Reação 86

Page 28

28

especial

Para as pessoas com deficiências visuais, a Pináculo, indústria eletrônica sediada em Taquara/ RS, trouxe o Vocalizer que funciona como uma espécie de visão, já que possibilita a identificação de cores e cédulas de dinheiro, além da leitura de textos impressos e digitais, entre várias outras funções. Desenvolvido com apoio da FinanEstande Pináculo ciadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (FINEP), integra várias tecnologias em um aparelho portátil e foi aprovado pessoalmente pelo diretor da empresa, Carlos Wolke, que perdeu completamente a visão há 8 anos. Em outro estande, foi apresentada uma nova máquina de escrever, a Smart Perkins™ Brailler. Com alta tecnologia, fornece retorno visual e de áudio juntamente com uma cópia impressa. O novo produto permite ao aluno aprender braile de forma independente, mesmo quando um professor especialmente treinado não está presente. Os retornos de áudio e visual na tela estão disponíveis em Português via software Acapela de comando de voz. “Acreditamos que este lançamento realmente permite que as pessoas estejam no mesmo nível e desmistifica o sistema braile para permitir uma experiência de aprendizado compartilhado”, comenta David Morgan, vice-presidente e diretor geral da Perkins Products. A Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual (LARAMARA) também marcou presença com lançamentos desenvolvidos no Centro de Tecnologia Assistiva para Pessoas com Deficiência Visual (LARATEC), além de produtos pedagógicos do Centro de Ludicidade Brincanto, que contribuem para o aprendizado infantil. Entre as novidades estão o Prisma (primeiro identificador de cores e dinheiro para pessoas com deficiência visual com tecnologia totalmente brasileira); o SLEP (Scanner Leitor Portátil para acesso das pessoas com deficiência visual a textos não impressos em braile); Pentop (rotulador de objetos com voz) e um cadeado com segredo acessível (funciona não com um segredo numérico, mas com uma combinação de até 16 movimentos). Para deficiência auditiva, o Grupo Microsom lançou o aparelho Moxi 3G, disponível em diferentes cores, com tecnologias que possibilitam uma série de benefícios, entre elas a wireless que permite ao usuário escutar músicas de um tocador de MP3 ou até mesmo falar ao celular sem precisar estar com o telefone móvel próximo da orelha. Esta interação entre os aparelhos é possível porque o som que sai do equipamento portátil é enviado via Bluetooth para um acessório utilizado no pescoço do usuário (espécie de colar) e convertido para uma tecnologia que transmite as informações. É indicado para perdas auditivas de grau leve a severa.

Em outra área, foram apresentados produtos para incontinência urinária da Tena, presente em mais de 90 países. Com produtos especiais para mulheres ativas com mais de 35 anos, homens e mulheres ativos com mais de 55 anos e pessoas com pouca ou nenhuma mobilidade, a marca apresenta desde absorventes finos e discretos até modelos para serem vestidos como uma roupa íntima, garantindo rápida absorção da urina. No concorrido mundo das cadeiras de rodas, a Jumper, de Rio Claro/SP, trouxe modelos Monobloco, 100% fabricadas no Brasil. A WCMX é especial para iniciação em Hardcore Sitting: feita com liga nobre 6061, tem dobra especial com reforço na estrutura, o que permite sua utilização em pistas de skate. Já a cadeira de rodas para Downhill (esporte que tem descidas em alta velocidade) é a aprimeira com freio a disco 100% brasileira. Para Carol Kobylanski, diretora do segmento de cadeira de rodas da empresa, a participação na Reatech foi importante para o público conhecer melhor a marca. “Em relação à feira, acho importante ter outros eventos no decorrer do ano em cidades espalhadas pelo Brasil. Feiras menores, onde o foco seja em produtos de acessibilidade”, avalia.

Estandes para todos os gostos

A Reatech apresenta opções variadas, desde os grandes estandes da indústria automobística, que oferecem test-drive aos interessados, até os institucionais como Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de SP, Comitê Paralímpico Brasileiro, que promoveu um torneio de esgrima, do Governo Federal e de entidades das mais variadas, como a Casa de Davi e o Instituto da Cidadania. Um dos mais movimentados foi a o Associação Desportiva para Deficientes (ADD), que esteve pelo 9º ano consecutivo na feira. “É uma excelente oportunidade de mostrar o resultado de trabalho que transforma a vida das pessoas há 16 anos”, afirma a diretora Eliana Miada. Na Sports Arena, com 5 mil m², as pessoas com deficiência puderam conhecer e vivenciar modalidades esportivas e, com isso, despertar o gosto e abrir novas possibilidades de inclusão social por meio do esporte. “No espaço, além da apresentação das atividades oferecidas pela ADD, demos a oportunidade para que outras instituições também demonstrassem seu trabalho. Incluímos pessoas sem deficiência nas práticas esportivas como forma de transmitir informações através da vivência das dificuldades e limitações”, explica a diretora. A ADD teve alguns parceiros na Reatech, como a SABB/Coca-Cola,


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.