jornal Bandeira UM, edição 141

Ano 13 nº 141 Curitiba - PR Publicação mensal direcionada aos taxistas e usuários

Junho - 2016

Distribuição Dirigida Comprometido com os interesses da categoria Crédito da foto: Julio Cesar Souza

Fomento Paraná financia R$ 10 milhões para a compra de táxis 2016

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Curitiba, Junho - 2016

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Confusões entre taxistas e motoristas da Uber são registradas em Curitiba De acordo com a PM, ao menos três ocorrências foram registradas no aeroporto, onde tudo começou

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noite do dia 24 último e a madrugada do dia 25 foram marcadas por diversas confusões entre taxistas e motoristas da Uber, aplicativo de transporte individual, em Curitiba e Região. A Polícia Militar (PM) informou ter recebido vários chamados de condutores da Uber e de taxistas relatando situações de agressão.

O primeiro atrito foi no Aeroporto Afonso Pena, em São José dos Pinhas, na Região Metropolitana de Curitiba, no início da noite. A confusão começou quando um motorista da Uber foi pegar um passageiro. Pelo menos, cinco carros foram danificados e motoristas foram agredidos, segundo um condutor do serviço.

A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) confirmou a briga no local, e dois motoristas do Uber foram ao Centro Integrado de Atendimento ao Cidadão (Ciac-Sul) registrar um Boletim de Ocorrência (BO).

Mais tarde, por volta das 22h, houve outra situação de desordem, em um posto de combustíveis ao lado da Rodoferroviária de Curitiba. Depois, a confusão aconteceu no bairro Batel. Lá, duas mulheres que eram passageiras de um carro da Uber foram retiradas pelos taxistas.

O presidente do Sindicato dos Taxistas do Estado do Paraná (Sinditáxi-Pr), Mardegan, confirmou os atritos. Ele disse que é contra qualquer tipo de agressão física, mas que não há como controlar as centenas de taxistas que estão nas ruas e que, além disso, há provocação por parte dos motoristas da Uber.

Por meio de nota, a Uber informou que considera inaceitável o uso de violência.

"Todo cidadão tem o direito de escolher como quer se mover pela cidade, assim como o direito de trabalhar honestamente", diz um trecho da nota. De acordo com

a Uber, desde quando começou a operar na capital paranaense, em março deste ano, mais de 70 Boletins de Ocorrência foram feitos pelos motoristas parceiros relacionados a agressões e constrangimentos públicos – a maioria no Centro e no Batel.

"Acreditamos que os motoristas parceiros precisam ter seu direito constitucional de trabalhar preservado e vamos dar todo o suporte necessário para que os agressores sejam julgados e condenados. Desativamos da plataforma parceiros que se envolvam em brigas e que tenham comprovadamente atitudes violentas", diz outro trecho da nota.

A prefeitura também se posicionou por meio de nota: “Sobre a confusão envolvendo motoristas na noite da sexta-feira (24), as situações de agressão e ameaça são ocorrências policiais e devem ser atendidas pela Polícia Militar e apuradas pela Polícia Civil”. Com relação aos taxistas envolvidos no episódio, os motoristas podem ser denunciados pela conduta diretamente na Urbs [Urbanização de Curitiba] e estão sujeitos às sanções previstas nos contratos, caso seja constatada conduta inadequada. Entre as punições está a perda da autorização para circular.

Já em relação à atuação do Uber na capital, o transporte de passageiros por motoristas que atendem pelo aplicativo não está regulamentado em Curitiba e é, portanto, uma atividade irregular. As denúncias que chegam a Urbs e Setran [Secretaria Municipal de Trânsito] são alvo de fiscalização e os motoristas estão sujeitos às sanções previstas no Código de Transito Brasileiro.

Reprodução / RPC

Divulgação

Até junho, a Setran, Urbs, Bptran [Batalhão de Policiamento de Trânsito] e Guarda Municipal já fizeram 67 ações integradas para fiscalizar serviço irregular de transporte de passageiros em Curitiba. Foram abordados 338 veículos e 40 motoristas vinculados ao aplicativo Uber foram autuados".

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Fomento Paraná financia R$ 10 milhões para a compra de táxis em 2016

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Fomento Paraná, instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Estado, atingiu nesta semana a meta estabelecida para 2016 de contratar R$ 10 milhões em financiamentos de veículos para prestar serviços de táxi.

