coração”. Dado o aviso, vamos bebericar as novidades. Junte a família, os amigos, o chefe, e aproveite. Jorge Heitor, Editor jorgeheitor@adega.com


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VINHO

VENDAS DIRETAS


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O que ĂŠ cerveja?

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Os diversos copos para se beber

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VerĂŁo e a nova caipirinha

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Vai um chopp?

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Os drinks mais sofisticados

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Nosso entrevistado ensina a escolher e degustar vinhos

19

Top 10 bebidas doces

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Acompanhamentos

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Vinhos de Mendonza


O que é cerveja ?

Cerveja é uma bebida alcoólica carbonatada, produzida através da fermentação de materiais com amido, principalmente cereais maltados como a cevada e o trigo. Dentro desta definição de cerveja encontram-se diversas variedades, de acordo com fatores como método de produção, ingredientes usados, cor, sabor, aroma, receita, história, origem e assim por diante.

LAGERS As Lagers são as cervejas mais consumidas no mundo, responsáveis por exemplo por mais de 99% das vendas de cerveja do Brasil. Originarias da Europa Central no século 14, são cervejas de baixa fermentação ou fermentação a frio (de 6 a 12ºC), com graduação alcoólica geralmente entre 4 e 5%. Tem entre seus tipos mais conhecidos a Pilsener, tipo de cerveja originariamente criada no século 19 na cidade de Pilsen, região da Boêmia da República Tcheca, e que por isso muitas vezes é chamada de Pilsen ou Pils ao invés de Pilsener.

PALE ALES São as Ales claras, com graduação alcoólica até 6%. Foram criadas para competirem com as cervejas Pilsen durante a Segunda Guerra Mundial, portanto compartilham a característica de serem mais suaves. É um dos maiores grupos de cerveja e possui alguns sub-tipos ou sub-nomes.

VIENNA O estilo Vienna é originário da Áustria, de cor marrom avermelhada, tem corpo médio e um sabor suave e adocicado de malte levemente queimado. Graduação acoólica entre 4,5 e 5,7%. Um exemplo é a mexicana Negra Modelo, a Dos Equis Ambar e a Samuel Adams Vienna Style Lager.

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VIENNA O estilo Vienna é originário da Áustria, de cor marrom avermelhada, tem corpo médio e um sabor suave e adocicado de malte levemente queimado. Graduação acoólica entre 4,5 e 5,7%. Um exemplo é a mexicana Negra Modelo, a Dos Equis Ambar e a Samuel Adams Vienna Style Lager

KELLER e ZWICKEL A Keller e a Swickel são cervejas pouco comum, não são filtradas (portanto turvars) nem pasteurizadas (servidas na pressão e não engarrafadas), e ficam maturando de maneira exposta, sem cobertura. Pode ser bem amarga.

MARZEN Produzidas na Bavaria apenas durante o mes de março (März em alemão) especialmente para a Oktoberfest, as Märzen podem ser claras ou escuras e ficam entre 4,8 a 5,6% de álcool. Também é chamada de Oktoberfestbier. Chamadas de “As Grandes 6”, as unicas cervejarias autorizadas que produzem este tipo são: Augustinerbräu, Hacker-Pschorr, Hofbräuhaus, Löwenbräu. Paulaner e Spaten.

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BIÈRE DE GARDE Cerveja de guarda feita principalmente na França, na região de Pas-De-Calais, as Bière de Garde são resistentes e feitas para durarem anos, normalmente têm uma última fermentação na garrafa e muitas vezes são vendidas em garrafas com rolhas. Essa cerveja possuí um sabor ímpar .Uma Janlain Amber e La Choulette são bons exemplos de cervejas não tão dificeis de encontrar por aí, ela é muito procurada por turistas que visitam a França.

SAISON Feitas em Wallonia - Bélgica, as Saison chegam a ser comparadas a vinhos tintos devido a fermentação e sabores presentes em comum.

STRONG ALES Denominação genérica que inclui uma variada gama de cervejas que podem ser claras ou escuras. Possuem alto teor alcoólico, que vai de 6 e pode chegar a 12%. Podem ser saborosas e balanceadas, “inserindo” harmoniosamente o álcool no conjunto, ou podem ser simplesmente fortes e desbalanceadas, evidenciando a gradação alcoólica.

LAMBICS A maioria dos especialistas classifica as cervejas do tipo Lambic como uma terceira categoria, em separado das Lager e Ale, por causa do seu tipo de fermentação, que é espontânea.

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Uma das maiores produtoras de vinho do mundo

O

s agricultores de Mendoza, na Argentina, aproveitaram a água do degelo e o clima da região para investir no cultivo da uva. A iniciativa transformou o país em um dos maiores produtores de vinho do mundo. Um espetáculo grandioso, que reúne dezenas de bailarinos, orquestra e um coral com 250 vozes, conta a história da uva e do vinho em Mendoza. A Festa da Vindímia, que celebra o início da colheita das uvas na região, acontece todos os anos entre os meses de março e abril e atrai milhares de pessoas. A província de Mendoza fica no oeste da Argentina, aos pés da Cordilheira dos Andes. As uvas e o vinho chegaram ao lugar no século 16, junto com os colonizadores espanhóis. O enólogo Roberto de la Mota, conhecedor e criador de vinhos, explica: “Mendoza foi fundada em 1561. Os espanhóis trouxeram as videiras porque precisavam da uva passa como alimento nas grandes caminhadas. Não se esqueça que eles vieram do Chile atravessando a cordilheira a pé e também precisavam do vinho pra celebrar as missas”.


