PARADOXO DO COTIDIANO II

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A tensão da teoria na prática bruta do Jornalismo

A

experiência vivida com um blog se tornou o ponto principal para que

Igor Custódio Miranda fosse instigado a tomar a decisão em cursar o Jornalismo. Desde adolescente, o que mais chamava atenção era o cur-

so de Direito. E ele identifica que essa relação com o Direito consiste na sua parte teórica, nos fundamentos da lei. Mas aos poucos a afinidade teórica idealizada com o Direito se confrontou com a prática bruta do princípio de Jornalismo. E é desta forma que a memória passa a ter a necessidade de encontrar e atribuir valores para que o sentido da vida no presente oriente o horizonte do futuro. Na narrativa sobre a sua história de vida, Igor Miranda edifica pontos desse sentido que justificam para si mesmo o significado social de ter concluído o curso de Jornalismo. É preciso entender como o Jornalismo deixou de ser a segunda opção para se tornar o caminho viável de Igor Miranda, que se formou no período de 2011 a 2014 na Universidade Federal de Uberlândia. A primeira tentativa de vestibular foi para o curso de Direito. Hoje, ele sente alívio por não ter passado naquele exame. O tempo de um ano, de um vestibular para outro, em que as pessoas passam a pensar sobre si mesma, conduz aos dilemas que estabelecem novas perspectivas. E é justamente o ponto forte do Direito, a teoria, que passou a sofrer um primeiro impacto negativo para a resolução do conflito de tomada de decisão de Igor Miranda.


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PARADOXO DO COTIDIANO II by Ricardo Ferreira de Carvalho - Issuu