A linha Banco do Empreendedor Taxista foi reaberta pelo governador Beto Richa em janeiro. Em quatro meses e meio, foram recepcionadas mais de 250 propostas de financiamento, que atendem profissionais autônomos de todas as regiões do Estado.

Lançada em dezembro de 2012, essa linha de crédito colocou no mercado cerca de R$ 54 milhões em financiamentos para este segmento profissional, permitindo a compra ou troca de cerca de 1550 veículos.

O valor mínimo financiado é de R$ 3 mil e o máximo de R$ 50 mil, podendo corresponder a até 100% do valor do automóvel, de acordo com as políticas de crédito e de garantias vigentes na Fomento Paraná.

O crédito é destinado para compra de veículos novos para prestação de serviços de táxi — mediante concessão ou autorização do poder público.

O dinheiro pode ser usado para converter o automóvel para uso de gás natural (GNV) ou adaptar para o transporte de passageiros com dificuldade de mobilidade.

André Santos, um dos primeiros motoristas de táxi a obter o financiamento em Curitiba, é só elogios. “Esse financiamento foi tudo de bom. Me ajudou muito. Fui bem atendido. As pessoas tinham muita agilidade e o custo é excelente. Vou quitar as parcelas neste ano e quero ver se troco de carro com apoio da Fomento novamente”, disse ele.

Crédito da Foto: Julio Cesar Souza/ANPr

A Fomento Paraná, instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Estado, atingiu nesta semana a meta estabelecida para 2016 de contratar R$ 10 milhões em financiamentos de veículos para prestar serviços de táxi.

Crédito da Foto: Arnaldo Alves/ANPr

O taxista André dos Santos, adquiriu seu táxi por meio de um financiamento concedido pela Fomento Paraná, na linha Banco do Empreendedor Taxistas. Curitiba.

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Legislação admite multa a quem fumar em veículos com crianças

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Comissão de Legislação, Justiça e Redação admitiu, em reunião dia 14 último, o projeto de lei do vereador Tiago Gevert (PSC) que estipula multa de R$ 250,00 a quem for flagrado fumando em veículos na presença de crianças, de até 12 anos, em veículos de Curitiba (005.00194.2015).

O parecer favorável foi dado por Felipe Braga Côrtes (PSD). A proposição ainda será analisada pelas comissões de Saúde e de Direitos Humanos.

De acordo com o autor do projeto, o tabagismo é, na atu-

alidade, o maior causador de mortes evitáveis e os “fumantes passivos” ocupam a terceira colocação. “Na prática, quase um terço da população mundial adulta é fumante e o hábito afeta as pessoas ao redor”, frisa Gevert, na justificativa da matéria. O vereador lembra dados da Organização Mundial da Saúde (OMS): “O ar poluído pela fumaça do cigarro tem três vezes mais nicotina, monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça tragada pelo fumante ativo”.

Crédito da foto: Chico Camargo/CMC

Projeto do vereador Tiago Gevert estabelece multa a quem fumar no interior de veículos que estiverem transportando crianças de até 12 anos incompletos.

Richa apresenta novas diretrizes de governo

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governador Beto Richa reuniu dia 22 último, no Palácio Iguaçu, a equipe administrativa para apresentar novas diretrizes de gestão e fazer um balanço das atividades do governo. Todos os secretários de Estado e presidentes de estatais e autarquias participaram do encontro, organizado pelo chefe da Casa Civil Valdir Rossoni. Também estiveram presentes a vice-governadora Cida Borghetti e os deputados Ademar Traiano e Luiz Claudio Romanelli.

Richa ressaltou a necessidade de manter a unidade da equipe para a execução dos compromissos do plano de governo.

EXPEDIENTE

Jornal Bandeira UM

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Crédito da foto: Orlando Kissner

Ele disse que vai continuar cobrando agilidade e eficiência nos trabalhos, e que está atento às situações que podem causar desgaste a administração. “Não podemos errar”, advertiu.

O governador relatou as conversas que teve com outros governadores, em Brasília, que classificaram como um drama a situação vivida por Estados que não realizaram o ajuste fiscal a tempo de evitar os efeitos da crise sobre as contas públicas.

“Em comparação com os demais estados, o Paraná está em uma condição privilegiada”, disse.