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O plantio é feito perto da Cordilheira dos Andes Roberto de La Mota é um dos donos da vinícola Mendel, que só produz vinhos de alta categoria. No ltugar, há videiras com mais de 80 anos de idade. Quanto mais velha a planta é melhor para fazer vinho. O agrônomo da vinícola Santiago Mayorca explica que em Mendoza todos os vinhedos são irrigados por gotejo, sistema que garante em torno de 95% do aproveitamento da água. O clima dessa região também proporciona uma grande amplitude térmica, o que é muito bom para o cultivo de uvas. Além de seca, a região tem solos pobres, que retém pouca umidade e com baixo teor de matéria orgânica. Os vinhedos da Argentina ocupam mais 230 mil hectares de terra. A variedade malbec é a mais plantada na região. Essa uva, de origem francesa, chegou à Argentina por volta de 1860. Hoje o vinho malbec produzido na Argentina é famoso no mundo inteiro. A bodega Salentein, empresa que cultiva um dos maiores vinhedos de Mendoza, tem 700 hectares. Na propriedade há videiras com idade variando entre três e

35 anos, com 80% de uvas tintas e 20% de brancas e por ano, a bodega produz sete milhões de quilos de uva. A tela que reveste as videiras serve para proteger as frutas de chuvas de granizo, que são frequentes nessa região. Para conduzir as videiras, é usado o sistema de espaldeiras: estrutura formada por linhas de arame esticado. O clima da região também é bom para a saúde das plantas. O clima certo e a água do degelo estão atraindo produtores de vinho de outras partes do mundo para Mendoza, como o empresário espanhol José Ortega Fournier. A bodega Ofournier tem três fazendas na região, onde cultiva 300 hectares de videiras. A especialidade da bodega é uva tempranilho, que tem esse nome porque é a primeira a ser colhida. Essa variedade também é a mais usada pra produção de vinhos na Espanha. A bodega ainda planta uva das variedades sirrah, cabernet sauvignon, merlot e malbec. Para financiar a expansão dos vinhedos, a bodega criou uma espécie de

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condomínio com 70 hectares de videiras, divididos em lotes de um hectare cada. Quem compra um lote pode usar as uvas pra produzir seu próprio vinho ou vender a produção para a bodega. A empresa mantém o vinhedo por dois anos, tempo que leva para começar a produzir. A maior parte dos lotes foi comprada por brasileiros. As uvas colhidas no campo vão para a bodega onde são selecionadas em um processo rigoroso, separadas dos cachos e esmagadas. Depois, seguem para imensos tonéis para fermentação. Após esse processo, o vinho é transferido para a cave, lugar onde vai envelhecer. Os vinhos tintos são colocados em barris de carvalho francês, onde passam de três a 18 meses, dependendo da categoria. Os vinhos brancos não envelhecem em madeira, Hoje há cerca de mil bodegas em Mendoza, que transformaram a Argentina na quinta maior região produtora de vinhos do mundo. De 2010 para 2012, as exportações de vinho do país tiveram um aumento de mais de 47%.


MENDONZA : VINHO E TURISMO Com os “Caminhos do Vinho”, Mendoza chama o turista a aprender a diferença entre os tipos de uva e a saber diferenciar um sabor do outro. É lá que se percebem os diferentes aromas dos vinhos e se acompanha toda a sua produção. Mendoza tem muito o que visitar. Quatro regiões se destacam nos “Caminhos do Vinho”: Centro-oeste (nos departamentos, ou cidades, de Godoy Cruz, Guaymallén, Luján de Cujo e Maipú), Valle de Uco (Tupungato, Tunuyán e San Carlos), Sul (San Rafael) e Vale Central (San Martín, Rivadavia, Junín e Santa Rosa). A província tem 150 mil metros quadrados de uvas plantadas e cerca de 1.200 bodegas. É para embriagar, não acha?! Mendoza produz os mais variados tipos de uva: malbec, merlot, cabernetsauvignon, pinot, sirah, valsemina e borgonha, levadas da Europa por imigrantes. Não é preciso conhecer tudo: três, no mínimo, e cinco, no máximo. Há vários programas, que incluem até oito visitas a bodegas. Há diferenças entre elas, mas nem tantas. Variam basicamente no modelo de produção, se é artesanal ou com as mais sofisticadas tecnologias. O processo é sempre o mesmo: a colheita, a separação, a retirada do suco, o amadurecimento, o envelhecimento e o engarrafamento. Cerca de cem bodegas estão preparadas para receber os turistas. Apesar de encontrar nas próprias bodegas todas suas histórias, Mendoza também tem um museu do vinho, o “San Felipe”, pertencente à mais tradicional delas, a “Rural”. As visitas são gratuitas -desde que não haja degustação, petiscos ou almoço- e conduzidas por guias turísticos locais.

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Adega EDIÇÃO 2 - PREÇO R$ 14,90


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