“Fizemos o dever de casa”.

Redação e Dep. Comercial

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Antonio Fernandes Diretor - Presidente

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Chefe da Casa Civil recebe taxistas para discutir demandas da classe

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chefe da Casa Civil Valdir Rossoni se reuniu no inicio deste mês, no Palácio Iguaçu, com um grupo de motoristas de táxis de Curitiba para receber demandas da categoria. “A Casa Civil está aberta para o diálogo com todos os setores, sempre buscando encontrar soluções em conjunto”, disse Valdir Rossoni.

Um dos principais assuntos discutidos foi a obrigatoriedade do exame toxicológico por motoristas profissionais, imposta pelo Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN). O alto custo do exame (R$ 290,00) é a principal reclamação dos motoristas. Como se trata de uma resolução federal, Valdir Rossoni se comprometeu a intermediar uma discussão

sobre a normativa, juntamente com o Detran.

Participaram da reunião o presidente do Sindicato dos Taxistas do Estado do Paraná (Sindi táxi-PR), Abimael Mardegan, o presidente do Sindicato das Auto-Escolas do Paraná, Justino Rodrigues da Fonseca, e o presidente da União dos Taxistas de Curitiba, Nilson Silva.

Crédito da foto: Kleyton Presidente

O chefe da Casa Civil Valdir Rossoni, durante reunião no Palácio Iguaçu, com um grupo de motoristas de táxis de Curitiba.

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Mantido veto parcial à lei que multa transporte irregular

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lei municipal 14.831/2016, que multa em R$ 1,7 mil o transporte irregular de passageiros, entrará em vigor, em 3 de julho (60 dias após a publicação no Diário Oficial), sem o parágrafo 2º do artigo 1º. Com 18 votos favoráveis e 11 contrários, a Câmara de Curitiba manteve, o veto parcial do prefeito Gustavo Fruet à norma (005.00201.2015), proposta por Chico do Uberaba (PMN) e Jairo Marcelino (PSD).

O parágrafo vetado afirmava que “não será permitido transporte individual de passageiros em veículo automotor leve, de categoria particular, que não atenda as exigências previstas nesta lei”. No ofício à Câmara, o prefeito justificou que a lei municipal 13.957/2012, alterada pelo projeto, “trata especificamente do táxi, cuja natureza é de serviço público de transporte individual, categoria aluguel”.

O documento também defende que a Diretoria de Transporte da Urbs apontou que o parágrafo geraria incompatibilidade entre a lei aprovada e a legislação em vigor. “Sendo mantido o § 2º do art. 1º haveria até mesmo dificuldade em se aplicar a multa disposta do art. 20-A, possibilitando a discussão de sua efetiva aplicabilidade.”

Vice-líder do prefeito na Casa e um dos autores do projeto que pretende regulamentar serviços como o Uber, Jonny Stica (PDT), argumentou que o veto é “técnico e não prejudica a matéria”. “O objetivo do projeto era a multa a quem estivesse irregular. E assim foi feito, ficou a multa de R$ 1.700, foi sancionada. O parágrafo foi vetado porque a lei alterada fala do transporte público, dos táxis, e não de veículos particulares”, disse.

“Optar por transporte compartilhado é uma tendência de mobilidade. Táxi e Uber não concorrem entre eles, e sim com os carros. […] Gostaria de fazer um apelo a vocês: muito cuidado com a violência.

Curitiba já está entre as cidades mais violentas quando se discute Uber. Boletins de ocorrência vêm sendo registrados dos dois lados”, continuou Stica. “O parágrafo vetado, sim, tem uma inconstitucionalidade.

Crédito Matéria e fotos: Divulgação/CMC

Se ocorrer sua derrubada não tenho dúvidas de que haverá questionamento jurídico à lei, à multa”, completou Bruno Pessuti (PSD).

O líder do prefeito, Paulo Salamuni (PV), sustentou que o veto é técnico: “Criaria inúmeros problemas, como a carros [para o tranporte] de noivas, por exemplo. Misturaria o público e o privado”. O vereador também defendeu a regulamentação de serviços como o Uber. “Tenho pego tanto Uber quanto táxi. Vamos defender sim a modernidade e vou continuar apoiando o aplicativo. Quem apontar que aqui [na Câmara] existe lobby vai ter que provar”, declarou Pier Petruzziello (PTB). “Estamos preocupados com a violência, que não se radicalize a questão.” Pedro Paulo (PDT) também defendeu o veto parcial.

Argumentos contrários Coautor da lei e favorável à derrubada do veto, Chico do Uberaba pediu que o prefeito “saia de cima do muro”. “Os taxistas precisam de um prefeito que se posicione. Quero dizer mais uma vez que eu não sou contra a inovação, a tecnologia. Só que existe uma diferença na questão da legalidade. Não podemos deixar qualquer tipo de atividade irregular em nossa cidade”, afirmou. Para ele, os motoristas do Uber, que acompanharam o debate nos fundos do plenário, foram tratados com “privilégio”. O vereador ainda alegou ter sido ameaçado por um repre-

Jonny Stica (PDT), argumentou que o objetivo do projeto era a multa a quem estivesse irregular.

sentante da categoria, na última sexta-feira (3), na fila de um restaurante. “Tenho aqui a placa para comprovar”, apontou.

“Este aplicativo não quer se responsabilizar porque terá que pagar impostos, ter obrigações trabalhistas e responsabilidade civil. Isso não interessa a eles. Só aceitam cartão e o dinheiro cai em outro país. Lá eles descontam a comissão, com evasão de divisas”, sustentou Marcelino.

Na avaliação de Uberaba, o veto “abre uma brecha” ao Uber: “Será o início do final da classe taxista da cidade. Vai abrir precedente, sim. Já estão se pegando por aí nas noites, nas madrugadas. Vai acabar acontecendo uma tragédia”.

“O veto deve ser derrubado porque inviabilizou a proposta. Temos que regulamentar, sim, o serviço. É uma utilidade pública, precisamos estabelecer normas.

Não existe inconstitucionalidade, não é contrário ao interesse público, é facilmente aplicável”, argumentou o Professor Galdino (PSDB). “Ninguém está querendo proibir inovações tecnológicas. Estamos sim querendo parâmetros para que o serviço avance e que a prefeitura cobre impostos.

[O Uber] não vem pelo ar. Utiliza a malha viária de Curitiba, que precisa de manutenção. A lei não proíbe a utilização do aplicativo, apenas regulamenta”, acrescentou.

Chicarelli (PSDC) também se manifestou pela derrubada do veto.

Vereador Chico do Uberaba pediu que o prefeito Gustavo Fruet “saia de cima do muro”.

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O PARANÁ NÃO PARA

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Para evitar confronto, motoristas de táxi e de Uber são isolados

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iferentemente da outra vez em que o encontro entre motoristas de táxi e de Uber terminou com empurra-empurra nas galerias do Palácio Rio Branco, no último dia 6, a direção do Legislativo decidiu isolar os dois grupos.

Cerca de 60 pessoas acompanharam em plenário a votação que manteve hoje o veto parcial do Executivo às alterações na lei municipal 13.957/2012.

O clima esquentou algumas vezes, quando vereadores favoráveis ao veto subiram à tribuna. “Fui eleito por voto popular e ninguém vai cercear minha palavra”, protestou Jonny Stica (PDT). “Não tenho medo de nenhum tipo de ameaça”, acrescentou Pier Petruzziello (PTB), que reclamou de ser xingado por um taxista presente nas galerias. No entendimento de Jairo (PSD) e Chico (PMN), autores da multa ao transporte irregular, a manutenção do veto era “contra os táxis”.

“Alguns vereadores vêm aqui jogar de um jeito maldoso, fazer carnaval fora de época. Não podemos tornar este assunto uma guerra. Não é no berro, no grito [que se vai resolver]. Espero que vocês nos ajudem a fazer esse debate da melhor forma possível”, pediu Pedro Paulo (PDT) àqueles que acompanhavam o debate.

Críticas à violência foram frequentes nos discursos dos parlamentares.

Na presidência da sessão, Felipe Braga Côrtes (PSD) pediu algumas vezes que o público não se manifestasse, em res-

Cerca de 60 pessoas acompanharam em plenário a votação que manteve hoje o veto parcial do Executivo às alterações na lei municipal.

Crédito Matéria e fotos: Divulgação/CMC

peito ao Regimento Interno da Casa. Ele ameaçou interromper a sessão. Os motoristas do Uber deixaram o plenário antes dos taxistas, sob gritos de “guerra civil” e “piratas”. Antes, os “uberistas” tinham aplaudido efusivamente a manutenção do veto. A Comunicação do Legislativo ouviu os dois lados da questão.

Taxistas Para Wilson Lopes, o “Maninho”, membro do Conselho Fiscal do Sinditáxi-PR (Sindicato dos Taxistas do Estado do Paraná), falta apoio à classe profissional em Curitiba “no combate aos clandestinos”. “[Desde que o Uber começou a funcionar] o movimento caiu bastante. Tem pai de família com prestação do táxi atrasada, sem conseguir pagar a outorga para a Urbs e prestes a perder o selo”, alertou.

“A crise afetou o movimento, mas uns 30% da queda, que é de quase metade da procura, é da pirataria”, criticou Fábio Taborda, da União dos Taxistas de Curitiba (UTC). “E isso não é invenção dos taxistas. De seis em seis meses a Urbs pega esses dados e sabe exatamente quantas bandeiradas, quantos quilômetros foram rodados. É só conferir”, reclamou. “Mesmo com a manutenção do veto, a multa pode ser aplicada e vamos cobrar isso”, disse.

Taborda reclamou do sigilo em torno da operação do Uber. “Ninguém sabe quantos carros operam na cidade. Temos uma lista com uns 500”, adiantou.

Taxistas contrários ao Uber trouxeram faixas e cartazes durante a sessão.

Taxista há 15 anos, Erasto Ribas veio acompanhar a votação com o filho pequeno. Ele confirmou a queda no movimento, “de uns 50%”, e fez várias críticas ao serviço clandestino de transporte de passageiros. “Você consegue imaginar alguém dando carona 12 horas por dia? A mentira já começa aí”, atacou. Ele criticou a ausência de controle social sobre a “tarifa dinâmica”, o fato de parte do dinheiro ir para uma empresa estrangeira, o não recolhimento de impostos e o Uber não se submeter aos órgãos técnicos de vistoria.

“Curitiba não precisa disso”, defendeu.

“Uberistas” Robson Santos tem 38 anos de idade e é motorista do Uber há dois meses. Ele viu na manutenção do veto um caminho para a regulamentação do serviço em Curitiba.

“Alguns vereadores ainda estão em dúvida, mas a cidade de São Paulo, que tem o Uber há mais tempo, regularizou”, disse.

“Eles dizem que nós somos clandestinos, que estamos fora da lei, mas uma lei federal autoriza o funcionamento da empresa”, defendeu.

“E a regulamentação em São Paulo não atingiu os motoristas do Uber”, explicou Jorge Girardi, 24 anos. “Lá a empresa reduziu a sua margem para assimilar as taxas e ficou igual para quem dirige”, garantiu. “A gente espera que Curitiba possa ser uma cidade modelo também na regulamentação do nosso trabalho”, disse o jovem. A opinião é semelhante à de Felipe Teotônio, 23 anos, que também dirige para o Uber.

“Os taxistas não são lesados pelo Uber, mas pelas condições de trabalho. A gente quer competir, quer que os taxistas paguem menos taxas também. Alguns pagam R$ 150 por dia, enquanto uma locadora de veículos cobra diária de R$ 38 [para os motoristas do Uber]”, declarou Teotônio. Depois que os “uberistas” saíram do plenário, por alguns minutos a sessão permaneceu suspensa enquanto taxistas gritavam reclamações aos vereadores.

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Menor taxa de mortalidade infantil da história

Projeto Rio Parque: nenhum desabrigado por enchente

Mais de 10.000 regularizações fundiárias

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Carros da Uber já ultrapassam número de táxis em Nova York

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Crédito matéria e foto: Divulgação/O Globo

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Dados da Comissão de Táxis e Limusines (CTL) indicam que já circulam por Manhattan mais carros negros da Uber que os amarelinhos — ou “preto é o novo amarelo”, alardeou a imprensa local.

Segundo a CTL, já são 14.088 veículos pretos nas ruas de Manhattan com o símbolo “U” no parabrisas, enquanto os velhos táxis nova-iorquinos somam 13.587.

Desde 2011, quando nasceu a Uber, Nova York assistiu a um colapso nos preços pagos pelas licenças para operar táxis. Há cerca de dois anos, ter uma placa de táxi era um dos investimentos mais seguros da cidade. E em novembro de 2013, chegou-se a pagar US$ 2,52 milhões por um par de placas em dois táxis especiais para pessoas com deficiência, que são muitas vezes mais baratos do que em táxis amarelos convencionais. O valor dessas licenças caiu pelo menos 20%. E caiu também a rentabilidade dos táxis amarelos, símbolo do vaivém frenético das ruas de Nova York.

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Com novos rivais, Uber faz "lotada online" Aplicativo lança serviço de compartilhamento pago de caronas, que permitirá ao usuário dividir os custos da corrida com outras pessoas

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nquanto a Uber lança no Rio, um serviço de compartilhamento pago de caronas, que permitirá ao usuário dividir os custos da corrida com outras pessoas, o aplicativo espanhol Cabify promete chegar ao mercado carioca até o fim deste ano. O concorrente estreou em São Paulo, oferecendo transporte individual de passageiros com autorização da prefeitura. Outro rival, o brasileiro T81 começou a operar no início deste mês e já cadastrou 7 mil motoristas e motociclistas.

Espécie de “lotada online”, o serviço Uberpool, lançado em São Paulo em abril, conectará o usuário carioca com mais passageiros que vão para o mesmo destino. A nova versão dará desconto de 10%

a 40% em relação à modalidade mais econômica do aplicativo - o UberX. O preço será informado na hora do pedido, baseado na distância e horário. Em momentos de alta demanda, será concedido abatimento máximo. “O Uberpool coloca mais gente dentro do carro. Com isso, os usuários economizam combustível e pneu, lançam menos gás carbônico no ar e ajudam o trânsito”, diz Fabio Sabba, diretor de Comunicação da Uber.

O Cabify foi regulamentado em São Paulo antes do Uber, pois atendeu às exigências municipais. Decreto prevê que o app pague R$ 0,10 à prefeitura por quilômetro rodado. Daniel Bedoya, diretor de Operações da empresa, informou que o serviço poderá chegar ao Rio mesmo

Crédito da Foto: Divulgação

sem regulamentação. Desde o inicio do mês na cidade, o T81 oferece transporte por carros, moto táxi e moto-entrega.

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Vereador apresenta projeto de lei para proibir plataforma Uber em Fortaleza

Crédito matéria e fotos: Divulgação/g1.globo.com

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vereador Eulógio Neto (PDT) protocolou no último dia 2 na Câmara Municipal de Fortaleza um projeto de lei que tem por objetivo proibir o uso “de carros particulares cadastrados ou não em aplicativos para o transporte remunerado individual de pessoas em Fortaleza". O alvo do projeto de Lei do vereador é a plataforma Uber, que passou a operar em Fortaleza em 29 de abril, sob protestos dos taxistas.

“No que tange ao uso de aplicativos para a oferta de transporte remunerado em carros particulares, ressaltamos que esta é uma atividade privativa dos profissionais taxistas, portadores de certificação especifica para exercer a profissão, emitida pelo órgão competente da localidade de prestação do serviço, conforme Lei Federal 12.468, de 26 de agosto de 2011, que regulamenta a profissão”, justificou o vereador.

A capital cearense é a 11ª cidade no Brasil e a 3ª no Nordeste a receber o aplicativo, que é alvo de polêmica, principalmente entre os taxistas, que acusam o sistema de ser ilegal e gerar concorrência desleal, mas a empresa defende que o serviço tem amparo legal na Política Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU).

Na capital cearense, é oferecida a modalidade Uber X, categoria com as tarifas mais baixas, carros com quatro portas, ar-condicionado, fabricados a partir de 2008.

A tarifa da viagem é calculada com base na quilometragem e no tempo de deslocamento: a tarifa de base - custo de chamada - é de R$ 2,50, acrescida de R$ 1,20 por quilômetro e R$ 0,20 por minuto. O valor mínimo da corrida é de R$ 6.

Adesão de motoristas Com relação aos motoristas, o cadastro inclui ter carteira de motorista profissional, certidão de antecedentes criminais - que são checados por uma empresa terceirizada, comprovantes de IPVA quitado, seguro do carro e seguro para passageiros no valor de até R$ 50 mil. Depois, deve baixar aplicativo e se logar na plataforma quando estiver disponível para receber chamadas de usuários.

Não há obrigação de cumprimento de ho-

rário de trabalho, de carga horária ou custo de adesão. No caso do Uber X, o motorista fica com 75% do valor da viagem e os outros 25% com o Uber.

Polêmicas Lançada nos Estados Unidos em 2010, a Uber atualmente está presente em 70 países e mais de 400 cidades. No Brasil, as operações foram iniciadas em junho de 2014 e, atualmente, funciona em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Goiânia, Campinas, Curitiba, Recife e Salvador. Em algumas delas, a atividade acontece por meio de liminar na Justiça. Na capital baiana, caso mais recente, a Câmara Municipal aprovou projeto de lei que veta as atividades.

A Uber se define como uma em- O vereador Eulógio Neto deu entrada, na Câmara Municipal, em projeto de lei que proíbe as operações do aplicativo Uber na cidade. presa de tecnologia, que não emprega motoristas nem possui frota própria, mas enfrenta resistência e polêmicas em diversas cidades no mundo. individual privado, previsto na legislação Em Fortaleza, antes mesmo que o início das federal na Política Nacional de Mobilidade operações fosse anunciado, taxistas realiza- Urbana (PNMU), lei nº 12.587/2012. ram atos de protesto contra a chegada do serviço. Apesar de defender que não há concorrência com táxi, a Uber já estima em seus cálculos que, em Fortaleza, a diferença de preços vai ser de 35% na bandeira 1 e 50% na bandeira 2.

A empresa afirma que se coloca à disposição do poder público para buscar formas de regulamentação e apresentar modelos regulatórios aplicados em outras cidades do mundo. A argumentação é que se trata de Taxistas fizeram uma manifestação na frente da Câmara Municipal de Fortaleza. um tipo de transporte

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Ducci anuncia apoio a Greca para prefeito de Curitiba

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deputado federal Luciano Ducci (PSB) anunciou no último dia 13, o apoio ao pré-candidato a prefeito de Curitiba, Rafael Greca (PMN) nas eleições de outubro. Ducci articulou a aliança do PSB com o PMN para a disputa eleitoral da capital paranaense. A decisão foi acertada entre os dois ex-prefeitos e formalizada no dia 13.

“Discuti com meu grupo político e optei por abrir mão de ambições pessoais em favor de Curitiba. Vamos somar forças com Rafael Greca, para que a nossa cidade volte a se tornar referência em gestão urbana no Brasil e no cuidado com seus cidadãos”, diz Luciano Ducci. O deputado federal acredita que esta aliança terá capacidade de resgatar a autoestima do curitibano, que cansou do completo abandono e da ineficiência administrativa.

“Recebo com alegria a aliança com o PSB na pessoa do deputado federal e ex-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci. Nossa convergência se dá no elevado propósito de bem servir a população de nossa cidade.

Conto com a expertise de Ducci para resgatar a qualidade da saúde pública da capital paranaense. Sei que temos na Câmara dos Deputados um incansável defensor de Curitiba”, disse o pré-candidato a prefeito pelo PMN, Rafael Greca.

Ducci considera que Greca terá a habilidade de resgatar o respeito ao corpo técnico da Prefeitura de Curitiba, que foi maltratado na atual gestão, não sendo ouvido para decisões estratégicas. “O prefeito Gustavo Fruet desmontou modelos de gestões que funcionavam independente do prefeito em exercício. O resultado foi a queda na qualidade dos serviços prestados à população, como nas unidades de saúde, no programa Mãe Curitibana, o Hospital do Idoso, nas manutenções de iluminação pública e de pavimentação, além do fim de programas de prevenção à saúde”, disse.

O deputado federal destaca que já trabalhou com Rafael Greca, quando ele era prefeito. Na época Ducci foi diretor e superintendente na Secretaria de Saúde. “Reco-

Crédito matéria e foto: Divulgação

O deputado federal Ducci já trabalhou com Rafael Greca, quando ele era prefeito de Curitiba.

nheço que Rafael Greca tem a capacidade de fazer de Curitiba um modelo de inovação e transformações, como foi em gestões anteriores a do atual prefeito”, afirma.

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Taxistas e Uber enfrentam nova concorrência no RJ Além dos veículos quatro portas, a empresa oferece como diferencial o serviço de mototáxi

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a mesma forma que o Uber, a empresa T81 oferece carros executivos e populares para os seus passageiros. Com uma frota composta por veículos de até oito anos de uso, quatro portas e com ar-condicionado, oferece, também, água e balas aos clientes. Ao se cadastrar no serviço o usuário ganha um cupom, válido para o mês de junho, no valor de R$ 30 para desconto em sua primeira viagem.

De acordo com informações da empresa, os valores praticados são 60% menores que o dos táxis. A bandeirada das viagens com carros convencionais é de R$ 2, com acréscimo de R$ 1,60 por quilômetro rodado. Para os carros executivos a bandeirada é de R$ 3 com aumento de R$ 1,99 por quilômetro rodado. Mas os serviços não param por aí; a empresa também oferece serviço de transporte de passageiros em mototáxis, diferencial que pode conquistar muitos usuários que tentam fugir do caos que é transitar pelas congestionadas

ruas do Rio de Janeiro.

A bandeirada, no caso da moto, terá o valor mínimo de R$ 1,90 e o preço do quilômetro rodado de R$ 0,92 e os passageiros receberão toucas descartáveis para evitar o odor de suor presente nos capacetes.

Para se cadastrar no aplicativo, é necessário ser maior de 18 anos, possuir CNH válida para carro (categoria B) e moto (categoria A), apresentar certidão isenta de antecedentes criminais e ser aprovado em testes e cursos internos da empresa, que analisa, conforme informou, o perfil de cada “parceiro” cadastrado.

A empresa informa, ainda, que realizará a cada 90 dias vistorias presenciais e que é obrigatório que os motoristas estejam em dia com o seguro DPVAT e o veículo e/ou moto devidamente licenciado.

Quanto ao pagamento das corridas, poderá ser feito tanto no cartão de crédito quanto em dinheiro.

Farol baixo será obrigatório nas estradas durante o dia

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exigência do uso de farol baixo durante o dia passa a valer a partir de 8 de julho nas rodovias brasileiras. Assim, o que antes era apenas uma recomendação fica determinado por lei e o não cumprimento será considerado infração média de trânsito, com multa de R$ 85,13 e quatro pontos na Carteira de Habilitação.

“Para as motos, o uso das luzes já é obrigatório durante o dia e a noite. No entanto, para os demais veículos a luz baixa é utilizada apenas à noite e em túneis. Com a nova medida, todos os veículos deverão circular com farol baixo ligado nas rodovias, inclusive em trechos urbanos e também em túneis com iluminação pública”, explica o diretor-geral do Detran Paraná, Marcos Traad.

De acordo com ele, a mudança é positiva e pode ajudar a diminuir o número de acidentes nas estradas. Uma estimativa da

Polícia Rodoviária Estadual (PRE) aponta que o farol baixo aumenta em 64% a possibilidade de ser visto por um veículo no sentido contrário. “É uma ação simples, que aumenta a atenção dos demais motoristas para a via. O problema é que a falta de atenção é considerada o principal motivo de acidentes nas rodovias do Paraná. Em 2015, foram 3,7 mil acidentes registrados pela Polícia Rodoviária Federal por este motivo. Foram 2,9 mil feridos e 107 mortes”, completa Traad.

Alguns motoristas já adotam a prática e recomendam o uso do farol aos demais condutores. É o caso do consultor Luís Henrique Macedo, de 31 anos, que viaja constantemente a trabalho.

“Percebo que o stress e o cansaço, muitas vezes, nos provocam ilusão de ótica e deixam nossa visão embaralhada. Usar a luz,

mesmo durante o dia, contribui com a segurança e evita acidentes”, destaca.

O advogado Fabrício Tairo Mattos, de 25 anos, viaja do Paraná até Santa Catarina duas vezes por semana para estudar e trabalhar e também reforça a importância de usar a luz para ser visto pelos outros motoristas.

“O farol torna o carro mais visível aos demais veículos, deixa as ultrapassagens mais seguras e

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Valores das corridas são 60% menores que dos serviços de táxis.

Crédito matéria e foto: Detran/PR

reduz o risco de colisões frontais. É um instrumento que sinaliza a sua presença na pista e eu acho que é parte de uma atitude de direção defensiva”, afirma.

Dados da Associação Norte-Americana de Segurança Rodoviária nos Estados Unidos mostram que o uso de farol baixo durante o dia reduz em até 12% os acidentes envolvendo pedestres e ciclistas e em 5% as colisões entre veículos.

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